quarta-feira, 30 de maio de 2012

Acaba maio, acaba!!!

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Boa tarde a todos!

Hoje ia ter um post sobre casamento, mas desisti devido aos comentários da última postagem. Tem gente que não sabe se comportar na casa dos outros, rsrs! Adoro responder os comentários, me sinto batendo um papo sentado numa mesa de bar, mas tem alguns que nem vale a pena...

Essa semana está bem com cara de fim de mês, a rua parada, pessoas sem grana, poucas vendas e as que são feitas são pagas no cartão de crédito... Engraçado como as pessoas desaparecem das ruas no fim do mês. Será que só saem quando há dinheiro pra gastar? Ou se alojam na arca dos endividados?

Ontem passei a tarde me divertindo com planilhas, projeções, alternativas, cenários possíveis para os próximos anos, mas não cheguei a conclusão alguma. Aliás, nem sei porque faço esses planos, se quase sempre a vida real é totalmente diferente. Sei que estou trabalhando feito um idiota pra conquistar uma grana que, no longo prazo, não fará tanta diferença na minha IF nem na qualidade de vida. Me sinto um burro! Mais uma vez a ganância me fez tomar algumas atitudes equivocadas, mas agora não adianta chorar, tenho que arrumar um jeito de arrumar isso.

A compra da minha atual loja foi um excelente negócio do ponto de vista financeiro, daqui algum tempo conseguirei uma boa grana, por outro lado está prejudicando minha saúde e consumindo meu tempo. Na prática eu conseguiria minha sonhada IF sem precisar desse dinheiro, mas decidi entrar nessa pra turbinar a bola de neve (aliás, preciso arrumar um nome carinhoso pra minha bola de neve). Se não tivesse entrado nessa, teria arrumado um trampinho mais light e administraria os investimentos, teria mais tempo pra cuidar de mim, folgas, 13º e 1/3 sobre férias.

Recomendo a todos que leiam a história do nosso mais novo colega, o Vida Racional. Resumindo, o cara quis abraçar o mundo e se perdeu. Serve de lição pra gente que só costuma enxergar os $$$.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Maio já está no final

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Caramba, ninguém me avisou que o blog tá pedindo captcha pra postar os comentários!!! Estava olhando as configurações e fiquei puto ao ver que essa opção estava marcada, mas tenho quase certeza que havia removido, enfim, liberei de novo, se estiver pedindo novamente, por favor me avisem.

Bia e eu em estado típico de disposição
Segundona... A última de maio, a empresa tem que correr pra conseguir pagar as últimas contas do mês. Essa semana tende a ser bem fraca. Vim de um fim de semana meio hard de probleminhas que tiram qualquer um do sério: fiquei o sábado inteiro sem internet e telefones na empresa, a filha da puta querida Net me enrolou e só mandou um técnico-padrão-mal-educado-cara-de-bandido no fim da tarde pra consertar. Ficar sem internet é pagar pecado, imagino o que isso signifique pra geração Z.

Continuo com dor no maxilar devido ao bruxismo, tive uns pesadelos nessa semana que passou, acordei gritando no meio da noite (coitada da Bia). Engraçado que quando estava no sabático isso não acontecia... nem o bruxismo, nem as dores de cabeça e coluna... Por que será??!! Pela primeira vez estou ansioso pra fazer a apuração dos resultados do mês, acredito que a proximidade dos 50k está fazendo isso.  Vocês também sentem isso?

Boa semana a todos!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mantendo a Estratégia

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Comecei o ano ambicionando chegar no dia 31 de dezembro com 100 mil reais na minha bola de neve, conseguindo uma rentabilidade de 0,7% ao mês. Para isso investiria somente em renda fixa, aproveitando o ano para estudar sobre renda variável. Convenhamos que com meu bom poder de aporte, essa meta é perfeitamente factível, tanto é que estou acima do que deveria ter na data de hoje.

Acontece que a bolsa caiu, a Banif começou a cobrar taxa de custódia pra quem não realizar movimentações em ações, e comecei a coçar pra entrar na brincadeira. Naturalmente acabei por mudar um pouco o rumo do navio e comecei a comprar ações. Pra não ferrar com minha meta, decidi comprar um papel por mês, cerca de 10 a 15% do meu aporte. Na falta de conhecimento e estratégia de compra decidi montar uma carteira defensiva similar a sugerida pela corretora. Dessa forma escapo da taxa de custódia e teoricamente monto uma carteira defensiva.


Com essa queda da bolsa, vejo entusiasmo em muito blogueiros que saíram às compras. É óbvio, quem tem um pouco de conhecimento vê que essa é uma excelente hora pra comprinhas, não sou diferente. O dedo treme sobre o botão do mouse no site da corretora, mas devo me controlar pra não fazer bobagem. Ao mesmo tempo que vejo gente falando pra comprar, vejo gente falando pra não desviar da estratégia, o que me parece muito inteligente. Admito que tenho muito, mas muito mesmo o que aprender sobre ações. Não me sinto seguro, mesmo em época de baixa, portanto, irei devagar com o andor. Sei que lá na frente, quando (e se) a bolsa subir, me arrependerei por não ter comprado mais. Estou assumindo esse risco.

Mudei ligeiramente minha estratégia, mas as metas continuam. Prefiro deixar de ganhar um pouco mas ver o tal dos 100k nas minhas planilhas no reveillon. Continuarei comprando um papel por mês, mas também não ficarei bitolado com timing, não tenho conhecimento pra buscar isso. Quando a grana do aporte estiver disponível na conta da corretora, procurarei o melhor papel dentro do radar e comprarei. O restante da grana será alocada na RF naquilo que julgar mais interessante na ocasião. Por exemplo, esse mês já comprei NTNF, mas por acreditar que a inflação vai subir, minha próxima compra será de NTNB.


E vocês? Estão seguindo suas estratégias a risca ou houve uma mudança de norte para sul?

Pra começar bem o fim de semana:


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Carro: ter ou não ter!

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Brasileiro é apaixonado por carro! O bordão do comercial de gasolina é real, brasileiro gosta muito de carro, mais pelo status menos pela utilidade. Como boa parte dos meninos, sempre fui apaixonado por carro, leio sites de notícias sobre carros, acompanho testes comparativos, lançamentos, essas coisas. Já falei sobre esse assunto, mas hoje vou abordar de maneira diferente.

Já torrei muita grana com carros, cheguei a ter 3 de uma só vez (para duas pessoas, santa ignorância!). Tenho saudade do sedã 2.0 automático, mas confesso que meu popular faz o mesmo serviço. Ano passado me deparei com um texto no Valores Reais sobre vantagens de usar carro alugado. Na época aquilo era totalmente fora da realidade já que a nossa necessidade de carro era imensa, rodávamos quase 3000km por mês, porém, aquele texto ficou na minha cabeça.

Será esse o futuro do meu carro?
Hoje a realidade é outra, faço o trajeto de casa pro trabalho de bicicleta e a Bia de ônibus. O carro está largado na garagem do prédio e só é usado eventualmente durante a semana e nos fins de semana quando costumamos sair a noite. Então o carro está me dando um prejuízo enorme, já que a tendência é rodar cerca de 200 à 400km por mês. Pouca utilização pra muita despesa. Além disso meu carro está meia boca, tem uma horrível tendência a dar manutenções caras nos próximos meses. Pensei numa alternativa:




1- Vender o carro: desde os 16 anos, quando comprei minha primeira caranga, nunca fiquei sem carro. Essa seria uma atitude radical e não sei se me adaptaria, por isso, colocaria a grana do carro na poupança, não na carteira de investimentos. Caso não me adapte posso sacar essa verba rapidamente e comprar outro carro.

2- Comprar uma moto: motos dão menos manutenção que carros, consomem menos combustível, são ágeis e práticas. Bia e eu adoramos motos. O problema é que temos gostos diferentes. Para o propósito de ser uma alternativa econômica ao carro, uma moto 125cc seria a melhor alternativa (a Bia vence!). 

Moto do Corey
Moto da Bia


Essa é pra você Pobretão!
3- Alugar um carro quando necessário: aluguéis de fim de semana são mais baratos, há pacotes a partir de R$ 200. Não alugaríamos toda semana, já que não são todos os sábados que saímos e se o tempo tiver bom e a Bia decidir deixar a micro-saia em casa é possível sair de moto.

4- Usar taxi: taxi é uma coisa muito cara, mas útil em casos de emergências ou quando a comodidade vale o preço pago. 

Inconvenientes: O principal é perder o conforto de saber que há um carrinho disponível 24 horas por dia pro que der e vier. Não sei o peso disso, já que como disse, nunca fiquei sem carro. Acredito que esse inconveniente é menor que o imaginado. O fato de ser obrigado a encarar chuva e frio de moto também não é muito legal (quem anda de moto sabe do que estou falando). Também não vejo muita vantagem financeira nessa operação, seria mais uma mudança de estilo de vida que algo voltado a economizar muito dinheiro. Comprar uma moto, mante-la, alugar carros e usar taxi são custos que não sei se seriam totalmente cobertos com a economia de não ter um carro.

Por enquanto fico do jeito que estou, deixo meu carango mofando na garagem, mas de qualquer forma é algo a se pensar, quem sabe no futuro...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

E mais uma semana começa...

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Bom dia pra você que tem bruxismo e acordou com a cara inteira dolorida. Bom dia pra você que deu mal jeito no pescoço e está igual a baleia, que pra olhar pra trás tem que mexer o corpo todo.  Bom dia pra você que odeia trabalhar e tem que encarar mais uma semana de merda mesmo estando com um puta sono...


Semana passada foi hard core aqui na empresa. Por motivos alheios a minha vontade e conhecimento o faturamento despencou cerca de 30%. Minha perspectiva de aumentar 6% o faturamento em relação a abril foi pro saco, na melhor das hipóteses conseguirei empatar. Mas é assim mesmo, quando você é propriOtário tem que passar por esse tipo de "provação". Por mais experiência que eu tenha, não consigo me acostumar com essas oscilações. Esse tipo de coisa me estressa muito, fode  prejudica minha saúde.

Não gosto do que faço, embora saiba fazer, não quero ter que fazer. Estou nessa somente pela perspectiva de ganho futuro. Ironicamente, esse ganho não é tão fundamental pra minha corrida rumo a independência financeira, mas... já que entrei, agora tenho que ir até o fim.

Boa semana a todos!

sábado, 19 de maio de 2012

Querido Diário... - Junho/12

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Resolvi trocar o tema "Atualização Mensal de Idéias" para "Querido Diário..." Vou escrevendo no decorrer do mês e posto de uma vez só.

19/05/2012 - Querido diário, esse mês estou com o saco cheio. Definitivamente detesto meu trabalho, tenho uma relação de amor e ódio com ele: os dias que o faturamento está ótimo penso em melhorias e trabalho relativamente numa boa; mas nos dias ruins fico profundamente chateado, querendo me livrar dessa joça o mais rápido possível. Quase 10 anos de empreendedorismo não foram suficientes pra me ensinar a lidar com essa volatilidade, outros 10 também não serão. Isso não é pra mim, é uma coisa que embora eu saiba fazer, saiba fugir de armadilhas, não gosto de fazer. É igual a trocar pneu de carro, eu sei fazer, mas detesto ter que trocar.

Pensei que o faturamento de maio seria ótimo, bombaria, mas por motivos alheios a minha vontade e conhecimento, não está sendo. Com sorte fecharei uns 10% a menos que abril. parece que o Ibovespa contagiou meus clientes, mas duvido que 5% deles saibam o que se passa na bolsa... Restam-me algumas alternativas:

1- Seguir meu plano original: ficar com empresa até liquidar as prestações com o antigo proprietário (cerca de 2 anos), depois "realizar lucro" vendendo-a, de preferência para alguém que queira alavancar. Dentro dessa alternativa tenho 2 variáveis:
           a) Ficar no zero a zero: colocar funcionários pra fazer meu trabalho me livraria de muitos problemas, porém diminuiria minha retirada de forma que provavelmente me faria entrar no colchão de segurança.
           b) Vender a alma: pra continuar com o mesmo nível de retiradas tenho que continuar com o mesmo nível doido de trabalho, pelo menos até dezembro.

2- Abortar o trade: seria quase um stop, com a diferença de não ter prejuízo, mas também não terei lucro. Trabalhar vendendo a alma até o fim do ano, juntar o que der, diminuir os aportes, alavancar o faturamento e vender a empresa repassando as prestações do antigo proprietário e ganhar uns trocos. Depois tirar outro sabático e pensar no que fazer da vida...




Um pouco sobre mulheres


 Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

“Garotos, como eu sempre tão espertos, perto de uma mulher, são só garotos...”

Mulheres, ahhhhh mulheres...  Esse ponto fraco de todo e qualquer homem. É impressionante como o mais inteligente, o mais esperto, o mais racional dos homens fica totalmente indefeso, idiota e burro perante uma mulher. Se as mulheres soubessem o poder que possuem sobre os homens, com certeza dominariam o mundo, mas elas são muito mais inteligentes e sabem que dominar o mundo dá muito trabalho.

Quando estou numa roda de homens me sinto um ET, não entendo como a grande maioria dos homens só consegue falar de bundas, peitos e ao mesmo tempo menosprezar as mulheres. Xingam de periguetes, vagabundas, etc. Se acham o máximo por treparem com 2, 3 ou mais mulheres, mas se sua irmã diz que trepou com 3 caras ao mesmo tempo fica profundamente chateado por ter uma puta na família.

Ah! As putas, a profissão mais honesta e digna do mundo. O que seria do mundo sem as profissionais do sexo? O que seria do mundo sem os vintões? Com certeza e no mínimo, a taxa de estupros seria muito maior. E essas meninas que prestam serviço de altíssima utilidade pública são desprezadas, humilhadas e maltratadas. O mundo é muito injusto mesmo e o homem, agora no sentido de humanidade, é um bicho muito estranho.

Vejo caras correndo atrás de ganhar muito dinheiro pra poder comer meninas de primeira linha. Cara, na boa, se você acha que só é possível comer gatas padrão panicat se você for rico está tremendamente enganado, ou eu sou o cara mais sortudo do mundo. Nunca paguei por sexo, mas de maneira alguma critico quem o faz, acho algo muito saudável e honesto. Quando era solteiro, sempre consegui sair com gatas de padrão elevado, aliás, sempre fui mais qualidade que quantidade. Não via problema algum em dispensar sexo caso estivesse sem vontade ou não sentisse tesão em determinada “mina”. Talvez a coisa mudou desde que me casei, ou talvez os homens estejam procurando por sexo nos lugares errados. Acho essa última hipótese mais plausível.

Cara, se você quer comprar um morango-da-montanha-do-norte-tibetano, não vá procurar no mercadinho da sua vila que com certeza não vai encontra-lo, ou pior, talvez compre um morango de Atibaia por engano. Depois sairá amaldiçoando os morangos de Atibaia, dizendo que eles não são doces como o Corey disse que são os tibetanos, ou pior, que todos os morangos são azedos e que os tibetanos não passam de lenda.

Sinceramente, não acho possível que todas as mulheres gostosas sejam interesseiras, que todas as mulheres feias sejam inteligentes e que todas as mulheres que participaram daquela orgia do último sábado sejam desprovidas de capacidade de amar. Eu adoro dinheiro, fumo charutos, encho a cara de vez em quando, solto arrotos em público (quando o público permite), ouço Sepultura e Bad Religion, não gosto de crianças mas nem por isso me considero uma pessoa ruim: sou doador de sangue, jamais jogo lixo na rua, separo lixo para reciclagem e procuro ajudar pessoas que me procuram. Jamais julgue alguém por determinada atitude isolada.

Depois falarei mais sobre a salubridade do meu casamento.


Leia mais sobre o tema aqui.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Empreendedorismo: Organizando o Fluxo de Caixa


Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Se você acha fundamental organizar seu fluxo de caixa pessoal, isso se torna questão de vida ou morte quando você tem uma empresa. Por mais simples que isso possa parecer, é determinante pra saber aonde você quer chegar e é a peça fundamental de qualquer plano de negócios.


Vou demonstrar como faço o controle das finanças da minha empresa. Não estou falando que é a maneira certa de fazer, mas a maneira que eu faço e dá certo no meu caso. Usarei o exemplo de uma loja do varejo com as seguintes características:
  •  As reposições de mercadoria ocorrem semanalmente;
  • O pagamento das mercadorias ocorrem dentro do mesmo mês;
  • O proprietário paga prestações de empréstimos tomados para compra da empresa, incremento de estoque e reformas;
  •  O faturamento gira em torno de 30 mil reais, o lucro bruto é em torno de 40%

Planilha de previsão de despesas e receitas do mês posterior

Percebam que eu escrevi “despesas e receitas” e não o inverso. Isso tem propósito. Toda empresa começa o mês com inúmeras contas pra pagar, mas sem nenhum real de faturamento.

Essa planilha deve ser feita mensalmente, de preferência quase no final do mês, para ser usada no mês posterior. O motivo para não fazer esse planejamento muito antecipado é manter a planilha o mais próxima possível da realidade, isentando de “vontades” e planejamentos surreais.

Como fazer as projeções:

·         Faturamento: esse ponto é fundamental, você deve fazer um planejamento de quanto sua empresa irá faturar no mês seguinte. Como fazer isso? Se está em crescimento, deve-se usar uma taxa conservadora de elevação, ou mesmo usar o valor de faturamento previsto para o mês que está encerrando, ou seja, imaginar que não haverá crescimento. Se está estabilizada, recomendo fazer a média usando 8 meses do último ano, eliminando os 2 melhores e 2 piores meses;

·         Despesas: não tem segredo. Faça uma média, de preferência dos últimos 12 meses e aplique na tabela. Atente-se para despesas esporádicas, faça provisionamento de 13º, férias, seguros e outras despesas anuais.

previsão
realizado
Faturamento
30.000,00

Mercadoria (60%)
18.000,00

Aluguel
1.000,00

Licença de software
100,00

Telefone + internet
200,00

Água
50,00

Luz
300,00

ICMS ou Simples Nacional
1.000,00

GPS (Previdência Social)
300,00

Seguro
300,00

Contador
690,00

Segurança / Alarme
300,00

Avulsos *
500,00

Folha de Pagamento
3.000,00

Taxas, Licenças
200,00

Empréstimos
2.000,00

Pró-Labore / Retirada
2.000,00

Provisão 13º/ férias
600,00


29.940,00

Saldo
60,00


* Avulsos: material de limpeza e escritório, pequenas manutenções, etc.

Analisando essa planilha podemos diagnosticar o seguinte:

  •  A empresa encontra-se no fio da navalha, as despesas empatam com o faturamento;
  •  É necessário aumento do faturamento ou redução de despesas pra manter a sanidade das finanças;
  •  Um simples aumento no faturamento não quer dizer dinheiro sobrando: as compras, os impostos, o salário dos funcionários (caso recebam comissão ou participação) também aumentarão, isso sem contar com a necessidade de novas contratações;
  •  O faturamento não pode cair, caso contrário, a loja entrará no vermelho;
  •  Quando os empréstimos forem quitados, haverá um fôlego extra de 2k, que poderão ser revertidos na empresa ou irem parar no bolso do empresário;
  • Tendo essas informações em mãos, é mais fácil reconhecer os pontos críticos, onde não se pode errar, onde cortar gastos, se é possível conter compras de mercadorias, como realocar despesas, etc. É necessário preencher a coluna “realizado” a fim de verificar o quanto as expectativas não bateram com a realidade.
 Na próxima postagem vou falar sobre capital de giro.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Simplificando a Vida

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Recentemente fiz uma postagem sobre Simplicidade Voluntária, uma filosofia de vida onde opta-se por tornar tudo mais simples visando depender menos de recursos financeiros e ter mais tempo sobrando pra coisas realmente relevantes. Hoje vou falar sobre coisas que fiz e faço e farei para simplificar a vida.

Filhos: acredito que não ter filhos é, em todos os aspectos, a principal atitude para simplificar minha vida. Sem filhos terei menos problemas, menos gastos, menos dor de cabeça... Sim, eu sei, filhos podem trazer N coisas boas, mas trazem em anexo muito problemas. E ter poucos problemas é o meu objetivo principal de vida, junte a isso o fato de ser totalmente intolerante com crianças e terá um excelente motivo para não querer procriar. Cachorros também dão muito trabalho e despesa, não aconselho, mas se for pra ter, adote um vira-lata, não compre filhotes.

Padrão de vida: não quero levar uma vida de milionário. Carrões, mansões, iates e helicópteros são coisas fascinantes, mas acho bonito de se ver, não quero te-las. Quero continuar sendo um pacato cidadão, que passa desapercebido no meio da multidão. Torrar dinheiro com roupas de marca, restaurantes caríssimos e manutenção de status definitivamente não é comigo.

Carro: é um mal necessário. Vejo carros como máquinas de torrar dinheiro e trazer problemas, porém, na realidade atual os problemas de ter um carro são menores que os de não ter. O transporte público é um lixo e saímos muito a noite, então carro é necessidade. Meu carro está meio capenga, será trocado em breve. Acredito que um carro 1.4 ou 1.6, completinho, incluindo itens de segurança como air-bag e ABS é mais do que suficiente para todas as situações.

Moradia: nosso apartamento é bem pequeno, não precisamos de mais espaço, aliás, uns 10m² a menos seriam bem vindos. Penso em mudança somente por questão de localização, tenho vontade de morar num local melhor servido de transporte público e serviços. Ah! Também gostaria de morar no último andar de um prédio de 40 andares pra fugir do barulho, mas se nada disso acontecer, tudo bem, morrerei morando no apê atual.

Eletrônicos: quando casei as tvs LCD tinham preço proibitivos, não tinha muita grana e, por sorte, não tinha cartão de crédito, acabei comprando uma 29" de tubo que me serve muito bem até hoje. Não tenho coisas comuns nas casas das pessoas com renda equivalente: máquina de fazer pão, máquina de fazer arroz, video-games (nunca gostei de games), blu-ray, home-theater, tablet, ipod, bicicleta ergométrica, lavadora que seca roupa, ar-condicionado (esse eu queria ter), entre outros.

Roupas: tenho meia dúzia de camisetas, algumas camisas, 2 calças jeans, um punhado de cuecas e meias. Além disso algumas blusas de frio, um sapato e alguns tênis. A Bia, obviamente, tem mais coisas, mas muito menos que as mulheres costumam ter. Conseguimos viajar por 7 dias levando apenas uma mala média não muito cheia.

Em casa não há bibelôs, souvenirs, quadros e qualquer tipo de enfeites. Não compramos lembranças de viagens. Só servem pra juntar poeira e causar bagunça. Todos os comprovantes de pagamentos de contas são digitalizados, não acumulamos papéis. O cachorro não tem uma cumbuca de comida retrátil, cobertor com ossinhos desenhados, muito menos cama estofada, damos banho no pet shop porque a qualidade é muito superior que feito em casa, eu mesmo corto meu cabelo e só não lavo o carro porque moro em apartamento. Sou adepto do home-made: desentupo canos, pinto paredes, arrumo fiação e faço hamburger.

Ter uma vida simples é fácil, difícil é livrar-se de costumes enrraizados.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Eu também já tive dívidas

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Bom dia investidores! Uma segunda feira tipicamente paulistana: frio e garoa. Estou com 2 meias e 2 blusas, torcendo pra não precisar apelar pra sacolinha de plástico dentro do sapato. Hoje, ao abrir o blogger, me deparei com o número de 10100 visitantes. Fiquei contente, afinal comecei a escrever sem pretensão alguma e nesses 90 dias de vida do blog "conheci" muita gente bacana, participei de discussões interessantes, aprendi muito e principalmente: fiquei mais confortável em saber que não sou o único ET na face da terra.
Existe uma luz no fim do túnel

Semana passada conheci a Porquinha do Real, uma das poucas mulheres da nossa blogosfera. Li uma postagem sobre a dificuldade de juntar dinheiro, parar de ter uma vida de gastos, eliminar dívidas e começar a poupar e me lembrei do começo da minha jornada em busca da liberdade financeira.

Em 2008 meu patrimônio era negativo, tinha dívidas da empresa (que comprei por alavancagem sem saber o que isso significava), empréstimos de capital de giro, apartamento financiado, 3 carros financiados (engraçado: 3 carros pra 2 pessoas), 1 moto financiada e claro, penduras no cartão de crédito. Somando tudo daria algo em torno de 300k de dívidas, nada estava atrasado, mas meus compromissos mensais eram enormes. Eu tinha 1 carro bacana pra viajar, mas não tinha grana pra pagar gasolina e pedágio, muito menos tempo pra curtir, afinal meu orçamento era apertado e havia necessidade de trabalhar cada vez mais.

Após uma situação desagradável, a ficha caiu e percebi que o "império" que estava no meu nome na realidade era dos bancos. Nada que eu tinha era 100% meu! Descobri a educação financeira lendo Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, muitos podem criticar o Cerbasi, dizendo que ele é superficial e que ganha dinheiro a custa da venda de livros de auto-ajuda. Sim, isso é verdade, mas também é verdade que muitos, assim como eu, despertam para uma vida mais sustentável lendo Cerbasi. Leituras "superficiais" são essenciais para iniciantes.

Declarei guerra as dívidas, fiquei com um carro só (o mais barato), me desfiz dos outros, a moto também foi (sinto muita falta de andar de moto!), quitei o financiamento do apartamento, interrompi propositalmente o crescimento da empresa, quitei meus empréstimos da PJ. Bia e eu trabalhavamos mais de 100 horas por semana. Esse processo levou cerca de longos 4 anos. Durante esse tempo, eu lia livros, acompanhava blogs como o Viver de Renda e o Parar de Trabalhar, invejava o pessoal falando de aportes, investimentos, renda fixa e ações, enquanto eu ainda estava correndo atrás de empréstimos mais baratos, e as palavras que eu mais falava (ou ao menos pensava) eram amortização, quitação e adiantamento. Perdi muito dinheiro, deixei de ganhar outro tanto, mas foram esses passos para trás que me permitiram avançar depois de um tempo.

O tempo passou, as dívidas, uma a uma se foram e novas palavras passaram a fazer parte do meu cotidiano: aportes, rentabilidade e juros compostos. Meu blog nasceu, assim como muitos outros, a troca de informações aumentou de maneira fantástica. Hoje minha snowball tem pouco menos de 40k, uma merreca se comparada com o topo do ranking do Pobretão, as vezes bate um desânimo, principalmente quando paro pra pensar que trabalho única e exclusivamente pra ganhar dinheiro sem sentir o menor prazer; mas é muito dinheiro comparado com meus 300k de dívidas de alguns anos atrás.

Meu recado vai pra você, que vê as cifras lindas dos blogueiros, as discussões sobre melhores investimentos, os comentários trolleiros de alguns anônimos e pensa que "esses caras estão mentindo" ou "jamais chegarei nesse nível". Você pode virar o jogo, só depende de você e suas atitudes. Vai demorar? Com certeza, se demorar 1 ano, vai parecer 10, se demorar 10 anos, vai parecer 30, não tem outro jeito, a caminhada não é fácil, mas desistir é uma escolha, você é quem sabe.

Aconselho fortemente que comecem a fazer blogs contando a trajetória de eliminação de dívidas e virada da vida financeira. Me arrependo por não ter feito isso. Com certeza a grande maioria das pessoas que leem o meu e o blog dos colegas possui mais dívidas que investimentos, blogs que tratem a guerra as dívidas serão muito bem vindos.

Boa semana a todos!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Minha vida Pragmática

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.


Desde que me conheço por gente, procuro ser objetivo em tudo que faço. Isso não é uma qualidade, pelo contrário, essa característica já me proporcionou muitos problemas. Durante algum tempo me achei com algum problema mental, é sério, eu quase procurei ajuda psiquiatra, já que sempre tive grande dificuldade pra me encaixar dentro da sociedade. Um dia, numa biblioteca, me deparei com uma revista falando sobre pragmatismo. A filosofia pragmática é baseada no empirismo, foco na solução e utilidade das coisas, irrelevância de certas coisas como a perda de tempo com discussões, etc.

Tenho foco na solução, não acho relevante perder tempo com o problema. Seu pneu furou, troque-o e pare de amaldiçoar o prego. Sou taxado de chato e intolerante por não me dar ao trabalho de prestar atenção em coisas que não trarão benefício seja intelectual ou financeiro. Algumas dessas atitudes me tornam uma pessoa bem estranha. Por exemplo:
  • Jogos eletrônicos: desde criança nunca fui fã de video-game, nunca entendi como um pessoa pode gostar de ficar na frente de uma televisão apertando botões sem sentido algum. Sorte dos meus pais que não precisavam gastar fortunas com Ataris e Mega Drives. Preferia palavras-cruzadas.
  • Filmes: assisto poucos filmes, não vejo muito sentido em ficar 2 horas assistindo uma história que muitas vezes não entendo. Chego no fim não lembro nem os nomes dos personagens. Prefiro documentários.
Além disso não vejo o menor sentido em aprender coisas inúteis, e isso inclui 90% das coisas ensinadas na faculdade, por isso acredito que estudo formal não é tão necessário. Prefiro aprender a regular a injeção eletrônica de um carro que saber a capital dos países da África, mas prefiro saber essas capitais que ficar discutindo futebol. Procuro entender do funcionamento das coisas e isso traz alguns problemas. Certa vez, ouvi barulhos estranhos num avião, estávamos sobre o Atlântico a 33 mil pés, fiquei com o c.. na mão. A Bia percebeu que eu estava meio desconfortável, ficou desesperada. Bem, precisamos fazer uma escala a mais e trocar de avião.

Acredito que certas coisas são totalmente irrelevantes: pra que saber se os dinossauros comiam capim ou grama se é mais necessário descobrir a cura da AIDS. Podem me apedrejar, mas acho que certos cursos universitários são totalmente inúteis, deveriam ter a mesma conotação de cursos de bordado e marchetaria. Acho errado o estado bancar a formação de filósofos, historiadores e turismólogos. Essa verba deveria ser destinada a formação de profissionais mais úteis: médicos, engenheiros, padeiros, açougueiros e pedreiros. 

Na minha opinião, discutir se uma pessoa transa com outra do mesmo sexo; se a pele dela é negra, azul ou verde tem a mesma relevância em falar que o certo é calçar primeiro a meia do pé esquerdo e morder a coxinha pela ponta. Perdemos muito tempo com coisas que não tem a menor relevância. 

A teoria de nada serve se a prática é diferente. O Viagra foi desenvolvido como medicamento para tratar problemas cardíacos, mas o efeito colateral de provocar ereções tornou a Pfizer uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo. Pra que insistir na teoria se a prática é que manda.


Já me dei muito mal por ser assim, já perdi muitas fodas, já que nunca tolerei menina fazendo c... doce. Já perdi oportunidades de negócio por não aceitar enrolação da outra parte. Se quero comprar, por exemplo, um computador, consigo fazer a compra em questão de minutos. Pesquiso a minha necessidade, comparo preços e realizo a compra. Não consigo ficar enrolando.

Detesto aniversários e datas comemorativas. Comemorações são totalmente desnecessárias, todos os dias são iguais. O estilo de vida canino faz mais sentido: um cachorro não sabe diferenciar sábado de segunda, não sabe a idade que tem, faz xixi quando tem vontade e morde se é ameaçado, independente do lugar que esteja, se é um shit-zu de madame ou um vira-latas de mendigo.

O elo que me liga com coisas irrelevantes é a pornografia. Como boa parte dos homens, sempre fui consumidor de pornografia. Admito que isso não passa de uma perda de tempo e que muitas vezes quase perdi o controle sobre o consumo de conteúdo sexual. O pior é que a Bia também adora uma sacanagem, aí juntou a fome com a vontade de comer.

Em homenagem ao dia das mães (rsrs!):







quinta-feira, 10 de maio de 2012

[Off] Religião

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.


Deus existe? Não sei!

Sou agnóstico, ou seja, um meio termo entre um religioso e um ateu. Acredito que certas coisas não podem ser provadas os "desprovadas", Deus é uma dessas coisas. Não tenho provas que Deus existe, mas acredito que há alguma coisa superior a nós. Minha imagem de Deus não é um velho barbudo que joga raios na cabeça das pessoas, talvez um velho, ouvindo The dark side of the moon e destilando cogumelos.

Cresci numa família "cristã-padrão", ou seja, meus pais sempre se disseram religiosos, frequentavam com certa assiduidade a igreja católica, aprendi desde cedo a fazer orações, a agradecer e pedir a Deus pelas coisas da vida. Eles nunca foram fanáticos, passavam meses sem ir a igreja, embora minha mãe sempre fez novenas, acendeu velas e rezou terços. Durante a infância e adolescência nunca contestei a existência de Deus e meio que ignorei a existência de outras crenças já que a unanimidade das famílias dos meus colegas de escola eram católicas.

O fato de serem religiosos nunca impediu meus pais de fazerem coisas que hoje eu condeno: mentirinhas comerciais, jeitinhos brasileiros, intriguinhas, fofoquinhas, picuinhas, falsidadezinhas, etc. Hoje vejo que, por acreditar demais em Deus, usaram a religião como muleta, atribuindo a "vontade de Deus" problemas que eles mesmo cavaram. É cômodo fazer algo errado, não assumir a culpa e dizer: "Deus quis assim...". Isso me fez perceber que a idoneidade, ética, capacidade e seriedade de uma pessoa não tem absolutamente nada a ver com religião ou a falta dela.

Durante muito tempo acreditei no conceito de "ser temente a Deus", na adolescência, frequentava a igreja todo domingo, mesmo me dando um comichão terrível por não entender nada da missa e ter que cantar músicas sem o menor sentido. Não via a hora de sair daquele lugar e ir pra Toco dançar ao som de Smiths, New Order, Soft Cell e Erasure. O tempo passou, comecei a trabalhar, desligar um pouco da igreja, e conviver com "crentes" de outros templos. Percebi que quanto mais religiosa uma pessoa é, mais "tapada" costuma ser.

Hoje em dia ainda frequento cultos religiosos quando tenho vontade, há um templo em especial que as vezes frequento e me sinto bem nele. Também sou aberto a novas "experiências espirituais", mas vou sempre com cabeça aberta e jamais deixo 1 real de oferta, rsrs! Tenho bronca de religiosos pregadores e também de ateus chatos que não passam de religiosos da anti religião. Deixar de crer piamente numa doutrina e de ter obrigações religiosas me tornou uma pessoa mais leve e liberta de obrigações estúpidas, deixando minha vida mais simples.

Deixo uma musiquinha pra vocês:


terça-feira, 8 de maio de 2012

Simplicidade Voluntária

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Bom dia!

Um tempo atrás, um acontecimento desagradável mudou minha vida. Bia (sim, o nome dela agora é Bia) e eu passamos por uma experiência ruim que nos fez parar e repensar a vida. Foi nesse momento que a ficha caiu, percebi que todo o meu grande "patrimônio" não passava de passivos financiados cujos verdadeiros donos eram os bancos. Nessa época lembrei do comentário de uma colega de faculdade sobre o livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, o li e comecei a procurar mais material na internet. Além de N livros sobre educação financeira me deparei com o conceito de frugalidade e simplicidade voluntária.

Minha choupana - Maria Nilza Freitas 

Frugalidade todos por aqui sabem o que é (o Pobretão que o diga!), consiste em aproveitar o máximo possível dos benefícios que determinada coisa pode proporcionar, evitar consumo desnecessário, etc. Simplicidade voluntária tem muito a ver com frugalidade. Como o próprio nome diz, viver na simplicidade voluntária é optar por levar uma vida simples e minimalista. Nada mais é que abrir mão de certo consumo em prol de outra coisa, seja material ou espiritual. É fugir do conceito de quanto mais, melhor. Duane Elgin é a autora de um dos principais livros sobre o tema: Simplicidade voluntária – Em busca de um estilo de vida exteriormente simples, mas interiormente rico. Particularmente eu acho o livro muito ruim, extremamente vago e sem sentido, mas uma frase salva:


"A pobreza é involuntária e debilitante, a simplicidade é voluntária e mobilizadora"

Ter uma vida simples não quer dizer necessariamente morar num rancho perdido no interiorzão de Goiás, plantar e pescar sua comida, fazendo fogo com gravetos e palha. Na minha opinião, qualquer pessoa que vive com menos que poderia gastar, ou tem um estilo de vida digamos "inferior" aos seus pares é um adepto da simplicidade voluntária.

Optar por levar uma vida simples pode trazer grande vantagem financeira, já que quanto menor o consumo, menos dinheiro é necessário, menos trabalho precisa ser feito, mais tempo sobra para atividades realmente relevantes para o crescimento pessoal. Além disso, pode trazer benefícios espirituais que variam de pessoa para pessoa (um agnóstico não é a melhor pessoa pra falar sobre isso, rsrs!).

Paradoxo: Simplicidade Voluntária x Independência Financeira

Ter uma vida simples é sem dúvida um atalho para a independência financeira, pelo menos no meu caso. Procuro gastar menos que ganho, ter um padrão de vida bem inferior ao dos meus pares, consumir de maneira mais racional e consciente visando diminuir minha dependência do dinheiro.Sou humano, gosto de consumir como qualquer outra pessoa, somente controlo esses impulsos da maneira mais eficaz possível. Acontece que quanto mais ganhamos, quanto mais coisas legais aparecem para levar nosso dinheiro, quanto mais a tecnologia evolui, mais difícil fica esse auto-controle. Ao perceber o crescimento dos meus desejos de consumo, procuro parar, pensar e refletir sobre as vantagens de ter uma vida mais simples. Quase sempre dá certo, percebo que boa parte das coisas que quero são desnecessárias. É uma regra dos 3P avançada.

A simplicidade voluntária pode não fazer sentido pra muita gente. Há aqueles que levam uma vida frugal hoje totalmente motivada por desejos de consumo futuros: carrões, mansões e panicats. Para esses, tentar levar uma vida frugal ou simples pode ser debilitante. Prejudicará o futuro. Por isso acredito que devemos evoluir nossos padrões de consumo com o tempo, não deixar pra consumir tudo de uma só vez no amanhã. Assim a vida fica menos sacrificante e o futuro mais certo, já que fica possível saber as reais necessidades e vontade de consumo. No meu caso, meu padrão de vida atual é muito semelhante aquele que pretendo ter no futuro. Tenho sorte por não querer elevar meu padrão de consumo, então minha jornada será mais fácil.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Poupança, Juros e Renda Passiva

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Bom dia a todos! O sol timidamente aparece nessa capital cinzenta. Amanhecemos com a digestão das novas regras da caderneta de poupança. Não vou explicar essas regras já que, com certeza, todo mundo já entendeu, mas vou falar sobre o que tiro de lição dessa medida inédita.

Não sou de resmungar sobre as decisões de nosso querido governo, não adianta, cabe a nós acatar sem reclamar. Não vou perder meu tempo com choramingos. A medida de mudar a rentabilidade da caderneta de poupança me mostrou que o governo está empenhado em reduzir os juros para patamares de "1º mundo", não sei o que acontecerá com a inflação com juros menores e mais endividamento, mas sei que a Selic entrou em stol e não encontrará sustentação enquanto não se chocar com o solo. Fico triste por ter pego um fato desses justo no começo da minha poupança da independência financeira, mas fico contente por até agora ter apostado em opções certas na renda fixa que me trarão alegria no médio prazo.

Vejo esse fato como um baita sinal que o investidor de longo prazo (todos nós) que não investir em conhecimento sobre renda variável e outras formas mais rentáveis de se obter renda passiva estará fadado a obter rendimentos pífios que certamente trarão decepção. Isso serve pra abrir meus olhos, me alertar para alguns fatos relevantes:

1- Viver de renda passiva de investimentos ficará cada dia mais difícil. É extremamente necessário estudar alternativas mais rentáveis;

2- É necessário aprender cada vez mais e dedicar-se naquilo que tem-se mais facilidade. No meu caso devo aprimorar-me no que sei fazer bem, empreender.

3- Espero não ter que mexer no colchão de segurança que está alocado na caderneta de poupança;

4- Quando os atuais títulos do tesouro vencerem com certeza não encontraremos equivalentes para reinvestir, logo percebe-se que os planos atuais provavelmente não servirão para o futuro e que a previsibilidade que algumas pessoas acreditam existir na realidade é balela;

5- A relevância de calcular taxa de retirada e prever rentabilidades futuras é praticamente nula, já que dependem muito de fatores que nos fogem do controle.

Pra começar bem o fim de semana:


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Atualização Mensal de Idéias - Maio/12

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

A partir de agora, farei mensalmente uma postagem de atualização de idéias. O que é isso? Falarei sobre o que passa na minha cabeça, minhas idéias, meus projetos e objetivos. Como diria Raul, sou uma metamorfose ambulante, mudo de ideia muito rapidamente, as vezes começo o dia querendo comer lasanha, mudo pra churrasco e acabo jantando japonês. Acho que colocar meus pensamentos "no papel" me ajudará a tomar o caminho certo, ou pelo menos monitorar minhas mudanças.

Aportes x Qualidade de Vida

Em abril, muito se falou sobre valor seguro de retirada, montante a ser atingido para a independência financeira, corrosão da inflação, queda de juros, etc. Já comentei que não tenho uma meta específica a atingir, também não sei qual será a necessidade futura de dinheiro já que nosso consumo tende a mudar com o tempo. Lendo tudo o que foi dito a respeito, conclui que é melhor conciliar consumo e poupança, resumindo: não serei tão xiita nos aportes quanto poderia. Não me atrai a ideia de me ferrar com restrições hard core pra chegar num montante X, já que nem sei quanto vale esse X!!! Seria possível aumentar meus aportes em cerca de 30% ainda esse ano, mas não o farei. usarei esse dinheiro pra melhorar minha qualidade de vida: colocar mais funcionários na minha empresa, trocar de carro e quem sabe comprar outra loja.

Empresa

Quando comprei minha loja, a ideia era aumentar o faturamento e vende-la obtendo lucro. Agora acho que talvez fique um tempo a  mais que o previsto, mas pra isso delegarei mais funções, me restando somente o administrativo, sem que minha presença integral seja necessária. Pode ser que eu corra atrás de outra loja, de preferência de um ramo diferente. Talvez ter 2 ou 3 lojas torne meu trabalho mais fácil! Isso mesmo, talvez se eu fugir do operacional e focar no adm fique mais fácil tocar uma pequena rede que somente uma loja, fora que esse trabalho pode ser feito, em grande parte por via remota.

Saúde

O fato de vir trabalhar de bicicleta me fez perder 3kg, o que foi muito bem vindo, porém o frio desgraçado de sampa chegou e a coragem de pedalar foi junto com o sol. Preciso arrumar outra forma de exercício. Acho que academia não é minha praia (não gosto de gente, então prefiro me exercitar sozinho), mas estou cogitando a hipótese pra ver como é. Caso não dê certo penso em correr ou malhar em casa. Isso tudo deverá ficar para o 2º semestre devido a loja.

Vamos ver o que acontecerá em maio e quais pensamentos serão mudados.