O fato é que o amor acontece, não existe maneira de fazer alguém amar ou não uma pessoa. Não existe amor compulsório. Posso, por exemplo, não amar minha mãe ou amar loucamente um amigo. É assim, pronto e acabou! A maioria das pessoas propaga a ideia que amar é uma das melhores coisas do mundo, o sentimento mais belo, etc e tal. Sim, isso pode ser verdade, amar alguém pode trazer muita coisa boa, mas também muitas coisas ruins.
Quando você ama quase sempre coloca a felicidade da pessoa amada acima da sua e pra isso é capaz de cometer loucuras, crimes, enfim qualquer coisa. Isso pode trazer muito mais prejuízo que benefício no longo prazo. Quantos crimes passionais acontecem, quantas pessoas fazem
Quando você ama alguém e é feliz ao lado dessa pessoa, sente-se realizado, um sentimento sem igual, só que passa ou passou por isso sabe. E quando acontece um problema com a pessoa amada? A desestruturação acontece imediatamente, você sente-se frágil e muitas vezes incapaz de ajudar a pessoa amada. Esse é um dos piores sentimentos que uma pessoa pode sentir.
Isso porque não toquei no assunto mais delicado: morte. Você passa um determinado período amando incondicionalmente uma pessoa e ela morre. Claro que você imagina que seus pais, avós e pessoas bem mais velhas que você morrerão antes, mas mesmo assim, duvido que uma pessoa esteja preparada pra perder um ente querido. Pior acontece quando quem morre é um companheiro ou um filho, teoricamente essas pessoas deveriam demorar mais pra morrer. Duvido que a perda de uma pessoa que realmente você ame, ame mesmo, de verdade, com toda a força e entrega possíveis, será reparada. Não acredito que isso possa acontecer.
Certa vez, ainda na adolescência, li uma história de uma senhora, de uns 70 e poucos anos, que perdeu o noivo, morto durante a segunda guerra. Era uma amor jovem, de pessoas muito jovens. Ela acabou conhecendo um outro homem e com ele fez a vida, teve filhos e uma família padrão. Na entrevista ela dizia que em momento algum da vida, escondeu do marido que o único homem que ela realmente amou fora seu noivo morto na guerra. Essa mulher amargou a dor de uma amor perdido durante mais de 50 anos.
Sei que posso estar falando um monte de besteiras, não espero comentários, talvez eu esteja um pouco depressivo, mas esse é o espaço que tenho pra falar o que passa na cabeça sem ser julgado. Sou um cara muito estranho e cada dia que passa me dou conta que essa estranheza muitas vezes me faz mal. Evitar o amor é algo que inconscientemente eu tenho feito, por outro lado, acabo voltando esse amor reprimido pra aquilo que já amo: a Bia, meu cachorro e talvez mais algumas coisas. Isso que sinto, de maneira alguma é algo saudável, muito pelo contrário, isso prejudica e continuará prejudicando de maneira irreversível minha vida.
A mensagem que deixo é: EQUILÍBRIO. Tente equilibrar, não seja caxias nem xiita. Deixe a vida te levar um pouco, não se bitole.