sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O Carro de R$ 12 mil

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Como disse nas últimas postagens, entrei em mais um negócio, dessa vez me descapitalizei e enfiei meu carro no rolo da loja, tudo pra não fazer dívidas. Meu carro era um sedã de 6 anos de idade e R$ 30 mil. Fiquei a pé (nem tanto porque tenho a moto) pela primeira vez em 15 anos e isso não foi exatamente agradável...

Uma das minhas vontades é um dia não precisar ter carro. Sou daqueles caras que gosta de carros, tem conhecimento até que avançado pelo assunto, enfim, carro é um negócio que atrai minha atenção. Adoro dirigir carros diferentes e é óbvio que adoro um motor grande com potência de sobra. Porém, mesmo assim, o fato de carros serem um passivo incômodo e uma fonte de problemas vai contra meu estilo de vida minimalista. O cenário ideal pra mim seria poder não precisar ter carro mas ter acesso fácil e barato a carros alugados quando fossem necessário. Sou daqueles que acredita que você deve alugar tudo o que for possível alugar ao invés de comprar. Infelizmente não moro em Barcelona nem em Londres, portanto carro é um mal necessário. ((Observação: uma das coisas que me incomoda no estilo de vida americano é a dependência de carros, mas ao menos eles estão preparados pra isso e ter um carro não significa ter um filho em termos financeiros como acontece no Brasil.))

Pois bem, passei as últimas semanas andando de moto e de metrô. Me recuso a usar ônibus em São Paulo tamanha a ineficiência, como os deslocamentos secundários que faço são relativamente curtos prefiro andar a pé. O metrô de São Paulo, por outro lado, é um dos melhores que já tive oportunidade de usar, uma pena que é minúsculo em quantidade de linhas e estações. Andar de moto já foi mais divertido, quando moleque eu nem ligava pra frio e chuva, coisas que hoje me incomodam bastante. Então decidi que teria que comprar um carro novamente o quanto antes.

Aí surgiram as opções, por estar com praticamente toda minha grana investida nos negócios o fantasma do financiamento começou a rondar minha cabeça. Embora goste de carros, não tenho muitas exigências em relação ao que comprar, quero sempre ter um carro confortável com itens como ar condicionado, direção hidráulica e câmbio automático. Não abro mão de segurança, portanto ABS e air bags também entram na minha lista. O teto de 30 pau seria mais que o suficiente pra achar um bom carro com esses itens então pensei em pegar um carro de R$ 30 mil 100% financiado e adiantar as prestações, pagando-o em poucos meses. O que mais me incomodou nessa ideia nem foi o fato de ter que pagar juros e sim a burocracia de ter que preencher formulários, tirar cópias de documentos, assinar papéis, esperar aprovação de banco (humilhante pra caralho, diga-se de passagem)...  Desisti e resolvi cometer o que muitos podem chamar de loucura: comprei um carro de R$ 12 mil e  quase 20 anos de idade!

Achar esse carro foi até fácil, um cliente que mexe com carros me apareceu com o dito na loja, dei uma volta e fechei negócio, paguei em cash. Pode parecer estranho (aliás, sou estranho mesmo), mas estou muito contente com esse carrinho, aliás, poucas vezes na vida fiquei tão contente por ter comprado alguma coisa. Pode ser pelo fato do carro ser um daqueles sonhos de menino, quando moleque eu adorava esse modelo e finalmente pude compra-lo; ou pode ser pelo fato de ter novamente pensado fora da caixa e ter ido contra a manada. Enfim, o fato é que tenho um carro barato, bom, potente, seguro, de manutenção fácil e principalmente (do ponto de vista financeiro): não pago seguro e o IPVA é uma merreca.

Levei meu carrinho no mecânico, dei uma geral, deixei pronto pra briga. Não faço ideia se terei um problema grave como uma transmissão estourada ou um motor fumando num futuro próximo, mas se isso acontecer me livro dele rapidinho, até lá terei um pouco mais de capital e poderei comprar um carro melhor. Carro é um mal necessário então acho interessante faze-lo custar o menos possível. Vamos ver se essa decisão foi acertada ou loucura mesmo...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O Cliente Sempre Tem Razão... SQN!

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Vejam o vídeo ao lado. Um francês, dono de restaurante francês no Paraná dando pití por um comentário negativo sobre seu restaurante no Trip Advisor. Engraçado, sem dúvidas, mas é um caso interessante de se analisar: o cliente sempre tem razão?

Minha resposta é um sonoro NÃO! Não, o cliente nem sempre tem razão. Essa história que o cliente sempre tem razão é furada, se sua empresa entrar nessa com certeza estará fadada a quebrar. O cliente é seu patrão, você deve sempre trata-lo bem mas jamais concordar com ele sob quaisquer circunstâncias.

O principal diferencial das minhas lojas é o atendimento, prestamos um serviço muito bom, bem superior a média do mercado, temos respeito pelo consumidor, tratamos todas as pessoas que colocam os pés dentro das lojas com educação, cordialidade, sorriso no rosto e principalmente boa vontade. O foco é resolver o problema do cliente de maneira que ele saia satisfeito, com aquela mercadoria que ele foi comprar e melhor, com a mercadoria mais apropriada pra realidade e necessidade dele, num prazo rápido e descomplicado. Parece propaganda revolucionária, certo? Pode até ser, mas o que fazemos nas lojas é somente o mínimo que deveríamos fazer, mas vivemos num ambiente tão cretino que qualquer coisa um pouco superior a média baixíssima da qualidade de serviço já nos coloca degraus acima da concorrência e mesmo durante crises há gente disposta a pagar um pouquinho mais pra ser bem atendido.

Então sempre fazemos tudo o possível pra deixar o cliente satisfeito e ele voltar, mas infelizmente vivemos hoje numa época de muito direito e pouco dever. Muitos clientes são espertinhos, querem levar vantagem em cima de tudo e na loja não é diferente. É aquela história, você dá um braço o cara quer uma perna. Esse tipo de cliente engraçadinho quebra a cara em minhas lojas, não há espaço pra eles, não preciso deles. Um exemplo: cliente que quer precificar produtos: um determinado produto custa 6, o cliente quer pagar 3 dizendo que no concorrente X ele paga 3. Porém o preço de custo é 4, sabemos que isso é mentira. Eu até poderia fazer um desconto e vender o tal produto por sei lá, 4,50; mas não faço isso. Para esses o preço é 6, quer quer, não quer vá embora. Para esses há uma gama imensa de concorrentes que queimam mercadoria achando que essa é a melhor estratégia. Prefiro vender menos, com margem de lucro maior que no fim das contas deixa a mesma quantia no caixa com muito menos carga de trabalho.

Temos uma política de troca ao estilo americano: a ordem é trocar mercadorias sem "por quês", mas dentro da legislação e regras da empresa que estão extremamente explícitas. Se você compra um elefante na minha loja e quer trocar no dia seguinte por 1 camelo, ok, nós faremos a troca com um sorriso no rosto, devolveremos a diferença em dinheiro (todos sabem que um camelo é muito mais barato que um elefante) mesmo que a compra fora feita com cartão de crédito. Não ligo pra mixaria, não fico arrumando probleminha pra dificultar a vida do meu cliente. Não temos mínimo pra passar no cartão de crédito como a maioria das empresas inventa ter (sim, não existe bloqueio nos POS de cartão, isso é invenção da empresa pra forçar venda). Não ficamos com cara de bunda quando um cliente dá uma nota de 50 pra cobrar 1 (perguntamos educadamente se não tem mais trocado ou se tem algum valor pra facilitar), a obrigação de toda loja é ter troco. Tenho 10 mil reais empatado na forma de moedas e trocados e isso não é mais que obrigação.

Mesmo pensando em todos esses detalhes, sempre haverá gente insatisfeita. Fui acionado na justiça por não lançar uma venda de menos de 50 reais no CPF de um infeliz (nota fiscal paulista), num acordo extra judicial lancei mais de 500 reais no CPF do chorão pra compensar esse erro. O cara continuou com o processo, fui acionado novamente. Pra resumir a história meu advogado virou o negócio contra o infeliz, alegou que ele estava agindo de má fé e somente em busca de alguma indenização. Agora o processado é ele, semana que vem teremos uma audiência. O cara quis crescer subindo nas minhas costas se fodeu, ele é quem tem uma bucha pra resolver agora.

Entenda uma coisa, você jamais agradará todo mundo, você sempre pegará algum aproveitador pela frente, portanto é impossível se blindar contra esse tipo de problema. O que pode ser feito é tentar agradar a maioria, seguir pela média. O cliente tem razão até o ponto que começa a sua razão e jamis deve-se deixar o cliente passar por cima disso.

Não conheço o francês do vídeo, muito menos o restaurante dele (aliás, nem faço questão porque comida francesa é horrível, puta que pariu, pior que a mistureba nojenta francesa só os peixes crus dos japoneses (foi mal aí japonesada, mas sua comida é osso...), vou no Paris 6 só pelas sobremesas), acho que ele tem um ego inflado o que pode atrapalhar o julgamento sobre o negócio, porém, não podemos deixar de lembrar que opinião de Trip Advisor está longe de ser algo fiável. Sem dúvida ele é um excelente site de reviews, mas como tudo o que tem a mão do ser humano sem nenhuma forma de controle, é também um covil de gente chata e reclamona. Se o paraíso estivesse no Trip Advisor, com certeza teria gente reclamando que é um lugar chato e sem graça... Tem gente que disse aqui mesmo nesse blog que não viveria nos EUA porque não tem graça viver num bairro planejado, com asfalto perfeito e sem pessoas fazendo funk na rua... Depois dessa não duvido de mais nada.

O resumo do objetivo dessa postagem é: 1) se você tem uma empresa, seja legal com seus clientes mas jamais deixem-os montarem nas suas costas, se a coisa engrossar, deixe-os resolverem na justiça. 2) não seja um cliente idiota, comerciantes não são otários, não farão (ou pelo menos não deveriam fazer) tudo por um cliente. Tenha bom senso nas suas críticas e se tiver um elogio, não esqueça de faze-lo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Filhinho Petista

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Bia achou esse texto flutuando no Facebook, não sou de compartilhar coisas assim mas achei tão genial que resolvi colocar aqui no blog, talvez você já tenha lido, mas de qualquer forma vale espalhar a ideia. Infelizmente essa é a mais pura verdade, a maioria da molecada revolucionária jamais trabalhou e esse é um dos motivo pelos quais defendo que todo moleque deveria começar a trabalhar no máximo aos 14 anos. É muito fácil ficar na aba do papai, vomitando ideias revolucionárias. Veja bem, as ideias socialistas são tão estúpidas que as pessoas deveriam se envergonhar de defende-las, não há o que justifique alguém ganhar sem trabalhar, não há o que justifique que aquele que mais trabalha, que enfrenta mais riscos, que mais coloca o seu na reta não possa ter lucro e enriquecer. Acha injusto seu patrão "ser rico", andar de Mercedes e morar no Pacaembu enquanto você recebe uma merreca pra dar duro na "firma"? Ok, é seu direito, mas se quiser mudar a realidade, faça o mesmo que ele. Ah, não nasceu em berço de ouro, não tem condições financeiras de começar uma empresa? Corra atrás daquilo que é possível perante sua realidade, há sempre chance de melhora na sua vida, mas é preciso se mexer. Infelizmente nem todo mundo nasceu bonito, com queixo quadrado e o bolso cheio. Contente-se com a sua realidade, mas corra atrás de coisas melhores dentro dela. Sempre haverá gente em situações muito piores e muito melhores. Se você não consegue ser um empresário fodão porque não teve dinheiro pra começar um negócio ou não teve sorte, beleza, mas sempre será possível obter algum nível de crescimento profissional e pessoal, ainda mais hoje em dia com internet. Não há o que justifique esperar as coisas caírem do céu ou a mamãe Dilma dar. Socialismo é coisa de preguiçoso e o sucesso nunca bate na porta dos preguiçosos.



Israel Carneiro with Paulo Ikeda
"O pai chega em casa vestido numa novíssima camisa do PT. Entra no quarto do filho e beija o retrato de Che Guevara na parede.
O rapaz espantado pergunta:
- Que é isso paí? Ficou maluco? Logo você que é o maior “coxinha”, “reaça” de primeira vestindo a camisa do PT?
- Que nada filho! Agora sou petista! Conversamos tanto sobre o Partido que você me convenceu! PT! PT! VIVA O PT! – grita o velho.
O rapaz, membro do DCE da universidade onde já faz um curso de quatro anos há oito anos e fiel colaborador da JPT não se aguenta de tanta alegria!
- Senta aí companheiro! Vamos conversar! O que foi que te levou a essa decisão?
O pai senta-se ao lado do filho e explica:
- Pois é… cansei de discutir contigo e passei a achar que você tem razão. Por falar nisso, lembra do Luís, aquele que te pediu dois mil reais da tua poupança emprestado para dar entrada numa moto?
- O que tem ele? Pergunta o filho…
- Pois é.. Liguei pra casa dele e perdoei a dívida. E fiz mais! Falei que ele não precisa se preocupar com as prestações, pois vou usar oitenta por cento da sua mesada para pagar o financiamento!
- Pai!!!!! Você ficou louco? Pirou?
- Filho, lembre-se que agora nós somos petistas! Perdoar dívidas e financiar o que não é nosso com o que não é nosso é a nossa especialidade! Temos que dar o exemplo! E tem mais! Agora 49% do seu carro eu passei para sua irmã. Vendi pra ela quase a metade do seu carro! Dessa forma você continua majoritário mas só podendo usá-lo em 51% do tempo!
- Mas o carro é meu, papai! Não podia fazer isso! Não pode vender o que é seu!
- Podia sim! Nossa Presidenta fez isso com a Petrobrás e você foi o primeiro a apoiar! Só estamos seguindo o caminho dela!
O garoto, incrédulo e desolado entra em desespero, mas o pai continua:
- Outra coisa! Doei seu computador, seu notebook e seu tablet para os carentes lá do morro. Agora eles vão poder se conectar!
- Pai! Que sacanagem é essa?
- Não é sacanagem não, filho! Nós petistas defendemos a doação do que não é nosso, lembra? Doamos aviões, helicópteros, tanques… O que é um computador, um tablet e um note diante disso?
Prestes a entrar em colapso, o garoto recebe a última notícia:
- Filho, lembra daquele assaltante que te ameaçou de morte, te espancou e roubou teu celular? Vou agora mesmo retirar a queixa e depois para a porta da penitenciária exigir a soltura dele, dizendo que ele é inocente!
- Pai… pelo amor de Deus… Você não pode fazer isso… O cara é perigoso!
- Perigoso nada! É direitos humanos que nós pregamos, filho! Somos petistas com muito orgulho!
- Mas o cara me espancou! Me roubou, pai!
- Alto lá! Não há provas disso! Isso é estado de exceção! O rapaz é inocente! Nós fizemos a mesma coisa com os companheiros acusados no mensalão!
- Mas ele estava armado quando a polícia chegou!
- E daí????? Ele estava armado mas quem prova que a arma era dele? A revista Veja? Isso é coisa de reaça, filho!
- Papai, você ficou doido!
E o pai finaliza:
- Fiquei doido? Na hora de defender bandido que roubou uma nação você é petista, mas se roubarem você, deixa de ser. Na hora de doar, perdoar dívidas e fazer financiamentos com o que é dos outros, você é petista. Mas se fizer o mesmo com você, deixa de ser. Na hora de dilapidar o patrimônio nacional, vendendo o que é mais precioso e não pertence ao PT e sim ao povo, você é petista, mas se vender metade do que é seu, você deixa de ser!
Dito isso, tirou o cinto de couro grosso e mandou a cinturada no moleque!
- TO-MA IS-SO SEU CRE-TI-NO PRA APRENDER A SER HOMEM E ASSUMIR SUAS IDÉIAS! VAGABUNDO ORDINÁRIO! SALAFRÁRIO! PEGA AS SUAS COISAS E SUMA DAQUI!
- Vou pra onde, papai? Perguntou chorando…
- FODA-SE! Agora você é um dos sem-teto que você defende, seu moleque cagão! E vai se consultar com médico cubano, porque eu cancelei teu plano de saúde!
Dois dias depois o moleque bateu na porta curado. Não era mais petista e não havia mais DCE ou JPT. E nem chamava o pai de “reaça”.
O milagre da educação aconteceu. O mal do petista é falta de cinturada no lombo!..