sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Atualizações e Monetização

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Amigos, peço desculpas por não ter participado ativamente das discussões do post passado, fico muito chateado quando me enrolo e não consigo acompanhar o bate papo, pra mim a interação com leitores é fundamental e me faz muito bem.

Aproveito a oportunidade para compartilhar um "post resposta" feito pelo Soulsurfer para meu post sobre a Bolha da Classe média:

http://pensamentosfinanceiros.blogspot.com.br/2017/08/vivemos-numa-bolha.html

O Soul tem uma escrita complexa e profunda que nem sempre é fácil de acompanhar, mas aconselho a todos que leiam esse post, ele conseguiu transmitir a mensagem sobre "bolhas" de uma maneira completamente diferente que a minha porém chegando no mesmo objetivo.

Do mais a vida está bem corrida, a rotina de bater dedo não é simples e ainda estou me acostumando aos horários de trabalho da nova empresa. Uma coisa é certa: estou adorando o trabalho, os colegas e a rotina. Acordo todos os dias com vontade de ir trabalhar, chegar lá e cumprir minhas tarefas. Existe um abismo de distância entre a empresa atual e a anterior. Antes que os seca-pimenteiro apareçam pra dizer "mimimi, Corey é louco, mimimi, já já você cansa do trabalho, mimimi..." já falo logo: é óbvio que o fator novidade tem grande peso e que um dia vai passar, mas... e daí?

Uma ideia tem martelado minha cabeça nos últimos tempos: a de monetização do blog e criação de outros conteúdos como talvez um livro. Isso mesmo, mantenho esse blog desde 2012 e nunca quis monetiza-lo por saber que não rende grandes coisas (se der pra comprar uma casquinha do Mc é muito) e por me sentir incomodado quando vou em alguns sites poluídos de anúncios porém alguns acontecimentos estão me fazendo mudar de ideia:

1- Embora esteja ocorrendo o surgimento de uns malucos, o nível dos comentários no blog está melhor que nunca: um monte de gente colocando questões mais profundas, discordando de maneira educada, etc. Isso é um dos maiores incentivos que um blogueiro pode ter.

2- Percebo que as pessoas gostam da maneira que escrevo e os temas que trato. Faço de maneira natural, sem forçar a barra, sem grandes produções. 99% dos meus textos são escritos non-stop no navegador mesmo, a maioria sequer releio pra ver se está tudo ok (por isso sempre rola uns erros gramaticais/concordância). Escrever é fácil pra mim, então porque não usar essa habilidade pra levantar uns troquinhos.

3- Tenho pelo menos 50 ideias de posts sendo grande parte coisas novas, temas pouco ou nunca abordados na blogosfera ou mesmo nos sites que acompanho. Muito desse conteúdo é sobre empreendedorismo, tema esse que é ZERO explorado na internet. Isso mesmo, 99,9999999% do que você lê sobre empreendedorismo é totalmente fora da realidade ou mesmo mentira. Posso fazer um diferencial aqui.

4- Não quero "fazer dinheiro" com o blog mas levo dinheiro muito a sério, acredito que alguns centavos seriam o suficiente para me motivar a manter uma agenda de posts, levar o blog de maneira pouco mais profissional (o que pode ser uma armadilha porque sempre mantive tudo muito amador).

5- Tenho visto um monte de gente escrevendo livros e publicando na Amazon, não faço ideia como isso funciona, se rola algum dinheiro ou não, etc. Porém é algo que tenho pensado... Vira e mexe um leitor me sugere escrever um livro... Estou ficando com vontade. Lembro que isso é somente uma ideia, nada certo, nada definido.

6- Daqui a pouco entrarei na rotina do trabalho o que me deixará com uma rotina definida e várias horas livres que poderão ser ocupadas, entre outras coisas, com algum tipo de "trabalho" on-line.

Várias outras ideias pipocam na cabeça, entre elas escrever um blog em inglês. SPOILER: Na verdade esse blog já existe porém é um projeto estacionado. Não faço a menor ideia como um ser humano encontrou essa página na imensidão da internet e se deu ao trabalho de deixar um comentário ontem (eram 150 visualizações desde 2/1/17), vejam e primeira mão o piloto do "Corey's Blog" (já aviso que meu inglês é longe de ser perfeito, praticamente não tenho "formação" na língua, sou 90% autodidata, portanto é zuado mesmo) :

http://braziliancorey.blogspot.com.br/2017/01/hi-im-corey.html


Nesses mais de 5 anos de blog abandonei muitas coisas: Facebook, grupos de internet e whatsapp, "amizades", porém não abandonei a blogosfera. Já dei umas sumidas, mas sempre volto pra cá. Diariamente aprendo muito por aqui, as amizades se renovam e consigo ao mesmo tempo contribuir pra sociedade com um pouco do meu conhecimento, é uma sensação muito boa.

Enfim, gostaria de saber a opinião de vocês, deixem nos comentários se devo ou não monetizar o blog, conte suas experiências com monetização de sites/blogs, quanto dinheiro dá, quanto deixa de dar... Qualquer opinião é bem vinda.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A Bolha da Classe Média

A Bolha da Classe Média

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

2015

Bia e eu estávamos na sala de espera da clínica onde aguardava para ser atendido pelo cardiologista. Havia acabado de sofrer uns piripaque cardíaco devido ao stress do trabalho e estava sendo arrastado para acompanhamento médico (nós homens somos uns idiotas, temos medinho de ir ao médico e quase sempre só nos cuidamos devido a pressão das nossas esposas). A clínica onde meu cardiologista atende fica em Pinheiros, bairro classe média-alta de São Paulo, enquanto aguardava ouvi bibislhoteiramente a conversa entre duas mulheres ao meu lado:

- É Jurema, não teve jeito, até que tentei mas não deu, precisei sair da Sulamérica, eu e o Paulo pagávamos 6 mil, não dá né, a crise atingiu nossa porta, tive que trocar para esse Prevent Sênior (falando com ar de desdém) onde pelo menos pagamos só 3 mil. Olha, até que o atendimento é bom, viu?! E o Dr José também atende por ele, graças a Deus.

2016

Na primeira semana trabalhando na primeira temporada que passei pela empresa que trabalho atualmente estava procurando me enturmar e conheci Rebeca, uma simpática menina de 20 e poucos anos, já havia notado sua dedicação ao trabalho e também seu temperamento forte, digno de quem apanhou e por isso se fortificou. Certo dia, no refeitório Rebeca sentou-se do meu lado, mostrou-me o celular e disse:

- Olha Corey que pôr do sol lindo! - mostrando a tela do celular - adoro esse lugar!

Olhei pra tela e me deparo com uma foto de um pôr do sol realmente belo, foto essa que parecia ter sido tirada do alto de algum morro, com o que parecia ser uma favela em volta. Segue o diálogo:

- Nossa, realmente é lindo! Onde é?
- É no Grajaú, onde eu morava com minha mãe...
- Morava? Não mora mais?
- Não, Corey, infelizmente, eu amo aquele lugar... é favela, sabe, mas adoro lá. Nasci e cresci lá, conheço todo mundo...
- O que houve? Por que você mudou?
- Ah, é uma história complicada...

Rebeca então me contou uma história confusa sobre um namorado da mãe ter ameaçado elas de morte, aquelas histórias que a gente ouve no Datena... Tiveram que se mudar para outro bairro bem mais longe para manter a segurança.

Essas duas histórias (verídicas) servem para ilustrar o que chamo de "bolha da classe média". Veja que dependendo da sua situação sócio econômica uma ou outra dessas histórias pode te soar familiar e sem nada de extravagante, porém pra mim ambas são um tanto surreais. O mesmo consigo perceber quando faço algum post falando sobre custo de vida ou valores de investimentos. Por exemplo, veja o tal comentarista que disse ser feliz vivendo com 3k de renda passiva por mês, um monte de gente chegou detonando e afirmando categoricamente ser impossível o cara viver dignamente e com conforto com "apenas" 3k por mês, enquanto isso nem me liguei que isso poderia causar discórdia, afinal na minha cabeça 3k é uma excelente renda passiva.

Quando ouvi a história da senhorinha que pagava 6k por mês de plano de saúde fiquei me perguntando se realmente tinha ouvido bem, tanto que imediatamente fui pesquisar no Google se aqueles valores eram realistas, descobri que sim. Nunca na minha vida sequer passou pela minha cabeça que um ser humano pagasse SEIS MIL REAIS por mês num plano de saúde! Caralho, é o valor de um carrinho maomenos todo mês! Porém do jeito que ela disse pareceu um valor como outro qualquer. Tudo é questão de perspectiva. Dia desses lembrei dessa história devido a meu post mais atual sobre custo de vida, onde disse pagar 218 conto de plano de saúde (para o casal) e várias pessoas questionaram esse valor, algumas duvidando que podia pagar "tão pouco". Porra, pra mim 218 reais é um absurdo considerando que vivemos num país onde virtualmente o custo de saúde é zero, ainda mais que praticamente não uso. Repito: perspectiva!

Rebeca é uma menina adorável, excelente profissional, sempre sorridente apesar de transparecer certa frieza e dureza perante algumas situações. Ela é feliz mesmo morando numa quebrada com sua mãe solteira, tendo trocentos problemas familiares e ganhando cerca de 1500 reais por mês, o que ela era convicta de ser um "excelente salário". Rebeca não tem carro, não tem moto, seu maior luxo é comer no Outback a cada 2 meses, Rebeca não tem 109 reais pra pagar de plano de saúde e depende do SUS.

Nós da classe média vivemos numa bolha. Achamos que somos as picas das galáxias, muitas vezes julgamos e esnobamos as pessoas mais simples, julgamos os trabalhos braçais (é na classe média que surgiu o nojento termo "sub emprego"), andamos de nariz empinado, nos achamos fodas por ir pra Miami de vez em quando, achamos fracasso o fato de usar transporte público ou mesmo ter um carro com mais de 5 anos de uso (Corey, onde já se viu, você se diz independente financeiramente mas anda com um carro de 22 anos, aff), achamos que "pagar um bom plano de saúde" é fundamental para nossa "saúde" (afinal usar hospital público é o mesmo que assinar o atestado de pobreza, mesmo que o hospitalzinho do plano de saúde seja tão ruim quanto, a demora pra agendar uma consulta seja de meses e exames sejam burocráticos para serem feitos, igualzinho ao SUS - entenda como "saúde" se entupir de antidepressivos e remédios pra dormir pra conseguir encarar o trabalho que te "escraviza" para que você consiga trocar de iBosta, digo, IPhone todo ano), achamos que fazer compra no "Bem Barato" é o fim do mundo e que devemos mesmo é comprar tudo no Pão de Açúcar, comer macarrão Adria nem pensar, tem que ser no mínimo um Barilla (eu mesmo já tive esse pensamento, procure no blog e encontrará).

Ao mesmo tempo que vamos uma vez por ano pra Orlando, comprando passagem de promoção, com 3 escalas e comprada com 1 ano de antecedência pra aproveitar preço (eu mesmo já fiz, faço e farei isso porque avião é somente um meio de transporte, não uma "experiência"), muita gente vai todo mês, voando de executiva comprada em cima da hora e olha pra gente com ar de superioridade: "Aff, esses emergentes que acabaram de tirar o visto americano se acham voltando da Florida com essas blusas pobres da Gap...". Nossa bolhinha muitas vezes não nos deixa olhar para o lado, está mais para uma caixa com paredes foscas que para uma bolha transparente.

Falo da nossa bolha da classe média mas acredito que todo mundo vive numa bolha semelhante. A senhorinha dos 6k da Sulamérica vive na bolha dela, a Rebeca e seu lindo pôr do sol da favela também. Cada um pode e deve ser feliz dentro da sua bolha, mas é imprescindível entender que existe vida fora dessa bolha, é importante entender o ponto de vista, a perspectiva das pessoas e não julga-las por viver numa bolha diferente que a sua.

A experiência de sair da caixinha, deixar de ser empresário e virar peão, convivendo com gente que considera 3k um salário foda me fez crescer muito como ser humano. Acredito que consegui estourar um pouco minha bolha da classe média e entender que tenho coisa pra caralho, muito mais que muita gente sequer sonha. Aprendi a ser mais grato por tudo que tenho, por isso me chateia muito quando alguém condena outrem que vive feliz com 3k. Caralho, você não conhece a pessoa, você não sabe os hábitos e gostos, como você pode saber o que é melhor pra ela? Conviver com pessoas diferentes é engrandecedor, você aprende diariamente, mas pra isso é preciso se colocar no lugar dela, estar aberto para entender diferentes realidades. Recomendo que todos deem um jeito de fazer o mesmo, se expor a um grupo completamente diferente do seu e entenda uma coisa, quanto mais "inferior" é esse grupo, mais você irá aprender.

Isso vai contra à velha história que eu mesmo já preguei muito no blog: "conviva com pessoas superiores a você". Não é bem assim, você tem muito a aprender com pessoas "inferiores", veja que está entre aspas porque não acho que existam pessoas inferiores (até acho, mas isso não tem nada a ver com classe social, assunto pra outro post). É muito bom ver como pessoas de nível econômico menor que o seu conseguem viver muito bem, ainda mais pra gente que busca IF através da frugalidade, percebemos que nossas atitudes "frugais" ou "minimalistas" são muitas vezes somente sobrevivência pra grande parte da população.

Tenho muitas histórias como essas pra compartilhar, no último ano aprendi mais sobre a vida que durante minha vida inteira, espero ter conseguido ao menos despertar sua curiosidade sobre como é a vida fora da bolha. Abraço a todos!

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Corey Empregado - O Desfecho

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.


Hoje é o derradeiro capítulo da saga “Corey Empregado”, não desgrude os olhos da tela, amiguinho...

Bom, parei na choramingação sobre meu “antigo” trabalho, onde a empresa era opressora, porca capitalista (ironia, é melhor explicar, vai que...). Pois bem, durante meu período por lá a empresa 4 (cujo processo seletivo é uma novela mexicana, com vários capítulos intermináveis), entrou em contato me oferecendo uma vaga. O salário era pouca coisa menor que o que estava ganhando porém a escala de trabalho, embora maluca, era mais interessante. Esse contato fora feito por email o que me proporcionou chance de pensar sem ter que dar um sim ou não imediatamente. Eles aguardariam o término da minha experiência o que era um ponto a favor. 

No dia seguinte que recebi essa proposta da empresa 4, entrei em contato com um colega que conheci no trabalho temporário que fiz ano passado (doravante denominada empresa “T”, de temporário) perguntado se havia alguma vaga por lá, ele mexeu os pauzinhos e descobriu que haveria uma seleção para vagas temporárias (iguais a que trabalhei ano passado) naquela mesma semana, agradeci e agendei a seleção para depois de 2 dias. 

Chegado o dia da seleção, estou no metrô indo para o endereço do RH da empresa quando o telefone toca, era a pessoa do RH de uma outra empresa, que chamarei de empresa 19 (19 é o número do dinheiro em algum tipo de numerologia da vida, entenda o porquê em breve). A empresa 19 é de porte pequeno (ou seria médio? Sei lá...) com grande crescimento, é conhecida no mercado por várias características: é difícil de entrar, quem trabalha lá dificilmente sai, paga muito bem, tem um pacote de benefícios bem interessante porém como não existe almoço grátis exige que o peão trabalhe mais, esse trabalho a “mais” nada mais é que o gajo deve render mais, fazer mais trabalho por hora, é cobrado por espécies de metas (difícil explicar como é isso, mas faz de conta que são metas), a gerência é conhecida por ser exigente e chata. Enfim, ganha-se mais, porém trabalha-se mais com certo nível de pressão. Recebi esse convite porque um colega de faculdade que trabalha lá enviou meu CV pra pessoa certa, porém jamais imaginei que daria em alguma coisa... Bem, conversei com a pessoa e agendei uma entrevista para o dia seguinte.

Desnecessário explicar que minha cabeça deu um nó: estava trabalhando na empresa 5 tinha uma proposta concreta da empresa 4, uma seleção na empresa T e uma entrevista na empresa 19. Fiquei completamente perdido e resolvi deixar a vida me levar, decidi que não forçaria a barra pra nenhum lado, que somente deixaria a coisa fluir pra ver o que ia acontecer.

Fiz a seleção na empresa T e por “coincidência” (não acredito em coincidência e sim na lei da atração, em Deus ou algo assim), eles não deram o resultado imediatamente como costumam fazer, ou seja, ganhei tempo... No dia seguinte fui lá na 19, fiz a entrevista que foi a mais diferente de todas que participei, a entrevistadora era “do ramo”, ou seja, uma profissional colega de profissão, com trocentos anos de empresa e que tinha, entre outras funções, contratar gente. Ela sabia exatamente o que perguntar, o que questionar, o que debater, sabia o que era importante no perfil do profissional. Nada a ver com as entrevistas com os “profissionais de RH” que havia passado. Conversamos sobre vários outros assuntos descontraidamente, me senti a vontade por estar com uma colega de profissão que entende o dia-a-dia da empresa, o completo oposto da empresa onde estava trabalhando. Enfim, saí de lá aprovado, porém como ainda estava na experiência da outra, eles ficaram de me ligar mais para o final desse prazo para dizer qual vaga assumiria. Achei estranho como me aprovaram, eles sempre contratam gente com experiência... seria minha idade? Será que gostaram de mim por isso e colocaram essa característica na frente da experiência? Nunca saberei...

Mais uma vez minha cabeça estava um nó, fiquei sem saber como agir e como todo bom covarde, fiz nada pra resolver. 

Dois dias depois recebo um email da empresa T dizendo que fui aprovado na seleção, onde minha vaga seria, qual seria o horário e uma boa notícia: por ser a segunda vez que eu trabalharia de temporário na empresa, eles ofereceriam um bônus de 10% porém deveria refazer o treinamento inicial e deveria iniciar imediatamente. Caralho, agora fodeu de vez...

Gostei muito da experiência de trabalhar na empresa T no ano passado, eles são líderes do setor, organizados, possuem uma hierarquia e plano de carreira interessantes. O salário não é o melhor do setor porém é proporcional ao stress do trabalho. Na empresa 4 eu ganharia menos e não saberia como seria o ambiente de trabalho até começar, na empresa 19 ganharia cerca de 60% mais porém a pressão seria alta, coisa que não sei se aguentaria, se teria saco ou mandaria todo mundo tomar no cu. Já na empresa T eu sei como é o trabalho, como a empresa funciona e juntando isso ao salário razoável me pareceu a melhor opção, mesmo sendo temporário. Aceitei.

No dia seguinte fui direto ao RH da empresa onde estava trabalhando e fiz os procedimentos de baixa, ao contrário que me avisaram, não cobraram multa alguma por rompimento do contrato de trabalho e ainda peguei umas quirelas de 13º e férias, foi mais tranquilo que o imaginado, saí de lá e já fui no RH da outra onde fiz os procedimentos de posse do cargo.

Passei por uma semana de treinamento intensivo, o mesmo que recebi ano passado porém com atualizações. Revi pessoas conhecidas e assumi meu cargo, estou gostando muito, o trabalho é muito tranquilo de ser feito, não tem gente enchendo o saco, não faço coisas pelas quais não fui preparado, etc. A empresa é líder não por acaso... O fato de ser um contrato temporário me traz sossego por saber que se a coisa degringolar é fácil sair, ao mesmo tempo que me deixa mais livre para mudar de planos num futuro próximo. Já deixaram claro que após o período do meu contrato haverá contratações e que terei prioridade. Vamos ver o que o futuro me reserva...