sábado, 25 de agosto de 2012

O milionário mora ao lado

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Não costumo lincar coisas ou fazer republicações, mas esse texto, mesmo sendo longo, vale a pena. Ctrl C, Ctrl V da matéria da revista Você S/A sobre o livro "Milionário Mora ao Lado" de 2007:



O milionário mora ao lado 

Ele não age como milionário, não viaja como milionário, nem ostenta como milionário. Mas ele é. Veja aqui quem é e como vive o verdadeiro ricaço americano. 


Por Laura Somoggi 


"Imagine que você está cara a cara com um milionário americano de verdade. Não é só isso. Você pode perguntar a ele tudo o que gostaria de saber sobre o seu estilo de vida. Pergunte, por exemplo, quanto ele pagou pelo carro último tipo que comprou este ano... Quanto desembolsa no seu terno Armani ou no seu Rolex... Que posição ocupa na poderosa multinacional em que trabalha... Qual é o seu espetacular rendimento anual... Quantas vezes por ano vai a Gstaad (nos Alpes suíços), a Cap d'Antibes ou à sua vila na Toscana... Quantos pés tem o seu iate... Quanto vale a sua mansão... 

Prepare-se, agora, para as respostas: 

Ele não troca de carro há pelo menos quatro anos. A última vez que fez isso, desembolsou 24 800 dólares e comprou uma caminhonete Ford. 

O seu terno não é Armani nem de nenhuma grife conhecida. Não custou mais do que 400 dólares. 
Nada de gastar 2 000 dólares - ou mais - num Rolex, num Cartier ou em alguma outra preciosidade. O relógio do milionário americano de verdade não custa mais do que 235 dólares. 
Ele é, tipicamente, um pequeno empreendedor. Pode ser o dono de uma lanchonete, de uma frota de ambulâncias ou de um serviço de dedetização, um negociante de moedas e selos, um dono de estacionamento para camping... 
Sua renda familiar anual é de 247 000 dólares, em média. Está bem longe de milhões por ano. 
Ele mora na mesma casa há cerca de 20 anos. Ela fica num bairro de classe média e vale, em média, 320 000 dólares. 

Nada a ver com o que você pensava, não é mesmo? Bem-vindo, então, ao mundo real: os verdadeiros milionários americanos (e, pensando bem, provavelmente os brasileiros) não se parecem nada, absolutamente nada, com quem nós vemos como milionários. Eles não se vestem como milionários, não viajam como milionários, não agem como milionários. Eles não têm charme, não ostentam riqueza, não gastam fortunas. Eles não freqüentam resorts exclusivos no exterior, não viajam de primeira classe, não se movimentam regularmente de helicóptero. Haverá, é óbvio, muita gente rica cujas vidas correspondem perfeitamente ao modelo que temos na cabeça - astros do entretenimento, barões da indústria ou finanças, executivos turbinados das megacorporações internacionais. Mas trata-se, apenas, de uma pequena minoria, altamente visível e estatisticamente irrelevante. A imensa maioria, na média, se encaixa no desenho apresentado anteriormente - e que resultou de uma formidável pesquisa realizada, durante 20 anos, com 11 000 milionários de carne e osso que vivem nos Estados Unidos, pelos americanos Thomas Stanley e William Danko. As conclusões aparecem em seu livro The Millionaire Next Door - The Surprising Secrets of America's Wealthy (algo como "O Milionário Mora ao Lado - Os Surpreendentes Segredos dos Americanos Ricos"), que está no topo das listas dos mais vendidos nos Estados Unidos há meses. Stanley e Danko são especialistas em marketing e estudam os chamados afluentes desde 1973. E, tanto quanto qualquer pessoa, também eles se surpreenderam ao perceber quem são e como vivem, na realidade, os afortunados americanos. 

Uma de suas primeiras constatações: riqueza não é o mesmo que alta renda. Se você ganha bem a cada ano e gasta tudo, você não está enriquecendo. Riqueza é o que você acumula, não o que você gasta. E, para acumular, há necessidade de muita disciplina e determinação. Os ricos, revela a pesquisa, são poupadores e investidores compulsivos. Não são herdeiros: 80% dos milionários americanos fizeram a sua fortuna sozinhos, numa única geração. Tanta eficiência na arte de acumular riqueza tem origem num estilo de vida muito característico (veja quadro na página 96). Ser milionário não tem nada a ver, igualmente, com gastar fábulas para viver bem. Significa, em vez disso, poder parar de trabalhar amanhã e, sem ganhar mais nada, manter seu estilo de vida atual por anos e anos. É ter dinheiro para pagar a escola e a universidade dos filhos. Não é viajar três vezes ao ano para o exterior de primeira classe. Entende a diferença? O livro, em suma, mostra que os ricos americanos têm valores diferentes do que nós sempre acreditamos que eles tivessem.

Os autores definem riqueza de uma forma diferente da maioria dos dicionários. Muitas pessoas que parecem ser ricas, por seu nível de consumo, estilo de vida e rendimentos altos, não têm reserva financeira nenhuma - e, portanto, não podem ser realmente consideradas ricas, sustentam Stanley e Danko. Os milionários descritos no livro, ao contrário, sentem muito mais prazer em ter uma poupança substancial que lhes garanta independência e tranqüilidade financeira do que um padrão de vida cinematográfico, em termos de moradia, carro, ou posse de bens caros. Padrão que existe hoje, mas talvez não exista amanhã, pois pode ser súbita e drasticamente reduzido a qualquer queda nos altos rendimentos que exige para ser mantido. 

Muito bem, mas de quanto dinheiro, exatamente, estamos falando aqui? Afinal de contas, quem é considerado milionário para os autores do livro? Muito simples. Milionário é quem tem um patrimônio líquido de 1 milhão de dólares, ou mais. Com base nessa definição, somente 3,5% dos americanos podem ser considerados milionários. E, desses, 95% têm patrimônio líquido entre 1 milhão e 10 milhões de dólares - ou seja, gente que tem mais que isso é a minoria da minoria. O passo seguinte é qualificar melhor a definição dada acima. Sim, porque todo mundo precisa ter no mínimo 1 milhão de dólares para ser considerado milionário, mas nem todo mundo que tem 1 milhão de dólares pode ser considerado um milionário. 

Está confuso? Calma. Segundo Stanley e Danko, o que define mais precisamente se uma pessoa é milionária é o tamanho do seu patrimônio líquido de acordo com sua renda e sua idade atuais. Outra maneira, talvez mais correta, de olhar para essa observação, é considerá-la não tanto como uma definição de quem é ou não é um milionário, e sim como uma definição de quem é ou não um bom construtor de riqueza. Entende-se por patrimônio líquido o total acumulado de todas as suas propriedades, poupança ou investimentos, menos as suas dívidas (veja como calcular seu patrimônio líquido na reportagem da página 100). Quanto maior for a sua renda, maior deve ser o seu patrimônio líquido; idem, com batatas, quanto maior for a sua idade, pois você está há mais tempo ganhando dinheiro. Parece óbvio? É óbvio. Só que nem sempre isso acontece. É comum que pessoas de alta renda tenham um estilo de vida tão caro que só conseguem poupar muito pouco, ou nada - e seu patrimônio, em conseqüência disso, está muito aquém do que deveria estar, levando-se em conta o dinheiro todo que estão ganhando. Da mesma forma, uma pessoa mais jovem e com um patrimônio inferior ao de uma pessoa mais velha pode, dependendo de quanto ganha e do que já acumulou, ser potencialmente mais rica que ela - pois terá mais tempo disponível para ganhar. 

Compare e conclua qual dos dois personagens abaixo está melhor de vida: 

1- Charles Bobbins tem 41 anos. Ele é bombeiro e sua esposa é secretária. Sua renda anual é de 55 000 dólares. Seu patrimônio líquido, segundo os autores, deveria ser de 225 500 dólares (veja quadro na página 94). Eles têm um patrimônio maior do que esse, conseguem poupar e investir todo ano. Bobbins poderia sustentar sua família por dez anos se parasse de trabalhar hoje. 


2- John Ashton tem 56 anos e uma renda anual de 560 000 dólares, dez vezes mais que Bobbins. Seu patrimônio líquido é de 1,1 milhão de dólares. Mas, pela fórmula desenvolvida pelos autores, levando em consideração a idade e a renda, o patrimônio líquido de Ashton já deveria ser de 3 milhões de dólares. Com seu estilo de vida caro, ele acumulou pouco em relação ao que ganha, e hoje não conseguiria sustentar sua família por mais de três anos se parasse de trabalhar. 

Conclusão: Charles Bobbins tem uma situação financeira mais sólida do que John Ashton, e é mais independente do que ele. Esse exemplo reforça a tese dos autores de que ser milionário envolve uma filosofia de vida - só quem adota um estilo frugal nos seus hábitos pode ser candidato a se tornar alguém verdadeiramente rico algum dia. Em outras palavras, se o seu objetivo é se tornar independente do ponto de vista financeiro, há chances reais de você conseguir; mas, se a sua motivação é ganhar mais para gastar mais, você nunca vai chegar lá. 

Essa frugalidade surpreendeu Stanley e Danko enquanto realizavam a pesquisa. Os autores, em certo momento do seu trabalho, organizaram uma reunião para entrevistar dez chefes de família com patrimônio de 10 milhões de dólares ou mais. Queriam saber, basicamente, quais eram suas necessidades. Para deixar o grupo à vontade, alugaram uma cobertura em Manhattan e contrataram dois chefs de cozinha que serviram quatro tipos de patês e três de caviar. Para acompanhar, sugeriram vinhos Bordeaux de 1970 e Cabernet Sauvignon de 1973. O primeiro milionário, um grande proprietário de imóveis comerciais em Nova York, chegou. Quando lhe ofereceram o Bordeaux, olhou a garrafa com cara de interrogação e confessou só tomar scotch e dois tipos de cerveja. Nenhum dos milionários presentes tocou no caviar nem tomou um gole sequer de vinho. Eles apenas comeram as torradinhas. Os autores aprenderam a lição: depois desse episódio, todas as outras entrevistas foram regadas a refrigerantes e sanduíches. 

Como mostra o começo do texto, os milionários gastam bem menos do que nós imaginamos quando fazem as suas compras. Naturalmente, há pessoas capazes de gastar 64 100 dólares em 110 pares de sapato, em apenas duas horas. Don King, que foi empresário do pugilista Mike Tyson por dez anos, foi o autor dessa façanha numa tarde em Atlanta. O par mais caro custou 850 dólares. Você acredita que muitos milionários vivem fazendo esse tipo de coisa? Pois não fazem. Na verdade, menos de 1% dos americanos pesquisados já gastou 650 dólares ou mais num par de sapatos. A realidade está no extremo oposto. A maioria dos ricos americanos costuma guardar todos os cupons de desconto que vêm nos jornais. Fazem regularmente um orçamento doméstico e controlam suas despesas. Planejam com cuidado as decisões financeiras. Dedicam tempo a gerir seu dinheiro. E, o que faz toda a diferença, têm disciplina. 

Uma pessoa que tem dificuldade para acumular riqueza, revelam Stanley e Danko, gasta três vezes mais tempo por mês fazendo exercícios físicos do que organizando suas estratégias de investimento. Inversamente, dois terços dos milionários americanos pesquisados sabem exatamente quanto gastam com comida em casa, com roupas, com presentes, com carro, com educação. Eles têm objetivos de curto, médio e longo prazos bem definidos. Isso quer dizer: por dia, por semana, por mês, por ano e por toda a vida. Os milionários de verdade, em suma, sabem onde querem chegar. 

Os autores sustentam, de forma talvez polêmica, que indivíduos competentes para acumular riqueza são mais felizes do que aqueles que têm a mesma idade e estão na mesma faixa de renda, mas não estão seguros em relação à sua situação financeira. É a sensação objetiva da independência que os diferencia. Os milionários descritos no livro, em geral, são pessoas capazes de fazer uma troca crucial: sacrificam um alto consumo no presente para se tornar independentes no futuro. Além disso, ficou claro na pesquisa que os bons acumuladores de riqueza gastam o dobro do tempo organizando seus investimentos financeiros do que os acumuladores que estão abaixo da média. 

De fato, o levantamento concluiu que há uma ligação direta entre o tempo gasto com planejamento financeiro e a capacidade de acumular riqueza. É preciso perder menos tempo se preocupando com a possibilidade de não acumular o suficiente para ter uma aposentadoria tranqüila. Em vez disso, o tempo deve ser gasto com ações concretas contra a tendência de consumir muito e investir pouco. A atitude é que faz a diferença entre quem vai se tornar um milionário e quem vai apenas ficar sonhando com isso. Para que toda essa teoria dê certo, a família deve formar um verdadeiro time. É muito mais fácil acumular patrimônio se todos na casa lidam da mesma forma com o dinheiro. 

O que se pode esperar de crianças que vieram de famílias onde o nível de consumo é muito alto, planeja-se pouco e não há disciplina? Essas crianças, quando crescerem, dificilmente conseguirão se livrar do modelo vivido na infância e na adolescência. E, o que é pior, provavelmente nunca ganharão o suficiente para manter o estilo de vida a que estão acostumadas. O contrário também é verdadeiro. Os pais que gastam muito menos do que ganham criam filhos disciplinados e que se tornam auto-suficientes quando adultos. Os pais que gastam muito se afligem, em geral, com preocupações muito características em relação a seus filhos. Têm medo de que eles pensem que o patrimônio dos pais é a sua renda. Temem ter que sustentar seus filhos quando adultos. Os filhos, por sua vez, têm inquietações parecidas: será que meu pai vai poder me sustentar pelo tempo que eu precisar? Muitos filhos de pais indisciplinados não conseguem comprar nem um pequeno imóvel sem a ajuda do pai e da mãe. Cria-se um círculo vicioso. A situação de dependência traz mais medo e insegurança, o que dificulta ainda mais a sua autonomia. 

Os pais dos milionários, ao contrário, não costumam dar dinheiro ou fazer doações para seus filhos e netos. Na verdade, a pesquisa conclui que dar dinheiro ou outros benefícios para os filhos é uma das maiores causas da sua falta de produtividade. E não é só a capacidade de produzir que fica prejudicada, mas a de acumular riqueza e de gerar renda também. Só a sua capacidade de consumir se mantém intacta. Conclusão: dar ajuda financeira acaba enfraquecendo os filhos. Os pais criam um ambiente livre de riscos, de dificuldades e de perigos. Seus filhos não precisam ser corajosos, pois não têm o que temer. Dificilmente se tornarão milionários. 

Crianças que têm pais milionários, com o estilo de vida frugal descrito por Stanley e Danko, têm uma chance em cinco de seguir os passos dos pais - para a média das crianças americanas, essa chance é de 1 em 30. Os autores enumeram dez regras que guiam a educação que os milionários americanos dão a seus filhos: 

1- Nunca dizem a seus filhos que são ricos. 
2- Independentemente do tamanho da fortuna que têm, ensinam disciplina e frugalidade aos filhos. 
3- Asseguram-se de que os filhos não vão perceber o quanto os pais são ricos antes de se tornarem adultos maduros e disciplinados. 
4- Minimizam as discussões sobre quanto cada filho e neto vai herdar ou ganhar de presente. 
5- Nunca dão dinheiro ou presentes de valor significativo para seus filhos adultos, como parte de uma estratégia de negociação. 
6- Ficam longe dos problemas de família dos filhos adultos. 
7- Não tentam competir com os filhos. 
8- Lembram-se sempre de que cada filho é um indivíduo. 
9- Encorajam as realizações dos filhos, mesmo que pequenas. 
10- Dizem sempre a seus filhos que há muitas coisas na vida que valem mais do que o dinheiro. 

Na hora de investir, os milionários também têm a sua própria filosofia. Costumam escolher aplicações com alto potencial de valorização. Destinam boa parte de sua fortuna para negócios próprios, imóveis comerciais, ações e planos de aposentadoria. Todas essas aplicações exigem uma boa dose de planejamento. Os adeptos de um estilo de vida menos regrado costumam fazer outras escolhas na hora de investir. Compram automóveis, jóias, casas de praia e outros bens que depreciam. Outra peculiaridade americana muito forte entre os milionários é investir pesadamente em ações: 95% dos pesquisados têm esse tipo de investimento. Mais: em geral, não ficam especulando, comprando e vendendo impulsivamente a cada oscilação nos pregões - na verdade, acima de 30% deles conservam por mais de seis anos os mesmos papéis. Outro detalhe: os milionários americanos compram ações de empresas que conhecem e de setores da economia dos quais entendem. Exatamente como Warren Buffett, o maior investidor americano, costuma fazer. Além disso, têm o cuidado de contratar bons consultores financeiros para auxiliá-los, embora conservem sempre para si a decisão final. 

O comportamento dos milionários na hora de consumir é especialmente ilustrativo. Já dissemos que a maioria não tem carros importados, nem o modelo do ano. Mas 63% deles preferem comprar carros novos e 54% pesquisam muito antes de assinar o cheque. Podem demorar meses antes de fazer a escolha. Acreditam que, quanto mais procurarem, maiores as chances de fazer uma boa compra e encontrar um bom preço. São muito sensíveis a variações de preço e estão muito mais dispostos a negociar do que gente com menos dinheiro. 

Outras diferenças relevantes entre quem consegue acumular riqueza e quem não atinge esse objetivo estão no tipo de trabalho. Entre os acumuladores de riqueza mais eficientes, quase 60% são autônomos. Esse número cai para menos de 25% quando se fala dos acumuladores abaixo da média. Qual é a relação entre ser autônomo e ser capaz de acumular riqueza? Os trabalhadores autônomos passam mais tempo planejando suas estratégias de investimento do que aqueles que trabalham para alguém. Eles não têm a estabilidade dos empregados, passam por mais altos e baixos e aprendem a se planejar para as mudanças de suas receitas. Os que são empregados dependem muito da empresa e não são tão confiantes na hora de fazer seu próprio planejamento financeiro. A probabilidade de um autônomo se tornar um milionário é quatro vezes maior do que a daqueles que trabalham para os outros. Você pode estar se perguntando: mas ser um autônomo não é mais arriscado do que ter um emprego que garanta uma renda certa no final de cada mês? Um empreendedor responderia que risco, mesmo, é ter apenas uma origem de renda. Se um empregado é despedido, ele perde toda a sua receita. Se um empreendedor perder um cliente, perde apenas uma das fontes de renda. 

Além de retratar quem são e como são os milionários americanos, The Millionaire Next Door presta um serviço aos seus leitores: mostra quais são os serviços mais procurados (e pagos) por esses clientes privilegiados. No capítulo denominado "Encontre seu nicho", o leitor pode ter boas idéias de negócios para atender essa classe de afluentes, que deve aumentar nos próximos anos. Em 1996, os milionários americanos eram 3,5 milhões de pessoas e detinham aproximadamente a metade de toda a riqueza privada do país. Em 2005, esse número deverá ser de aproximadamente 5,6 milhões de pessoas, e 60% da riqueza americana estará nas suas mãos. Eis aí um mercado e tanto para serviços de consultoria financeira, advogados, contadores, educação, saúde e moradia, os nichos de gasto mais freqüentados pelos milionários investigados na pesquisa. 

E no Brasil? Como seria a situação por aqui? Nenhuma pesquisa semelhante, é claro, foi feita entre os milionários brasileiros - na verdade, fora algumas estimativas vagas, muitas delas viciadas por estatísticas oficiais desconexas, é difícil calcular até mesmo quantos eles são. Declarações de renda e patrimônio são sistematicamente puxadas para baixo, mesmo em cadastros bancários ou de cartões de crédito. Para o Imposto de Renda, então... Além disso, a maioria dos brasileiros resiste muito em falar sobre seu patrimônio, embora não se acanhe em exibir seu consumo e seu bem-estar. Mas a simples reflexão sobre muitos dos hábitos retratados no livro de Stanley e Danko leva a crer que, no fundo, talvez não haja tantas diferenças assim - e que a massa dos milionários brasileiros da vida real esteja numa anônima multidão de donos de lojas, postos de gasolina ou empresas de ônibus, prestadores de serviços ou pequenos industriais, produtores agrícolas ou proprietários de imóveis. VOCÊ S.A. vai voltar ao assunto." 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Metas de Ação

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Sou preguiçoso! Sou aquele cara que tem preguiça de começar alguma coisa, por isso fico meses ou anos postergando alguma coisa e isso me deixa muito mal. Quando começo, tudo costuma correr bem e não paro no meio do caminho como a maioria das pessoas. Por exemplo: terminei todos os cursos que comecei, mas morro de preguiça de começar na academia... Quase sempre as coisas que começo a fazer, eu faço bem, da melhor maneira possível, mas sempre buscando o final delas, por exemplo, posso demorar 6 meses pra arrumar minha gaveta de cuecas, mas quando pego pra fazer, arrumo tudo extremamente bem organizado e só paro quando terminar e estiver do jeito que imaginei. Sou um cara que precisa de metas e essas metas são o meu melhor incentivo!

Com dinheiro não é diferente, quando eu era um endividado, não sosseguei enquanto não paguei o último real. Trabalhei feito um fdp durante mais de 3 anos focando no término dos meus carnês e prestações. Eu era obstinado em atingir minha meta e antes do previsto, consegui quitar tudo. Atualmente a vida financeira vai bem, faço bons aportes, procuro estudar sobre investimentos e estou conseguindo resultados muito bons, melhores até que o programado. O problema é que me faltam metas. Vou explicar.

Quando eu era endividado, trabalhava para quitar minhas dívidas de X reais, para isso eu deveria ganhar Y reais todos os meses e sabia que em Z meses minhas contas estaria quitadas. Pois bem, hoje eu trabalho, estudo e invisto visando a independência financeira, mas não sei o quanto preciso de dinheiro e nem quanto tempo deverei investir para bater minha meta. Isso acontece porque, como já comentei no blog, não consigo  saber quanto precisarei para me considerar independente financeiramente, isso envolve N variáveis que não estão ao meu alcance, então acabo ficando meio perdido, sem saber onde quero chegar.

A meta de 100k em dezembro seria uma maneira de mensurar meu progresso, mas de qualquer maneira não tenho uma meta principal, como muitos blogueiros possuem, então não tenho um horizonte pra me guiar no longo prazo. Preciso urgentemente definir, no papel, quais são minhas metas para independência financeira e também metas para desenvolvimento pessoal. Por exemplo, fazem 3 anos que estou querendo obter fluência em inglês, mas isso só fica na cabeça... A primeira meta já foi estipulada: foi estipular metas de ação para as seguintes questões:

1- Venderei a loja antecipadamente ou ficarei com ela mais algum tempo?
2- Qual a minha estratégia de aposentadoria ou semi-aposentadoria?
3- Quanto deverei ter na carteira de investimentos em dezembro de 2013/14/15?
4- O que devo fazer para melhorar o lado pessoal?
5- O que estou disposto a sacrificar em prol de aumentar os aportes?

Percebam que ainda não sei como definir a meta da bola de neve para a independência financeira, isso porque continuo sem saber o quanto será preciso, mas definirei uma estratégia de aposentadoria que me leve a essa definição posteriormente, mas estabelecer metas para os próximos 3 anos servirá para me ajudar definir melhor esse número. O prazo para essas definições será 30/09/2012.

Para cada meta, eu farei uma postagem explicando como cheguei no resultado, como poderei modifica-la durante o prazo de conclusão e como farei para conclui-la.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Imóvel Novo - Juntando o Útil ao Agradável

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Em 16 de junho, no texto sobre Independência Financeira x Conforto, basicamente eu relatei o sofrimento que passo com vizinhos barulhentos e se vale a pena ou não abrir mão de conforto, sacrificando a saúde mental, em prol de aportar mais forte. Minha ideia no post é que não vale a pena nos privar de certos confortos, como o de morar num local tranquilo e agradável, para juntar dinheiro para a independência financeira.

"PRIORIZAR O CONFORTO: Abrir mão de uma parcela considerável dos meus aportes pra mudar de bairro, comprando um apê em outra região, de preferência no último andar de um prédio de 35 andares. Por outro lado poderia alugar meu atual apê que foi comprado antes do inflamento dos preços dos imóveis, o que, teoricamente me daria um bom retorno, e dessa forma, minimizaria o fato de ter uma grande quantia de dinheiro empatada num imóvel."

Essa era uma opção que poderia prejudicar meus investimentos mas me dar mais conforto, e consequentemente mais saúde. Tenho planos de mudança para outra região do país (litoral de São Paulo ou até mesmo o nordeste), mas por um bom tempo isso não acontecerá, então focar numa mudança aqui mesmo em São Paulo pode ser algo sensato.  Pensei então em comprar um imóvel novo para moradia. O valor pago nesse imóvel não estaria totalmente imobilizado para moradia, já que o apê onde atualmente resido, poderia ser alugado gerando fluxo de caixa. Andei pesquisando sobre imóveis em regiões que gosto, e conclui que comprar um apartamento pode ser um bom negócio por alguns fatores:

1- Ter um apartamento num local melhor, com características mais agradáveis ao gosto meu e da Bia, fugindo do barulho e de pessoas inconvenientes (pessoas mal educadas estão em todos os lugares, mas há maneiras de blindar um pouco essa questão: andar alto, local mais elitizado, etc).

2- Comprando uma apartamento na planta, posso decidir se usarei como moradia ou revenderei com lucro quando o mesmo estiver pronto, o tempo entre a comprar e entrega é suficiente para amadurecer a decisão a ser tomada;

3- Seria uma forma inteligente de investir parte do meu aporte e também o lucro da empresa, uma maneira de diversificação em algo seguro e que me atrai;

4- Os locais que tenho analisado ainda estão com preço razoável porque ainda não atingiram o limite de crescimento do bairro, portanto, a chance de valorização é ótima.

A ideia de comprar um apartamento antigo, reforma-lo e vende-lo é muito atraente, seria algo que me traria muita satisfação, mas caso eu opte por comprar um apartamento agora, será um "zero quilômetro" que a princípio atenda meus requisitos de moradia. Isso porque a ideia original é comprar, mudar para o novo e alugar o antigo. Se eu gostar da experiência, pode ser que adote a ideia original de comprar, reformar, vender ou alugar.

O que vocês acham sobre investir em imóveis físicos? Alguém faz algo assim?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Socialização: Ainda dá tempo!!!

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Desde o começo do blog, venho comentando sobre um problema que enfrento: a dificuldade de socialização. De uns anos pra cá, cada vez mais, tenho problemas de convivência em sociedade, não consigo me enturmar, não consigo conversar com as pessoas, não consigo fazer amizades, etc. Muito disso deve-se a minha timidez, que se agravou com o tempo, mas grande parte desse problema é devido a incompatibilidade de gostos e ideias.

Muitos blogueiros já relataram o mesmo, dizem que depois que começaram a buscar educação financeira acabaram sofrendo preconceito e dificuldade de conversar com outras pessoas sobre dinheiro. Isso também acontece comigo, mas de uma forma um pouco pior: não é só em relação a dinheiro que não consigo conversar, é sobre tudo. Não gosto de futebol, não gosto de músicas populares, não gosto de discutir religiões, não tenho filhos, não tenho patrão e nem consigo conversar sobre assuntos idiotas como se vai chover ou sair sol. Resumindo, sou extremamente chato e bicho do mato!

A tempos isso vem me incomodando e me deixando meio down, não acho a ausência de amigos uma qualidade, mas sim um grande defeito.  A ideia do "antes só do que mal acompanhado" é verdadeira, mas viver só não é legal. Não via muito jeito disso melhorar, afinal, o nível intelectual da população vai de mal a pior, mas um fato me deixou mais esperançoso.

Como já relatei, sou formado em uma profissão que me agrada bastante, mas que não exerci de maneira satisfatória, afinal durante a faculdade eu já era propriOtário da minha primeira loja. Essa semana rolou um reencontro do pessoal da faculdade. Fiquei meio indeciso, afinal mantive pouco contato com o pessoal desde que me formei a alguns anos atrás, mas acabei indo. Foi a melhor coisa que fiz nos últimos tempos, durante algumas horas convivi novamente com pessoas interessantes, inteligentes e com papo legal. Conheci pessoas novas (namorados, esposas dos colegas) e conversei sobre assuntos legais com pessoas que falam bom dia, usam plural e se atentam para concordância verbal e nominal. Isso porque eu nem bebi!!!

Fiquei contente por descobrir que ainda consigo me socializar e que o problema não está somente comigo, mas sim na sociedade onde estou atualmente inserido. Fico perdido e me isolo das pessoas porque não tenho nenhuma afinidade com elas, a partir da hora que consigo conversar com pessoas com perfil parecido com o meu, a coisa muda. Fiquei contente também por concluir que não estou emburrecendo, mas estagnado, o que já é uma vitória.

Tenho ainda mais motivos pra mudar radicalmente minha vida, afinal de pouco importa ter dinheiro e me sentir excluído e distante de pessoas que possam agregar algo na minha vida. São coisas pra se pensar...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sobre Política e Morar no Exterior

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Odeio política! Simples assim... Tenho asco, nojo absoluto por qualquer político. Não suporto essa época eleitoral, com cavaletes mostrando rostos sorridentes e cheios de botox, carros de som com suas musiquinhas idiotas e cabos eleitorais sujando nossa cidade com panfletos. Infelizmente, tenho alguns colegas de infância que são candidatos, sorte que não tenho contato direto com eles, mas já os eliminei do Facebook. Na minha opinião toda e qualquer pessoa que tenta um cargo político não é uma pessoa confiável e honesta. Pessoas honestas, éticas e sérias JAMAIS se envolveriam com a sujeira que é a política no Brasil.

O problema é que odiar política me traz alguns efeitos colaterais. Sei que todo investidor que se preze deve acompanhar notícias políticas pra ficar por dentro do que está acontecendo no país, mas eu não consigo, já tentei, mas não há a menor condição de ler essas "novidades" que na realidade é sempre a mesma coisa: corrupção, caixa 2, mentiras e poker faces. Além disso, fico sem papo com as poucas pessoas que consigo manter uma conversa proveitosa e esse é uma coisa que me incomoda, me sinto mal, um alienado. Quase sempre o máximo que sei sobre determinada pauta política é o que ouço por cima nos jornais da tv.

Brasil


Não sou nem nunca fui patriota, uma pessoa que serve de advogado do país onde vive e só vê as coisas boas. Como vou amar um país nojento como o nosso? Tenho consciência que o Brasil tem muitas virtudes, mas os defeitos são muito pesados, o que desequilibra o "custo benefício".

Ao ler o depoimento do P.J. fiquei com uma coisa  na cabeça: ele diz que quer mudar para os EUA com a esposa. Conheci alguns países, mas sempre com olhar de turista, então não tenho muito o que concluir sobre essa decisão. Fui pesquisar a respeito e achei um blog (http://brasileirovivendonoseua.blogspot.com.br/), de um cara que foi para os EUA e não pretende voltar. Li praticamente tudo e concluí que somos alienados e acomodados demais com nossa situação. Sou preguiçoso e de maneira alguma vou falar em revoluções populares, manifestações, etc. Sou aquele cara que quando está incomodado, simplesmente vira as costas e vai embora. Se eu mudaria pra outro país? Não sei. Mas é algo pra se pensar. Viver num país mais justo e respeitador é algo no mínimo relevante.

Tenho alguns amigos morando no exterior e nenhum deles querem voltar. Nem mesmo uma amiga que mora na Espanha, segundo ela, mesmo com a crise barra pesada de lá, é um país melhor que o Brasil.

Alguém aqui já morou ou mora no exterior? Como foi? Sairia definitivamente do Brasil? Quais as motivações?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Fundos Imobiliários - FAED11B - FVBI11B - FEXC11B

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Continuando meus estudos sobre fundos imobiliários, defini alguns papéis que julguei interessante. Inicialmente fiquei receoso em investir em fundos de papel (recebíveis imobiliários) por julga-los mais distantes do conceito de investir em imóveis físicos, porém, ao parar e analisar friamente conclui que esse tipo de papel é bem interessante: boa rentabilidade atrelada a diversificação, então minha carteira terá esse tipo de ativo.

Já realizei a compra de 21 cotas do BCFF11B a R$ 123,00. Dessas 21, 15 foram compradas no mês passado usando a verba da minha carteira de estudos. A cotação subiu, caiu e hoje comprei mais 6 cotas pelo mesmo preço das primeiras, então decidi colocar tudo num bolo só e incluir na carteira principal.

Os ativos que estou de olho são:

FAED11B

Fundo Imobiliário cujo objetivo é a compra de imóveis comerciais e posterior locação à Faculdades Anhanguera através de contratos de longo prazo. O fundo não visa obter lucro em operações de compra e venda, mas sim na locação dos imóveis. O pagamento dos rendimentos acontece no 10º dia útil do mês e em julho foi de 0,753%.

Considero uma boa opção de fundo de tijolo, apesar de ter um único locatário. Ao meu ver faculdades são mais robustas que hospitais, por exemplo, e a Anhanguera tem crescido bastante com a compra de outras universidades como a Uniban. Além disso a marca está se consolidando e acredito num crescimento a longo prazo devido a carência de ensino superior, ainda mais voltado a classe C.

O problema é que o fundo está um pouco caro (R$ 149,00 em 13/08/2012), mas ainda não sei como avaliar essa questão de preço. Fundos de tijolo tendem a ter rentabilidade menor, mas considero que esse fundo está com uma rentabilidade legal num cenário favorável.

FVBI11B

Fundo VBI FL 4400. Esse é um fundo misto, que investe em recebíveis imobiliários e em imóveis comerciais, particularmente 50% do edifício localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 4400 em São Paulo. 

Conheço a região da localização desse prédio, é simplesmente o local mais procurado e ocupado por grandes empresas. A região (Itaim, Pinheiros e Vila Olímpia) tem demanda maior que oferta de escritórios e lajes comerciais, o que leva a bom retorno de aluguéis, além de baixíssima vacância. Os principais locatários desse prédio são os bancos Bic, Barclays e UBS além do estacionamento Netpark.

O fundo pagará 0,75% ao mês até 2014 (em cima da cota original de R$ 100,00; correto?), o pagamento é realizado no 5º dia útil. Considero uma boa opção pois o valor do aluguel tende a aumentar e além disso está num preço ainda razoável (R$ 111,20 em 13/08/2012).

FEXC11B

É um fundo de papel, investe em recebíveis imobiliários e outros ativos. Possui rentabilidade indexada ao IGPM, o que torna uma das poucas opções de investimentos atrelados a esse índice. É bastante diversificado. Possui excelente rentabilidade (1,38% em julho), mas possui volatilidade nos rendimentos.

Acredito que o valor ainda ainda esteja atrativo (R$ 126,00 em 14/08/2012) perante a rentabilidade dos últimos meses.

O que vocês acham desses papéis?

domingo, 12 de agosto de 2012

Você tem capacidade pra ser pai?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Hoje é dia dos pais, uma data que tem menos a ver com o sentimento paterno e mais com comércio. Sustento minha opinião que toda e qualquer data comemorativa existe somente para torrar dinheiro, é tudo consumismo! Claro que como comerciante, também me aproveito de algumas datas, mas isso é papo pra outro dia...

Hoje quero passar uma mensagem aos pais. Como vocês sabem, não terei filhos, então não tenho know how algum pra falar o que fazer ou não na criação de um filho, nem tenho saco pra tratar disso. Eu não sou pai, mas sou filho e aprendi muita coisa com meu pai, coisas boas, mas também muitas coisas ruins.

Meu pai foi um "bom pai", no geral não posso reclamar, acredito que ele fez o melhor que estava a seu alcance pra me criar, aos trancos e barrancos pagou meus estudos até o ensino médio e nunca tivemos dificuldades financeiras gravíssimas. Ele sempre foi "um cara legal", brincava comigo, me ensinou a dirigir, me ensinou a arte da negociação, nunca escondeu a situação financeira que passávamos, algo que me fez amadurecer e aprender que a vida financeira é algo possivelmente cheio de altos e baixos.

Minha reclamação vai para algo que todo pai tem obrigação de ensinar ao filho: ética e moral. Meu pai é uma pessoa, digamos... ... ... ... enrolada. Não, ele não é nenhum assassino, traficante ou algo pesado do tipo, mas também não serve de exemplo de honestidade e moralidade. O velho é o típico sexagenário que viveu a base dos nojentos jeitinhos brasileiros, propininhas, rolinhos, cambalachos, trocas de favores e outras coisas não muito certas. Se parar para pensar, o Brasil ainda é baseado nesse tipo de coisa, imaginem a 30 ou 40 anos atrás, na época da ditadura, hiperinflação e ausência de internet, fazer esse tipo de coisa era questão de sobrevivência pra alguém com pouca instrução. Falta de educação financeira a parte, acredito que boa parte dos problemas financeiros que o velho passou (e eu por tabela) foi devido a desonestidades. Sou da filosofia que tudo o que começa errado, termina errado.

O velho achava essas coisas naturais e jamais se preocupou de esconder de mim, aliás, eu sabia de tudo o que ele fazia, afinal, sempre andei colado a ele, era só ele pegar a chave do carro que eu saia correndo pra ir junto. Cresci aprendendo esse tipo de coisa e naturalmente repeti alguns desses cambalachos até perceber que as migalhas ganhas com sonegação fiscal, por exemplo, não rende, é um dinheiro que desaparece. Troca de favores é a pior coisa que existe, nada melhor que preto no branco, toma lá dá cá. É muito mais fácil andar com sua CNH em dia que tentar corromper o guarda, você dorme tranquilo sabendo que cobra um preço justo pelo serviço ou mercadoria que vende, etc.

Então, minha mensagem nesse dia dos pais é para você que é ou pensa em ser pai: tome cuidado com as coisas que você faz na frente do seu filho. Procure ser ético e ensinar isso a ele, não jogue lixo na rua nunca, principalmente na frente do garoto, ensine-o que corrupção não existe só em Brasília e que é feio levar vantagem em cima da desgraça alheia. Não esqueça que seu filho se espelhará em você por muitos anos, provavelmente até os 20 anos ou mais. Eu tive sorte por perceber as coisas erradas que meu pai indiretamente me ensinou antes dos 30, mas isso nem sempre pode acontecer. Antes de pôr mais um cidadão no mundo, analise se você tem essa capacidade, se você é uma pessoa boa, ética, honesta e justa. Se alguma dessas virtudes não for um traço da sua personalidade, pelo amor de Deus, Alá e Maomé: NÃO TENHA FILHOS!!! 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cursos da Bovespa

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Alguém já fez os cursos oferecidos pela Bovespa?

http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/educacional/cursos/cursos.aspx?idioma=pt-br

Lembro-me que quando eu ainda era um endividado, tinha muita vontade de fazer esses cursos, mas acabei deixando passar e esqueci dessas opções. Vi que tem vários cursos gratuitos e outros com preço baixo. Será que vale a pena?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Atualização Mensal de Idéias - Agosto/2012

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Profissional


Como programado, o faturamento da empresa não foi lá essas coisas em julho. Estava esperando uma queda, que não se confirmou, por fim houve empate com junho. Nada mal! Espero que em agosto pelo menos empate novamente, mas um aumento do faturamento seria bem vindo.

Novamente consegui tirar um pouco do dinheiro que investi na empresa e assim deverá ser até outubro, depois disso pretendo aliviar um pouco meu ritmo de trabalho, colocando funcionários de maneira a minimizar minha carga horária. Isso já está me trazendo problemas, já que está cada dia mais difícil arrumar gente pra trabalhar, mesmo sendo remunerada acima do mercado (como faço). Uma possível venda precoce da empresa também não está descartada.

Pessoal


Como disse no mês passado, estou com problemas pessoais que exigem tempo para serem resolvidos. Felizmente tudo está caminhando para um final feliz, e em breve tudo estará normalizado. Posso dizer que essa experiência que estou passando está me fazendo amadurecer muito. Infelizmente as vezes precisamos "tomar na cabeça" pra aprender as coisas. Quando tudo passar pretendo fazer um post falando de algumas coisas que fui obrigado a refletir. Posso antecipar que muita coisa vai mudar na minha vida!

Dinheiro

Refiz minhas planilhas, consegui organizar tudo, detalhar meus investimentos, etc. Confesso que estava mais bagunçado que o esperado. Embora eu não concorde muito com a planilha do sistema de cotas do AdP, passei a usa-la desde junho para padronizar com os demais blogueiros. Infelizmente a planilha de registro do investimentos do AdP não me serviu, mas fiz uma bem legal pra minha realidade.

Geral

Provavelmente divulgarei meu patrimônio somente até dezembro. Cada dia vejo que esse dado é irrelevante a real finalidade do blog que é discutir ideias e objetivos de vida. Além disso, sinto que minha identidade pode ser revelada, mais cedo ou mais tarde, então quando isso acontecer não quero que meu patrimônio fique visível. Dessa forma, acho que conseguirei me aprofundar nos detalhes de certas coisas que tenho vontade de discutir, contribuindo pra o aprendizado de todos que frequentam o blog.

A ideia de dar uma reviravolta na vida e mudar para uma cidade com qualidade de vida melhor que em sampa nunca esteve tão em evidência. O sonho de morar numa cidade praiana, quente, com gente agradável não me parece tão irreal, aliás, é algo bem palpável, mas somente realizável após obter pelo menos 50% de independência financeira.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Atualização Mensal – Julho/2012

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Minha rentabilidade foi legal (0,96%). Sei que esse valor está um pouco inflado pelo cartão vermelho que  a ELPL4 recebeu da minha carteira de investimentos. Conforme comentei aqui, decidi manter essas ações pra estudo mas elimina-las da minha carteira. Conforme questionado pertinentemente pelo General, essa atitude não foi matematicamente correta com minha rentabilidade já que o que fiz foi praticamente vender as ações pra mim mesmo pelo preço que paguei, ou seja, absorvi totalmente o prejuízo com meu próprio dinheiro. A justificativa pra isso é ter uma visão real do valor do rendimento da minha carteira de investimento.

Essas ELPL4 foram destinadas a minha carteira de estudos, ou seja, separei uma grana pra fazer testes. Com esse dinheiro comprei uma merrequinha de BCFF11B e tem mais um pouco de dinheiro parado na corretora esperando minha vontade de fazer algum trade pra ver qualéquié. Daqui pra frente somente farei investimentos "de verdade" na carteira principal após fazer testes nessa carteira de estudos pra não ter que fazer trapaças comigo mesmo!

Como disse no mês passado, em julho efetuei a substituição do meu colchão de segurança. Meu colchão antigo estava na poupança velha e pra não mexer nele, resolvi transferi-lo para a carteira de investimentos, formando um novo colchão na poupança nova. Portanto a partir desse mês, a modalidade poupança estará presente no meu portfólio. Com isso meu aporte foi praticamente dobrado (R$ 16.993,98). Provavelmente em agosto farei mais um aporte na poupança, na realidade será outra substituição, de uma poupança antiga da Bia.

Além da carteira de investimentos e da carteira de estudos, tenho mais algum dinheiro sendo guardado na poupança. Esse dinheiro é proveniente do retorno do investimento na minha empresa. Como já comentei, ainda não sei o que fazer com essa grana, tentei negociar um desconto nas parcelas que ainda tenho que pagar ao antigo proprietário da empresa, mas ele não tem pressa pra receber!!! Não vou trocar de carro como cogitei nem tomar tudo de Blue Label, muito menos fumar de Cohiba. Só colocarei essa grana na carteira de investimentos quando a empresa estiver quitada. Provavelmente vou procurar algum CDB de resgate diário pra colocar essa grana, já que poderei precisar dela a qualquer momento.

Resumo da carteira em 01/08/2012:


Minha atualização profissional e pessoal sairá na Atualização Mensal de Ideias nos próximos dias.


Bom mês a todos!