sexta-feira, 29 de junho de 2012

[Off] O amor, ahhhh o amor...

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

O amor é uma flor roxa que nasce no coração dos trouxa... Esse ditado infantil é uma das maiores verdades do mundo! O amor, e não estou falando apenas do amor de casal e sim qualquer forma de amar alguém ou algo, é um sentimento lindo, mas que traz graves efeitos colaterais.

O fato é que o amor acontece, não existe maneira de fazer alguém amar ou não uma pessoa. Não existe amor compulsório. Posso, por exemplo, não amar minha mãe ou amar loucamente um amigo. É assim, pronto e acabou! A maioria das pessoas propaga a ideia que amar é uma das melhores coisas do mundo, o sentimento mais belo, etc e tal. Sim, isso pode ser verdade, amar alguém pode trazer muita coisa boa, mas também muitas coisas ruins.

Quando você ama quase sempre coloca a felicidade da pessoa amada acima da sua e pra isso é capaz de cometer loucuras, crimes, enfim qualquer coisa. Isso pode trazer muito mais prejuízo que benefício no longo prazo. Quantos crimes passionais acontecem, quantas pessoas fazem merda em prol de outra. Ontem mesmo li no jornal o caso de uma filha que fingiu ter uma arma, fez os funcionários de uma operadora de plano de saúde reféns pra forçar a liberação do pagamento da quimioterapia do pai que tem câncer no cérebro. Conseguiu a liberação, mas responderá processos. Atire a primeira pedra que não faria o mesmo.

Quando você ama alguém e é feliz ao lado dessa pessoa, sente-se realizado, um sentimento sem igual, só que passa ou passou por isso sabe. E quando acontece um problema com a pessoa amada? A desestruturação acontece imediatamente, você sente-se frágil e muitas vezes incapaz de ajudar a pessoa amada. Esse é um dos piores sentimentos que uma pessoa pode sentir.

Isso porque não toquei no assunto mais delicado: morte. Você passa um determinado período amando incondicionalmente uma pessoa e ela morre. Claro que você imagina que seus pais, avós e pessoas bem mais velhas que você morrerão antes, mas mesmo assim, duvido que uma pessoa esteja preparada pra perder um ente querido. Pior acontece quando quem morre é um companheiro ou um filho, teoricamente essas pessoas deveriam demorar mais pra morrer. Duvido que a perda de uma pessoa que realmente você ame, ame mesmo, de verdade, com toda a força e entrega possíveis, será reparada. Não acredito que isso possa acontecer.

Certa vez, ainda na adolescência, li uma história de uma senhora, de uns 70 e poucos anos, que perdeu o noivo, morto durante a segunda guerra. Era uma amor jovem, de pessoas muito jovens. Ela acabou conhecendo um outro homem e com ele fez a vida, teve filhos e uma família padrão. Na entrevista ela dizia que em momento algum da vida, escondeu do marido que o único homem que ela realmente amou fora seu noivo morto na guerra. Essa mulher amargou a dor de uma amor perdido durante mais de 50 anos.

Sei que posso estar falando um monte de besteiras, não espero comentários, talvez eu esteja um pouco depressivo, mas esse é o espaço que tenho pra falar o que passa na cabeça sem ser julgado. Sou um cara muito estranho e cada dia que passa me dou conta que essa estranheza muitas vezes me faz mal. Evitar o amor é algo que inconscientemente eu tenho feito, por outro lado, acabo voltando esse amor reprimido pra aquilo que já amo: a Bia, meu cachorro e talvez mais algumas coisas. Isso que sinto, de maneira alguma é algo saudável, muito pelo contrário, isso prejudica e continuará prejudicando de maneira irreversível minha vida.

A mensagem que deixo é: EQUILÍBRIO. Tente equilibrar, não seja caxias nem xiita. Deixe a vida te levar um pouco, não se bitole.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O Lado Obscuro do Empreendedorismo

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Você acorda cedo, pega condução lotada, ou enfrenta congestionamento diariamente para vender seu tempo para outras pessoas e receber ordens de chefes, esses vistos como "do mal". Você sonha em ter seu próprio negócio, ser você o chefe, ou seja, mudar de lado. Além do mais, você assiste os cases de sucesso no Pequenas Empresas Grandes Negócios e sonha em não ter patrão. Você chega no trabalho, olha os blogs de finanças e se depara com textos do Corey falando sobre empreendedorismo. Aquilo tudo é um sonho: não ter patrão, ganhar muitos % além do investido, possibilidade de por gente pra trabalhar e passar só no fim do dia pra pegar a féria, fazer alavancagens... Você acredita que tudo isso é perfeito assim? Você acredita em coelho da páscoa e no Maluf?

Claro que não é perfeito assim, o empreendedor enfrenta muitos desafio, obstáculos que cansam, estressam e acabam com a saúde de qualquer pessoa. Obviamente caso você seja o Eike ou o Abílio Diniz, não terá preocupações operacionais, mas se você for um simples mortal que sonha em ter sua lojinha, enfrentará os seguintes desafios (dentre outros):

1- Dedicação de tempo: é fato que pra ter sucesso, o empresário deve dedicar-se ao negócio. Essa história de controle total por monitoramento e softwares de última geração é mentira, isso não existe. Claro que essas ferramentas ajudam muito, mas não há possibilidade de você simplesmente trabalhar de maneira remota e mesmo se isso fosse possível, exige tempo. No geral, os negócios mais rentáveis são aqueles que exigem mais dedicação do empresário. A mecânica é simples, a regra é a mesma pra tudo na vida, se você quer sucesso deve se dedicar. O problema é que como dono, os problemas te acompanham onde você estiver, seja folga ou férias. Se o alarme da loja dispara a noite, é pro celular do dono que a central liga, se uma porta de aço estoura a noite, é você que correrá atrás de um serralheiro...

2- Departamento Pessoal: você procurará profissionais, entrevistará, contratará, treinará, mandará e com sorte encontrará um profissional mais ou menos. Acredite, o nível dos funcionários está cada dia pior. As pessoas não possuem o mínimo de dedicação, quando digo isso, quero dizer que elas não costumam merecer o que recebem. Quanto menor a qualificação, pior fica. Estamos numa época que é praticamente impossível achar auxiliares e pessoas para cargos básicos determinados a trabalhar. O público atraído por essas vagas quase sempre é formado por pessoas marginalizadas, com pouca estrutura familiar e emocional. Colocar esse tipo de pessoa dentro da sua empresa é pedir pra ter problemas.

3- Tributação, legislação e entraves burocráticos: não é segredo para ninguém que o Brasil não é um país muito amigável para os empreendedores, pelo menos com os pequenos. Nós, micro-empresários, pagamos as mesmas taxas que médios e grandes, e não estou falando em proporcionalidade não, dependendo do ramo de atuação, o valor das taxas é o mesmo faturando 1 mil ou 1 milhão. Certos ramos sofrem com legislações confusas e que mudam toda hora, como clínicas médicas e lanchonetes. A burocracia então nem se fala, só como exemplo, para se abrir um restaurante na cidade de São Paulo são necessários mais de 40 alvarás/licenças/documentos. O empresário fará uma via sacra por várias repartições públicas, pagando taxas, autenticando documentos, muitas vezes retornando ao mesmo ponto de atendimento diversas vezes. tudo isso pode demorar mais de 1 ano para ser concretizado.

4- Segurança Pública: não é segredo pra ninguém que a segurança pública está cada dia pior, e se não bastasse isso, as quadrilhas estão se especializando. Vejam o caso dos recentes arrastões em restaurantes em São Paulo. Além do prejuízo do assalto em si, ainda tem a perda de clientes por medo. Isso é apenas a ponta do iceberg, muitos empresários sofrem nas mãos de milícias que cobram uma mensalidade em troca de "segurança".

5- Ilusão de grande retorno financeiro: muitas empresas são rentáveis, mas isso não é regra, muito pelo contrário, dependendo do ramo, é exceção. Por exemplo, boa parte das franquias que exigem investimento na faixa de 100 mil reais, dedicação de 12 horas 7 dias por semana deixa no bolso do empresário, após 6 meses da montagem, cerca de 4 mil reais. Você acha esse um bom retorno?

6- "Não vou ter patrão": não o kct! Você pode não ter um chefe formal, mas terá que prestar contas aos funcionários, terá obrigação de montar a melhor estratégia, muitas vezes sem chance de erro; prestará contas ao governo (e dará boa fatia de seu faturamento a ele), dependerá do seus clientes e não terá o direito de explodir num dia de fúria e mandar tudo e todos a merda, tirar o uniforme, virar as costas e ir pra casa.

7- Controle financeiro: se você acha complicado ou pelo menos delicado cuidar do seu salário, imagine ter que administrar um dinheiro que não é seu, mas se ocorrer perdas, é você que terá que repor. Numa empresa é normal lidar com cifras na casa dos milhares de reais todos os dias, sendo que nenhum centavo é seu! Sim, porque o dinheiro movimentado pela empresa pertence aos fornecedores, governo, funcionários, supermercado, atacadista de material de escritório, posto de gasolina... se sobrar, uma pequena fatia será sua. Não preciso nem falar que um simples deslize pode por tudo a perder.

Resolvi falar disso não pra desanimar quem sonha em ter seu próprio negócio, mas sim alertar sobre a realidade do que é ser empresário e a realidade é bem diferente do que a imprensa pinta por aí. Nem todo mundo nasceu pra ser dono do próprio negócio e não há nada de errado nisso. Mais uma vez, são escolhas que podemos fazer, sem seguir o que a manada manda.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Emprego X Trabalho

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Semana passada falei sobre semi-aposentadoria aqui e aqui, o Investidor Defensivo, primeiro da comunidade que debateu o tema, voltou ao tema aqui, e abordou algo muito interessante: a diferença entre emprego e trabalho.

Segundo o Investidor Defensivo:

Emprego: Atividade que você é paga para fazer. Você pode até gostar, mas não tem a liberdade de horário e recebe ordens que devem ser executadas você concordando ou não. E pior. Às vezes atividades praticamente inúteis ou muito repetitivas. Praticamente é o chamado empregado ou trabalhador, mais comum hoje em dia.

Trabalho: Atividade que você gosta e considera. Possui uma boa parcial ou  total liberdade de horário. É pago por isso. Você pode recusar clientes, caso queira. O conceito se aproxima ao trabalhador autônomo, mas sem tanta dependência em relação ao dinheiro e tempo. E um prazer imenso de realizar a atividade.



Basicamente, uma semi-aposentadoria seria a situação onde você obtém renda vinda dos investimentos (dividendos, cupons de juros, etc) e do trabalho, ou seja, pra se manter você utiliza renda passiva e renda proveniente de uma atividade que tenha prazer em fazer.

O fato é que pouquíssimos de nós estamos satisfeitos com a atual atividade econômica, não importa se somos empregados de alguma empresa, funcionários públicos ou empresários (meu caso). Trabalhar é uma merda, pronto e acabou!!! Não acredito em amor ao trabalho, acho pessoas workaholics doentes. Porém ainda acredito que é possível trabalhar com algo que traga certo prazer ou ao menos não seja tão desgastante, também acredito que ficar de bobeira pro resto da vida não é algo salubre, muito pelo contrário, precisamos ter uma ocupação.

Vou relatar minha situação. Sou proprietário de empresa, mas me sinto empregado. Sou muito bem pago pra administrar os negócios, mas não tenho liberdade de horários, trabalho mais de 90 horas por semana, não recebo ordens de chefes, mas tenho muita responsabilidade com funcionários e clientes. Não posso mandar todos pra pqp como tenho vontade frequentemente. Minhas atividades são repetitivas e fico muito tempo ocioso. Ou seja, as características da minha atividade batem com o conceito de emprego do ID.

Por outro lado, um bom trabalho pra mim seria algo relacionado com minha formação acadêmica, ou seja, aquilo que resolvi estudar por gostar do assunto. Infelizmente esse trabalho não teria muita flexibilidade de tempo, mas poderia trabalhar como uma pessoa normal: 40 horas por semana, ter folgas, férias, benefícios, etc. Por outro lado, minha empregabilidade é boa, mesmo estando a tempos fora do mercado, e a remuneração, por menor que seja, é mais que suficiente para manter minha vida.

Obviamente essa "troca" de emprego para trabalho não é algo tão simples e viável pra todos, cada um vive uma realidade diferente, mas e você? Já considerou trocar seu emprego por um trabalho?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Semi Aposentadoria - Parte 2

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Essa é a continuação do meu post sobre Semi Aposentadoria, recomendo a leitura do anterior aqui.

Como disse, pretendo conseguir minha IF através de etapas, ou seja, Semi Aposentadoria, para isso, vou rever meus investimentos de maneira a priorizar fluxo de caixa além, é claro, do crescimento da carteira. Pretendo estabelecer etapas onde meus gastos sejam pagos com renda proveniente dos meus investimentos. As etapas previstas são:

1- Despesas anuais: IPTU, IPVA, licenciamento e seguros;
2- Condomínio e Plano de Saúde;
3- Luz, gás, internet
4- Viagens;
5- Combustível, alimentação, lazer

Escolhi o IPTU, IPVA, licenciamento e seguros pra primeira etapa por serem gastos anuais, ou seja, é mais fácil modelar um investimento para gerar renda uma vez por ano, além disso, são coisas que eu não gosto de pagar, rsrs! Em 2º vem condomínio e plano de saúde que são possíveis de negociação anual. A ordem das demais etapas pode ser alterada.

Focando na primeira etapa determinei alguns pré requisitos:

1- Prazo pra usufruir: vou usar os rendimentos desse investimento para pagar as despesas anuais de 2014;
2- Modalidade: LCI-DI de 1 ano (caso o investimento fosse feito hoje);
3- Montante investido: R$ 40.000,00
4- Início do investimento: dezembro de 2012; término: dezembro de 2013

Atualmente essas despesas são pagas com uma verba provisionada mensalmente que será destinada a outro tipo de investimento. Na prática, vai dar na mesma, já que esse dinheiro provisionado todo mês entrará na carteira de investimentos ao mesmo tempo que parte do rendimento da carteira será gasta para pagar os impostos e seguros. A importância acaba sendo mais psicológica e de disciplina pra seguir o foco de determinado investimento. Acredito que a sensação de ter parte dos gastos sendo pagos por renda passiva deverá ser muito boa.

Em dezembro de 2013, sacarei somente o rendimento dessa aplicação e reaplicarei para a mesma finalidade: rentabilizar para pagar meus impostos/seguros em 2015. Assim gradativamente farei "semi-poupanças" para cada etapa. Na pior das hipóteses, por algum motivo, não queira mais aportar, parte dos meus gastos já estão cobertos. Alguns cuidados que deverei tomar:

1- Compensar a inflação das despesas;
2- Compensar possíveis alterações dos gastos (por exemplo: troca de carro = IPVA maior);
3- Balancear anualmente o montante a ser investido;
4- Procurar a melhor alternativa no momento do investimento (não só aplicar na mesma coisa do mês anterior)

Dessa maneira, daqui pra frente, meu foco principal não é aumento de patrimônio, mas sim, formação de fluxo de caixa de maneira que me permita cumprir etapas da minha semi-aposentadoria. Não estipulei datas e demais características parar as demais etapas, isso ficará para uma próxima fase, mas pretendo atingir pelo menos a 1ª e 2ª etapas já em 2014.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Semi Aposentadoria - Parte 1

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Nós, blogueiros, as vezes temos a infeliz mania de querer coisas irreais e inalcançáveis, seja rendimentos de 5% ano mês na renda fixa, desempenho 200% acima do Ibovespa, ou viver uma vida de jogador de futebol com apenas 1 milhão de reais (essa é pra você Pobretão!!), ou seja, viajamos na maionese. Comigo não é diferente, sempre me vejo querendo coisas que embora possíveis, são difíceis de atingir ou exigem um esforço sobre humano pra ser alcançado. Sempre tento apagar rapidamente essas ideias da minha cabeça, antes que me veja alimentando sonhos idiotas, prefiro muitas vezes ser pessimista nos planejamentos, já que qualquer coisa que vier além do planejado é lucro e me deixará feliz.

Não tenho pretensão de "ficar rico", até porque isso é algo muito subjetivo. Meu único objetivo é alcançar a liberdade financeira onde os rendimentos dos meus ativos paguem pelo menos parte das minhas despesas fixas, me deixando mais livre para escolher o que fazer profissionalmente. Por outro lado, pra minha realidade, não é viável esperar 10 ou 15 anos pra conquistar isso. Já disse e repito: não gosto do meu trabalho e o faço única e exclusivamente pra ganhar dinheiro, então essa é uma situação insustentável no longo prazo.
Prefiro ser um funcionário assim...
Aí que entra o conceito de Semi-Aposentadoria apresentado pelo Investidor Defensivo lincado do blog Investimentos e Finanças que parou de ser atualizado (uma pena). Segundo esse conceito, invés de camelar durante 10, 15 anos juntando cada centavo pra formar uma big bola de neve que te sustente pro resto da vida sem trabalhar, seria mais viável juntar os dividendos provenientes de uma bolinha de neve menor, formada a custo de menos suor, com o salário de uma ocupação profissional "melhor". Entendo por ocupação melhor, aquele que você trabalhe com algo que goste, que tome menos tempo, mesmo sendo menos remunerado.

No meu caso, acredito que essa ocupação profissional melhor, seja algo relacionado com minha formação acadêmica, onde eu possa seguir regras e não cria-las. Sim, é isso mesmo que você leu, tenho vontade de ser só mais um assalariado. Aí você diz: mas Corey, você tem a ocupação que muita gente quer, você tem sua empresa, não tem chefe chato nem precisa seguir ordens de alguém que não sabe o que fala. Eu respondo: tudo isso é verdade, mas não serve pra mim, não gosto disso, sou do contra! 

Minha área de formação superior é relativamente bem remunerada, há espaço para um profissional com meu perfil, as empresas oferecem bons benefícios e existem várias formas de trabalho. Saber que terei folgas, férias e previsibilidade de recebíveis é algo que melhoraria muito minha qualidade de vida, por isso pretendo partir pra esse lado. Se eu tiver um trabalho onde sinta certo prazer em fazer (até porque amor ao trabalho não existe), tenha uma remuneração justa, folgas e férias, então não vejo necessidade de parar totalmente de trabalhar, até porque "cabeça vazia é oficina do capeta"!

...que um chefe assim!
Parar de trabalhar pra ficar em casa coçando o saco é algo que me trará mais problemas que resultados. Para sustentar a vida que eu gostaria (fazer a Bia parar de trabalhar e viajar 35 dias no mês) é necessário acumular muito mais grana do que estou disposto a trabalhar pra ter. Então, no meu caso, arrumar um meio termo é o mais interessante, esse meio termo é uma semi-aposentadoria, onde parte dos meus gastos seja paga com fruto do meu trabalho (mais equilibrado) e parte pelos rendimentos dos meus investimentos.


Na próxima vou falar como estou planejando minha semi-aposentadoria. Recomendo a leitura dos artigos que linquei logo a cima.

sábado, 16 de junho de 2012

Independência Financeira X Conforto

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Todos que acompanham o blog sabem que levo uma vida simples, não só para racionalizar o uso do dinheiro mas também para deixar minha cabeça mais equilibrada. Não tenho grandes pretensões, não quero ficar milionário, nada disso! Busco somente ter liberdade associada a estabilidade financeira. Porém, acredito que a frugalidade deve ser algo que não atrapalhe nem provoque privações que venham a prejudicar a vida de uma pessoa, ou seja, deve ser algo natural.

Moro num apartamentinho localizado num bairro, digamos, semi-periferia. Não é favela, nem uma quebrada cheia de meio-lotes, o bairro tem até umas casas de luxo, mas o predominante é a nossa conhecida classe C, não a "nova", mas a "old C Class". O perfil dos meus vizinhos é de assalariados, que casaram, moraram com os pais/sogros e compraram o primeiro imóvel financiado, possuem um carrinho 1.0 (nem sempre zero) ou carros de 15 anos, não possuem os gadgets de última geração nem viajam frequentemente como a "new C class".

Odeio "Manolos", funkeiros que usam Oakley
Sou muito satisfeito com meu apê, embora pequeno, ele é até grande demais pra nossa necessidade, o problema são os vizinhos. Esse pessoal tem muitos filhos, que ficam brincando na rua até 23h, sendo que nas sextas feiras a coisa é pior ainda, essas pestes crianças ficam na rua as vezes até 1 ou 2h da manhã! Não entendo porque crianças gritam tanto! Tenho certeza que eu não era assim. Isso sem contar as reuniões de comadre no meio da rua e os Golzinhos rebaixados, envelopados de preto fosco, com rodas orbitais enormes tocando funks proibidões que ensurdecem qualquer ser vivo que tenha ouvidos. Nos domingos, a coisa é ainda pior, torço pra que sempre que estiver em casa caia aquela chuva desgraçada pra poder espantar essa corja população pra dentro de suas casas. Certa vez, um domingo a tarde, Bia e eu estávamos tão cansados que fomos dormir num motel!

Aí entra a minha análise: no meu caso tenho basicamente duas alternativas pra lidar com essa situação:

1- PRIORIZAR O CONFORTO: Abrir mão de uma parcela considerável dos meus aportes pra mudar de bairro, comprando um apê em outra região, de preferência no último andar de um prédio de 35 andares. Por outro lado poderia alugar meu atual apê que foi comprado antes do inflamento dos preços dos imóveis, o que, teoricamente me daria um bom retorno, e dessa forma, minimizaria o fato de ter uma grande quantia de dinheiro empatada num imóvel.

Já tentei... Não dá certo!
2- PRIORIZAR OS APORTES: Continuar no mesmo apartamento, tolerando esses problemas, mas sem abrir mão de aportar a custo de sacrificar meu conforto de maneira considerável. Tenho dúvidas se isso é viável, afinal acho que de pouco adianta ter uma enorme quantia de dinheiro, bons dividendos mensais daqui alguns anos sendo que pra isso foi necessário sacrificar a saúde.

Poderia filosofar sobre isso por horas, já que há inúmeros fatores que podem levar os planos de independência financeira por água abaixo. Tenho pensado muito sobre meu plano de formação de poupança e já questiono a viabilidade dele. Talvez eu esteja procurando pelo em ovo só pra justificar uma possível mudança de estratégia, mas mesmo sendo isso, essas "desculpas" são fatos importantes que devem ser analisados.

Bom fim de semana a todos!!!


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ideias Patinando

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Bom dia! Estou desde as 9h tentando escrever textos para o blog, tenho alguns assuntos bem interessantes pra tratar, mas comecei a escrever 3 textos e nenhum foi acabado. Minha cabeça tá patinando, parece que as ideias não fluem para o teclado. Resolvi deixar pra lá e fazer outro dia, quando minha cabeça decidir trabalhar direito.

Então já que não consegui arrancar um conteúdo decente da minha cachola, vou postar um vídeo do PC Siqueira, acredito que a maioria deve conhecer esse cara, famoso por seu canal maspoxavida no Youtube e também por programas da MTV. Tudo bem que o cara é quase um personagem, muitas vezes infantilizado que trata de assuntos irrelevantes, mas também é bem inteligente, racional e realista abordando temas importantes de maneira engraçada.


terça-feira, 12 de junho de 2012

AdSense - Vale a Pena?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Pergunta aos amigos blogueiros: vale a pena aderir ao AdSense? Rende alguma coisa ou somente umas migalhas?

Vejo que boa parte dos colegas blogueiros, assim como eu, não tem anúncios nos blogs. Particularmente não os tenho por questão de preguiça de correr atrás pra ver como funciona e também por não querer deixar o blog poluído, mas se for algo rentável, acho que vou aderir.

Li um pouco a respeito e verifiquei que até 2010 o AdSense era bem rentável, mas houve mudanças das regras (que ninguém sabe ao certo como funciona) que fizeram o faturamento de alguns blogs despencar. Ainda continua valendo a pena?

Não tenho grandes pretensões de ganhos, mas dinheiro é sempre bem vindo! Aliás, quando comecei esse blog jamais imaginei que ia ter tanta gente participando. A internet é algo muito foda mesmo!

Agradeço a todos que puderem me ajudar com dicas.

sábado, 9 de junho de 2012

[Off] Filhos? Tô fora!! (por Clarion)

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Como já falei aqui, não quero ter filhos. Esses vídeos que coloco a baixo são de um cara que encara de maneira racional essa questão, a opinião dele é muito parecida com a minha, por isso decidi postar. Independentemente se você tem ou não filhos, quer ou não te-los sugiro que assistam e pensem a respeito.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

Colchão de Segurança

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Bom dia pra você que está embolorando em São Paulo, fazem 2 dias que chove ininterruptamente, não suporto mais essa umidade!

O assunto de hoje é colchão de segurança, ou seja, uma reserva de dinheiro de fácil acesso que devemos ter para suprir rapidamente algum imprevisto, perda da principal fonte de renda, doença ou algo assim. Tive a ideia de falar sobre isso depois de ler uma discussão interessante sobre o assunto no blog do Max Invest, onde, segundo ele, há opções mais inteligentes para manter esse dinheiro que a caderneta de poupança.

Todos os livros de educação financeira abordam o tema e muito já se discutiu sobre o quanto é necessário manter no colchão de segurança, mas pouco se discute sobre onde aplicar esse dinheiro. Meu colchão de segurança é suficiente para bancar cerca de 10 meses de despesas sem alterar o padrão atual. Tenho cerca de 15 mil reais alocados na velha e não mais tão boa caderneta de poupança, os motivos para não buscar outras alternativas mais rentáveis são:

1- Colchão de segurança não é investimento, e sim uma reserva que funciona como se fosse um seguro, com a vantagem de sempre ter o valor "pago" a esse seguro;

2- Liquidez imediata: o dinheiro da caderneta de poupança pode ser usado com um simples cartão de débito 24 horas por dia em qualquer lugar do país, qualquer outra alternativa, por mais liquidez que tenha não apresentará essa flexibilidade, além do colchão na poupança, também mantenho cerca de 3 mil reais em dinheiro em casa;

3- Ausência de risco de depreciação do dinheiro: tudo bem que o rendimento da caderneta de poupança é mínimo e que o dinheiro do colchão pode ficar lá por anos deixando de render, porém ao fazer seu colchão em ações poderá ter que vende-las na baixa; os títulos do tesouro também possuem depreciação chegando a ter rendimento negativo (como está acontecendo agora) pra quem desejar vende-los antes do prazo, etc. Uma perda desse sentido pode ser muito maior que o custo de oportunidade da poupança.

(falando em TD com rendimento negativo, convido alguém para explicar didaticamente o por que isso ocorre, eu sei que tem a ver com diminuição ou aumento da taxa de juros e/ou inflação, mas não sei explicar)

Acredito que seu houver real necessidade de usar esse dinheiro, a reserva que originalmente seria para 10 meses renderia muito mais, já que não me sentiria confortável em manter o mesmo nível de despesas sabendo que esse dinheiro seria proveniente de uma reserva, assim como não uso o ar-condicionado do carro quando o tanque está na reserva.

Meu atual colchão de segurança está na "old" poupança, ou seja, foi depositado antes da alteração das regras de rentabilidade. Estou pensando em "muda-lo" de lugar da seguinte forma:

1- Transformar essa conta poupança do colchão de segurança em investimento da bola de neve, aproveitando a regra antiga de rentabilidade;

2- Remontar meu colchão numa conta poupança nova, onde eu não fique com dó de movimenta-la.

Sei que muitos vão criticar o porquê de ter investimentos em caderneta de poupança. Eu justifico essa atitude com o baixo valor alocado nessa modalidade e no fato da poupança não sofrer depreciação, sendo sempre possível o acompanhamento da rentabilidade.

Qual a estratégia de colchão de segurança que vocês usam?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Atualização Mensal de Idéias - Junho/12

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Pelo segundo mês faço essa postagem pra demonstrar minhas idéias. Primeiro farei uma comparação com o que estava pensando nessa mesma época no mês passado.

Aportes x Qualidade de Vida

Em maio comecei a fazer umas planilhas doidas pra tentar estimar minha necessidade futura de dinheiro, pelo menos tentando projetar esse valor usando taxas de inflação. Por falar em inflação, recomendo o post do Investidor Defensivo falando sobre como calcular sua inflação pessoal. Usando a planilha sugerida pelo ID, minha inflação pessoal gira em torno de 3% ao ano, nada mal... Porém, usei um índice de 5% ao anos nas contas. Esse mês farei um post sobre os valores que encontrei.

Empresa

Em maio, eu estava com ideia (putz, muito estranho escrever ideia sem acento) de comprar outra empresa, por gente pra trabalhar e focar no administrativo. Acontece que embora isso seja perfeitamente viável, não gosto da ideia, não me sinto bem, não é algo que eu goste de fazer. Então, por hora fico quieto na minha loja que já me dá uma quantidade suficiente de dor de cabeça.

Saúde

Comentei que o frio estava me impedindo de vir trabalhar de bicicleta, isso também aconteceu bastante em maio. Fora da empresa não tenho tempo nem pra ver documentários do Discovery, que dirá arrumar uma atividade física. Pretendo perder uns quilinhos na base da dieta mesmo.

Agora vamos pro que está passando na minha cabeça nesse momento:

A partir desse mês começarei a tirar o dinheiro que investi na empresa, acredito que consiga isso até o fim do ano. Depois disso, esse valor será destinada a contratação de funcionários que me deixem um pouco de fora do operacional. Detesto ter que contratar ou demitir, pra mim, essa é a pior parte de ser dono de alguma coisa, mas é um mal necessário, ao menos que eu queira morrer trabalhando feito um jumento.

Quanto aos investimentos não pretendo comprar ações em junho, pretendo não ter um rendimento negativo como foi no mês passado, e como não tenho bola de cristal pra saber o comportamento da bolsa, ficarei na velha e boa RF. Esse mês vence a LCI que comprei em março, pretendo "renova-la" porém por um período mais longo, talvez 1 ano. Preciso deixar a preguiça de lado e estudar sobre FII que tem me interessado bastante nos últimos dias.

Na vida pessoal pretendo fazer alguma viagem, nem que seja pra perto, preciso dar uma depurada na minha cabeça, terei que arrumar um tempinho pra isso e também alguém pra quebrar o galho e ficar na empresa na minha ausência. Também quero seguir a risca meu orçamento pessoal, nos últimos meses tive dificuldade para segui-lo devido a algumas adaptações de gastos. Preciso refazer o provisionamento das despesas com impostos e seguros para 2013, em maio já consegui começar.

Então é isso, hoje tenho um compromisso externo, ficarei o dia todo ocupado.

Boa semana a todos!