sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Projetos digitais suspensos, cursos e promoção

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

A vida é mesmo muito engraçada, no momento que me preparava para iniciar meus projetos iniciais (vide último post) recebi uma proposta/convite inesperado da empresa onde trabalho.

Recapitulando, entrei na empresa à cerca de 1 mês e meio atrás com contrato temporário, recentemente houve um processo seletivo para uma posição onde a empresa fornece cursos internos para então concorrer a vagas de nível hierárquico maior, participei das provas e pra minha surpresa fui aprovado, iniciarei os cursos na semana que vem e no começo do ano aplicarei para as vagas disponíveis. Confesso que não sei muito onde estou me metendo, é tudo muito novo e não sei como será o desenrolar dessa história. Só sei que pouca gente se interessou por esse processo porque no fim das contas o cargo continua sendo de "peão", porém com mais especialidade e salário pouca coisa maior, acredito que o maior benefício será justamente o aprendizado. Minha efetivação após a fase temporária acabar já é praticamente certa, meus superiores parecem aprovar meu trabalho e sempre falam que a vaga só depende de mim (devo um post explicando isso).

Engraçado como a maioria das pessoas enxerga cursos, palestras e seminários como perda de tempo, como coisas desnecessárias, etc. Tenho que ter "tato" pra lidar com colegas que me já começam a me achar um louco por me enfiar nisso (faço um esforço diário para parecer uma pessoa comum e não alguém que trabalha por opção), afinal os cursos são fora do horário do expediente e não são remunerados (embora sem custo algum para o funcionário). Enquanto isso vejo colegas pagando pra fazer pós graduações inúteis por EAD e se achando os fodões do estudo e que terão um aumento automático de 200% quando terminarem... Engraçado como as pessoas se enganam...

Bom, o tempo que teria para tocar os projetos digitais será investido nesses cursos nos próximos meses, terei aulas 2 ou 3 vezes por semana e com certeza nos outros dias vou querer apenas descansar, então a profissionalização do blog está suspensa por enquanto. Acho essa oportunidade que estou tendo na empresa muito melhor e por isso agarrei.

Os posts continuarão como sempre, sem data marcada, de acordo com minha disponibilidade e vontade de escrever. De qualquer maneira estou tendo uma experiência incrível e muita coisa pode se reverter para conteúdo do blog, aguarde e confira!

O Mito das 4 Horas por Semana

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Essa semana comecei o audiobook 4 Hours Workweek, livro muito famoso e também comentado aqui na blogosfera, já ouvi aproximadamente um terço e me sinto a vontade de fazer alguns comentários, não sobre o livro em sim, mas sobre o como certas coisas que parecem corriqueiras me soam surreais.

O mote do livro é que você deve usar seu tempo de maneira extremamente eficaz, usar de automação e várias técnicas de produtividade de maneira que consiga ter tempo e dinheiro pra curtir a vida. O narrador é excelente, dando ênfase e poder nas frases, o que torna a experiência do audiobook muito legal (observação: não sou fã de audiobook mas decidi usar esse formato porque ando com pouco tempo e paciência pra ler, assim vou ouvindo o livro no metrô e também na hora do almoço). A história do autor é daquelas exceções que se tenta vender como regra, tudo parece muito simples e fácil o que já me deixa com pé atrás... O brother é americano e isso explica muita coisa: a facilidade de criar negócios, o nicho consumidor maior e com fome de gasto, etc. O cara criou várias empresas digitais e ganha dinheiro com elas sem fazer muita força através de automação e terceirização, basicamente é isso.

Ouvindo a história do livro e também grande parte do que leio na internet chego à algumas conclusões:

1- No mundinho da internet todo mundo trabalha das 9 às 5, num cubículo ou sala de escritório, todo mundo trabalha recebendo e enviando emails, todo mundo trabalha com "solução de problemas", todo mundo vive em reuniões corporativas, todo mundo ou é de TI, contador, advogado ou gerente (palavra mais genérica impossível).

2- É sempre muito fácil fazer seu horário, basta você ser eficiente, fazer seu trabalho de maneira eficaz e rápida usando as técnicas ensinadas nos livros ou sites de produtividade e "boom!", você se livra das garras no trabalho de segunda a sexta, das 9 às 5!

VAI TOMAR NO CU! SE VOCÊ TRABALHA DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 9 ÀS 5 VOCÊ É UM ABENÇOADO E NÃO TEM DIREITO DE RECLAMAR DO HORÁRIO! LARGA A MÃO DE SER MOLE, SE TOCA QUE TEM UMA LEGIÃO DE GENTE QUE TRABALHA EM HORÁRIOS FILHOS DA PUTA!!!!

Fora da internet existem exércitos de gente que tem horário pra cumprir, que não podem faltar porque prejudicam o andamento da empresa, que trabalham por escala sábados, domingos, feriados, madrugadas, dias santos... O mundo não é só escritório, o mundo é hospital, farmácia, mercado 24h, posto de gasolina, transporte público, restaurantes... Uma caralhada de gente trabalha em horários diversos, bate ponto, pode ser eficiente do jeito que for e continuará tendo que cumprir horário, terá férias uma vez por ano, etc...

Sempre digo que não existe material realista sobre empreendedorismo na internet, que 100% do que está escrito sobre o tema é fora da realidade e o mesmo se aplica para o dia-a-dia do trabalhador. Vejo pouco material escrito para o "blue collar average Joe" (trabalhador braçal mediano), parece que tudo é escrito pra galera de TI, advogados e demais profissionais segunda/sexta/9/17/sábadodomingoeferiadonãotrabalha. Meu Deus do Céu, esse é um dos motivos que muita gente continua enrolada na vida, por não se encaixar naquilo que busca!

Imagine uma enfermeira que trabalha em plantões 12/36, vai pro trabalho de transporte público, tem uma renda bacana (R$ 5.000,00 - sim, porque profissionais da saúde ganham relativamente bem, você sabia, João do Computador?), mas está endividada, se sentindo cansada e sem tempo pra família. Imagine que ela busca informação na internet sobre como sair das díviddas

sábado, 23 de setembro de 2017

Projetos Digitais e Ajuda

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Devagar estou começando com meus "projetos digitais", me sinto um estranho no ninho até em falar isso, tamanha minha falta de afinidade com o assunto. Sou um cara raiz que sempre trabalhou com gente e que nunca deu muita importância para digitalidades, porém como tudo na vida devo evoluir e estou com várias ideias borbulhando a cabeça. Quero pôr em prática todas elas, cada uma no seu tempo e estipulei uma meta pra mim mesmo: quero uma renda de 300 dólares por mês proveniente desses projetos digitais (pensar num prazo pra isso foi um pouco demais e deixei livre). De onde tirei esse número? Sei lá, achei um número bonito (300 por mês, 10 por dia... capisce?).

Vejam os passos que pretendo seguir:

1- Adsense no blog. Devo começar por aqui e já tenho dúvidas, peço aos amiguinhos letrados que me ajudem. Comecei a fazer o cadastro do Adsense e logo na segunda ou terceira página pede login na conta do Adsense. Devo utilizar a própria conta do blog ou outra? Se for outra devo criar uma conta só pra isso, usar minha conta "real" (a conta não-Corey) ou outra?

Observação 1: li pouquíssimo a respeito de monetização, sou um cara que só aprende as coisas na prática, com a mão na massa, posso ler a internet inteira e não vou aprender, por isso decidir aprender fazendo mesmo, apanhando é que se aprende.

Observação 2: quando toquei no assunto monetização pela primeira vez várias pessoas sugeriram que eu criasse um domínio próprio ou ao menos reformasse o blog pra ficar com aparência mais profissional. Acredito que muito da minha cara como blogueiro tem a ver com fato do blog ser tosco e com aparência amadora, não tenho certeza se fazer uma mudança de layout seria uma coisa eficaz nesse momento.

2- Abrir o blog para parcerias. Mesmo não divulgando email de contato sempre tem pessoas que o acham perdido nas postagens e me mandam email, entre eles sempre tem alguma proposta de parceria, divulgação ou coisas do tipo. Sempre ignorei todos esses porém pretendo mudar minha cabeça e abrir espaço para possíveis parcerias relevantes.

3- Criação do canal do YouTube. Sou consumidor de YouTube, não assisto mais TV a tempos, portanto criar um canal nessa mídia é quase obrigatório. Obviamente YouTube traz exposição e teria que criar uma maneira de manter o anonimato, talvez faça algo como nosso amigo Viver de Dividendos, use algum tipo de disfarce de rosto e voz. Esse é sem dúvida o projeto mais complexo porém algo que pode trazer bastante dinamismo para as postagens.

4- Livro. Cada dia tenho mais vontade de escrever um livro, aliás acho que tenho assunto pra mais de um livro, talvez essa possa ser uma boa maneira de gerar renda.

Repito que meu conhecimento sobre esses paranauê de trabalhar na internet é limitadíssimo, peço que indiquem materiais relevantes de estudo, compartilhem dicas, sugestões, etc. Toda ajuda é bem vinda.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Inquilino saiu, imóvel meia boca, e agora?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Dias atrás recebi a notícia que nenhum senhorio gosta de receber. Meu melhor inquilino comunicou que desocupará o imóvel. Digo que é o melhor inquilino por pagar em dia (adiantado, todos os meses) e porque o contrato dele era o melhor de todos, vamos à explicação.

O imóvel em questão, um pequeno apartamento, chegou às minhas mãos através da venda de uma das lojas, ele foi empurrado como parte do pagamento. Trata-se de um imóvel mal resolvido, provavelmente fruto de algum tipo de experimento com sucesso duvidoso feito pela incorporadora: 35m², planta tosca, inserido num condomínio cujo perfil é mais pro familiar, logo esse tipo de apartamento fica um tanto deslocado no meio dos 2 e 3 dormitórios do empreendimento. Por outro lado acaba sendo um imóvel de nicho já que atrai solteiros e casais com vontade de morar num condomínio-clube num bairro residencial, o que não é tão fácil de encontrar devido às grandes metragens e valores de aluguel e condomínio normalmente cobrados nesse tipo de empreendimento. Devido ao pequeno tamanho ele acaba sendo barato pra se manter.

Meu apartamento é um miquinho.
O apartamento chegou às mãos do antigo proprietário (atual dono de uma das minhas lojas) através de outro negócio, ou seja, fora usado como moeda de troca diversas vezes. Extrapolando o jargão automotivo, esse imóvel é um verdadeiro mico mas o peguei mesmo assim porque as circunstâncias foram favoráveis. O custo total dele, incluindo documentação, foi de 200k, sendo que na época (final de 2015, isso mesmo, nessa época eu já estava negociando as lojas) o preço médio desses apartamentos era de 220k, considerando os outros aspectos da negociação decidi encarar o mico e coloca-lo para alugar ou vender, o que acontecesse primeiro. Logo após tomar posse defini os valores: venda 210k, locação 1k, fiz diversos anúncios na OLX, grupos de Facebook e outras mídias, imediatamente e como de costume, diversos corretores e imobiliárias entraram em contato perguntando se poderiam trabalhar o imóvel, o que permiti. Uma semana depois o apartamento fora alugado por uma imobiliária pelo valor de 1,3k, isso mesmo MIL E TREZENTOS REAIS. Os caras inflacionaram o valor e o inquilino topou, bom demais pra ser verdade... Após a comissão da imobiliária eu ainda fiquei com 1200 conto por mês, nada mal...

Tudo ia bem até que o inquilino saiu, pagou a multa rescisória e se mandou, fiquei com o imóvel vago. Até onde sei o valor acima da média não foi o problema, os funcionários do prédio me disseram que o ex-inquilino saiu porque mudou de cidade. Esse foi o segundo caso de vacância desde que me tornei locador, o primeiro foi resolvido em 3 dias, o inquilino deixou o apê na segunda e o novo inquilino entrou na quinta, mas eu sabia que dessa vez seria diferente. Esse imóvel é muito peculiar o que dificulta muito a locação, já se passam 20 dias que o imóvel voltou ao mercado e tirando 2 visitas especulativas, nada concreto. Usei a mesma abordagem que da outra vez, anúncios na OLX e Facebook, vários corretores entraram em contato e nada...

Esse é o grande problema de ter imóveis de locação, eles devem ser locáveis, ter alta liquidez no mercado, caso contrário viram micos. Estou com esse mico na mão e não sei ao certo o que fazer porque o cenário mudou pra pior: o preço dos apartamentos vizinhos cairam muito, já tem gente pedindo 185k em imóveis semelhantes no mesmo condomínio, outros pedem 800 merréis de aluguel, ou seja, me fodi. Pra vender tenho que perder dinheiro (pelo menos 15 ou 20k), alugando vou pegar uma merreca... E conseguir vender ou alugar mesmo por esses valores é uma briga.

Sei que os críticos dos imóveis de locação estão com sorrisinho no canto de boca e preparando um "te avisei", mas deixo claro que sei desses riscos e que sabia desde o princípio que estava me metendo numa possível roubada. Dei sorte durante um tempo, mas como a sorte não é eterna, chegou a hora do juízo final. Meus outros imóveis estão alugados, com rentabilidade acima de 0,6%, zero vacância, zero inadimplência, mas isso deve-se ao fato de serem imóveis versáteis, comprados por valores abaixo da média. Esse é diferente, foi diferente desde o princípio. Além disso não estou exposto 100% em imóveis físicos e pretendo diminuir ainda mais essa porcentagem de acordo com que a renda passiva é reinvestida. Imóveis físicos são ótimos, você vê seu dinheiro, porém não podem ser a única fonte de renda do investidor.

Bom, tenho essa bomba na mão e tenho que dar um jeito, vejam as opções que pensei:

1- Tentar vender rápido, assumir a perda, socar o dinheiro num Tesouro Selic ou CDB acima de 100% da vida e virar a página;

Prós: viro a página desse negócio tosco que me meti e sigo em frente liberando capital que pode ser usado pra algo mais vantajoso no futuro.
Contras: perder 15 ou 20 pau é de doer

2- Tentar alugar por um valor mais baixo, não deixando o imóvel parado sem render e gerando despesa de condomínio, amargar uma rentabilidade pior que poupança;

Prós: estancar o sangramento de não estar recebendo renda e gastando com condomínio o mais rápido possível. 800 conto é pior que 1000 conto mas é melhor que 0 conto.
Contras: empurro de barriga dessa maneira até o inquilino sair novamente ou mesmo ser um inquilino problemático que além de dar problema gera pouca renda.

3- Manter os preços anunciados (210k na venda ou 1k no aluguel) pra ver se alguém fisga e até lá ir pagando as despesas de condomínio (270 conto mensais).

Prós: ganho algum tempo com o imóvel no mercado, o condomínio é barato, um valor que não me mata, é isento de IPTU e posso desligar a luz pra economizar ainda mais.
Contras: ficar com esse negócio martelando na cabeça diariamente e sem perspectiva de resolução.

Outra hipótese seria fazer uma permuta, até pesquisei algumas opções mas definitivamente não quero enfiar mais dinheiro nisso, pra rolar uma permuta teria que baixar o valor e comprar um imóvel mais caro o que não vejo sentido porque imóvel mais caro significa imóvel fora do meu perfil de locação, o que seria trocar 6 por meia dúzia. Permuta fora de cogitação.

Existe a possibilidade de me mudar para esse imóvel mas por diversos motivos isso é inviável. Ficaria fora de mão pro trabalho tanto meu quanto da Bia e também não se encaixa em nossos planos para um futuro próximo.

Estou bem perdido, não sei muito bem o que pensar e gostaria de pedir ajuda aos universitários leitores para que me deem opiniões. O que você faria no meu lugar?

PS: Dia desses pedi ajuda à vocês sobre o que fazer com 200k, em breve post a esse respeito, portanto sintam-se instigados à me ajudarem novamente!

sábado, 9 de setembro de 2017

E se você precisasse fugir do furacão?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Sábado, 9/9/17, a Flórida aguarda apreensiva a chegada daquele que pode ser o maior e mais destrutivo furacão de todos os tempos. Governador e presidente decretaram estado de emergência, ninguém ao certo sabe o que pode acontecer se esse furacão atingir a central Flórida com toda a força que está parecendo ter. Milhares de pessoas estão rumando ao norte em busca de regiões mais seguras, nesse momento não há mais hotéis na Georgia, Alabama, Carolina do Sul e mesmo na Carolina do Norte os quartos são escassos.

Os americanos sabem muito bem como lidar com furacões, as crianças são ensinadas desde cedo na escola como sobreviver à catástrofes naturais, todos se preparam, existem alimentos e outros suprimentos próprios para esses momentos de crise (viva do capitalismo opressor!!!). Claro que enxergo um certo lado negro disso: todo furacão que ameaça chegar perto do país a mídia transforma imediatamente em "a maior tempestade da história" (mas isso não poderia ser diferente, jornalismo é a profissão mais leviana após a "profissão" de político) e imediatamente os americanos disparam rumo a latas de chilli, packs de 30 água de meio litro por $1,99 e baldes de peanut butter. O consumismo americano é realmente algo impressionante e me incomoda, por outro lado quase ninguém noticia que a JetBlue oferece qualquer passagem de saída da Flórida por 100 dólares, as Turnpike estão com pedágios liberados e quase ninguém se aproveitou da crise para aumentar preços (o que foi visto com mais frequência, pasmem, em mercados brasileiros e latinos).

Mas não é sobre a tragédia anunciada nem sobre os possíveis aproveitadores ou solidariedade americana que venho falar hoje, também não vou entrar no mérito que o Brasil "é um paraíso sem catástrofes naturais" e sim fazer uma pergunta e estimular a reflexão:

E se você precisasse fugir do furacão? Digamos que um furacão está se aproximando da sua região e você precisa evacuar imediatamente sua casa, levando somente o importante e sabendo que há um sério risco de quando voltar não ter mais nada do que você está vendo ao seu redor nesse momento. O que você faria?

Me peguei fazendo essa pergunta pra mim mesmo e confesso que mesmo pra alguém objetivo e pragmático como eu é um assunto bem difícil, bem complicado decidir, sem contar o fato que não tenho o menor preparo para lidar com uma situação como essa (seria mais útil ensinar como se preparar para uma fuga ou fórmula de Báskara?). Bem, tenho algumas coisas a meu favor: o estilo de vida minimalista, o controle financeiro e o foco no que realmente importa. Vamos destrinchar isso...

Ser minimalista significa que tenho poucas coisas e que as coisas que tenho não são coisas "sagradas", não tenho muito apego material. Talvez essa seja a característica principal que me faria obter sucesso num momento de fuga. O apartamento onde moro é alugado mas levando em consideração que fosse próprio o sentimento seria o mesmo: "o seguro paga!", foda-se! Se inundar, parede mofar ou desabar, foda-se, só espero o cheque da seguradora. Meus móveis são todos das Casas Bahia ou de segunda mão, com 5k mobilio minha casa inteira novamente, dinheiro esse que não me faria muita falta na altura do campeonato. Não tenho joias, coleções, eletrônicos caros, nada disso. Se precisasse fugir hoje, pegaria Bia, o cachorro, comida, colocaria os documentos numa caixa e pronto, mudança feita sem deixar muita coisa relevante pra trás. O minimalismo além de facilitar minha fuga me ajuda a não ficar tristinho por perder coisas.

Controle financeiro: tenho sempre 3k em espécie em casa. Me julguem! Sim, tenho dinheiro vivo depreciando no fundo de uma gaveta (ops, contei o esconderijo, rsrs!). "Ah Corey, pra que isso, deixa na poupança, mimimi" Brother, sabe esses programas gringos que passam no Discovery onde nêgo se prepara para os mais variados tipos de apocalipse, desde colapso econômico até invasão de zumbis? Pois é, esses caras são os loucos até que o Rick comece dar tiros por aí com sua 45... Foda-se, ter cash me deixa tranquilo, trás uma paz de espírito legal e o mantenho. Na fuga do furacão me arrependeria de não ter 10k invés de 3... Além disso poderia ficar meses sem trabalhar por saber que não teria problemas financeiros, a busca pela simplicidade e automação me levou a colocar tudo no débito automático/automatizado, portanto poderia continuar dias e dias longe de casa e continuar com as contas pagas... Percebem onde quero chegar? A tal da IF que muitos imaginam como o gatilho para "Parar de trabalhar" assume aqui seu real papel: trazer tranquilidade.

O foco naquilo que importa tem a ver com o minimalismo. O que realmente importa pra mim no dia de hoje? Minha família. Quem é minha família? Bia, eu e o cachorro, nada mais. Tenho foco, cuido daquilo que é importante pra mim, não disperso energia e foco no que é irrelevante. Pais e demais familiares, amigos e colegas? Se virem, tenho uma família pra cuidar. Egoísmo? Sem dúvida! E quem foi que estabeleceu egoísmo como algo ruim? Quanto mais você dispersa energia, mais longe de alcançar seus objetivos você fica, e isso é óbvio, mas muita gente não se dá conta de onde está desperdiçando essa energia... Engraçado como sou extremamente liberal para umas coisas e conservador, ou mesmo retrógrado para outras. Ser Homem (com "H", ou o famoso homão da porra), não tem a ver com músculos ou BMWs e sim como fidelidade (no sentido amplo da palavra) e compromisso com aquilo que se propõe a criar e nada, absolutamente nada, deve ser mais importante que sua família, e família não é necessariamente pai, mãe e irmãos. Família são aquelas pessoas que estão DO SEU LADO, todo o tempo, que estão lutando com você por seus objetivos, que são nada mais que a extensão do seu corpo, são aquelas pessoas que estão 100% com você, que entram na briga batendo no seu adversário mesmo sem saber o lado certo... Família pode ser seu pai e mãe, sua esposa (como é meu caso), seu roommate ou simplesmente você mesmo, muita gente seria muito mais feliz e próspera se entendesse que não há ninguém do seu lado e que está sozinho pra lutar o que não necessariamente é ruim ou desvantagem... Jamais fique preso a relacionamentos tóxicos, seja com quem for: pai, mãe, irmão, esposa... não deixe outras pessoas te afogarem, não carregue âncoras. O oposto também é verdade, uma vez que você encontrou alguém pra lugar com você SEMPRE, agarre-se a essa pessoa com unhas e dentes. Perceba que os maiores homens da história possuem casamentos sólidos, perceba isso aqui mesmo na blogosfera, veja que os blogueiros mais top são casados e possuem relacionamentos excepcionais com suas esposas. A união faz a força e isso não é um jargão besta.

Sei que viajei na maionese, mas esse rodopio todo é pra dizer que se precisasse fugir do furacão (apocalipse zumbi ou terceira guerra mundial) nesse exato momento, colocaria Bia, o cachorro, documentos e minha grana num carro/avião/barco/bicicleta e iria pra onde fosse possível, faria o que fosse possível pra protege-los sem olhar para trás ou para os lados. Esse furacão já me ensinou uma lição: homem que é homem deve estar preparado sempre, pra tudo. Peço a todos aqueles que possuem algum tipo de fé para que orem/rezem para as vítimas do furacão e para que a destruição seja pequena, forte abraço!

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Duzentão

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

O que fazer com R$ 200.000,00? Essa é a pergunta que faço a vocês hoje. Preciso de opiniões sobre o que devo fazer com 200 conto, tenho algumas regras:

1- Esse dinheiro deve render fluxo de caixa periódico
2- As aplicações devem ser de baixo risco
3- Não poderá ser investido em imóvel físico
4- Se você sugerir FIIs, cite quais os papéis e qual distribuição você faria

É verdade, tenho 200tão pra investir e quero a opinião dos leitores de como faze-lo. Prometo fazer um post sobre o como esse dinheiro veio parar na minha mão (spoiler: na verdade é um reinvestimento, não dinheiro novo porém tem uma história legal em volta dele) e como finalmente investi. Óbvio que tomarei minhas próprias decisões de investimento mas com esse post consigo várias coisas: opinião de quem manja dos paranauê, exercitar a mente investidora dos leitores, abrir espaço para discussão sobre investimentos, etc.

Vamos lá, jogue seus palpites nos comentários. Abraço!