sábado, 20 de dezembro de 2014

Independência Financeira e o Futuro da Carteira

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Em agosto de 2013 após "sofrer" um ataque de haters e por não saber ao certo como lidar com esses, declarei o fim do Blog do Corey e noticiei que tinha atingido a independência financeira. Muitos me parabenizaram, outros ficaram putinhos e me esculacharam... Até hoje nêgo vem me encher o saco dizendo que é impossível atingir a IF com uma carteira pequena feito a minha, que não é possível obter os proventos que obtenho com tão pouco investido e mi mi mi... Acontece que naquela época eu contava com os proventos do meu negócio B, negócio esse paralelo onde eu era somente investidor e que me rendia gordos proventos. O investimento desse negócio jamais foi computado no valor da carteira por seguir as regras do ranking do Pobretão onde somente ativos financeiros poderiam ser somados para formar a carteira da IF.

Aquele momento foi precipitado por vários motivos. O primeiro é que a robustez desses proventos do negócio B se mostrou frágil poucos meses depois quando fui obrigado a me desfazer do negócio por não concordar com mudanças de regras. Segundo porque logo depois disso fiz a viagem que mudou minha vida e me mostrou que o Brasil não é o meu lugar. A partir desse momento o sonho da independência financeira se dissolveu e o sonho de uma vida com mais qualidade de vida num país com cultura e sociedade mais alinhados com o que quero pra minha vida ,mesmo que com mais trabalho, tomou seu lugar. Eu tinha saído da Matrix.

Desde então perdi totalmente o interesse em estudar sobre investimentos, alocações, balanceamento, proventos, análises, etc. O objetivo agora era fazer dinheiro de maneira a acelerar os planos de emigração, nesse cenário entra a loja nova comprada com o objetivo de ganho de capital numa revenda futura. Para a compra dessa loja utilizei o dinheiro recebido pela venda do negócio B, os aportes que seriam destinados a carteira de IF nos últimos meses além de sangrar a própria poupança da IF. O dinheiro não brotou do solo como sugeriram alguns "leitores assíduos apaixonados por este site mas que não dão o braço a torcer".

Então, resumindo o lance da IF: me precipitei ao anuncia-la a um ano e meio atrás e agora nem vejo mais sentido na ideia de parar de trabalhar com 30 e poucos anos e continuar morando no Brasil. Continuo não gostando de trabalhar (quem gosta?), mas agora consigo administrar isso se estiver associado a um objetivo maior lá na frente, que nesse caso é sair do Brasil. Estou trabalhando mais duro do que nunca, mas estou vendo resultados. Confesso que visto o sucesso que estou tendo na loja nova dá muita vontade de derreter o resto da carteira e entrar em mais um negócio. A perspectiva de rendimentos de 5 dígitos mensais é tentadora... Sobre o fim do blog, também foi precipitado e anunciado num momento de raiva, o blog me faz bem, conviver com pessoas tão diversas, com ideais de vida tão diferentes mas que ao mesmo tempo possuem coisas em comum comigo é muito gratificante. Já disse e vou repetir: não sinto saudade do Facebook, mas não consigo ficar sem o blog...

Agora sobre o futuro da careira da IF. Mesmo após sair do país, pretendo manter alguns investimentos por aqui devido a alta rentabilidade que nossa economia pode oferecer, entre eles estão meu apartamento alugado e os fundos imobiliários. De resto pretendo dissolver tudo e usa-los no exterior, então o futuro da minha antiga carteira da IF será somente os FIIs que já tenho e os que comprarei com os proventos dos mesmos quando não precisar mais deles (estou usando os proventos para pagar contas devido ao investimento na loja nova). Os aportes estão suspensos, mas quando voltarem serão alocados no exterior em princípio na minha conta americana. No futuro precisarei de dinheiro disponível para investir num possível negócio americano, portanto não posso comprometer capital em algo sem liquidez. Não manjo praticamente nada sobre investimentos no exterior, tenho uma longa estrada para percorrer.

O último "balanço público" do Blog do Corey será publicado em 1/1/15, após isso não mais publicarei números mas comentarei como estão indo as ideias. Isso me ajuda a organizar a cabeça! O blog está prestes a completar 3 anos e fico contente por ter vários por aqui desde o começo, espero continuar nessa comunidade interessante e inteligente por muito tempo, contribuindo no que posso e pegando dicas novas. Sei que as pessoas gostam quando escrevo sobre empreendedorismo porque essas informações são escassas na internet, aproveito para pedir sugestões de tópicos, pretendo fazer um "mês do empreendedor" em janeiro ou fevereiro, mas preciso de ideias. Abraço a todos!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Empreendedorismo: Aturando Clientes

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Se você é comerciante, você precisa aprender a lidar com clientes e isso nem sempre é fácil. Hoje vou falar sobre as principais características que os clientes de qualquer comércio de vila possuem:

1- Falta de educação: Via de regra o caloroso bom dia que você diz ao cliente assim que ele coloca os pés na loja não será respondido. Obrigado e passe bem são palavras inexistentes no vocabulário de grande parte das pessoas. Quanto inferior o nível social, pior. É frustrante você dedicar atenção, ser sorridente e educado e não ter uma resposta no mesmo nível. Isso acaba te levando para uma espiral descendente e chega uma hora que você não cumprimenta nem agradece os clientes o que é horrível para os negócios. Já passei por isso mas hoje em dia consigo ser imune, atendo todos os clientes com a mesma educação independente do retorno, pego no pé dos funcionários para que façam o mesmo.

2- Mentiras: As pessoas mentem muito, principalmente em relação a preços. É muito comum cliente chorar desconto e o argumento preferido é "no seu concorrente custa tanto". Acontece que em grande parte das vezes o "tanto" é um preço absurdamente baixo, menor que o custo. Meu comportamento padrão é dizer com um sorriso no rosto: "infelizmente não consigo fazer esse preço, é melhor o senhor comprar lá mesmo". Na grande maioria das vezes a pessoa desconversa e acaba levando, usam como desculpas: "ah, já tô aqui mesmo!", "a qualidade do seu é melhor, vou levar", "não sei se vou passar lá, tá tarde...". Não entro em guerra de preço, tenho um atendimento acima da média, boa variedade de mercadorias, loja agradável, não tem porque ter o menor preço!


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Vale a Pena ser Solteiro?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Recentemente contei aqui a história do meu amigo Ricardo, médico, solteiro, que após anos de putaria vida desregrada, decidiu entrar num relacionamento sério porém aberto por ter enjoado da vida de solteiro. A história de hoje é um pouco diferente, o cara é um solteiro convicto.

Dia desses estava fechando a loja, já era tarde e estava chovendo, ao abaixar a primeira porta, um Corolla 2015 preto para na frente da loja, de dentro um cara, típico "coxinha", vestindo camisa Tommy me pergunta se ainda dá tempo de atende-lo. Quando me viro para dizer que sim, me deparo com Felipe, um amigo dos tempos de escola. Após um abraço e de atende-lo, conversamos por dois minutos e ele me convidou pra visitar o apartamento que acabara de reformar, perto dali. Aceitei o convite, ele aguardou os trâmites de fechamento da loja e fui seguindo o Corolla.

O apartamento de Felipe é muito perto da loja, coisa de duas quadras. Um prédio novo, alto, daqueles com nomes bregas que as construtoras adoram usar. Subimos até um dos últimos andares e entramos no pequeno studio. O que me chamou atenção na primeira vista foi a vista espetacular (cariocas, vocês estão certos, nós paulistanos somos idiotas de chamar a visão de prédios e luzes da cidade de vista, mas é o que temos...), uma bela visão para a selva de pedra da cidade de São Paulo. A janelona de frente para a porta serve de moldura para a decoração refinada e de bom gosto do apê. Na verdade o apê de Felipe parece mais um decorado de construtora que um apartamento de gente normal. Uma bancada bem acabada na pequena cozinha americana, geladeira moderninha, cook top, microondas e lava-louças em inox, bancada da pia em mármore, armários em um bonito tom de cinza combinando com a decoração masculina do resto do apê. No ambiente misto que engloba sala e quarto um sofá confortável, uma cama queen size, uma grande TV de 879845798 polegadas junto com os eletrônicos de sempre: DVD, decoder de TV e vídeo game, tudo em seu devido local em um móvel sóbrio. No teto iluminação de motel: dimer e leds coloridos regulados pelo smartphone. Um pequeno roupeiro de canto, uma cômoda e, claro, ar condicionado em todo o ambiente.

Minha primeira reação foi falar pra ele acender as luzes e ligar a TV no futebol porque a decoração do apê é com certeza o mais próximo de um motel de luxo que já vi na vida. Felipe riu, me ofereceu uma cerveja e disse que meu comentário era o que queria ouvir, que o objetivo era justamente esse e explicou a história do imóvel. Comprou o apê a três anos atrás, na planta, já com o objetivo de criar um ambiente intimista e com cara de motel para ser usado justamente como tal. Felipe é arquiteto, trabalha para um escritório e faz trabalhos paralelos, tem uma boa renda. Desde que nos conhecemos, lá no século passado, sempre foi um galinhão, nunca conseguiu namorar mais de 2 meses porque sempre dava um jeito de cagar fazer besteira e, claro, acabava chutado. Ele disse que o mesmo continuou na fase adulta e que infelizmente magoou muita gente antes de se dar conta que não é um cara que deve namorar, após um episódio meio traumático, decidiu que não ia mais se envolver romanticamente com as meninas e abraçou de vez a vida de solteiro convicto.

Nesse momento da conversa éramos duas pessoas com pensamentos totalmente opostos. Ele solteiro convicto e eu, casado a uma década. Apesar da diferença

terça-feira, 25 de novembro de 2014

O doutor, a gata e pensar fora da caixa

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Conheço Ricardo desde dos tempos de CCAA, sempre foi um cara muito gente fina, mas com um gosto um tanto sofisticado por quase tudo. Engraçado que mesmo sofisticado nunca foi pernóstico, arrogante ou coisa assim. Ele simplesmente gostava de coisas boas e as tinha dentro das possibilidades de seu pai, comerciante que também gostava de coisas de qualidade e não populares como esportes gringos.

Moravam em uma casa bem legal num bairro bom da cidade, seu pai tinha um carro popular, porém top de linha, com uns 2 ou 3 anos de uso, vivia limpíssimo e bem cuidado. Ricardo vestia roupas de marca, mas não aquelas marcas que a molecada estava acostumada e gostava, eram marcas mais adultas e pouco conhecidas na época como Ralph Lauren e Calvin Klein. Ele tinha uma bicicleta muito bacana, melhor que as nossas, mas novamente, não se achava o fodão por causa disso. Era popular entre os moleques, mas nunca foi muito com as meninas apesar de se vestir bem, ter um comportamento adulto e ser relativamente atraente.

Reencontrei Ricardo no começo da nossa vida adulta numa baladinha. Ele estava ralando pro vestibular de medicina. Sempre fora um bom aluno, portanto aquilo não era algo impossível. Algum tempo depois visitei a loja de seu pai que me informou que o Ricardo estava morando em outra cidade devido a faculdade, estava muito orgulhoso por ter seu único filho como médico. Estava com o mesmo carro do nosso tempo de moleque, dessa vez com mais de 10 anos de uso, mas novamente super limpo e bem conservado.

Surgiu o Orkut, encontrei Ricardo pela rede social, estava ralando na faculdade mas continuava com seus gostos “excêntricos” como jogar tênis, frequentar baladinhas top, etc. Não parecia ter muito sucesso com a mulherada, confesso que até desconfiei de “algo”, mas não fazia muito sentido (sempre convivi com gays então conheço de longe, rsrs). Desde então temos mantido contato pelas redes sociais, compartilhamos gostos e desgostos como detestar futebol e não querer ter filhos. Ele que arrumou um colega que fez minha vasectomia.

Ricardo, agora médico solteiro, morando com os pais, tinha muita grana disponível e descobriu as profissionais do amor. Se orgulhava de transar com gatas top toda semana, dizia que não queria namorar, etc. Nada contra, acho esse estilo de vida totalmente saudável desde que o cara consiga bancar financeiramente e não sinta o peso psicológico de não ter uma companheira (não é porque isso é importante pra mim que será para todos). Era cômico ver os selfies enviados por Ricardo em seus momentos de “lazer” com as profissionais... até que Ricardo deu uma sumida, parou com suas fotinhas e com as atualizações ácidas e politicamente incorretas (poxa, eu adoro pessoas politicamente incorretas) nas redes sociais.

Já estava sentindo falta do meu amigo até que um dia o encontrei num hospital, havia anos que não nos víamos pessoalmente. O que mais me chocou foi descobrir que ele estava namorando! Estava explicado o sumiço...  Papo vai, papo vem, ele me mostrou fotos da moça (uma baita de uma gostosa, gatíssima, diga-se de passagem), questionado sobre a mudança de opinião tão repentina ele disse:

Nada a ver com a Sandy, coloquei foto
dela porque era minha musa da
adolescência.
“Brother, cansei da putaria, já gastei muita grana com profissionais e não me arrependo, mas as coisas mudam, sabe, comecei a sentir falta de programas mais adultos como sair pra jantar num bom restaurante, porra, eu sempre quis ir no Dom, no Fasano, Terraço Itália, mas ia chamar quem? Uma enfermeira capenga metedeira? Ir sozinho? Chamar minha mãe? Não dá né cara... Aí decidi que ia descolar uma mina top, afinal você tá ligado o status que ser médico e ter um carrão dá né... não ia sair por aí desfilando com uma candanga... Um dia estava numa confraternização daqui do hospital e apareceu essa mina, arrastei e desde então estamos juntos, mas é jogo aberto: a gente se curte, mas é mais uma troca: ela me faz companhia enquanto frequenta os lugares que eu curto frequentar, banco tudo, mas me divirto, passo um tempo com uma pessoa bacana, bonita, me faz bem, não temos cobranças... É meu bibelô igual aquele sedã branco lá fora..."

Essa história do Ricardo é verídica e fico muito contente por meu amigo, é mais um exemplo que pensar fora da caixa é sempre a melhor opção, fugir do efeito manada também... Ficar preso a convenções sociais, medinhos idiotas, se amarrar a opiniões alheias e conselhos de familiares é SEMPRE uma péssima opção. Fazer aquilo que te dá na telha, levar um estilo de vida diferente mas dentro do respeito com outras pessoas é muito legal. Me identifico com Ricardo porque também tenho um estilo de vida diferente das demais pessoas, seja pelo lado pessoal, profissional ou financeiro. Não sou sofisticado como ele, curto coisas mais simples, jamais iria no Dom nem se custasse 10 reais simplesmente porque não curto comer com frescura, gosto de comida de verdade, rsrs, mas aprecio um bom scotch e uns cubanos (se bem que descobri uns charutos baianos deliciosos (no sentido literal, claro)). Gosto de histórias como essas, elas reforçam ainda mais o meu pensamento de abdicação de convenções familiares e sociais idiotas que só servem como prisão e não te fazem crescer, muito pelo contrário, te colocam pra baixo todos os dias.

Fugi do óbvio várias vezes na vida e tenho poucos arrependimentos. Eu poderia ter continuado trabalhando de empregado até o fim da faculdade, depois seguido uma carreira tradicional ou quem sabe ser funcionário público (eca!), poderia ter tido filhos e estar casado com uma mulher embarangada somente pelas crianças, nesse caso teria amantes ou saidinhas como 99% dos meus amigos. Poderia estar gordo, sedentário, trabalhando 12 horas por dia em prol de pagar os carnês. Poderia, quem sabe, ter um carrão financiado numa bíblia de 8778678678 prestações. Poderia mil coisas, ter seguido o "rumo natural da vida" e ser mais um infeliz como grande parte das pessoas... Ao invés disso optei por caminhar numa trilha diferente. Mas hoje estou no auge da minha saúde, preparo físico e principalmente capacidade de aprendizado intelectual, estudando um segundo idioma e trabalhando em cima de  possibilidades para uma mudança radical de vida (pra muito melhor) num outro país. Tenho uma esposa maravilhosa no sentido físico e psicológico, algum dinheiro guardado e estabilidade financeira sem 1 real de dívidas... É amigos, pensar fora da caixa não é tão ruim... Se eu pudesse dar um único conselho para um jovem ele seria: FAÇA DIFERENTE!

sábado, 8 de novembro de 2014

[Off] Sobre Macho Beta, Supremacia e Assédio Feminino

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Atenção: esse post pode parecer machista e opressor. Se você tem frescurinha com opiniões alheias, suma daqui.

Não gosto muito de tocar nesses assuntos, deixo para meu amigo Pobreta que é especialista nas teorias sobre homens sem sucesso com mulheres, mulheres exploradoras... porém ultimamente tenho convivido mais de perto com uma molecada na faixa de 16 até 20 anos e tenho notado coisas que me deixam preocupado.

Conversando com meus funcionários mais novos, garotos de 16 até 20 anos tenho notado que o assunto mulher está cada vez mais difícil para eles. Antes eu acreditava que o que realmente faltava era vergonha na cara dessa molecada que só sabe ficar dormindo no ponto e são incapazes de chegar numa garota mesmo sabendo que as chances de um sim são ínfimas, porém analisando de maneira mais profunda acabei mudando um pouco de opinião. A mulherada está cada vez mais complicada.

Essa história de macho alfa e beta é novidade pra mim, a primeira vez que ouvi essa nomenclatura foi no blog do Pobreta ou de outro colega, porém eu acredito que isso sempre existiu e sempre existirá. Baseando no meu entendimento de macho alfa X beta me considero 100% beta! Nunca fui popular na escola, nunca fui atraente, sempre fui tímido e introspectivo, mas isso jamais me impediu de ter relativo sucesso com as meninas. Lembro-me que o ponto alto do meu sucesso foi quando, com 15 anos, namorei uma das meninas mais bonitas da escola. Ela era cobiçada por muitos, parecia metida e mal humorada, mas não era nada disso. Um dia, em pleno carnaval, com muitas cervejas na cabeça cheguei chegando e rolou. Namoramos um bom tempo e o relacionamento acabou justamente por causa dela ser bonita. Não, eu não levei chifre, o que aconteceu foi justamente o contrário: outras meninas começaram a me assediar e eu moleque não resisti e cai em tentação várias vezes... Parece que ficar com a menina mais bonita da escola foi um passaporte para o sucesso com as outras. Mulher bonita atrai mulher bonita.

Acho que se eu tivesse 15 anos hoje esse tipo de coisa não aconteceria. Com toda exposição das mídias sociais, com tanta informação rolando na rede acho que minha vida de garoto beta seria muito mais complicada. A tormenta de informação acaba travando a gente que é adulto, imagine um garoto cagão de 15 anos... A internet tem matado nossos jovens. A putaria em volta do funk, da cultura da periferia tem matado a chance do garoto CDF se sobressair justamente por ser interessante. O lance agora é financeiro, ostentação... não intelectual. Lembro-me que com 15 anos e sendo um bom aluno (não o melhor, mas um bom aluno) eu gozava de certo prestígio com os colegas de sala. O fato de eu sempre reclamar com professor por me "roubar" 0,25 pontos numa nota 9,5 era motivo de piada mas também de respeito na sala de aula. Os "alfinhas" me respeitavam por eu ser mais inteligente e ter notas melhores, as meninas também respeitavam e admiravam quando eu tirava a melhor nota da sala em química. Hoje duvido que isso teria alguma relevância. Digamos que eu era um beta e 1/2.

Acredito que a supremacia feminina sempre aconteceu de uma maneira ou outra, mas dessa vez é diferente. A molecada enche tanto a bola das meninas que elas acabam querendo sempre mais e mais. Com 18 anos era fácil ficar com meninas de 15, eu tinha um emprego, um Fusca e grana pra pagar um cinema. Hoje em dia acho que um carrinho e uma graninha não são mais suficientes para um molecão ter sucesso com as gatinhas do 1º colegial... A putaria está cada vez maior, a sociedade está se degradando a cada dia... Fico aliviado por ter curtido a adolescência numa outra época onde tudo foi mais fácil e principalmente por ter encontrado uma companheira que me completa de maneira tão eficiente.

Tenho notado uma coisa interessante e que não tenho uma explicação convincente. De uns tempos pra cá tenho percebido o aumento do assédio feminino. Não sou "ostentador", as pessoas nem sabem que sou o dono das minhas lojas (passo por gerente), continuo longe de ser um exemplo de beleza e mesmo assim o assédio tem aumentado. Seria porque de uns 3 anos pra cá decidi me vestir melhor? Seria porque "é dos carecas que elas gostam mais"? Seria porque após os 30 o homem fica mais maduro do ponto de vista intelectual? Não sei... Só espero que isso também aconteça com essa molecada em algum momento de suas vidas.

Meus conselhos pra essa molecada? Não procure uma namorada, ela aparecerá naturalmente. Não seja frouxo, tente sempre transar, afinal esse é seu objetivo, não? Tente ser seletivo, mas se não funcionar, pare de frescura e vá atrás de feinhas. São com essas que você aprenderá a conversar com uma mulher e a convence-la a ir pra cama com você. Não dê bola pra meninas, se começar com frescura, saia fora e procure outra. Jamais banque garotas, no máximo pague uma coisa ou outra se o investimento compensar. Tenha um carro assim que possível. Tenha dinheiro para o motel, mas se ela se oferecer para rachar a conta, aceite. Cultive amizades coloridas, nada melhor que ter uma amiga que goste de transar sem compromisso. Contrate profissionais, isso vai ajuda-lo a realizar fantasias e a transar com determinados perfis de mulheres. Incentive todas as fantasias de sua parceira e sempre coloque o prazer dela na frente do seu, isso é investimento. Acho que seguindo esses conselhos um beta pode chegar mais perto de ser um alfa.

Sobre Faturamento, Ausência de Inovação, Funcionários, Treinamento e Marca

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

A loja nova vai bem, muito bem! Estou até desconfiado que há algo de errado, estou muito propenso a acreditar que o fator novidade está muito mais presente que o imaginado. O faturamento está muito acima do esperado, fechei os primeiros 30 dias com venda superior ao projetado para daqui 4 meses... Novembro vai no mesmo rumo, com crescimento praticamente diário. Claro que estou feliz, mas isso dá um certo receio. Até quando esse crescimento continuará? O que acontecerá daqui uns meses? Enquanto isso o faturamento da loja antiga está estacionado.

Uma coisa interessante de ser analisada é que não fiz absolutamente nada de inovador, diferente e inusitado na loja nova, ou melhor, não fiz nada além do que deveria ser padrão de todo comércio. Reformei tudo, troquei instalações comerciais por outras modernas e bonitas porém não sofisticadas como muitos dos concorrentes. A loja é clean, não tem nada de mais porém é aconchegante e formatada de maneira a facilitar a circulação dos clientes e incentivar compras por impulso. A sala comercial inteira possui ar condicionado e música ambiente. Uma coisa que eu faço e poucos concorrentes fazem e não chega a ser nada inovador é manter um estoque variado e com boa quantidade: minhas lojas sempre estão cheias de mercadoria. Isso além de mostrar para os clientes que a empresa é saudável, favorece a compra. Ninguém gosta de comprar algo que tem pouco em estoque. Talvez meu grande "diferencial" seja o atendimento. Assim como na outra loja, faço questão absoluta que toda e qualquer pessoa que coloque os pés dentro das minhas lojas sejam recebidas de maneira cordial e que os funcionários estejam disponíveis para ajudar cada potencial cliente da melhor maneira possível. Isso não quer dizer que puxo o saco de cliente, nada disso, somente cumprimentamos, agradecemos e focamos em encontrar a melhor solução para o cliente aliado a melhor lucratividade para a loja. Simples, muito simples...

Atender decentemente é simples, porém está cada dia mais difícil encontrar pessoas que consigam pronunciar as palavras bom dia, boa tarde, boa noite, obrigado... É impressionante a mediocridade das pessoas! Apesar desse problema continuo com sorte em relação a funcionários. Após certa rotatividade inicial parece que encontrei funcionários dentro do que preciso. O golpe de sorte foi reencontrar um ex-gerente que havia se desligado da minha loja anterior (aquela que vendi a 4 anos) para tocar seu próprio negócio, após quebrar devido a falta de experiência e uma passada de perna do sócio, voltou ao mercado de trabalho com a faca nos dentes e sangue nos olhos pra ganhar dinheiro. Era a peça que estava precisando no meu quebra cabeça.

Uma das coisas que aprendi com Kiyosaki foi reconhecer as fraquezas e pagar bons profissionais para realizar as tarefas nas quais somos incompetentes ou simplesmente não queremos fazer. Sou um completo zero a esquerda quando o assunto é treinamento de funcionários. Além de não gostar, não sei fazer. Não tenho paciência para ensinar, quase sempre acabo sendo grosseiro, etc. Por isso estou treinando os novos funcionários de duas maneiras: os mais qualificados, com conhecimento técnico foram enviados para a loja de um amigo que trabalha de maneira muito similar a minha e está treinando-os em troca de pagamento; os funcionários mais gerais, que não possuem conhecimento técnico e exercem funções mais genéricas estão sendo treinados pela Bia na outra loja. Ela tem expertise nessa função e está fazendo um bom trabalho. Acredito que isso tem ajudado a reter boas pessoas, tenho consciência que no passado perdi bons funcionários por não saber treina-lo adequadamente.

Esse mesmo amigo que treina meus funcionários, eu e outro amigo formamos uma sociedade que a princípio explorará uma mesma marca. Essa era uma ideia antiga que foi colocada em prática a toque de caixa devido a reinauguração da loja nova. Fizemos um brainstorm e chegamos a um nome muito interessante. Pagamos uma agência de publicidade que criou a identidade visual e a minha nova loja debutou essa nova marca, o próximo passo será implanta-la nas demais lojas: a minha loja antiga e as 3 lojas dos meus amigos. Dessa maneira pretendemos criar uma cara de rede de lojas e ao mesmo tempo manter nossa individualidade. Por enquanto está tudo acertado de boca, mas pretendemos correr atrás da formalização da parceria no começo de janeiro. Até agora estou gostando do resultado, o layout ficou muito profissional e realmente parece uma loja pertencente a um grande grupo.

Continuo com minha rotina de 16 horas de trabalho todos os dias, sinto que com meu novo gerente (agora supervisor) isso mudará em breve. Estou muito cansado fisicamente, nunca tomei tanto café na vida (nem na faculdade), mas minha cabeça está ótima! Continuo estudando inglês mas infelizmente abri mão da academia e de qualquer forma de exercício físico, estou sentindo falta, mas como disse, em breve o ritmo diminuirá. O resumo é que até agora tudo está valendo o risco...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sobre a Dilma, Preconceito e Bola pra Frente

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

É simples: mais 4 anos de PT! Nossa presidAnta foi reeleita com compras indiretas de voto, campanha forçando a divisão do Brasil, blá blá blá... Todos estamos carecas de saber disso, mas vamos combinar, não adianta ficar de choradeira. Direitistas estão de choradeira assim como esquerdistas costumam fazer.

A realidade é que o Aécio não seria o salvador da pátria, é óbvio (e ele nunca escondeu isso) que os programas sociais continuariam e que ele viraria isso a seu favor para garantir uma possível reeleição. Portanto, meu amigo, mesmo se o azul ganhasse você continuaria sustentando a vagabundagem através das bolsas, a corrupção continuaria e você continuaria a reclamar do Brasil (com todo o direito e razão). Ficou louco Corey? Virou esquerdopata? Não, claro que não! Eu somente tento ser pragmático e racional perante tudo na vida e estou vendo muita gente agindo com todos os sentimentos, menos com a razão. Votei 45, aliás, nem me lembro a última vez que não anulei o voto. Fiz minha parte, não deu certo, mas estou com a consciência tranquila que ao menos tentei trocar o ladrão. Acho que esse é o sentimento que todos os amigos que votaram no 45 deveriam ter em mente.

A vida continua, você vai continuar trabalhando e sendo estuprado pelo governo através dos impostos. Se o Aécio ganhasse isso não ia mudar. Você vai continuar poupando para a independência financeira, a bolsa vai continuar caindo e subindo, o dólar idem. O Aécio também não mudaria isso. Sabe a única coisa que a reeleição do vermelho mudou na minha vida? Vou repensar minha estratégia de IF, começo a achar que vale mais a pena jogar todas as fichas no plano de emigração.

E falando em emigração, vi no Facebook da Bia a quantidade de posts ofensivos e xenofóbicos contra nordestinos e fiquei um tanto assustado. Confesso que concordo com o argumento "separatista", mas ele é totalmente falho, impraticável e utópico, além de ser preconceituoso. Logo no começo do blog eu falei sobre preconceito, continuo achando que não há nada de errado com o preconceito em si, acredito que o preconceito é criado por aquele grupo que sofre o próprio preconceito, mas daí a pessoa levar isso como verdade absoluta já são outros quinhentos...

De onde vem o preconceito contra nordestinos aqui no sul e sudeste? Vem do próprio comportamento do nordestino (atenção, estou no direito de falar porque sou nordestino e convivo diariamente com vários) que no geral é barulhento, tem sotaque forte, não se enquadra no padrão de beleza europeu que nós homens tanto gostamos, etc. Outro problema com nordestinos é que nós temos fama de preguiçoso. Faz sentido, já conheci muito "baiano" que vive encostado nos outros, mas também conheço muitos (muitos mesmo) nordestinos que vieram pra SP e fizeram fortuna, sabe como? Trabalhando! E essa galera normalmente tem pouco estudo e não tem a menor ideia do que quer dizer ação preferencial. Por isso que digo: o trabalho quebra todos os preconceitos, se você é trabalhador, pode ser preto, pobre e feito que será (ou pelo menos deveria) ser respeitado. O nordeste não é só gente ignorante (no sentido literal da palavra: gente sem escolaridade), tem muito "dotô" por lá, mas infelizmente o paulista convive com o nordestino mais sofrido e menos escolarizado. O preconceito é enraizado em fatos e ninguém pode esconder isso. Não estou aqui pra defender o nordeste, tampouco sou daqueles que dizem ter "orgulho da cultura do nordeste", nada disso. Só quero fazer a galera refletir um pouco sobre o assunto. E mando um recado para os patrícios do NE: querem respeito? Não querem ser discriminados? Simples! Ajam, parem de frescura, parem de perseguição e vão pra cima: estudem, trabalhem, larguem esse câncer chamado bolsas assistencialistas.  

Uma das coisas mais nobres e que mais admiro em uma pessoa é a capacidade de ação. O cara deixar seu local de origem e tentar uma vida melhor em outro é por si só, digno do mais profundo respeito. O nordestino ignorante trabalhando na construção civil em São Paulo está na mesma situação que o dentista paulista que trabalha como pintor em Miami. Não importa a distância, ambos saíram da zona de conforto e buscaram uma vida melhor. Tiro meu chapéu para ambos. Quer outro exemplo? Os haitianos que estão invadindo o Brasil, um amigo que trabalha na construção civil empregou alguns haitianos e agora está desesperado em busca de mais. Trabalham duro e não reclamam. Já já vai vir uma galerinha reclamar que estão tomando o emprego do brasileiro (assim como os rednecks fazem nos EUA), mas quantos brasileiros trabalham sem reclamar?

Mudei muito nas últimas semanas, deixei um pouco o pessimismo de lado e abracei o realismo. Por isso sei que com Dilma ou Aécio, vou continuar a ser abusado pelo governo corrupto e incompetente. Sei também que se eu não me mexer e correr atrás da grana, ela não vai cair no meu colo. O Brasil está longe de ser o melhor lugar do mundo pra se empreender e viver, mas é o que tenho de ferramentas no momento, portanto, vou em frente... Liguei o "foda-se" e estou indo em frente, independentemente de partidos políticos, previsões apocalípticas e opiniões alheias.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A Importância de Quebrar a Cara

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Cresci vendo meu pai quebrando a cara, fazendo negócios errados, com pessoas erradas, nos momentos errados. Durante toda minha infância e adolescência a situação financeira dos meus pais foi sempre marcada por altos e baixos. Um dia meu pai tinha carro zero e a dispensa estava cheia, no outro estava a pé e com os cartões de crédito estourados. A situação só foi melhorar quando eu já era praticamente adulto e já trabalhava. Aquela situação era extremamente chata, eu nunca sabia como estaria a situação após 3 ou 4 meses, tudo dependeria do sucesso dos negócios que o velho fazia. A grana da minha mãe male má dava para pagar minha escola (a coisa que sou mais grato!). Jurei pra mim mesmo que jamais teria altos e baixos!

E assim foi, desde que ganhei meu primeiro salário consertando bicicletas, sempre fui controlado. Jamais gastei tudo e sempre guardava um pouco com medo de ter um revés e ficar duro como meu pai. Quando comprei minha primeira loja acabei me enrolando, não tinha experiência com grandes quantias e me enfiei em dívidas, porém na minha cabeça aquilo não era um revés, não era uma rasteira da vida como as dezenas que meu pai levou, era somente um período obscuro com um futuro brilhante pela frente. Eu estava certo, consegui sair rapidamente das dívidas após trabalhar incansavelmente durante algum tempo. Logo tudo se estabilizou e até hoje, 2014, não tive altos e baixos na vida. Talvez se eu tivesse arriscado mais poderia ter tido mais altos, mas também poderia ter tido baixos, coisa que nunca quis. Enfim, tenho conseguido cumprir minha promessa.

Uma coisa tem me intrigado. Ultimamente tenho relembrado muitas histórias de pessoas que quebraram e se reergueram, ou quebraram e se acertaram mas não voltaram ao ponto que estavam antes da quebra. Meu pai mesmo está estabilizado financeiramente, acho que a idade chegou e finalmente ele se tocou que não pode mais ficar fazendo loucuras em busca de uma riqueza que nem ele mesmo valoriza. Não está no seu auge financeiro, mas se tudo correr bem, não terá grandes dificuldades financeiras até o fim da vida. Um amigo dele que nos anos 90 era rico (casas de aluguel, apartamentos de temporada no Guarujá e em Campos do Jordão; Tempra e Alpha Romeu do ano, etc) quebrou a ponto de não ter onde morar, reza a lenda que ainda deve perto de 1kk na praça, hoje vive aparentemente feliz num apartamentinho no centro e nem carro tem, trabalha de garçom num bar onde o encontrei semana passada. Um outro que também foi rico nos anos 90 e perdeu tudo para o triatlo puta/cachaça/jogo virou evangélico, largou os vícios e hoje está mais rico que antes. Uma coisa que vejo em comum entre todas essas histórias é que a pessoa está mais feliz hoje que antes, parece que a quebra foi um rito de passagem, algo que fez a pessoa se desenvolver.

Toda essa volta pra chegar no seguinte ponto: essa blindagem que criei contra quebra financeira pode estar me privando de um desenvolvimento pessoal interessante. Calma! Não estou falando que vou dar um jeito de perder tudo o que tenho, não é isso! Ultimamente tenho pensado que pode ser interessante assumir riscos maiores, não sei como eu poderia fazer isso de maneira a equilibrar risco e meu sentimento de anti-quebra, mas gostaria de assumir riscos maiores, sentir o frio na barriga de estar fazendo algo arriscado... Quando comprei a primeira loja a 10 anos atrás eu senti uma alta adrenalina que me fez muito bem na época, era algo muito legal ir dormir pensando no que eu estava arriscando e vislumbrando um futuro legal lá na frente. O futuro chegou, a adrenalina abaixou e hoje me sinto de boca aberta cheia de dentes esperando a morte chegar.

Sou jovem! Com minha idade meu pai nem tinha chegado ainda no auge financeiro, depois que isso aconteceu ele ainda quebrou e se levantou algumas vezes, começou e terminou alguns negócios; só foi atingir a estabilidade financeira na 3ª idade. Porra! Por que tenho que ser super conservador se ainda tenho saúde, condicionamento físico e, modéstia a parte, capacidade mental de aprender mais coisas? Meu pai tem muitos defeitos, mas uma coisa é certa: ele jamais parou de tentar, nunca ficou um dia em casa esperando o governo dar uma bolsa merreca ou um vizinho vir ajudar. Se ele errou, foi pelo excesso, não pela omissão. O mesmo acontece com as outras pessoas com histórias similares, o padrão é sempre tentar, independente do resultado, tentar...

A gente planeja demais, pesquisa demais, quer saber os detalhes de algo antes de entrar, quer saber 464984654965 casos de sucesso antes de fazer algo diferente, revira a internet de ponta cabeça, faz até pesquisa em chinês pra no final ficar na mesma. Quantos de vocês já passaram por isso? Aposto que a maioria. Numa era pré internet as pessoas arriscavam mais, a informação era escassa e por mais que você pesquisasse, os detalhes seriam descobertos somente após tentar.

Tenho um bom histórico de loucuras grandes na vida que deram certo: 100% de aproveitamento! Primeiro foi a compra da primeira loja, eu tinha uns 10% do capital necessário e 0% de experiência no que tinha que encarar pela frente. Arrisquei e deu certo! Segundo foi meu casamento: Bia e eu fomos morar juntos sem pensar muito, decidimos tudo em 3 ou 4 dias, não pensamos nas consequências, não fizemos buscas na internet, não sabíamos o que teríamos pela frente. Deu super certo! Portanto se eu for olhar pra trás, tenho obrigação moral de arriscar mais... Quantas e quantas pessoas da minha idade já arriscaram tudo mais de 2 vezes e estão aí, com uma grande experiência de vida... Preciso criar vergonha na cara!!!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Festival de Incompetências

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Esse post é 100% inspirado num post do meu amigo BBB (veja a postagem do BBB aqui). Assim como ele, ultimamente ando profundamente irritado com a incompetência generalizada que me cerca por todos os lados em absolutamente tudo o que tenho que fazer. Sério! Sem piada, tenho andado com receio até de pedir um sanduíche no Mc Donalds porque eles conseguem sempre fazer errado... Sem mais delongas, vamos a alguns exemplos:

Problema: aumento da velocidade da internet da loja
Detalhes: solicitei aumento da velocidade da internet a quase 90 dias, a Net já cobrou 2 contas com o aumento mas a velocidade continua a mesma e pior, agora estou tendo quedas constantes de sinal, coisa que não acontecia antes do pedido de aumento da velocidade.
Incompetência: mil operadores de telemarketing incapazes de resolver um simples aumento de velocidade de internet.
Prejuízo: R$ 160 (por enquanto)

Problema: geladeira quebrada
Detalhes: chamei um técnico que me cobrou R$ 400 para arrumar, como uma nova custa mais de R$ 1000 achei que valia a pena o conserto. 35 dias depois a geladeira pifou novamente, o técnico sumiu. Outras empresas se recusaram a consertar o modelo da minha geladeira.
Incompetência: técnico bandido, ladrão e sem vergonha que presta um serviço de merda e depois desaparece.
Prejuízo: R$ 400 (tive que comprar uma geladeira nova)

Problema: cartão de crédito novo
Detalhes: recebi uma correspondência da American Express me oferecendo um upgrade para um cartão fodão com benefício de anuidade grátis pra toda a vida. Entrei em contato e fiz a solicitação, recebi o cartão e na primeira fatura um valor de anuidade de R$ 200 (1ª parcela). Liguei furioso e prometeram me estornar.
Incompetência: não cumpriram a promoção que eles mesmo informaram, se eu não prestasse atenção, acabaria pagando a anuidade sem perceber.
Prejuízo: R$ 200 (espero ser reembolsado)

Problema: entupimento de esgoto na loja
Detalhes: após ser surpreendido por uma explosão fecal na loja e ter que fecha-la durante meio dia só para limpar, contratei uma desentupidora que literalmente cagou ainda mais fazendo uma bagunça impressionante. 2 dias depois voltou a entupir.
Incompetência: contratação de uma empresa sem o mínimo de compromisso com o cliente, que deixou o local incrivelmente sujo e bagunçado e que não resolveu o problema.
Prejuízo: R$ 600 (eu mesmo resolvi com algumas ferramentas e conhecimento de pedreiro que adquiri aos 8 anos de idade trabalhando com meu avô, precisei fazer um desvio que deu super certo, além de ganhar uma moral com os funcionários que ficaram impressionados por eu meter a mão na merda, literalmente)

Problema: pintura do apartamento onde morava
Detalhes: antes de entregar o apartamento para a imobiliária eu precisava pinta-lo, eu mesmo poderia fazer, mas estava na correria da mudança então contratei um pintor que foi 2 dias e sumiu, contratei um segundo que surpreendi cheirando cocaína na sala do apê.
Incompetência: "profissionais" sem o mínimo de profissionalismo que só sabem reclamar mas não são capazes de trabalhar de maneira correta.
Prejuízo: R$ 100 (só isso porque não dou dinheiro adiantado, esse é o prejuízo de material desperdiçado, Bia e eu resolvemos a pintura em 1 final de semana)

Problema: raiz de um dente inflamado
Detalhes: uma obturação quebrou, fui na dentista que somente reparou o dente, 3 dias depois amanheci com a cara no Quico de tão inchado. Fui em outro dentista que radiografou (o que primeira não fez) e constatou que era preciso tratar o canal.
Incompetência: a dentista além de deixar de ganhar num tratamento de canal perdeu um paciente porque foi relaxada em fazer o diagnóstico de qualquer jeito.
Prejuízo: R$ 200 (valor da primeira obturação)

Problema: funilaria mal feita
Detalhes: Bia deu uma ralada na lateral do carro, podia ter deixado do jeito que estava mas mandei consertar. Maldita hora! O funileiro conseguiu foder com a lateral, ficou mais torto e com diferença de cor. Paguei um segundo, de uma oficina TOP para arrumar (me dava nervoso de ver aquela porra torta e de cor diferente).
Incompetência: mais uma vez pessoas que se dizem profissionais mas só fazem merda
Prejuízo: R$ 700 (valor total, Bia pagou)

Vejam só, quase R$ 2.500 enfiados no ralo por incompetências de terceiros, sem contar a raiva. É impressionante a total falta de vontade das pessoas!!! Isso são só alguns exemplos, tenho outros que não posso contar por serem muito específicos, isso também sem contar a completa falta de educação das pessoas em seus locais de trabalho, a ausência de cordialidade, de bom humor... Ah! Sobre o Mc Donalds, qual a parte de "sem picles, por favor" é difícil de entender? Meu Deus, onde iremos parar?

segunda-feira, 21 de julho de 2014

A Falácia do Curso Superior no Brasil

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Quem acompanha o blog sabe que tenho formação superior porém nunca exerci a profissão por estar sempre envolvido com empreendedorismo e que um dos meus planos para 2014 era arrumar um emprego na minha área de formação por 2 motivos: 1º finalmente trabalhar em algo que gosto e que tenho conhecimento técnico e 2º porque minha profissão é uma das requisitadas pelo governo canadense e ter experiência de trabalho poderia facilitar uma possível imigração para as terras nevadas do norte.

A loja está passando por uma calmaria: faturamento estabilizado, burocracias anuais resolvidas e quadro de funcionários estabilizado, então pensei que agora é o momento certo para colocar esse plano em ação. Antes de sair caçando um emprego (até consegui uma possível vaga com um colega de faculdade) resolvi pesquisar a respeito da validação do diploma no Canadá, afinal de contas não adianta nada ter a experiência se não conseguir me legalizar de maneira que possa exercer a profissão lá. Antes de começar a revirar sites "ponto ca" atrás de respostas eu já tinha uma boa noção da realidade: que muito provavelmente seria mais fácil refazer a faculdade que tentar validar o diploma, porém o buraco é mais em baixo...

Primeiramente fui pesquisar a grade curricular do meu curso nas faculdades canadenses. Isso é algo extremamente complexo de ser feito porque o ensino lá é completamente diferente do nosso no sentido de carga horária e maneira que você deve cumprir as matérias, mas pesquisa daqui, pesquisa de lá, consegui entender como funciona para a minha profissão. Fiquei extremamente assustado ao me dar conta que o mesmo curso que me dá um título de ensino superior aqui não é equivalente nem a um título técnico por lá! Só a carga horária é praticamente 3x maior que a brasileira, isso porque o curso não é generalista como o daqui, se fosse essa carga horária talvez seria umas 5x maior!!! Mais assustado ainda foi me dar conta que lá existem disciplinas que nunca nem ouvi falar ou ao menos foram coisas jogadas durante a minha faculdade. Agora entendo o porque do déficit de profissionais em certas áreas no Canadá: muitos cursos são extremamente complexos, demandam muito tempo para serem concluídos e principalmente, são muito caros! O orçamento para minha faculdade não fica por menos de CAD 60k, demanda os mesmos 4 anos que o curso brasileiro, mas lá é integral e há aulas de sábado. E tem que ser assim!

Fiquei muito chateado e, mais uma vez, me senti enganado pelo Brasil. Aqui na Banânia tudo é uma farsa! Tenho consciência que fiz uma Uniesquina de merda e que um colega que fez uma federal provavelmente é muito melhor preparado, mas fui dar uma olhada na grade das federais e a coisa não muda muito (é melhor, mas nem tanto). Aqui entra mais um absurdo: como que eu, que fiz uma Uniesquina de bosta posso ter o mesmo título do cara que fez uma federal fodona ou uma particular de 5k de mensalidade... Tá tudo errado!!!

Já comentei algumas vezes aqui no blog que ter curso superior não é garantia de sucesso e que muitas vezes chega a ser até burrice gastar dinheiro com isso. O filho de um amigo está todo contente porque passou no vestibular de uma Uni-merda pra Turismo... PQP! Que futuro esse moleque vai ter?! Para ter uma ideia, no Canadá nem existe faculdade de turismo, o que existe é meio que um curso técnico de 18 meses que não tem nada a ver com bacharelado como é aqui. As faculdades particulares brasileiras inventam uns cursos idiotas só para atrair estudante (ou seria cliente?) perdido no que fazer na vida. Do ponto de vista capitalista elas estão certíssimas, mas do ponto de vista ético tenho minhas dúvidas. Se você tiver um bom inglês, faça uma pesquisa similar, se seu título nem existir em outros países é provável que seu curso seja mais um inventado por Uni-merdas brasileiras pra arrancar dinheiro...

A grande falácia do curso superior no Brasil é você acreditar que, por ser bacharel em alguma coisa, é um profissional qualificado e preparado. Você pode até ser no meio dos seus, mas se olhar lá fora, você será somente um cara com um cursinho meia boca desqualificado para trabalhar em outro lugar que não seja seu país. Aí vem o discurso governamental que o número de pessoas com nível superior está aumentando e blá, blá, blá... mas isso está aumentando graças a cursos idiotas, de faculdades caça-níquel, com professores desmotivados. Na boa, vamos jogar limpo aqui: podemos resumir os cursos realmente úteis em: algumas engenharias, medicina e uma ou outra da área da saúde. De resto, são cursinhos que servem para encher salas de aulas, esvaziar bolsos, incentivar a indústria idiota de formaturas e que jamais trarão ganhos financeiros significativos ao formando.

O que vou fazer? Ainda não sei, mas talvez aceite a proposta do meu colega (tenho que esperar um pouco para isso se consolidar) por gostar da profissão e querer ter essa experiência pra minha vida, mas isso não será muito útil pensando no plano canadense. Quanto aos planos imigratórios, tudo está confuso na minha cabeça, mil ideias passam pela mente todos os dias, mas nenhuma delas é robusta o suficiente para por em prática... Complicado...

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pergunta rápida...

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Quantos de vocês nunca sofreram violência direta ou nunca tiveram um parente ou amigo direto que sofreram algum tipo de violência como um assalto ou mesmo um furto?

Por que dessa pergunta? Essa semana fiquei sabendo de 3 casos de violência com amigos e familiares. Comentei isso com minha professora de inglês, uma americana moradora do Oregon, que ficou bestificada e por alguns momentos pensou que eu estava fazendo uma brincadeira porque segundo ela falei com tanta naturalidade que não transmiti confiança. Então ela disse que não conhece nenhum caso de violência direta com familiares e amigos, e que os casos de violência mais próximos aconteceram com amigos de amigos ou amigos de parentes, ou seja, ela não conhece pessoas que tenham sofrido assalto, furto ou outro tipo de merda do gênero.

Parei pra pensar e me dei conta que tenho cerca de 30 casos diretos para relatar e que a minha naturalidade perante o crime é algo assustador, isso não está certo, não pode de maneira alguma acontecer. Quando um amigo é assaltado, perguntamos logo se fizeram alguma coisa com ele, quando dizem que não, veem as respostas clássicas: "graças a Deus", "dos males o menor", "vão-se os anéis, ficam os dedos", etc. Parem pra pensar: a gente simplesmente aceita o fato do crime como algo normal e ainda agradece por não ter acontecido nada com a pessoa, o que é totalmente compreensível, mas nenhum pouco justo!!!! Tá tudo errado...


sábado, 14 de junho de 2014

Jejum de Internet

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Sumi, mas estou vivo! Decidi fazer jejum de internet, fiquei uma semana somente acessando e-mails, nada de blogs, nada de Youtube, nada de pesquisas na Wikipedia, nada... Decidi fazer essa experiência por achar que estava perdendo tempo demais com internet e que grande parte do "conhecimento" que adquiro na rede é totalmente desnecessário para meu dia-a-dia. Estava certo!

Desde que deletei meu Facebook ano passado tenho notado que coisas que julgamos totalmente necessárias nem sempre são assim. Nesse um ano sem Facebook percebi que continuo tendo contato com os mesmos amigos de sempre, que não tenho o menor interesse se Fulano está tomando Skol ou Budweiser, se fulana "partiu academia" ou se os Beagles foram ou não jogados na rua. O conteúdo de Facebook é totalmente desnecessário e digo mais, só serve para piorar a vida de uma pessoa porque você recebe um enxurrada de informação desencontrada, opiniões violentamente parciais, enfim, toda sorte de coisas que não agrega em nada. De vez em quando dou uma pescoçada quando a Bia está fuçando no seu (não consegui convence-la de abandonar Face/Insta/Twitter) e só vejo desgraça, denúncias redundantes de corrupção, fotos de gatos em situações engraçadas, etc. Não consigo ver valor nisso tudo.

Nessa última semana sem internet me dei conta que aquela curiosidade urgente como saber a divisão geográfica das Ilhas Virgens, nada mais é que curiosidade, não preciso ficar ansioso pra descobrir. Nos anos 90 esse tipo de curiosidade passava batido e se realmente persistisse eu teria que buscar na Barsa da escola ou escrever para a Superinteressante e rezar para ser respondido. Assistir aos vídeos dos Youtubers que moram nos EUA é divertido, mas me faz ficar com ainda mais raiva do Brasil, como não conseguirei fugir desse país tão cedo, preciso manter minha indignação dentro de limites que me permitam continuar vivendo aqui de maneira salubre. Não acompanhei meus feeds de notícias e isso não fez a menor diferença na minha vida.

Também não acompanhei a blogosfera, confesso que essa foi uma das partes mais difíceis, mas resisti. O contato com o pessoal daqui é muito legal, mas consegui ficar distante. Fiquei muito chateado ao voltar hoje e saber da notícia do alagamento da loja do BBB. Infelizmente esse é um dos vários desafios que um empreendedor tem que enfrentar, portanto pense 10x antes de criticar e invejar seu patrão por ele ter um Audi, só ele sabe o que teve que passar para andar com um carro bom ou folgar numa quinta feira.

Durante esse período de jejum de internet consegui ler um livro completo (hábito que eu tinha abandonado esse ano por achar que não tinha tempo) e estudei o dobro de inglês. Sai aqui no bairro, a pé, para andar sem destino (coisa que adoro fazer), encontrei uma padaria ótima com preços decentes, conheci um pessoal que pratica crossfit na praça (sim, eu sei, essa é a nova modinha da classe-média-alta, mas e daí, é legal pra caramba!), conversei em inglês com gringos perdidos, andei de bicicleta pela cidade enquanto a Galinha Pintadinha Claudia Leite cantava na abertura da copa, doei sangue, fui trabalhar de bicicleta duas vezes, passeei muito com o cachorro... Enfim, descobri que existe vida fora da tela de um laptop!!!

Não vou fazer isso pra sempre, foi uma experiência, mas com certeza investirei melhor meu tempo daqui pra frente. Não sei quando voltarei a postar aqui no blog porque estou sem ideias, aceito sugestões para posts, ok? Recomendo que todos passem por essa experiência de vez em quando, vale muito a pena!

domingo, 1 de junho de 2014

Aprendendo com a Southwest Airlines

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

A Southwest airlines é uma das principais companhias aéreas dos Estados Unidos, foi possivelmente a empresa que espalhou o conceito de low-cost que hoje tanto falamos, em mais de 40 anos de operações eles revolucionaram muitos aspectos não só no mercado aeronáutico.

Lição nº1-  Inovação: Fundada nos anos 70, a Southwest inicialmente servia cidades no Texas, a revolução começou por aí, como as cidades eram relativamente próximas, as pessoas que precisavam se deslocar entre elas normalmente utilizavam carros ou trens, no começo da companhia, muitos voos saiam com poucos passageiros. A empresa conseguiu convencer os passageiros a utilizar seus serviços através de tarifas bem baixas em troco de um serviço simples, foi o começo da simplificação do transporte aéreo que até então era cheio de frescuras (vamos ser francos, aviões são máquinas fantásticas, mas não passam de um meio de transporte rápido porém desconfortável). Não sou praticante da inovação nos meus negócios, mas como veremos a seguir, a Southwest inovou mas também adotou outras práticas bem peculiares.

Lição nº2 -  Copie sem medo: A empresa não se fez de rogada no começo de suas atividades ao copiar descaradamente procedimentos utilizados em outra companhia, a PSA, como oferecer tarifas baixas, manuais de treinamento de tripulação, etc. Acredito que toda receita de sucesso deve ser copiada, se possível melhorada ou diferenciada e pronto, um modelo de negócio pode ser implementado, na minha opinião a inovação é para poucos e agindo racionalmente, é besteira tentar reinventar a roda, vejam o caso da Apple, tem produtos "revolucionários" mas sem inventar nenhum!

Lição nº3 -  Não entre em guerra de preço: Certa vez uma companhia concorrente decidiu oferecer vôos em determinado trecho por 13 dólares, a Southwest cobrava 26, logo os clientes começaram a sumir, o que fizeram? Diminuir as tarifas significaria entrar em guerra de preços e possivelmente quebraria a empresa no médio prazo, ao invés disso, passaram a oferecer garrafas de bebida como brinde aos passageiros que comprassem o bilhete pelo preço cheio. Cada garrafa custava menos que o valor da diferença da passagem e rapidamente os passageiros migraram novamente para a Southwest, a medida ainda serviu como marketing.

Lição nº4 -  Saiba virar uma situação ruim a seu favor: A Southwest mudou seu slogan e uma pequena empresa aérea a processou por usar um slogan similar ao seu, ao invés de brigarem na justiça os presidentes das duas empresas decidiram disputar o controle do slogan numa competição de braço de ferro, sim, isso mesmo que você leu! O perdedor permitiria que o ganhador usasse o slogan e ainda doaria uma quantia a instituições de caridade. O presidente da Southwest perdeu, doou o dinheiro para caridade e o presidente da outra empresa permitiu que ambos usassem o slogan. Mais dinheiro foi levantado para a caridade ao vender ingressos para a bizarra competição. Inteligência! Todos ganharam publicidade e ainda ajudaram quem precisava. Outra vez, logo no começo das atividades, foram obrigados a vender um de seus aviões para quitar dívidas, com um avião a menos, precisavam decolar mais rapidamente, inventaram procedimentos mais rápidos que diminuíram o tempo de espera do avião no finger de 40 para 10 minutos, padrão que até hoje é utilizado pela maioria das empresas.

Lição nº5 -  Economize muito dinheiro com padronização: A Southwest usa somente um tipo de avião, o Fusca dos céus, o Boeing 737, são aliás a maior operadora desse avião no mundo. Foram os primeiros a padronizar frota, com isso racionalizaram o treinamento dos pilotos, mecânicos, estoque de peças, ferramentas, kits de manutenção, etc. Essa ideia é válida para tudo na vida, sempre que você consegue padronizar alguma coisa, com certeza terá um ganho financeiro. Quer um exemplo idiota porém eficaz: uso somente um tipo de meias, as brancas compradas em pacotes no Wal Mart, quando uma fura, jogo-a fora mas conservo o outro pé, quando fura outra, junto as duas remanescentes e um novo par de meias ressurge das cinzas. Imagine o mesmo efeito com peças caríssimas de aviões...

Lição nº6 -  Não exagere na manutenção preventiva: Esse tópico pode ser um pouco temerário, mas na prática dá certo. A Southwest tem fama de usar seus aviões além do limite da vida útil, já foi inclusive multada por isso, ao mesmo tempo nunca teve um acidente fatal (houveram 2 mortes envolvidas com eles, mas nenhuma fruto de acidente) em mais de 40 anos de atividade, sendo que fazem mais de 3400 voos por dia e cada um de seus 600 Boeing 737 fazem em média 6 voos diários. Acredito que embora a obsolescência programada seja algo bem real, há casos que sempre dá pra esticar o uso de determinado produto. Aprendi ainda adolescente com um velho amigo taxista que sempre dá pra atrasar a troca do óleo do carro em 20% de quilômetros, desde meu primeiro carro faço isso, além de trocar o filtro de óleo somente em trocas de óleo alternadas, nunca tive problemas de motor! O mesmo serve para outras peças como fluido de freios e de radiador, já usei um carro tirado zero por 60.000km somente trocando óleo, fazendo alinhamento, balanceamento e rodízio (para conservar os pneus). Sei que isso é errado, portanto, não tente fazer isso em casa, ok crianças?!

Lição nº7 -  Cada centavo conta muito: A Southwest não serve refeições, somente snacks e bebidas não alcoólicas como água e refrigerantes, isso é compreensível já que a maioria dos seus voos são curtos e todos são domésticos (iniciarão voos para o Caribe e América do Sul em breve). Certa vez o diretor de marketing propôs trocar os saquinhos de amendoim (até então o único snack servido) por barras de chocolate Snickers, o presidente retrucou dizendo que o chocolate custaria 0,38 a mais que o amendoim, disse o número de passageiros servidos e mandou o marketeiro fazer as contas. No fim, o Snickers não foi aceito mas cada passageiro poderia pegar 2 saquinhos de amendoim. Sinceramente não sou defensor da economia a nível de centavos, estou numa fase onde valorizo mais qualidade que preço, mas é fato que para uma companhia que briga por preço, contar os centavos é muito importante. Por outro lado, combato com todas as forças o desperdício.

Lição nº8 -  O cliente sempre tem razão... só que não!!! A Southwest não puxa saco de cliente, ao contrário das outras companhias aéreas que nos anos 80 só faltavam oferecer sexo oral a seus clientes, eles nunca deram muita bola pra reclamações de passageiros, acreditam que são como o Mc Donalds, que não possui a melhor comida, mas quem vai até lá e se propõe a pagar aquele preço baixo, sabe o tipo de hamburger que receberá em troca, portanto não tem muito direito de exigência. Concordo totalmente, o que mais vejo são clientes querendo levar vantagem em cima de empresa, basta entrar no ReclameAqui e ver o nível de reclamações, já vi caso de um cidadão reclamando por não conseguir entrar num bar que já havia encerrado o expediente, vá pra merda!

Lição nº9 -  Valorização de funcionário é uma das chaves do sucesso: A Southwest já foi eleita várias vezes como a melhor empresa aérea para se trabalhar, possuem uma das menores rotatividades do setor, seus funcionários não são sindicalizados (possuem associação própria que os defende) e muitos possuem décadas de empresa, além disso são lembrados pela simpatia, alegria e por terem certa liberdade em suas funções. É normal ver comissários dando instruções de segurança em forma de rap, outros perguntado antes do embarque se os passageiros se alimentaram (fazendo piadas deles mesmos que não servem comida a bordo), outros organizam competições de karaoke durante os voos, pilotos fazem mágicas pra entreter os passageiros dentre outras bizarrices. No 9/11 um piloto pagou com seu próprio cartão de crédito as passagens de trens de alguns de seus passageiros que estavam loucos para reencontrar suas famílias mas não tinham dinheiro. É mais importante dar ouvidos aos funcionários que aos clientes e manter um ambiente agradável de trabalho é obrigatório para a saúde de qualquer empresa.

Lição nº10 -  Agressividade faz parte do capitalismo: Muitas técnicas capitalistas podem sofrer contestações éticas, porém fazem parte do jogo. Quando seu maior mercado ainda era o Texas, a Southwest usou de técnicas de lobby político para repelir a construção de um trem de alta velocidade que ligaria as cidades por ela servidas. A ferrovia não saiu do papel. Foram os primeiros a utilizar edge nas negociações de combustíveis, pegaram tanto o jeito da coisa que começaram a especular o que rendeu alguns processos na justiça. Tenho sérios problemas com esse tipo de técnica, sou careta demais para implementar coisas que corriqueiramente meus concorrentes fazem ou outros comerciantes fazem, esse é um dos motivos que me chateiam na vida de empreendedor. De maneira alguma critico que faz esse tipo de coisa, desde que não seja ilegal, acho válido e o jogo capitalista é dos mais espertos, mas infelizmente (ou não) não nasci pra jogar.

Gosto muito de ler sobre empresas de sucesso e tentar entender o porquê que se sobressaem da concorrência e chegam ao topo, podemos tirar muitas lições para nossas vidas pessoais ou profissionais, aprender com o acerto e principalmente o erro dos outros nos faz ganhar tempo e dinheiro.

Para saber mais sobre a Southwest consulte: http://en.wikipedia.org/wiki/Southwest_Airlines  e procure um excelente documentário do Discovery sobre ela (não achei o link).

terça-feira, 27 de maio de 2014

Os Melhores Perfis de Funcionários

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Numa postagem recente, falei sobre os piores perfis de funcionários, aqueles que provavelmente serão eliminados antes mesmo de uma entrevista de emprego, hoje falarei do oposto, ou seja, os melhores funcionários para uma pequena empresa.

1- Homem na faixa de 18 a 35 anos: no extremo oposto das mulheres dessa faixa etária estão os homens, enquanto as moças de 18 a 35 anos estão na lista negra principalmente pela grande chance de engravidar, os rapazes estão entre os melhores funcionários que podemos ter numa pequena empresa e um dos motivos é justamente a gravidez. Deve ser instintivo, homens cujas parceiras estão grávidas tendem a trabalhar melhor, rendem mais e normalmente estão mais contentes, mas mesmo se esse não for o caso, homens dessa idade costumam trabalhar melhor por outros motivos. Os mais jovens normalmente possuem o grande desejo de comprar um carro ou uma moto (se bem que isso tem diminuído de uns tempos para cá) e conquistar a liberdade de ir e vir e o bônus de facilitar a lida com as mulheres. Se não querem ter o carro provavelmente são nerds e nerds possuem outras necessidades financeiras como vídeo games, figuras de heróis e eletrônicos. Os mais velhos estão pensando em casar, logo precisam de dinheiro para dar de entrada num apartamento e fazer a festa, se não são comprometidos precisam de dinheiro para gastar nos puteiros e em baladas, em todos os casos, trocar de carro frequentemente é algo natural, ou seja, homens jovens possuem muitos incentivos para trabalhar e ganhar dinheiro.

A lida profissional com homens dessa faixa etária costuma ser muito boa, o maior problema envolve justamente mulheres, como disse no outro post, misturar homens e mulheres de mesma faixa etária é pedir para ter problemas. Nesse caso prefiro excluir a mulher da relação porque como vemos, homens costumam ser melhores profissionais dentro dessa faixa etária.

2- Idosos: sou suspeito para falar porque adoro conviver com idosos, tem muita gente que não gosta e não as critico, não é exatamente fácil conviver com pessoas mais velhas cheias de vícios, costumes e métodos, mas pra mim compensa muito. O que essas pessoas tem para nos ensinar, o conhecimento de vida que oferecem de maneira gratuita são inestimáveis, claro que é preciso ter a cabeça aberta pra aprender, mas como gosto de ouvir histórias de vida, adoro conversar com idosos. Profissionalmente falando temos alguns perfis de idosos que são ótimos funcionários. O primeiro é aquele idoso que tem uma vida estabilizada mas está com o saco cheio de ficar de pijama dentro de casa e decide descolar um emprego, costumam trabalhar de ótimo humor, mas podem se desligar da empresa a qualquer momento. Outro perfil é daquele que precisa trabalhar para complementar a renda, perde-se um pouco no humor mas ganha-se no rendimento e na permanência na empresa, afinal, precisam de dinheiro.

No geral, idosos são pontuais, metódicos e se relacionam bem com clientes, dificilmente faltam, por incrível que pareça não costumam meter atestado e são comprometidos com a empresa. A maioria só rende legal quando trabalham pela manhã já que é uma coisa natural a eles dormir cedo e acordar cedo, é preciso observar as condições de trabalho que devem favorecer o desempenho de suas funções. Nos EUA é comum ver velhinhos de mais de 80 anos trabalhando como repositores em cima de escadas nos supermercados, isso é visto com naturalidade pelos americanos, aqui no Brasil se você colocar um idoso em cima de uma escada é capaz de chamarem a polícia, portanto é preciso ter cautela com isso, mesmo que o funcionário não tenha problemas com funções mais braçais. O maior problema que tenho com idosos é relacionado a tecnologia, um idoso demora muito pra aprender usar sistemas de gerenciamento e lidar com equipamento tecnológico, mas quando a pessoa quer aprender, ela consegue.

3- Deficientes físicos: infelizmente não tenho condições de empregar deficientes físicos, o tipo da minha empresa não comporta, porém tenho um colega cujo quadro de funcionários é formado em sua maioria por deficientes, já deu até entrevista sobre isso. Segundo ele por existir grande preconceito com deficientes, eles costumam se dedicar mais ao aprendizado de uma profissão e se grudam mais quando conseguem um emprego por saber que não é fácil arrumar outro. Alguns cuidados são necessários como adaptação de estações de trabalho, banheiros e acesso, mas com certeza o investimento acaba valendo a pena por diminuir a rotatividade e retenção de funcionários mais capacitados e dedicados. Além disso existem maneiras de abater impostos por esse tipo de contratação, acho que é um jogo de ganha-ganha pra todo mundo.

 4- Homossexuais, negros e "outras minorias": como disse no outro post, ainda existe sim muito preconceito com alguns perfis de funcionários, discordo da maioria deles mas alguns até consigo entender. Particularmente não tenho problema algum em contratar pessoas "diferentes" porque sinceramente não acredito que existam diferenças e que preconceito é algo que muitas vezes parte justamente da parte que se sente rejeitada. Já tive funcionário homossexual e não entendo como a vida privada dele poderia interferir no trabalho, ele se desligou da empresa mas até hoje somos amigos. Aqui nesses grupos normalmente não vemos diferença de comportamento profissional, mas quando isso acontece costuma ser de maneira positiva. 

O que eu faço: depois de anos contratando e demitindo, comecei a perceber que como tudo na vida, devemos pensar fora da caixa e que geralmente fazer as coisas de maneira diferente que a maioria costuma ser um bom negócio. Fui um dos primeiros do meu ramo a contratar idosos, hoje colegas fazem o mesmo. Tenho uma "fauna" bem diversificada de funcionários, tem dado certo, a rotatividade é bem baixa o que ajuda em tudo, principalmente nos custos e na confiança que você ganha em determinada pessoa.

sábado, 24 de maio de 2014

Inspire-se no Fim de Semana

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.


O que você foca se expande! Bom final de semana!


terça-feira, 20 de maio de 2014

Os Piores Perfis de Funcionários

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Hoje vou falar de algo pouco comentado na internet: os piores perfis de funcionários para uma micro empresa, acredito que essa escassez de informação acontece por ser necessário abordar temas cujo "politicamente correto" impera, como não estou nem aí pra essa merda que vem destruindo a humanidade, vou tacar merda no ventilador e jogar a real que acontece atrás do balcão da maioria das micro empresas.

O primeiro ponto que é preciso esclarecer é que uma micro empresa tipo um comércio de bairro, uma pequena firma prestadora de serviço ou até mesmo uma pequena rede de varejo, possuem relativamente poucos funcionários, normalmente tocamos nossos negócios no fio da navalha, com somente funcionários que são extremamente necessários. Isso porque somos muquiranas e queremos reter todo o lucro? Sim, as vezes. Mas a principal razão é alta carga burocrática, despesas e dor de cabeça que um funcionário pode dar aqui no Brasil com a política trabalhista mais injusta que conheço (sim, existem empresas fdps e não são poucas, mas isso é tema pra outro post). Se houvesse brecha para contratação de funcionários part-time, se a carga tributária em cima de um funcionário não fosse tão elevada, se não fosse tão complicado registrar uma pessoa, com certeza as empresas contratariam mais gente, trabalhariam mais folgadas e todos ganhariam: o patrão que ficaria menos preocupado com a possível falta de um funcionário, o funcionário que teria maior empregabilidade, o consumidor que seria melhor atendido... Uma pequena loja não pode se dar ao luxo de ter funcionários faltando diariamente, também dificilmente conseguirá manter funcionários de reserva, ou seja, tem que ter plena confiança que seus funcionários não deixarão na mão.

Bom, voltando ao assunto, quero dizer que por ter poucos funcionários, uma micro empresa não pode sair errando na contratação, logo é interessante aplicar vários filtros antes da contratação de um funcionário de maneira a minimizar a rotatividade e o consequente gasto desnecessário que isso impõe. O principal desses filtros é eliminar logo de cara os perfis ruins de funcionários. Aqui vão os piores perfis de funcionários na minha opinião e na opinião da maioria dos comerciantes:

1- Mulher na faixa de 18 a 35 anos: isso inclui solteiras e casadas. As meninas mais novas, solteiras e bonitinhas são um grande problema dentro de uma pequena empresa, na convivência com homens da mesma faixa etária as chances de relacionamento são de 101% e isso atrapalha o andamento da empresa, sem contar com o risco de gravidez (no próximo post vocês entenderão o porquê de não eliminar o homem da equação). As de vinte e poucos anos recém casadas provavelmente engravidarão em breve. Você deve estar pensando: "O Corey tem preconceito contra grávidas e não quer que suas funcionárias engravidem", e é parcialmente verdade. Cada um faz o que quer da vida, quer ter 12 filhos, que tenha, acontece que isso provoca um rombo nas finanças de qualquer empresa. Funcionária grávida além de render muito menos provoca um prejuízo incrível quando sai de licença. Esse gasto é melhor absorvido por uma empresa grande, mas pra uma pequena empresa pode muitas vezes levar a falência (conheci o caso de um comerciante que teve 3 das 5 funcionárias grávidas no mesmo período, pra resumir, quebrou!). Sim, é preconceito, mas acontece que o oposto acontece com homens da mesma faixa etária (veja no próximo post). Acima de 35 anos as mulheres provavelmente já engravidaram uma vez ou possuem mais cabeça pra planejar um filho, mesmo assim evito contratar mulheres (desculpem!).

No geral o convívio no ambiente de trabalho com mulheres é mais complicado, são mais sensíveis, tem TPM, etc. Isso pode ser um problema, mas acredito que é algo perfeitamente contornável se todas as partes (a funcionária, o patrão e os colegas) estiverem dispostos a aprender a conviver. O fato é que trabalhar com mulheres faz o dia-a-dia profissional mais agradável e não estou falando de peitos e bundas. Infelizmente vejo muitas mulheres sacanas, que entram num emprego só pra ter onde se segurar quando engravidar, outras fazem braço curto justamente pelo fato de serem mulheres, algumas arrumam um emprego mas não querem serviço... As boas profissionais acabam se queimando por causa das ruins, essa história de mulher ser menos valorizada é verdade, mas a culpa é delas mesmas (ou pelo menos de algumas).

2- Jovens de "comunidade": sim, mais preconceito, mas essa é a verdade. Molecada de 16, 18 anos que vive em comunidades carentes não costumam ser bons funcionários, possuem forte tendência a faltar, atrasar, e infelizmente, roubar. É uma grande pena essas pessoas estarem enquadradas como perfis ruins, porque o trabalho poderia ser uma saída digna da vida miserável que levam, mas o empresário precisa ser muito altruísta pra encarar essa galerinha que na maioria das vezes não possuem estrutura familiar alguma, normalmente não sabem o mínimo sobre matemática, são analfabetos funcionais, não conseguem se comunicar de maneira clara (muitas gírias) e que na grande maioria das vezes precisa receber toda a educação no ambiente de trabalho, coisa que deveria ter recebido em casa. Conheço um senhor, comerciante antigo que sempre tem uns jovens com esse perfil em sua loja, tiro meu chapéu pra ele porque não é nada fácil (já tentei, e tive problemas).

3- Qualquer pessoa que tenha problemas na justiça ou tenha processado antigos patrões: essa serve mais para pessoas mais experientes, com anos em determinada função. Amigo, você tem todo o direito de colocar seu antigo empregador "no pau" e muitos deles realmente merecem, mas no geral se você fez isso uma vez seu nome estará queimado. Particularmente não dou muita atenção pra isso por concordar que muitas empresas realmente merecem ser processadas por agirem fora da lei (não importa se a lei é justa ou não, uma vez no jogo você deve aceitar as regras), procuro analisar caso a caso, inclusive um dos meus melhores funcionários já processou um empregador, pesquisei a história, dei razão e o contratei (mas ele jogou limpo comigo desde a entrevista). Agora, se você foi preso, condenado ou fez alguma merda do gênero, desculpe, mas elimino de primeira.

4- Tipo físico, idade, tatuagem: aqui é algo que discordo dos meus pares, conheço muito comerciante que não contrata gente com tatuagem, cicatriz, negra, homossexual, idosa, etc. Discordo totalmente, muito pelo contrário, como vocês verão nos melhores perfis, é justamente aqui que tenho encontrado os melhores profissionais e talvez esteja o segredo para a baixa rotatividade e desempenho acima da média dos meus colaboradores, felizmente estou "fazendo escola" e outros colegas estão seguindo pelo mesmo caminho.

Na próxima falarei dos melhores perfis de funcionários (pra você não ficar achando que sou um mala sem alça, arrogante, fdp...).

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Copa do Mundo e Protestos Parte 1

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Essa é a parte 1 das postagens com o tema copa do mundo e protestos, não tenho parte 2 redigida mas infelizmente tenho certeza que esse assunto ainda vai render muito nos próximos dias.

Tive uma semana corrida, fui ao interior de SP tentar desenrolar aquele meu negócio, mas infelizmente não tive muito sucesso, parece que nossas instituições públicas não querem colaborar. Fiquei por fora dos acontecimentos da capital por alguns dias e acabei voltando ontem a tarde, no olho do furacão das manifestações. Nem vou entrar no mérito da questão do que passei na Marginal Tietê, quero falar um pouquinho sobre minha opinião a respeito de tudo isso.

Acho engraçado como o brasileiro deixa tudo pra última hora, até as manifestações. Puta merda, agora, a um mês da copa nêgo resolve fazer manifestação contra a Fifa, contra copa, contra construção de estádio-elefante-branco? Então quer dizer que até mês passado ninguém sabia que ia ter copa e que, de repente, descobriram que foram construídos estádios e (nossa, que novidade!) as obras foram superfaturadas? Acabaram de descobrir que o Brasil tem péssimos hospitais e escolas e que (meu Deus!) o dinheiro investido em estádios poderia ter sido investido em infra estrutura que trouxesse benefícios a população!!! [ironic mode on] Nossa que novidade, como ninguém me avisou disso antes, vou lá na Paulista tacar pedra em viatura policial e incendiar busão... [ironic mode off]. Puta que pariu, porque raios a galera não foi protestar contra copa do mundo na época da assinatura do contrato com a Fifa. E por que raios ninguém está protestando contra as olimpíadas de 2016? Alguém acredita que a construção da infraestrutura necessária para as Olimpíadas será diferente que a da copa? Amigo, se você acredita nisso, por favor, se jogue na frente de um trem sucateado da CPTM!

Pode ter certeza que essas mesmas pessoas que estão "se manifestando" (Ou seria destruindo? Ou seria depredando? Ou seria roubando?) comemoram tempos atrás quando souberam que o Brasil sediaria a copa e que estarão daqui a alguns dias fugindo do trabalho, como baratas que recebem dose de SBP, para assistir os jogos da Seleção Canarinho em suas televisões de LED compradas pelo triplo do preço que custa num país sério em 36x no carnê das Casas Bahia (afinal, ano de copa é ano de trocar a TV), enchendo a cara de cerveja barata (essa é a parte boa pra que tem Ambev na carteira de ações) e chorando quando o Brasil for eliminado na primeira fase (se bem que seria interessante perder a final para a Argentina (mas não perderia, está comprado)). O FUTEBOL É O PIOR CÂNCER QUE JÁ ATINGIU A SOCIEDADE BRASILEIRA. O futebol deixa as pessoas burras, o que era pra ser um lazer se transforma em doença, prejudica o trabalho, a família e a sociedade. Eu diria que o futebol tem o mesmo poder destruidor do alcoolismo. Atenção patriotas otários: sei que o mesmo fanatismo com futebol acontece em outros países.

Amigos, vamos ser francos, vamos ser racionais, vamos deixar o otimismo de lado (recomendo o ótimo post do Nerd) e usar o cérebro: alguém realmente acredita que o Brasil tem saída? Bem, eu sei a saída para o Brasil, aliás, vejo várias saídas para o Brasil, elas possuem até siglas: GRU, CNF, GIG, POA...

domingo, 11 de maio de 2014

Mudança Expressa e Casa Nova

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Primeiramente gostaria de pedir desculpas pela ausência no fim de semana, publiquei um post na quinta e sequer vim aqui comentar, não gosto de fazer isso, sempre que publico algum post procuro estar presente o máximo possível para agilizar a publicação dos comentários e poder trocar ideia com os amigos. Responderei a todos com calma. Acabei me atrapalhando por uma causa boa: as chaves do meu novo apartamento saíram antes do imaginado e tratei de correr com a mudança. E é sobre isso que falarei hoje por aqui.

No fim do mês passado, publiquei um texto falando sobre minha volta para São Paulo após um ano em outra cidade, comentei que possivelmente dessa vez eu iria morar num bairro mais nobre o que encareceria um pouco o valor do aluguel mas facilitaria a vida principalmente da Bia, pois foi exatamente isso que fiz, aluguei um apErtamento num bairro mais arrumadinho da capital paulista. O imóvel não tem absolutamente nada a ver com o apartamento anterior: tem menos da metade do tamanho, é novíssimo (primeira locação), o prédio tem uma infraestrutura de lazer razoável além de contar com serviços pay-per-use, são duas realidades totalmente diferentes.

Falando um pouco sobre a experiência de voltar ao aluguel após morar muitos anos num apartamento próprio, só posso dizer que foi uma das melhores decisões que já tomei na vida, esse 1 ano morando em outra cidade, num lugar mais civilizado e com a flexibilidade que só aluguel me proporciona me serviram pra muitas coisas entre elas conviver com pessoas de nível sociocultural mais elevado, estabelecer a simplicidade e minimalismo em nossas vidas e principalmente, ver que é besteira ficar amarrado a situações intoleráveis somente por causa de um punhado de reais. Percebi também que gosto muito de São Paulo e que é difícil ficar longe dessa cidade maluca, meus amigos estão aqui, os lugares que frequento estão aqui... O aluguel me permitiu voltar!

Voltando ao assunto do novo apartamento, fechei negócio rapidamente essa semana, só houve um empecilho que logo tratei de resolver da maneira mais fácil possível, ou seja, usando dinheiro. O locatário só iria alugar mediante seguro fiança, o que é totalmente justo ainda mais aqui no Brasil que temos uma política de crédito as avessas, onde você tem que provar que não é picareta e não que é um bom pagador como acontece nos EUA, por exemplo. Não tinha conversa, ele não queria depósito (como fiz no antigo apê) nem fiador (essa nem eu queria porque detesto esse negócio de fiador). Não estava disposto a torrar uma grana sem necessidade em seguro fiança, então propus de pagar o contrato inteiro adiantado. Bom negócio para o dono do imóvel por ficar despreocupado e para mim que ganhei poder de barganha. Pra resumir consegui um desconto de praticamente um mês, tudo bem que pra isso precisei torrar todo meu colchão de segurança, mas não é pra isso que ele existe? Só precisei esperar a imobiliária fazer a papelada e a ligação da luz e gás que por incrível que pareça (para os padrões brasileiros) foram realizados no mesmo dia do pedido.

Típico veículo de carga do "Tio do Carreto"
Peguei as chaves na quinta a noite, Bia e eu agilizamos nossos trabalhos na sexta pela manhã e a noite fomos empacotar as coisas. Aqui entra o pulo do gato de se levar uma vida minimalista, em poucas horas e principalmente poucas caixas, nossa vida estava totalmente empacotada e organizada. No sábado pela manhã o tio do carreto apareceu e a tarde tudo já estava no apê novo. Aqui um detalhe: a diferença de preço entre um "tio do carreto" e uma empresa de mudança chega a ser doentia, pra quem tem pouca coisa como nós não vale a pena de maneira alguma contratar uma empresa. Aliás, só precisamos de carreto por causa da geladeira, sofá e colchão, porque o resto poderia ser levado no carro em algumas viagens sem problema algum (aliás, minhas roupas foram no carro, nos próprios cabides, nem me dei o trabalho de dobrar, rsrs!). Pensei em alugar uma pick-up mas o preço sairia equivalente ao tio do carreto e ainda teríamos que fazer tudo sozinhos.

No sábado a noite ainda saímos para conhecer um pouco a vila boêmia do bairro, descobrimos que uma cooperativa de taxis cobra preço fixo para moradores do condomínio (ótimo!). Descobrimos também que o prédio tem wi-fi inclusa no condomínio, não é os 15 mega que estava acostumado mas dá pro gasto, inclui também um pacote básico de TV a cabo e não se paga para usar as máquinas de lavar (ótimo, a nossa já foi vendida junto com a TV jurássica para um conhecido, valor esse que pagou o carreto). Só precisarei comprar uma TV nova. Impressionante como tudo foi mais fácil em relação a outra mudança, formatamos nossa vida pensando em mudanças frequentes, logo temos poucas quinquilharias de cozinha, poucos móveis (os que temos são pequenos, desmontáveis e de uso flexível) e as poucas coisas que guardamos estão armazenadas no meu escritório da loja, logo não precisamos nos preocupar de ficar levando-as para cima e para baixo.

Hoje pela manhã arrumamos umas coisas e ainda sobrou tempo para visitar as respectivas mães, agora é noite, minhas roupas estão todas arrumadas no armário, o escritórinho de casa montado e tem um rango cheirando bem na cozinha, Bia está reclamando que ainda tem roupas para tirar das malas e que os 5848574895743 cosméticos dela ainda estão na caixa, mas uma mudança feita com toda tranquilidade em dois dias é um feito e tanto, não?! Na próxima, como prometido, postarei os números referentes a essa mudança.