sexta-feira, 28 de março de 2014

Sobre Oficinas Mecânicas e Nichos de Mercado

Sabe quando digo que aquilo que dá dinheiro é aquilo que sempre deu dinheiro? Que não é preciso reinventar a roda, criar start-ups e rezar pra ser comprado pelo Google pra se dar bem? Vou dar um excelente exemplo disso nesse post.

Como contei no último post, troquei de carro e como é de praxe pra quem troca de carro, decidi levar o possante pra uma revisão geral: trocar óleo, correia dentada, verificar os freios, enfim, dá uma olhada na manutenção preventiva. Isso seria uma coisa simples se não fosse um detalhe: em qual oficina levar? Sempre tive grandes problemas com oficinas mecânicas, uma vez quase morri devido a um acidente causado por uma manutenção mal feita e desde então sou extremamente sismado com esse tipo de serviço. Após esse acidente decidi ter somente carros 0km e fazer as revisões na concessionária que, teoricamente, possuem um serviço mais confiável que as boca de porco da vida. Isso foi na época que eu era um jumento financeiro e tinha três carros zero financiados, vendi dois e fiquei com um. Durante algum tempo continuei fazendo as manutenções preventivas na concessionária, mas devido a falta de tempo para agendar, ficar dois ou três dias sem o carro para uma simples revisão, fui obrigado a apelar para a oficina perto da loja, de um cara, digamos, indigno de total confiança. Como entendo um pouco de manutenção automotiva (na teoria, porque jamais arrisco desmontar algo que não tenho certeza se conseguirei montar novamente), passei a postergar certas manutenções que poderiam esperar e fiquei somente na troca de óleo, correia, alinhamento e balanceamento durante um bom tempo, tudo pra fugir da oficina. 

Então essa semana eu tinha a ingrata tarefa de revisar o carro novo, liguei na concessionária da marca que me cobraria um absurdo por esse serviço e ainda teria que esperar 15 dias pra levar o carro até lá e deixa-lo por uma semana pra fazer essa simples revisão. Liguei em mais duas concessionárias e a história foi semelhante. Aqui perto da loja tem algumas oficinas grandes, os chamados "centros automotivos", com ambientes agradáveis, cafezinho, TV a cabo e ar condicionado na sala de espera. O preço até me pareceu razoável em uma delas, mas fui alertado por dois clientes e um amigo que eles trabalham por comissão o que acaba dobrando a conta no final sem contar a qualidade duvidosa do serviço. Desisti.

Liguei para o antigo dono do carro que me recomendou seu "mecânico de confiança" (isso pra mim é igual cabeça de bacalhau, todos sabem que existe mas ninguém nunca viu), que tinha feito as últimas manutenções do carro, etc. Cheguei até lá, uma oficina média, nada enfeitada, onde trabalha somente o dono, seu filho e seu sobrinho. Nos elevadores somente carros bons, nada de Del Rey, Chevette e Variant; computadores, ferramentas organizadas, senti um pouco de confiança e deixei o carro. No dia seguinte pela manhã ele me liga informando que a parte de freio está ótima, que não há necessidade de troca e que um barulhinho estranho no motor era somente um tensionador de correia, nada mais. Senti firmeza, o tiozão não me espetou a faca, fez um serviço bacana, dentro do prazo estipulado e me cobrou menos que o previsto. Conversando com o balconista da padaria ao lado da oficina descobri que o tiozão dispensa clientes se a oficina estiver cheia e só trabalha com determinadas marcas.

Resumindo: você pode ter uma empresa simples nada inovadora, mas se fizer um trabalho decente, não faltará clientes. Infelizmente vivemos numa época onde prestar um serviço honesto é trabalhar um nicho de mercado. Parece brincadeira, mas o nicho de mercado desse mecânico é somente fazer um trabalho correto, cobrar o preço honesto e não roubar seus clientes! Isso me lembrou do Alexandre da High Torque, quem curte carro com certeza conhece o ADG, um mecânico que fez fama e dinheiro ao consertar Mareas e postar vídeos no YouTube de sua oficina em BH. Ele passa a imagem de arrogante, mete o pau no Brasil, xinga a Dilma, dispensa clientes, expulsa outros da sua oficina, cobra caro e mesmo assim tem fila de espera e clientes que saem do Rio, São Paulo e Espírito Santo. O motivo? Simples: ele passa confiança, tem um linguajar técnico mas que todos entendem, demonstra saber o que faz. Isso é algo que está totalmente em falta nas oficinas mecânicas. Se a High Torque não fosse tão longe, eu mesmo esperaria dias e pagaria caro por uma revisão lá.

O ADG ficou interneticamente conhecido após esse vídeo:


Vejam um dos vídeos que ele faz na oficina em BH:


domingo, 23 de março de 2014

Sobre o Regime Militar

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

O golpe de 64 está completando 50 anos e com ele a discussão sobre uma possível intervenção militar no Brasil está na moda. Hoje quero lançar um bate-papo sobre o assunto, sei que o público do blog é bem diverso mas no geral é de pessoas pensantes, que costumam raciocinar sobre as mais diversas questões, pessoas que pensam fora da caixa, então quero a opinião de vocês.

A mídia, como sempre, acaba distorcendo as coisas, os livros de história tem a tendência de puxar para a esquerda, então, me pergunto se o regime militar era uma coisa tão ruim assim como pintam por aí. Minha indagação é que a unanimidade (eu sei, a unanimidade é burra) das pessoas que conheço e viveram suas vidas adultas durante esse período fala com nostalgia sobre a ditadura, o papo delas é totalmente diferente ao da mídia e daquilo que aprendemos nos anos 90 na escola. Será que o regime militar era tão ruim assim? Será que o perfil do trabalhador, de classe média, que paga seus impostos, que gosta de sossego e segurança era tão oprimido e sofria tanto assim durante os "anos de chumbo" como os livros falam? Será que uma ditadura militar não seria melhor que uma ditadura esquerdopata? Deixem suas opiniões sobre o assunto nos comentários.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Comércios Independentes: Tem Futuro?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.


Durante minha viagem pelos EUA em dezembro passado percebi um fenômeno que sabia que existia, mas não imaginava ser tão relevante. Pelas terras do norte o número de comerciantes mom and dad (totalmente independentes) é irrisório perante a quantidade de lojas varejistas de redes e franquias. De 10 lojas de conveniência, acho que 9 são 7-11; de 10 farmácias, 9,999 são Walgreens ou CVS (só vi uma ou duas independentes), etc. A maioria dos comércios independentes são restaurantes e uma ou outra grocery especializada em produtos étnicos.

Pesquisando a respeito descobri que boa parte dos comércios independentes foram comprados por redes ou foram convertidos em franquias. Muitos comerciantes estão no mercado a décadas, mas se modernizaram aderindo a bandeiras de franquias ou licenciamento de marcas. As redes médias, tão comuns no Brasil, são frequentemente compradas pelas grandes em busca de expansão. Por lá é comum uma pessoa ter uma rede de franquias, ou seja, o cara pode ter, por exemplo, vinte lojas 7-11. Além disso as negociações entre franqueado-franqueador são bem flexíveis, com diversas opções de negociação de taxas e duração de contrato. Temos muito o que amadurecer nesse aspecto...

Aqui no Brasil (e também na Europa), a coisa é bem diferente, temos grande concentração de comércios independentes principalmente nos bairros, também existem muitas redes varejistas de tamanho médio, vide o exemplo dos supermercados dos bairros periféricos de São Paulo. Por outro lado temos poucas franquias médias realmente viáveis e com investimento realista, o que acaba impedindo boa parte dos comerciantes a aderir a uma marca conhecida, isso sem contar que praticamente não existe conversão de bandeira como por exemplo as imobiliárias Century 21.

Acredito que num médio prazo teremos muita quebradeira de pequenos comércios, está ficando insustentável manter comércios independentes, a mão de obra está ficando escassa, a legislação confusa e contraditória, isso só para citar alguns pontos. Daqui a pouco tempo será impossível sobreviver no mercado sem um planejamento tributário ativo, o que custa muito dinheiro. Uma coisa que me dá medo é a quantidade de gente migrando para o empreendedorismo por ser algo da moda, algo legal que transmite status, o que costumo chamar de empreendedor engomadinho. Esse tipo de gente, que gasta horrores na montagem da empresa, faz um plano de negócio impecável (no papel, claro), e acha que sabe tudo porque trabalhou como gerente de vendas, está fadada ao fracasso! A prática é totalmente diferente da teoria! Por outro lado, quem costuma se dar melhor é aquele cara que perdeu o emprego, pegou uma grana emprestada do cunhado e meteu as caras na montagem de um negocinho. Esse cara tinha um objetivo pro sucesso: COMER! Se fracassar, não tem dinheiro pra sustentar a família, esse cara é mais flexível a trabalhar pesado, logo é menos dependente de empregados e seu negócio simplesmente não pode dar errado.

Se realmente ocorrer essa quebradeira, oportunidades podem surgir pra quem é experiente e quer negociar empresas (assim como eu). O primeiro perfil (o empreendedor engomadinho) costuma largar a empresa nas mãos do funcionário no primeiro feriado, quando chega as férias do filho, abandona a loja pra ir pra praia, isso sem contar que normalmente gastam muito na montagem das suas empresas, o que resulta numa estrutura de equipamentos e instalações de boa qualidade superdimensionada que será comprada a preços baixos quando a ficha cair e o cara se tocar que não leva jeito pra coisa ou pior, quando se enfiar em dívidas milionárias.

De qualquer maneira não vejo um futuro muito brilhante para o pequeno comerciante de bairro, mais cedo ou mais tarde a luta contra os grandes terminará e sabemos quem tem mais chance de ganhar. Na melhor das hipóteses o bairrista será comprado por uma rede média e poderá sair no lucro, mas muitos não darão o braço a torcer e acabarão quebrando. Comércio hoje no Brasil tem que ser levado como algo pra se ganhar dinheiro no curto, máximo médio prazo. Comprar um comércio pra fazer uma espécie de buy and hold é meio loucura: a legislação cada vez ajudará menos, a concorrência dos grandes ficará cada vez mais forte, a margem de lucro cada vez mais achatada, o custo empregatício cada vez maior, a qualidade dos funcionários cada vez pior. Pra viver de comércio só vejo uma saída: apelar pra franquias robustas, honestas e com valores realistas (será que existe?) ou formar uma rede média, que possua algum poder de compra e consiga estabelecer sua marca numa determinada região, torcendo para que um grandalhão não invada seu pedaço.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Pérolas do Empreendedorismo - Empresário Centralizador

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Veja o primeiro Pérolas do Empreendedorismo aqui.

A pérola de hoje vem da propaganda do Sebrae que anda rolando por aí, tanto no Pequenas Empresas Grandes Negócios quando no Show Business. Assista o vídeo abaixo a partir dos 18:34 (só o comercial, é curtinho, uns 30 segundos, vale a pena):


A propaganda exalta uma das maiores merdas que um empresário pode fazer: ser centralizador, se dedicar totalmente a empresa e esquecer da vida pessoal.  Infelizmente essa é a realidade da grande maioria dos micro-empresários, mas de maneira alguma é uma coisa saudável a ponto de ser exposto num comercial. Engraçado como a glamurolização do empreendedorismo é uma coisa idiota: idolatra pessoas super-ocupadas, pessoas que abandonam a vida particular em prol do projeto da empresa... Meu Deus do céu, isso não faz o menor sentido!!!

No começo da minha vida de empreendedor eu era idiota e imaturo o suficiente pra achar normal ter que trabalhar 80, 90 horas por semana, tinha até orgulho disso batendo no peito para os colegas de faculdade que eu era o único que trabalhava de domingo! Puta que pariu, como isso é idiota, hoje consigo perceber... Essa época me deixou sequelas físicas: calvice, gastrite, dores lombares por ficar de pé muito tempo com calçado inadequado e olheiras profundas com os quais tenho que conviver até hoje. Outros problemas foram eliminados como o stress crônico, dez quilos, hipertensão e uma quase internação por crise de nervos, isso tudo num cara de vinte e poucos anos.

Na loja atual faço de tudo pra escapar desse estigma de dono de comércio: não abro e fecho a loja, não almoço nas vizinhanças, não sou barrigudo, meu ciclo de amizade não é formado pelos comerciantes locais, muito pelo contrário, conheço somente 2 comerciantes vizinhos pelo nome. Tem dado certo, mas isso soa como desleixo. Comentários já vieram parar nos meus ouvidos: "O Corey não para na loja", "desse jeito não vai pra frente", "os funcionários vão quebra-lo", etc. Engraçado que em dois anos quadrupliquei o valor da empresa e até onde sei não devo 1 real na praça, tudo isso sem ter que encarar a rotina desgraçada de ficar o dia inteiro na empresa enquanto a família fica jogada pra escanteio.

Veja o cronograma padrão do crescimento profissional/financeiro do microempresário brasileiro:

- Com pouco capital o cara compra uma lojinha, trabalha 100 horas por semana e vai crescendo;
- Compra carro, compra casa, faz uma mega festa de casamento,
- Compra casa na praia, mas quem usa é a mulher, afinal o cara tem que trabalhar,
- A esposa arruma outro (afinal o cara nunca tá presente), o marido descobre, se separam, a casa, os carros, a casa da praia ficam com a mulher,
- O cara fica com a loja e provavelmente com dívidas a pagar para esposa, continua trabalhando 100 horas por semana ou se suicida.

(pode parecer exagero, mas consigo pensar em pelo menos 5 casos semelhantes a esse)

O exemplo da propaganda do Sebrae serve também pra percebermos qual tipo de instituição eles são. Se uma instituição de apoio ao empreendedor acha normal que o empresário se mate de trabalhar, coma fast food e abra/feche diariamente o negócio, imagine o que eles devem ensinar por lá.

Infelizmente essa doideira sempre acontecerá no começo do projeto, mas JAMAIS deve continuar pra sempre!

terça-feira, 11 de março de 2014

Empreendedorismo - Demitindo Funcionários

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.


Primeiramente desculpem-me por ter tirado o outro texto da série Descomplicando, infelizmente houve muita gente que não entendeu o propósito do texto ou veio só encher o saco, então decidir tira-lo. 

Minha loja possui características diferentes da média, uma delas é o fato de ter baixíssima rotatividade de funcionários, a exceção fica para os cargos de auxiliares que são preenchidos por jovens que das duas uma: ou não querem saber de trabalho (95%) ou são pessoas dedicadas que rapidamente conseguem promoção ou outra oportunidade de emprego (5%). Recentemente essa característica foi afetada, tive que demitir dois funcionários e vou contar aqui como foi que isso aconteceu.

Quem acompanha o blog sabe que faz aproximadamente 1 ano que administro minha loja de maneira remota, fazendo visitas periódicas (1 vez por semana aproximadamente). Em dezembro fui para os Estados Unidos e me ausentei por mais de 30 dias. A estrutura que implementei permite-me ficar ausente vários dias, tenho acesso a imagens das câmeras de segurança e também ao software de gestão até pelo smartphone. Esse fato acaba inibindo atitudes, digamos, desonestas dos funcionários. Durante minha viagem, claro, descuidei um pouco, passei dias sem acessar as câmeras, sem responder as solicitações feitas pelos funcionários através do nosso chat, eles perceberam que eu estava relaxado. Como diz o ditado, quando o gato sai, os ratos fazem a festa, pois bem, foi isso que aconteceu. Um dos funcionários bolou uma maneira "infalível" de desviar uma grana do caixa, porém ele não fazia ideia que eu poderia descobrir facilmente (por isso que digo, investir num bom software com ferramentas variadas é importantíssimo). Quando retornei de viagem, puxei vários relatórios e desconfiei de algumas movimentações, um dos funcionários pediu pra conversar comigo e dedurou o esquema do colega e ainda "deu a letra" de outra coisa que estava acontecendo. Minha gerente estava dando uma de laranja podre, enchendo a cabeça de outros funcionários, falando besteiras a meu respeito, etc.

Armei uma armadilha para o gatuno que caiu direitinho, dessa maneira arrumei provas contra ele. Foi demitido por justa causa. A gerente foi pior, investiguei mais um pouco e descobri que era verdade, ela estava querendo ser despedida por ter arrumado outro emprego... Infelizmente ela conseguiu o que queria, não havia maneira de provar nada contra ela e tive que demiti-la antes que contaminasse outros funcionários.Isso me custou alguns milhares de reais.

Ter funcionários no Brasil é dificílimo, não vou nem falar pelo custo e sim pela dificuldade de provar coisas erradas que fazem e pela corda sempre arrebentar pelo lado do empresário. Claro que tem muito lojista FDP que merece se ferrar, mas existem muitos que tratam funcionários com respeito, segue a legislação trabalhista a risca e, como é meu caso, até paga além do que devia, sem contar com o excelente ambiente de trabalho. Agora estou desconfiado de outros funcionários e com receio de contratar pessoas que não conheço. A gente deposita confiança numa pessoa e do dia pra noite ela caga em cima da nossa cabeça. Não duvido nada que esse cidadão que se queimou por causa de 500 reais me processe e também não duvido que a porra da (in)justiça trabalhista ainda me condene a pagar alguma coisa pra esse cara... Acredito que a gerente não fará isso, paguei tudo certinho, tenho recibos de tudo, mas ela não contava com uma coisa: o futuro patrão (ou ex-patrão) dela conseguiu meu telefone e me ligou, rsrs! Não menti, apenas disse a verdade...

Não quero dar uma de bonzinho, não quero dizer que sou o melhor patrão do mundo, nada disso... Mas na minha loja as pessoas trabalham as horas devidas, recebem hora extra certinha (com 50% ou 100% de carga, dependendo do dia da semana), vale transporte correto, vale refeição de R$ 20 por dia (aqui na região dá pra comer bem com R$15 e os concorrentes nem pagam VR), todos possuem participação nos lucros mensal (não existe isso na concorrência), alguns ganham dupla função mesmo sem exercer (o faço porque o cara merece), todos conseguem folgar de fim de semana e feriados periodicamente (impensável na concorrência), não acumulo férias, liberei o uniforme devido ao calor, todos receberam 13º sem desconto de INSS (eu banquei), fiz uma puta festa de fim de ano com direito a DJ (só não permiti que tocasse funk, rsrs), todos receberam chocotone Cacau Show no Natal, todos receberam ovos de chocolate para os filhos na páscoa... E mesmo assim tem filhos da puta querendo me foder! Começo a achar que essas regalias serão abolidas em 2014, até porque esse provavelmente será o meu último ano na loja. Já cancelei as folgas na copa, vai todo mundo trabalhar!

domingo, 9 de março de 2014

Descomplicando - Amor, Sexo, Fidelidade

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Leia a primeira postagem da série Descomplicando, onde falo sobre Liberdade Financeira, aqui.

Hoje vou tocar em temas polêmicos, um campo onde as pessoas complicam demais e quase sempre arrumam sarna pra se coçar.

O amor é o sentimento alardeado como melhor de todos, a coisa mais bonita, aquilo que todos deveriam sentir... Acontece que o amor é capaz de coisas horríveis, vejam o exemplo do amor a Deus e as "guerras santas"; os crimes passionais,  o sentimento de possessão que algumas pessoas tem por outras... Na minha opinião o amor é algo que de maneira alguma deve prejudicar a vida, deve ser algo que vem a agregar. O amor não deve ser algo imutável, hoje você ama alguém, amanhã tem todo o direito de não amar mais (e não deve se culpar por isso). Você pode amar uma pessoa desconhecida e não amar seu pai e sua mãe. O amor não é um sentimento compulsório, isso não existe! O amor vem de vários outros sentimentos: carinho, paixão, respeito, cumplicidade, amizade. Amo amigos e não amo alguns familiares. O que há de errado nisso? Minha vida é muito mais simples depois que me dei conta que o amor não é compulsório nem eterno. Você conseguirá uma vida muito mais equilibrada ao se dar conta que o amor deve ajudar, jamais prejudicar sua qualidade de vida.

Sexo é uma necessidade fisiológica opcional, sim, opcional, há pessoas assexuadas, que não sentem atração sexual por outras pessoas sejam elas do sexo oposto ou não. O que há de errado nisso? Nada! A primeira complicação em relação ao sexo vem da imposição heterossexualidade, essa imposição pode ser social (preconceito contra homossexuais) ou, como acredito ser na maioria das pessoas, algo biológico. Nesse caso, não há muito o que fazer. Como diria Alex Castro, a orientação sexual é uma prisão e que, racionalmente pensando, bissexuais possuem muito mais chance de ter prazer sexual que heterossexuais. Mulheres possuem forte tendência ao bissexualismo, elas são sexualmente muito mais evoluídas que os homens.

Considerando a dupla caipira Amor & Sexo, temos um prato cheio para complicar a vida. Homens costumam dizer que mulheres não conseguem separar amor de sexo, mas são os primeiros a ter ciuminho cretino ao ver "suas" mulheres em roupas curtas. Homens possuem orgulho de serem infiéis, mas não admitem serem traídos... quanta contradição irracional! Tudo seria mais fácil se as pessoas se dessem conta que, realmente sexo e amor são duas coisas totalmente diferentes porém complementares. Você pode amar seu amigo barbudo e barrigudo e não fazer sexo com ele; você pode fazer sexo com uma prostituta sem ama-la, mas o melhor dos dois mundos é fazer sexo com sua amada namorada.

Acredito que os conceitos de fidelidade sexual e monogamia são coisas totalmente sem sentido. Fidelidade tem mais a  ver com respeito e confiança que com sexo. A infidelidade sexual vem da quebra da confiança que seu parceiro/a não fará sexo com outra pessoa, mas por que não? Por que seu parceiro/a não pode fazer sexo com outra pessoa? Sexo e amor são coisas diferentes, lembra? Todos nós temos desejos e fantasias sexuais, a maioria delas envolve terceiros, então por que não realiza-las de maneira clara e objetiva, sem ocultismos e quebra de fidelidade (confiança)? Somos seres humanos capazes de começar ou terminar uma guerra com acordos, por que não fazer acordos com seu parceiro/a? A monogamia é outra coisa sem sentido, quem disse que só é possível amar uma pessoa por vez? Há tantos casamentos por aí que não há amor algum... Por que não ter uma relação amorosa/sexual com mais de uma pessoa ao mesmo tempo? Se todos estiverem de acordo pode ser muito saudável, lembre-se que em muitas culturas a poligamia é algo natural. Casais que possuem liberdade sexual ou poligâmicos possuem a tendência de serem mais sólidos que o velho padrão de casal dos anos 50.

Não importa se você só faz sexo com sua esposa, com prostitutas ou com ambas, o que importa é o nível de sinceridade e respeito empregado nisso. Isso sim faz diferença. A vida é simples, a gente é que complica...

Sobre Nostalgia e Perdas Pessoais do Empreendedorismo

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Hoje sai bem cedo de casa, precisava cumprir umas horas na loja, afinal estou com falta de funcionários (tenho um post pronto sobre isso), no caminho para a loja inesperadamente e sem explicação me bateu saudade da época que comecei minha vida profissional, fiz o que tinha que fazer na loja e decidi visitar o bairro onde tive meu segundo trabalho (o primeiro foi como auxiliar numa oficina de bicicletas), onde comecei minha vida adulta (com 15 ou 16 anos), conheci muitas pessoas que marcaram aquele período.

Faziam uns 7, 8 anos que não visitava aquele lugar, refiz o caminho do ônibus que me levava ao trabalho, ao começar a descer a rua da loja, bateu uma emoção forte, lembrei de tudo o que aconteceu naquele lugar. Foi ali que, além de ter meu primeiro emprego de verdade, comprei meu primeiro carro, primeira moto, foi com o dinheiro ganho naquela loja que fiz minhas primeiras baladas, foi ali que iniciei minha vida sexual (muito bem iniciada, diga-se de passagem, rs!), foi ali que precisei assumir responsabilidades e lidar com colegas de trabalho e superiores pela primeira vez... enfim! A loja tinha um ambiente familiar muito gostoso, todos se gostavam muito, era a menor unidade da pequena rede que começava a se formar naquele momento o que fazia a proximidade entre todos ser ainda maior. Sabia que eles tinha crescido bastante, sabia de outras lojas na região e fui visita-las. Uma delas estava aberta (domingo), decidi parar e entrar como cliente, comprar alguma coisa, só pra ver como era...

Inexplicavelmente perdi todo contato com as pessoas daquela empresa, ninguém tinha Orkut, nem Facebook (agora quem não tem Face sou eu, rs!), os contatos se perderam. Imaginei que todos ali naquela loja seriam desconhecidos, afinal, além de perder contato com meus antigos colegas eu pouco frequentei aquela região depois que me desliguei da empresa. Logo que entrei na loja ouvi: "Corey?", quando olhei percebi que era uma auxiliar de loja da minha época! Era agora supervisora, conversamos alguns minutos, ela me apresentou para os colegas e percebi que aquele clima familiar continuava, mesmo com a rede talvez 10x maior que na minha época. Quase todos que trabalharam comigo e marcaram minha vida ainda estavam na empresa! Incrível como esse tipo de coisa ainda aconteça! Engraçado é que embora o proprietário seja a peça chave dessa união, parece que todos que passam por lá acabam absorvendo esse clima positivo e familiar da empresa, é algo contagiante, que passa de uma pessoa para outra. Esse pode ser o segredo do sucesso deles, conseguem se manter no topo mesmo não tendo a melhor linha de produtos nem o melhor preço, mas com certeza absoluta possuem o melhor atendimento da região.

Depois de conversar alguns minutos com a menina, fui pra casa, no longo caminho fiquei pensando nessa última década, em tudo o que fiz, aprendi e conquistei. Fiquei imaginando outros possíveis caminhos que poderia ter trilhado, claro que são apenas suposições é impossível saber como seria, mas cheguei a algumas conclusões sobre a minha longínqua decisão de me tornar empreendedor:

1- Empreender permitiu-me ganhar muito mais dinheiro do que qualquer outra decisão que tivesse tomado na vida. Caso eu tivesse optado por continuar funcionário jamais teria o dinheiro que tenho hoje e nem teria aproveitado as coisas boas que ele proporciona como viagens e poupança. Essa é a principal vantagem da minha decisão.

2- Empreender me tirou a possibilidade de conhecer pessoas. Antes de comprar a primeira loja eu conheci muita gente e fiz várias amizades* por conta do trabalho. Conhecia muita gente quando entrava num emprego novo e depois mais pessoas que iam entrando na empresa. Depois de empreender, posso resumir a quantidade de pessoas que conheci a algumas poucas dezenas (em 1 década é pouquíssimo), sem contar que grande parte dessas foram meus funcionários. A relação patrão-funcionário é totalmente diferente da colega-colega. Esse é o principal prejuízo que empreender me deu.

*Amizades não são necessariamente pra vida toda, não é porque perdi contato com determinada pessoa que ela não possa ter sido realmente minha amiga em determinada fase da vida.

3- Empreender me obrigou a encarar uma quantidade de problemas muito maior que se eu fosse funcionário. Além da quantidade, tem a "qualidade" dos problemas, o empreendedor além de ter mais problemas, possuem problemas maiores, mais graves e mais importantes pra resolver que quase sempre interferem na vida de terceiros.

4- Não tenho modéstia, eu era um dos melhores nas empresas que trabalhei, sempre fui o melhor vendedor, sempre fui o referencial positivo, sempre fui aquele cara respeitado e experiente que era consultado pelos colegas com dúvidas. Isso fazia muito bem pro ego, não era metido, não me achava, mas no fundo me sentia importante por ter essa imagem. Acho que se tivesse continuado como empregado, teria atingido o nível hierárquico máximo da empresa rapidamente e não sei como seria após isso... Como empresário me tornei mais um comerciante de vila, tudo bem que fiz escolhas pra me manter pequeno, me desfiz da minha antiga loja quando ela tinha tudo pra se expandir, mas as vezes me sinto um fracassado perante outros comerciantes com o mesmo tempo de empreendedorismo que eu. Isso é o oposto do meu sentimento da época de empregado.

Eu tive muita sorte durante minha vida de funcionário, trabalhei em empresas boas, que tratavam seus colaboradores com respeito e carinho, fui sempre bem pago, conheci pessoas muito boas, aprendi muito e em pouco tempo. É uma pena que perdi muito por ter optado em ser patrão, mas a vida é feita de escolhas e não se pode ter tudo, isso não é frase pronta, isso é verdade. Empreender me deixou mais rico financeiramente falando, e bem mais pobre do ponto de vista de pessoa. Acredito que grande parte da dificuldade que tenho ao lidar com gente hoje em dia é por ter exercido pouco a tolerância com colegas de trabalho. Assim que as coisas se acertarem na loja, pretendo arrumar um emprego na minha área de formação e tentar correr atrás de um pouco dessa experiência que perdi. Pensem bem antes de tomar qualquer decisão radical, muitas vezes os efeitos colaterais só aparecem anos depois!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Empreendedorismo - Crédito: Amigo ou Vilão?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Vivemos numa sociedade endividada, as pessoas tem orgulho de ter dívidas, dão risada quando falam que estão com o cartão de crédito estourado e devendo no cheque especial. Deixar de pagar a conta de luz é algo rotineiro em grande parte das casas. A maioria das pessoas possuem carnês, sejam das Casas Bahia ou bíblias de pagamento de carros... Assim vão vivendo, contraindo dívida após dívida...

Quando falamos de pessoa jurídica a coisa não é muito diferente, grande parte dos empreendedores são endividados pelo mais diversos motivos. Sabemos que a maioria das empresas possuem dívidas e que existe diferença entre dívida ruim e boa, acontece que uma coisa é você falar da divida de uma grande empresa, outra é a mercearia do João dever até as cebolas. João provavelmente é um analfabeto financeiro, assim como a média da população, e é bombardiado diariamente com oferta de crédito. Pior, a oferta de crédito para pessoa jurídica costuma ser mais gorda, com juros mais atrativos e prazos estendidos (leia-se valor da parcela menor). Tudo bem que o negócio dos bancos é "vender dinheiro", mas isso quase sempre pode causar a destruição de uma empresa, e pior, destruição do próprio empresário.  A maioria dos micro-empresários pegam empréstimos na PJ pra gastar na PF, normalmente o motivo é a troca de carro (afinal, comerciante tem que ter carrão pra mostrar pro vizinho que é bem sucedido), mobiliar o apartamento (pra esposa e amigos usufruirem, já que ele vive dentro da empresa 13 horas por dia) ou comprar casa na praia (outra coisa extremamente relevante!!! sqn!!!)

Vejam alguns exemplos sedutores de anúncios de créditos nos sites dos principais bancos:

Vejam a cara de felicidade do nosso amigo Tonho da loja do bairro: feliz da vida por ter isenção de 4 parcelas caso pague na data correta!!!





















A Rosilda dona da mercearia tá feliz da vida com a antecipação da Cielo, afinal pagando uma pequena taxa de 6% além da usual taxa de 3,5% da operação, ela consegue antecipar o recebimento das vendas parceladas!!!


A Firmina da loja de chapéu tá radiante por ter crédito para suprir as "necessidades do agora" que deveriam ter sido previstas e provisionadas "no ontem".

Nós, comerciantes, recebemos propostas de crédito quase que diariamente, a maioria não tem a menor noção do que é educação financeira, não se dão conta que "jurinho" de "apenas" 3,5% ao mês é um absurdo e que não se deve misturar PJ com PF. Não há muita coisa que justifique pegar dinheiro emprestado numa microempresa: se você está começando, precisa dar um "up" na empresa ainda vai... mas se você já está estabilizado, não tem porque não se programar para investir, não adianta ter pressa, a grande maioria dos microempresários que tiveram pressa na expansão do seu negócio quebrou a cara rapidamente. Diferente das grandes empresas, não temos profissionais especializados em gestão de risco, não temos departamento jurídico, não temos pesquisas que indiquem como será nosso mercado no futuro... Ter um pequeno negócio é viver mergulhado na incerteza, é loucura fazer dívida, mesmo se for uma dívida boa!

domingo, 2 de março de 2014

Imigração: Resumão de Onde e Como Imigrar

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Quem acompanha o blog sabe que um dos meus planos é me mudar para fora do Brasil. Tenho milhões de motivos para isso, me sinto totalmente deslocado no meio de tanta coisa errada nesse país, portanto, os incomodados que se mudem, eu mudarei! Muitos patriotas me criticam por querer fazer isso, outros ficam ofendidinhos ao ouvirem críticas ao seu maravilhoso país e falam que eu devo mesmo me mudar porque o Brasil não precisa de gente ingrata como eu (ui!).

Mudar para outro país exige uma carga enorme de pesquisa e desafios, sendo o primeiro e mais importante conseguir um visto válido para moradia, o que é bem complicado na maioria dos países decentes para se viver. Viver fora de status não é uma opção para Bia e eu (pelo menos "ainda" não), por diversos motivos entre eles por não ter que ficar preso num país sem poder sair ou viver com medo de se meter em algum problema e ser deportado, etc. Outro fator importante pra mim é o clima, gostaria muito de morar numa região ensolarada e quente, mas sei que isso é complicado em se tratando de países de primeiro mundo, então estou deixando essa exigência de lado. As principais opções por órdem de preferência seriam:

1- Estados Unidos: o queridinho de quem deseja imigrar. É a terra das oportunidades, onde todos com muito trabalho conseguem ter uma vida muito mais que digna. Minha identificação com os EUA se dá também pela educação da população, as oportunidades ao empreendedorismo e ao "capitalismo selvagem" deles que na minha opinião é a melhor maneira de desenvolver uma população. O grande problema é se manter legalmente por lá. Minha ideia, caso optasse pelos EUA, seria ir com visto de estudo de inglês (Bia e eu), renovaria para fazer uma faculdade, arrumaria um emprego na área e aplicaria para o green card. Veja o processo muito bem explicado no Blog do Renato. Os problemas principais são: durante o curso de inglês Bia e eu não poderíamos trabalhar legalmente, durante minha faculdade Bia não poderia trabalhar e eu somente no campus ou com autorização de trabalhado limitada; isso influencia no custo. Após a faculdade eu teria necessariamente que arrumar um emprego para conseguir dar prosseguimento ao processo de imigração. Principal problema: ter que cursar outra faculdade, ainda mais em inglês!

2- Canadá: não conheço o Canadá, mas todos dizem que ele é um país ainda mais civilizado que os EUA (não sei como...), com forte presença de imigrantes o que contribui para a empregabilidade de quem vem de fora. O Canadá é aberto a imigrantes com determinadas profissões, possui processos federal e provinciais de imigração que ao todo são mais de 50 maneiras de imigrar. Minha profissão de formação está na lista das que o Canadá precisa, porém o processo de imigração federal é dificílimo, ainda mais para quem está fora do país. A ideia seria ir para cursar inglês e fazer outra faculdade da mesma maneira que seria nos EUA. A vantagem é a possibilidade de se trabalhar legalmente durante a estadia. As chances de imigração legal são muito boas, mas trabalhar fora de status pode complicar o processo, ao contrário do que acontece nos EUA. O Canadá apesar do frio, é o país que mais tem chance de me receber, rsrs!

3- Europa: poderia conseguir a cidadania européia, mas pelo que pesquisei meu caso é um daqueles que demoram anos e muitas vezes são inviáveis, sem contar a grana pra conseguir. Mandei alguns e-mails para empresas que cuidam disso no país dos meus antepassados mas ainda não obtive resposta. Na boa, ir para Europa seria meu plano C. Gostei da maioria dos países que visitei lá (menos França e Holanda), me identifico com a maneira minimalista de viver do Europeu (totalmente diferente do americano), mas não me vejo morando por lá. Isso sem contar que as oportunidades de trabalho são bem menores. De qualquer maneira, ter o passaporte europeu seria um porto seguro caso o Brasil vire uma Venezuela...

4- Austrália e Nova Zelândia: pelo pouco que pesquisei esses dois países da Oceania possuem programas de imigração similares ao Canadá, a grande vantagem seria o clima, mas o alto custo de vida, distância do Brasil e inglês muitas vezes ininteligível são desafios. Tenho um amigo em Wellington a dez anos, mas ele vive fora de status, não pôde vir para o funeral de um parente por causa disso... Creio que não posso descartar essas opções, é preciso pesquisar mais.

Vários outros fatores estão envolvidos, entre eles algo que para muitos pode soar como desculpa esfarrapada mas é algo muito importante para nós: cachorro. Meu cachorro tem problemas respiratórios e circulatórios que poderiam causar uma crise dentro de um avião levando-o a morte. Vários veterinários são unânimes em dizer que não devemos viajar com ele. Isso sem contar os transtornos de se viajar com cachorro e possíveis problemas na imigração. Por isso que digo: cachorro é muito legal, mas dá MUUUUUUIIIITTTTOOOOOO trabalho e causa muitos problemas (leia mais aqui).

Trocar uma vida confortável e tranquila, com pouco trabalho no Brasil por uma mudança radical que demandaria muito trabalho e estudo em outro idioma no exterior também é um grande desafio e barreira psicológica a ser superados. Não vou negar que dá preguiça de pensar numa mudança dessas, mas é algo que deve ser encarado de frente, sair da zona de conforto é sempre bom. Se fosse mais novo, solteiro e com um pouco de cabeça, não pensaria duas vezes antes de me mandar para os EUA ou arrumar um emprego num cruzeiro, mas na faixa dos trinta anos tudo é mais complicado... ainda bem que não tenho filhos!

Acompanhem também a saga do Bye Bye Brasil em busca de uma vida melhor longe do pais das bananas.