Desde que comecei a escrever sobre empreendedorismo, muitos leitores me perguntaram o que acho sobre franquias, demorei um pouco para escrever sobre esse assunto porque queria achar uma maneira de falar algo novo, que não fosse somente mais um dos milhares (ou milhões) de textos sobre franquias por ai.
Decidi fazer um texto sobre minha opinião, fugindo dos modelos que todos encontram procurando no painho (Google), portanto não levem as palavras a seguir como verdade absoluta, é somente a minha opinião sobre o assunto. Fugirei de lugar comum, não vou explicar como funciona a compra de uma franquia nem nada disso que você acha com facilidade no Google.
Modelos de Franquia
Ter uma franquia nada mais é que pagar pelo uso de uma marca e knowhow de alguém. O franqueado paga ao franqueador uma taxa de franquia que é uma remuneração inicial pelo direito do uso da marca e repasse do conhecimento necessário ao desenvolvimento da operação do negócio. Além disso o franqueado costuma pagar mensalmente royalties para ter o direito de continuar usando a marca e demais serviços prestados pelo franqueador como marketing e consultoria. Muitas vezes também ocorre o pagamento de taxas de publicidade. Essas são características comuns a praticamente todas as franquias, cujos modelos podem sofrer algumas variações:
Franquia clássica: o franqueado deve seguir a risca os moldes do negócio do franqueador inclusive comprando produtos exclusivos, mantendo padrões rígidos de atendimento e gestão. Modelo mais indicado pra quem quer começar um negócio do zero, mas com uma marca consolidada, muitas empresas entregam o negócio totalmente montado, pronto para operar. Exemplo: cafeterias (Grão Espresso).
Licenciamento de marca: ao contrário da franquia clássica, o licenciamento de marca é mais flexível em relação a comercialização de produtos, permite também uma padronização menos rígida de lay-out, embalagens e serviços. Normalmente quem adere a esse tipo de negócio já tem uma operação no setor, as taxas costumam ser menores, mas o apoio do licenciador também. Exemplo: drogarias (Farmais).
Sociedade: modelo menos comum, mas que costuma ser extremamente interessante. O franqueador (se é que se pode chamar assim), “contrata” sócios operadores. O cidadão interessado no negócio entra com um capital que costuma ser bem inferior ao equivalente para compra de uma franquia tradicional, tem seu nome no contrato social da operação e torna-se sócio operador, recebe um pró-labore e participação nos lucros da loja. Exemplo: restaurante Outback.
Em todos os modelos a principal vantagem para o franqueado é a possibilidade de entrar no mercado com relativamente pouco capital e ao mesmo tempo possuidor de uma marca com forte presença perante o público alvo. Essa característica permite uma consolidação mais rápida, afinal o cliente já conhece a marca, diminuindo as chances de quebra.
Se o franqueador for competente, mesmo pessoas com nenhuma experiência comercial podem se sair muito bem. A padronização da operação diminui a chance de erros por parte do proprietário favorecendo o desenvolvimento do negócio e a possibilidade de expansão mais racionalizada. Outros fatores subjetivos também contam: status, a sensação que franquias possuem operacional mais fácil e que são “inquebráveis”, etc.
Na próxima postagem falarei sobre o que o empreendedor deve ter para entrar num negócio desses.
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