terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sobre Privacidade e Mudanças no Blog

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Para quem não está entendendo a confusão que está acontecendo na blogosfera de finanças desde o fim de semana recomendo a leitura do post do General:


Minha opinião sobre o incidente é que não é preciso pânico, como o Além da Poupança bem disse, quem se propõe a fazer um blog, divulgar sua carteira de investimentos e detalhes sobre a vida pessoal deve ter consciência que não há lugar totalmente seguro na internet e que o risco de ser descoberto é sempre constante. Acontece que como é natural do ser humano, acabamos relaxando, pensando que "isso não vai acontecer comigo" e falando (escrevendo) mais do que deveríamos. O incidente com o I40 serve de alerta apara que tenhamos mais cuidado com o que publicamos, seja nas postagens ou nos comentários.

O que me deixou mais sentido nessa história toda foi a exclusão do excelente blog da Ostra, mas não a critico, e no lugar dela provavelmente faria o mesmo se me sentisse diretamente ameaçado. Ostra, sei que você está lendo isso e por favor, depois que a poeira abaixar, volte ao menos para comentar, ok?

Sinceramente essa história do I40 me pareceu meio sem pé nem cabeça, não estou dizendo que ele inventou isso, mas no lugar dele eu agiria de forma totalmente diferente, sumiria sem fazer alarde ou algo assim. De qualquer forma, fiquei com um pouco de receio e mudarei algumas coisas aqui no blog:

1- Moderação de comentários: os comentários do blog serão moderados, pelo menos por um tempo. Postagens fora do contexto, com brincadeirinhas, piadinhas e demais trolagens não serão publicadas. Todo blogueiro quer audiência, mas eu prefiro selecionar as pessoas que frequentam o meu blog, quero trocar experiências, não aturar piadistas idiotas. Reservo-me o direito de censurar comentários que a princípio possam parecer pertinentes mas que na minha opinião possuam segundas intenções.

2- Atualização de patrimônio: ainda não tomei uma decisão definitiva a esse respeito. Na minha opinião deixar de publicar a carteira não adianta muito por ser possível "estimar" o valor. Por enquanto ACHO que continuarei publicando por ser uma ferramenta interessante de controle pra mim mesmo, mas não detalharei muito a composição dela.

3- Postagens: infelizmente aqui está o maior prejuízo para o blog, pretendo diminuir a quantidade de postagens, publicando somente aquelas que tiverem mais relevância a comunidade. As postagens sobre minhas ideias, acontecimentos da minha vida entre outras semelhantes só serão publicadas se eu achar relevante e mesmo assim não entrarei em detalhes.

Peço a todos os blogueiros que tomem algum tipo de atitude em relação a segurança e também para que "não alimentem os trolls"! Na minha opinião, os "vários" trolls são na realidade uma ou duas pessoas totalmente desocupadas que acham legal irritar e encher o saco de pessoas sérias, interessadas em agregar valor. Peço também que os anônimos evitem comentar como tal, se querem manter o anonimato, criem uma conta no Google só para comentar nos blogs, dessa maneira os blogueiros saberão com quem estão falando e conseguirão ter mais controle sobre os comentários.

Acho que todos devem usar esse acontecimento do I40 como marco e adotar medidas de segurança mais ativa, não só na internet, mas também na vida real. Independente de quanto dinheiro você tenha, deve proteger sua integridade e de sua família.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Pequenos Problemas, Grandes Chateações

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Outro dia estava conversando com um colega sobre os "probleminhas" que os donos de comércios enfrentam, comentamos muita coisa, boa parte delas são inclusive engraçadas. Sabe aquela história de "seria cômico se não fosse trágico"? Pos bem, é bem por aí... São coisas muitas vezes simples, banais e que nem dão tanto prejuízo financeiro, mas causam um transtorno enorme, e a Lei de Murphy sempre impera.

Vamos a alguns "causos" reais, alguns aconteceram comigo, com colegas, ou presenciei:

Durante o dia de mais movimento, na época mais lucrativa, a fonte de alimentação do servidor da loja fritou sozinha, todos as estações de trabalho pararam de funcionar. Os funcionários passaram a fazer as operações manualmente, perdendo muitas vendas, fazendo besteiras, etc. O dono da loja estava indo viajar, a 100km de distância, foi avisado e voltou, ao chegar na loja, trocou a fonte por outra de um computador sem uso e resolveu o problema.

Dia 31 de dezembro, 18h, o dono está fechando a loja e de repente escuta um barulho ao abaixar a porta de aço, que se recusou a descer completamente. Após inúmeros telefonemas, encontrou um serralheiro disposto a arrumar, ele chegou por volta das 22h, bêbado e cobrou o que bem entendeu.

Outra de porta: um funcionário apertou o botão da porta automática para fechar uma loja, as 23h, sem se dar conta que havia esquecido algumas mercadorias em baixo do trilho. Resultado: uma porta "descarrilada", em plena madrugada. O dono foi chamado e ficou esperando o técnico chegar, detalhe: o técnico veio de uma cidade a 60km de distância.

Fila no caixa da padaria, uma criança doente no colo da mãe que, de certo na tentativa de aliviar o desconforto do rebento, ficava balançando-a de um lado a outro, até que a criatura fica amarela, depois verde e despeja uma enxurrada de vômito em cima dos chocolates, balas e paçoquinhas em cima do balcão da padoca (obs: pessoas vomitando é algo extremamente comum de se ver nos comércios).

Cliente pediu para usar o banheiro da loja, o funcionário permitiu mas alertou que a descarga não estava funcionando e que em caso de número 2 o cidadão deveria buscar outro local. Adivinhem qual número o cliente decidiu fazer? Exato, o 2! Deu descarga que por não estar funcionando, causou refluxo, transbordou o vaso sanitário você sabe exatamente do que, causando alagamento na loja.

Sábado, 7h da manhã, o dono chega pra abrir a loja e se depara com mendigos dormindo na porta da loja, com muito jeito e educação consegue tira-los dali e se dá conta que o cheiro que ficou não é apenas das pessoas marginalizadas. Havia números 1, 2 e 3 (vômito) na porta da loja.

Apagão 2010. Após boatos de saques e vandalismo em lojas de um centro comercial, o proprietário de uma loja deixa a família em casa, pega o carro e vai correndo pra empresa, ver o que de fato está acontecendo. Por sorte tudo era boato, mas ele fica dando voltas na região pra se certificar que tudo está bem.

1971: Um grande viaduto elevado é construído através do canteiro central de diversas ruas da capital paulista, em apenas 11 meses, decreta o fim do banho de sol de diversas lojas localizadas na Rua Gal Olímpio da Silveira e Amaral Gurgel, com isso o comércio fervente dessa área, até então relativamente nobre, é rapidamente dizimado. Hoje, mais de 40 anos depois o que sobrou foram butecos, estacionamentos, oficinas e muitos salões vazios na sombra do "minhocão".


Depois dizem que a vida de comerciante é glamurosa, esse é o tipo de coisa que precisamos enfrentar no dia-a-dia pra ganhar uns trocados a mais. O comerciante ou micro-empresário do setor de serviços ou mesmo industria é parte da empresa, ele está envolvido em tudo que acontece, não tem capital pra bancar gerentes para diferentes áreas. O dono quase sempre é o técnico de informática, encanador, eletricista e muitas vezes faxineiro. Sobra tudo pro dono, não importa se o problema acontecer em horário comercial, de madrugada, nos fins de semana ou durante as férias. O dono deve cuidar da troca de uma lâmpada ou reinventar sua empresa caso a prefeitura faça alguma cagada obra na região.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

[Livros] Como Comprar e Vender Empresas - Parte 2

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Eita texto difícil pra sair, já publiquei umas 3 vezes e ele não aparece nas atualizações dos outros blogs, vamos ver se dessa vez ele sai!

Pra acompanhar o assunto, recomendo a leitura da primeira parte dessa postagem: http://coreyinvestidor.blogspot.com.br/2013/01/livros-como-comprar-e-vender-empresas.html

Como disse na primeira parte, o livro é realmente bem interessante e recomendável a todos que pensam em empreender através da compra de uma empresa. Na realidade o título é um pouco equivocado, a obra é voltada quase integralmente ao "comprador", não é sobre negociações de compra E venda de empresas. O conteúdo do livro é bem didático, mas é voltado para transações maiores, envolvendo muito dinheiro, o que não se aplica a realidade da grande maioria dos aspirantes a empreendedor. Devido a esse fato, certos conceitos são fora da realidade do micro-empresário padrão:

  • Formação de um "time" de especialistas composto de advogados, contadores e corretores. Isso é algo super interessante de ser feito quando deseja-se comprar uma empresa, dessa forma, você terá menos probabilidade de cair em armadilhas, mas é inviável a grande maioria das pessoas. Encontrar bons profissionais para esse tipo de negócio é complicado e quando encontrados, custam uma fortuna.
  • Analisar livros contábeis durante um período de tempo. Em primeiro lugar a contabilidade formal da grande maioria das micro-empresas não espelha a realidade, isso devido a sonegação (em maior ou menor escala), legislações tributárias excessivamente complexas que leva a contadores cometerem erros ou desleixo por parte de proprietários e contadores. Em segundo, essa análise por dias, semanas ou meses simplesmente não existe. Quando você demonstra interesse por uma empresa, no máximo você terá relatórios fornecidos pelo proprietários (e deverá assumir o risco de confiar neles).
  • Prospectos de venda, obrigações por escrito, pré-contratos e demais papéis envolvidos numa negociação são simplesmente inexistentes na imensa maioria das negociações. Entendam que nesse tipo de negócio o que mais conta é realmente a palavra.
  • Negociação por intermediários: Outra coisa que nunca ouvi falar, em todas as negociações que acompanhei, a barganha foi feita entre proprietário e comprador, no máximo o corretor está presente para sugerir ideias que venham viabilizar o negócio.
Um dos capítulos mais interessantes diz respeito a confidencialidade da negociação. Isso é algo importantíssimo e o livro aborda de maneira exemplar. Ao comprar e vender uma empresa, a negociação deve ser mantida totalmente em sigilo até a concretização do negócio. Deve-se usar artifícios como anúncios indiretos, imobiliárias especializadas que procuram compradores, negociação fora do ambiente da empresa (ou em horários sem funcionários), etc. Os funcionários e concorrentes só podem ficar sabendo que a empresa está a venda quando ela já estiver vendida. Os motivos para isso são os mais variados.

O livro descreve muito bem como um contrato deve ser alinhavado, explicando cada tópico como condições de pagamento, cláusulas de exclusividade de área e de não concorrência por parte do vendedor, cláusulas exclusivas e individuais, etc. Um contrato de compra e venda de estabelecimento comercial pode conter absolutamente qualquer cláusula relevante ao negócio e isso é algo útil para preservar comprador e vendedor. Deve-se usar o contrato de maneira mais detalhada possível.

Bom, é isso, em resumo é um bom livro e recomendo para aqueles que desejam comprar uma empresa. Não levem tudo ao pé da letra, não pensem que tudo será pragmaticamente igual ao livro, mas o texto pode ajuda-lo a saber onde está pisando.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

1 Ano do Blog do Corey

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Hoje, 13 de fevereiro de 2013, meu blog completa o primeiro ano de vida. Decidi criar o blog numa época em que surgiram muitos blogs, infelizmente e previsivelmente boa parte deles ficaram pelo caminho e o meu ainda está por aqui.

Durante esse 1º ano falei um pouco sobre minha vida, compartilhei meus pensamentos e ideias com muita gente, conheci muitas pessoas legais, mesmo que nunca saberei os nomes delas, aprendi muito sobre investimentos e também sobre a vida em geral.

Bom, todos sabem que não gosto de comemorações nem datas festivas, mas não poderia deixar esse dia passar em branco. Agradeço a todos que estão comigo desde o começo, comentando e agregando valor. Espero que nossa comunidade continue firme e forte e que eu continue por aqui durante muito tempo.



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

[Off] - Camaro Amarelo?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Fiz alguma merda e minha postagem sobre o livro Como Comprar e Vender Empresas não apareceu nas atualizações dos outros blogs, então vou tentar novamente com esse post, até o fim da semana eu publico a resenha do livro novamente.

Gosto por carro é algo muito pessoal, mas não consigo entender como o atual sonho de consumo da molecada (e do Pobretão) é a porra do Camaro amarelo! Tudo bem que o Camaro é um puta carro, bonito e imponente, mas é o carro preferido dos traficantes e recém-enrricados. Se o objetivo é gastar 200k num prolongamento peniano pra chamar atenção da mulherada existem muitas opções muitíssimo mais interessantes, veja:


PORSCHE BOXSTER 3.4 S 6 CILINDROS 24V GASOLINA 2P MANUAL 2007/2008

R$ 190.000,00

Meu Deus do Céu!!!!!!! Com menos de 200k você consegue comprar um dos esportivos mais fodásticos do planeta, praticamente zero quilômetro, então por que raios você fica sonhando com porra de Camaro???


R$ 225.000,00

Se você abrir mão de ter um carro zero ou semi-novo você pode comprar uma Ferrari por pouco mais de 200k. É isso mesmo, um FERRARI, eu vou repetir pra você entender direito: F-E-R-R-A-R-I!!!! Pelas barbas do profeta, qual carro tem mais presença com uma mulher que uma FERRARI (meu Deus, não consigo parar de repetir, estou até tremendo, é uma FERRARI, porra!! Como alguém pode preferir uma merda de Camaro??). Você acha que alguma mulher consegue distinguir se uma Ferrari é zero ou 1994?

Agora, se você quiser ter um puta automóvel gastando "apenas" 100k, poderá ser mais racional e partir para a alternativa abaixo:

R$ 91.900,00

Se você faz o estilo "homem sério porém moderno", uma BMW é ideal, uma BMW série 3 com 2 anos de uso e pouco mais de 20 mil Km é um carro pra ficar a vida toda, daqui 20 anos ainda será um carro excelente e imponente.

Mas se você é um cara realmente inteligente e não quer abrir mão de um carro bonito, confortável e com boa imagem perante a mulherada, sem queimar toda sua suada carteira de ações nele, veja algumas sugestões:

R$ 34.990,00

O Civic é uma das compras mais racionais, um carro bonito, confortável, confiável e grande. A mulherada dificilmente conseguirá distinguir um Civic 2006 de um 2012. Ah! Mas sedan é carro de tiozão, então veja o próximo:

R$ 30.460,00

Por 30k você consegue ter um legítimo "protótipo de esportivo", esportivo ou não, o fato é que um Punto vermelho é um excelente carro pra quem deseja chamar atenção, e o melhor, com um excelente custo/benefício.

Na minha opinião, carro é uma coisa que todo homem solteiro deve ter. Pode ser um Porsche conversível ou um popular de 10k, mas deve ter. Não me venham falar que mulheres são mercenárias, que são maria-gasolina, essas coisas. Todo mundo gosta de conforto e ter um carro pode facilitar muito sua vida, mesmo com aquela gata que sairia com você mesmo que fosse de ônibus.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Divagações sobre Ambições

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Escrevo esse texto numa típica tarde chuvosa da cidade de São Paulo, vejo poucas pessoas apressadas fugindo da garoa. Estou cobrindo um funcionário que deu cano, não vejo a hora de chegar em casa, tomar um banho quente, sentar no sofá e bebericar uma dose de bourbon carinhosamente preparada pela Bia.

Bateu uma bad, meus pensamentos começaram a divagar, imagino como será quando conseguir fazer algo que me dê um mínimo de prazer e satisfação, quando me mudar para o lugar onde tenho vontade de morar, quando conseguirei ampliar minhas amizades, falar inglês, ter músculos mais enrijecidos, etc.

Lembro-me que cerca de 10 anos atrás eu passava por uma situação semelhante. Era empregado e precisei cobrir um colega que não pode ir trabalhar, chovia e fiquei olhando pra rua, imaginando o dia que teria minha empresa, minha BMW e uma namorada/noiva/esposa bela e carinhosa. Gostava muito do trabalho, não sentia asco como acontece hoje mas acreditava que o dia que eu fosse dono, tudo seria ainda melhor. Afinal, desde os 6 anos assistia o Pequenas Empresas e Grandes Negócios, via a cara de satisfação dos empresários, ledo engano!

Uma década separa os dois acontecimentos, a previsão não se concretizou totalmente, afinal não tenho uma BMW, mas teria se realmente fosse algo relevante pra minha vida; a empresa foi conquistada e a Bia me conquistou. O engraçado disso é que hoje sinto a mesma angústia que sentia em meados de 2003, com a diferença que minha ambição atual parece tão mais simples e paradoxalmente tão inalcançável...

De repente imagino a situação perfeita: a vida de 10 anos atrás com as ambições alcançadas no dia de hoje.

Acho que o tempo vai passando, o dinheiro vai entrando e mesmo sem querer e afirmando categoricamente que não, acabamos por assumir comportamentos induzidos pelo aumento de renda: confortos, luxos e experiências que o dinheiro compra. Acontece que chega uma hora (cedo ou tarde) que não vemos mais sentido nisso e acabamos nos voltando para as coisas essenciais. Estou nessa fase, infelizmente (ou felizmente) o dinheiro e “poder” já não me fascinam tanto e a cobiça por eles diminuiu muito. Sinto-me um idiota por correr atrás de dinheiro enquanto poderia estar correndo atrás de coisas mais importantes como ter menos problemas e trabalhar em algo legal.

A conclusão que tiro desse monte de pensamentos jogados é que dinheiro é algo fácil de ser conquistado, desde que você tenha um mínimo de inteligência e paciência. Por outro lado, experiências subjetivas e “felicidade” (o que é felicidade?) são infinitas vezes mais difíceis de serem alcançadas, sendo que na maioria dos casos jamais conquistaremos tudo o que queremos. Talvez usar dinheiro, que é mais fácil de arrumar, para “comprar” uma experiência subjetiva pode ser uma estratégia...



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

[Link] - Carnaval 2013

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Ano passado, logo no início do blog, eu dei minha opinião sobre o carnaval. Como bom ranzinza pragmático acho tudo isso uma tremenda perda de tempo e dinheiro.

Esse vídeo que hoje coloco para vocês é bem manjado, todo ano ele pipoca por aí, mas mesmo não sendo novidade vai de encontro com minha opinião.



Essa matéria saiu hoje no IG e tenho muito em comum com a Prof. Carolina:

Carolina Ferrari, 39, vive há sete anos no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O local é famoso por sediar a tradicional escola de samba Vai-Vai. Uma vizinhança para carnavalesco nenhum botar defeito. O problema é que a professora de inglês não quer saber de folia. Pelo contrário, Carolina não se acanha em repetir a frase: “Eu odeio carnaval”.   
“Em primeiro lugar, eu não gosto do ritmo samba, de batucada. Mas isso é o de menos, o problema mesmo é a mesmice dos desfiles. O tema muda a cada carnaval, mas parece que você está assistindo a mesma coisa. Fantasias e carros alegóricos poderiam ser repetidos todo ano que ninguém ia perceber”, provoca Carolina. “Tem sempre uma arara, uma onça no enredo, que sempre acabam falando do Egito e da África”, prossegue.   
Mas a aversão da professora não se restringe ao carnaval das escolas de samba. “Um dos meus maiores pesadelos seria ficar presa no meio daquela multidão em Salvador, ouvindo axé no volume máximo. Me arrepia só de pensar”, confessa a paulistana, que tem o mesmo sentimento em relação ao frevo de Recife.   
Cientes da fobia carnavalesca da paulistana, os amigos não perdoam. “Tem sempre um engraçadinho me convidado a ir à Bahia nessa época do ano. Do mesmo jeito, me chamam para algum baile de pré-carnaval. Já virou piada entre nós, eu levo as provocações numa boa”, conta Carolina, que obviamente diz não a esses convites. 
Além dos ritmos que não a agradam, Carolina se incomoda com o clima de ‘oba-oba’ que toma conta de muita gente neste período de folia. “Não suporto essa coisa das pessoas beberem até cair só porque é carnaval. Acho ridícula essa cultura do vale-tudo por quatro dias”, critica a professora. “Outro problema é essa ideia de que o ano só começa depois do carnaval, de tudo ficar em compasso de espera”, continua. 
A professora de inglês sentiu os efeitos desse ‘congelamento’ de decisões até o fim da folia no bolso. “Muitos alunos usam o carnaval como desculpa para adiar o começo das aulas. Como se eles não pudessem aprender nada antes desse período”, brinca. 
Nem sempre Carolina teve esse horror à folia. “Eu nunca fui apaixonada por carnaval, mas na época da minha adolescência, eu ia aos bailes e às festas com os meus amigos e até me divertia”, revela. “Mas, com o tempo, fui perdendo a paciência e hoje simplesmente não suporto”, completa.   
Kit de sobrevivência   
Para sorte de Carolina, o carnaval de rua é pouco difundido em São Paulo, com a folia se restringindo mais aos desfiles das escolas no sambódromo do Anhembi, que fica na Zona Norte da cidade, bem longe do apartamento da professora de inglês. Mesmo assim, ela prefere restringir as saídas de casa no feriadão carnavalesco.   
Aliás, a paulistana já preparou o seu kit de sobrevivência para o feriado carnavalesco. Ela vai aproveitar esse período para ver filmes e livros que há tempos estavam em sua lista. “Geralmente, eu vou à locadora e saio com uma boa quantidade de DVDs, o suficiente para me manter ocupada nessa época”, diz Carolina. Ela também só assiste TV a cabo nos dias de folia. “Evito até os jornais para não ter que ver as matérias sobre o carnaval e os compactos do desfile”, conta.   
A trilha sonora dela no feriadão, obviamente, passa longe do samba e do axé. “Estou sempre de fone de ouvido nessa época, ouvindo rock, principalmente”, revela Carolina. A música serve de ‘combustível’ para outra atividade que Carolina planejou para o período: uma arrumação geral em seus armários e gavetas. 
Fonte: http://delas.ig.com.br/comportamento/2013-02-08/eu-odeio-carnaval-carolina-ferrari-professora-de-ingles.html

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Esposa Gerente?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Antes de mais nada, gostaria de agradecer pelos 100.000 acessos que estou atingindo hoje no blog!

Sempre que começo a reclamar dos problemas de ser empreendedor (eu sei, sou um chato, reclamão e mal agradecido!), alguém me dá a sugestão de colocar minha esposa como gerente da loja. Segundo muitos, isso resolveria boa parte dos problemas porque ela seria uma extensão dos meus olhos... Será mesmo?

Perfil

Em primeiro lugar, não são todas as pessoas que possuem perfil de gerência, tem gente que simplesmente não tem talento pra líder. Você pode ter perfil empreendedor, vontade de crescer, dominar 1001 técnicas de venda, de liderança e administrativa. Sua esposa pode te apoiar nessa empreitada, te ajudar vez ou outra na empresa e estar disposta a fazer sua empresa crescer, mas ela deve ter perfil empreendedor para por a mão na massa e te ajudar na empresa. Somente boa vontade não serve. Não é porque você confia na esposa que ela conseguirá vigiar funcionários, tratar clientes de maneira profissional, etc.

Conflitos

Suponha que sua esposa é a gerente/supervisora/administradora da sua empresa. Ela toma uma atitude que, no seu modo de ver, é errada. Você está num dia ruim, com saco cheio e pouca paciência, vai conversar sobre essa atitude errada, ela está na TPM. Qual a chance disso não acabar em discussão? Garanto que é mínima. Qual a chance dessa discussão ficar somente na empresa? Garanto que não ficará, muito pelo contrário, vocês até podem fingir que nada aconteceu, mas é impossível não levar para o lado pessoal. Se ao mesmo tempo vocês estiverem passando por algum problema em casa, a probabilidade de dar merda é muito maior.

Lazer

Posso estar errado, mas no meu ponto de vista, minha esposa deve estar presente em pelo menos 90% do meu lazer (os outros 10% são "coisas de homem" que mulher nenhuma faz questão de acompanhar e nenhum homem quer a companhia da mulher). Então como faço se ela for gerente da minha loja e eu decidir tirar férias? Deixo ela trabalhando e embarco naquele cruzeiro pelo Mediterrâneo sozinho?

Renda All-in

Quando você compra uma empresa, está assumindo o investimento mais arriscado que existe, quase sempre de maneira all-in. Quando você tira sua esposa de um emprego e coloca-a pra trabalhar na sua empresa está agravando ainda mais o all-in, ou seja, está arriscando demais ao abrir mão de uma segunda fonte de renda. Nesse ponto há muitas variáveis que podem quebrar meu argumento, como desemprego, esposa que ganha pouco, etc, mas estar desempregado ou insatisfeito com trabalho não são bons motivos pra empreender.

Diversificação

Se por um lado tirar a esposa de um trabalho (ruim ou não) e coloca-la pra trabalhar na empresa é fazer um all-in, tem gente que abre empresas pensando justamente o contrário: na diversificação. Imaginem a seguinte cena: Ela tem um emprego onde trabalha de segunda a sexta com salário de 3k. Ele tem um emprego fodão de 15k por mês. Acabam juntando 100k despretensiosamente. O que fazer com esse dinheiro? Abrir uma franquia, é claro!!! Franquias "não quebram", dão "muito dinheiro sem fazer força" e são "simples de serem tocadas", além disso o status de ser um franqueado é tentador. Resumindo: "é perfeito pra minha esposa e ainda por cima diversifico meus investimentos". Depois de 1 ano, o casamento acaba e a loja está a venda...

Minha experiência

Bia já me ajudou muito na empresa, principalmente na anterior. Houve inclusive uma época que ela foi "efetiva" na loja. Deu certo? Claro que não! Ela não se deu bem com o negócio e os conflitos começaram. Por vontade dela, saiu e arrumou um emprego que, tempos depois, sustentou nossa casa enquanto eu corria atrás da saída da corrida dos ratos. Temos alguns planos (na realidade são ideias, não planos) de no futuro abrirmos uma empresa juntos, mas pra isso acontecer precisamos achar um negócio formatável dentro do que precisamos: fácil operacional, possível de ser controlado remotamente e que não exija nossa presença integral. Como não vejo nada que se encaixe nesses parâmetros, fica só na ideia mesmo.

Não existe dinheiro que compra um casamento feliz e equilibrado. Pode até ser que sua esposa tenha perfil empreendedor e de liderança, vontade de crescer e vocação, mas será que vale a pena? Será que enfrentar conflitos em casa ou deixar de ter lazer com ela em prol de ganhar alguns reais a mais é algo inteligente?

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

[Link] - Governo estuda maior taxação dos fundos DI


Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Governo estuda maior taxação dos fundos DI
Técnicos do governo discutem com representantes do mercado de capitais um novo regime de tributação das aplicações financeiras com rendimentos atrelados à taxa dos Certificados de Depósitos Interbancários (DI). A proposta em elaboração prevê que fundos DI e CDBs, por exemplo, terão o tratamento tributário de uma operação de curto prazo. Ou seja, alíquotas de Impostode Renda mais salgadas, que variam de 20% a 22,5% sobre os ganhos de capital, independentemente do tempo que o investidor mantiver a aplicação.O governo quer que o imposto incida sobre o prazo de correção das aplicações, e não sobre o prazo de vencimento, como é hoje.Essa alteração teria dois objetivos básicos: desestimular a indexaçãode um dia das aplicações atreladas ao DI e traçar no horizonte o fim das Letras Financeiras do Tesouro (LFTs). Ambos os títulos tenderiam a ficar de fora das carteiras dos fundos de investimentos, já que tanto asLFTs quanto os papéis em DI têm correção diária (overnight) e seriam penalizados com a tributação.Fontes oficiais dizem que a discussão sobre o assunto não se esgotou. Qualquer alteração será feita de forma gradual, com regras de transição.
Fonte: http://www.valor.com.br/financas/2995528/governo-estuda-maior-taxacao-dos-fundos-di#ixzz2K1y0F6it

Que beleza, não? Nosso amável governo mais uma vez quer tacar merda na nossa cara, fodendo prejudicando o que já não era bom! Tudo bem que a maioria dos investidores com conhecimento investem, cada vez menos, em CDBs e fundos DI simplesmente porque a rentabilidade desses não é lá essas coisas, mas esse tipo de notícia serve para nos lembrar que o governo pode, de uma hora pra outra, inventar uma tributação ou mudar uma lei e prejudicar a todas as pessoas que buscam renda através de investimentos.

Esse tipo de notícia me faz parar pra pensar até que ponto nossos planos de independência financeira são sustentáveis no longuíssimo prazo. Sinceramente acho que independência financeira total é algo muito arriscado, nesse aspecto, o conceito de semi-aposentadoria me parece mais racional. E se 20 anos depois de aposentado, longe do mercado de trabalho, com 50 ou 60 anos de idade o governo mudar as regras do jogo de maneira que inviabilize seus investimentos, o que você faria?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Atualização - Pessoal/Empresarial - Janeiro/2013

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Essa é a atualização do meu lado pessoal, pretendo fazer isso no lugar da postagem "Atualização Mensal de Ideias", as ideias serão publicadas de acordo com o surgimento com a tag [Ideias]. Essa postagem será mais para acompanhar como anda meu lado pessoal e o desempenho da loja de um mês para o outro.

Pessoal

Comecei Janeiro super bem, de férias, num ambiente maravilhosamente otimista e feliz, onde tudo parecia um mundo cor-de-rosa. Tive ideias de expandir a empresa e até bolei planos para ficar milionário, rsrs! Voltei ao trabalho e vi que a realidade é dura, fria e azeda. Percebi que esses planos não dariam certo e que não são pra mim. Desisti, volto a pensar se aumentar um pouco a frugalidade em prol de uma vida mais tranquila será o melhor caminho...

Consegui ler 3 livros em janeiro, 1 biografia, o Warren Buffett e a Análise de Balanços, e o Como Comprar e Vender Empresas. Não consegui me aprofundar nos estudos da bolsa, o que pretendo fazer em fevereiro. Até março preciso entrar na academia e o novo blog do Viver de Renda está me motivando. Março também é o prazo para começar algum curso de inglês on-line visando conversação. A mudança de apartamento está de rosca, devido a vários motivos ainda não conseguimos fechar com nenhum o que nos leva a repensar se isso é realmente o que devemos fazer.

Bia está empurrando de barriga os problemas do trabalho, o que não é nada bom porque tira a estabilidade de nossos planos. Mais cedo ou mais tarde ela sairá desse emprego, infelizmente essa é uma decisão não tão simples de ser tomada.

Empresa

Estou trabalhando poucas horas, mas não estou satisfeito, não consigo me desligar da empresa e pequenos problemas estão me tirando do sério. Ainda não sei como mudar isso. O tempo fora da empresa foi preenchido por várias visitas a imóveis, a leitura dos livros e jornal e também assistindo documentários na TV (sou viciado em Discovery).

O faturamento da empresa foi bem ruim em Janeiro, devo isso a vários fatores: férias, tempo fechado com chuva e pessoas sem dinheiro. Mesmo conhecendo esses fatores, considero que a queda foi maior que o esperado. Será que minha ausência excessiva está ajudando nessa queda? Não sei... Por enquanto vou tomando algumas atitudes simples como uma pequena reforma, não estou disposto a pagar o preço de ficar mais tempo na loja visando aumentar o faturamento.

Fevereiro será provavelmente pior que janeiro, menos dias trabalhados, carnaval, IPVA... Isso já é esperado, tomara que não caia abaixo do que estou prevendo. Como resguardo, estou segurando as compras, aproveitando para racionalizar o estoque que acumulei nos últimos meses e pensando num plano B.