quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Janeiro: O Inferno dos Empreendedores

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Janeiro é pra boa parte dos empreendedores um inferno: movimento fraco, tributos anuais, taxas de documentação, maiores despesas decorrentes do faturamento maior de dezembro, etc. Pra mim não é diferente, com o agravante que esse ano tenho dois negócios pra contabilizar: a loja e o negócio "B" (aquele que me gera renda passiva).

Loja

O faturamento de dezembro foi muito bom o que reverte em pagamento de mais impostos em janeiro (Simples), porém o faturamento de janeiro está muito ruim, baixo do esperado o que serve de presságio de como será este ano de 2014. Sorte que tenho uma boa reserva de contingência e não me apertarei, além disso não tenho dívidas com fornecedores pois compro somente a vista.
Já recebi carnês para pagamento de taxas municipais e estaduais que até agora contabilizam R$ 2.700,00. Essas taxas podem ser parceladas, porém assim como acontece com o IPVA, podem ser pagas a vista com desconto. Claro que pagarei com desconto, tenho o dinheiro provisionado (não todo porque houve um brutal aumento dessas taxas). Nem vou entrar no mérito da real utilização desse dinheiro pra não ficar mais maluco. Calculo que até o fim de 2014 pagarei entre taxinhas, tributinhos e outros "dinheirinhos" cerca de R$ 18.000,00. Nesse valor não está incluso o valor do Simples nem FGTS, GPS e IR. Somente taxinhas que devem ser pagas pra conseguir (ou não) documentos, entidade de classe, sindicatos... Ah! Isso é PJ, não tem nada a ver com minha PF. 18k em um ano são 1,5k por mês, isso é o salário de um auxiliar...

Sabendo dessas despesas de começo do ano, as empresas de cartões de crédito e bancos fazem um monte de ligações e mandam um monte de e-mails oferecendo adiantamento de empréstimos por módicas taxas (2,5; 4,5; 7% ao mês...). A maioria dos micro-empresários entra nessa e passam a disputar uma corrida dos ratos jurídica.

Negócio "B"

É meu primeiro janeiro a frente do negócio B. Já sabia que haveria uma paulada de taxas a serem pagas e provisionei o dinheiro. Sei que 2014 será um péssimo ano pra esse negócio, afinal a copa, as eleições e a desconfiança (racional) dos investidores estrangeiros prejudicam muito o ramo. Até aí tudo bem, nada de novo, porém o buraco é mais embaixo...

Infelizmente vivemos num país onde os governantes adoram uma caneta e que tudo, absolutamente tudo, é feito pra funcionar na base do jeitinho, da propina e dos privilégios políticos. Não quero entrar em detalhes, mas resumindo, esse negócio entrou numa crise séria devido a uma canetada municipal. É extremamente simples sair dessa crise, basta ter "amizades" e um "pouquinho de grana" (palavras do funcionário da prefeitura).

Ética é algo muito subjetivo, existem aqueles que não investem em CRUZ3 por princípios éticos. Não vejo problema nenhum em investir numa empresa de cigarros porém respeito e entendo perfeitamente quem não o faz. Meu conceito de ética não me permite entrar no "esquema", portanto, sairei fora e abandonarei minha renda passiva de 4k. Já tenho um negócio engatilhado para o negócio "B". Sorte que não repliquei o negócio e sorte que conseguirei sair com um lucrinho interessante sem contar os meses que me rendeu uma gorda renda passiva. Não tem jeito, tudo que é mais lucrativo é mais arriscado e precisamos avaliar o risco diariamente, se o risco superar o benefício ou se o cenário mudar, não há porque se prender, é melhor largar o osso e ser feliz. Se algo te incomoda num investimento, não entre (ou saia), mesmo se todos estão entrando ou outros te falem que você está sendo idiota. Consciência tranquila tem muito valor.

Como podem ver, janeiro veio com o pé no peito, azedando tudo ao redor. Amigo, se você pretende ser empreendedor no Brasil, faça um check-up, veja se sua saúde está em dia, porque não é fácil não!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Descomplicando - Liberdade Financeira

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Hoje começo uma série de postagens intituladas "Descomplicando", como o próprio nome diz, falarei sobre maneiras de descomplicar a vida, coisas que ao meu ver parecem óbvias mas poucas pessoas se dão conta que podem implementar e dessa maneira melhorar significativamente a qualidade de vida.

Sempre fui uma pessoa prática, hoje relembro certas atitudes minhas da época de infância e me dou conta que meu pragmatismo vem de muito tempo. Quando criança, detestava esperar ônibus, aquilo não fazia sentido algum, preferia andar a pé ou de bicicleta, mesmo que demorasse mais; quando adolescente perdi várias "ficadas" simplesmente porque não gostava de meninas que faziam doce, que me enrolavam. A fase adulta chegou e comecei a me dar conta que grande parte das atitudes e pensamentos que as outras pessoas tem  simplesmente só servem para perder tempo (e muitas vezes dinheiro). Por isso a cada coisa que tenho que fazer, procuro ser o mais racional e prático possível. É esse tipo de atitude que vou dividir com vocês.

Como o foco da blogosfera é finanças, começo falando sobre "Liberdade Financeira". Na minha opinião essa é a principal coisa que uma pessoa deve buscar. E como fazer isso? Muito simples: não se meta em dívidas, gaste menos do que ganha, reinvista a sobra e, na medida do possível, seja menos dependente do trabalho.

Na minha opinião todos nós deveríamos arrumar maneiras de ficar livre do trabalho. Pessoas que se orgulham por trabalhar 17 horas por dia  pra mim são doentes, tudo bem que podem dizer que "amam o trabalho", que o "meu trabalho é um hobby" e o caramba, mas isso demonstra que essa pessoa é intelectualmente limitada por não desenvolver outras habilidades que um humano é capaz de ter. A forma mais simples de começar essa mudança é não ter dívidas. Dívidas não fazem sentido algum! Mesmo as chamadas "dívidas boas" que Kyiosaki tanto fala não devem tomar muito tempo de vida. Dívidas trazem privações incríveis. Quem tem dívidas fica preso ao pagamento desse compromisso durante muito tempo, o que vai contra qualquer princípio de liberdade e traz aborrecimentos e raiva.

Durante a adolescência vi meu pai quebrar e se levantar várias vezes, talvez por isso enfiei na cabeça que jamais passaria por aquilo, que jamais quebraria mesmo que pra isso fosse necessário viver um degrau abaixo do que poderia. E assim foi durante alguns anos até me meter no empreendedorismo seguindo não minha vontade, mas sim o palpite de terceiros (parentes e amigos), a falta de maturidade me fez cair na armadilha que inconscientemente sempre fugi.

Quando comprei minha segunda loja (a primeira não conta, fiquei pouco tempo e não deu em nada) eu simplesmente não tinha nem 20% do capital que seria racionalmente necessário para o negócio. Como consegui resolver isso? Ora bolas, como todo brasileiro resolve: empréstimos, financiamentos, carnês e outras palavras de baixo calão! O negócio misteriosamente deu certo, hoje paro pra pensar e me dou conta que dei muita sorte: um garoto de vinte e poucos anos, sem dinheiro, sem experiência, sem conhecimento encarando um negócio muito maior do que poderia tocar... Enfim, deu certo, mas pra isso precisei passar ANOS atolado em dívidas, foram ANOS sem poder mudar coisas que tinha vontade de mudar, foram ANOS pagando juros, ANOS amarrado em financiamentos, ANOS sem poder me livrar daquilo, ANOS enfrentando riscos que não queria enfrentar. Dívidas são a pior prisão que um ser humano se mete, e pior, é uma prisão voluntária. Você entra se quiser. Ter um custo de vida baixo é importante para manter a sanidade mental.

Quando finalmente me livrei das dívidas, vendi a loja no dia seguinte (literalmente) do pagamento da última prestação do último empréstimo. Senti uma sensação de liberdade sem igual, de endividado passei a investidor. Desde então, o trabalho como maneira de ganhar dinheiro faz cada vez menos sentido pra mim, a renda passiva vai aumentando, a necessidade de trabalhar por grana vai diminuindo e a sensação de liberdade aumenta a cada dia. Poderia muito bem complicar minha vida, assim como fazem meus pares, e morar num apartamento de 150 m², ter dois carrões e uma Harley Davidson. Poderia fazer isso devagar, sem entrar em dívidas, mas e o custo que tudo isso me traria? Poucas pessoas param pra pensar nisso, lembram apenas do custo de aquisição sem se dar conta que o custo de manutenção acaba sendo muito maior. Isso sem contar o custo de tempo perdido pra conquistar tudo isso, tempo esse que poderia ser melhor investido em coisas que realmente fazem sentido. As vezes penso no quanto tempo perdi pagando juros... é melhor nem tentar fazer essa conta!

A partir da hora que uma pessoa descomplica seu lado financeiro, todo o resto passa a fazer mais sentido e tudo tente a se organizar. Como diz o Jacob, precisamos levar nossas finanças de maneira profissional, e não deixar rolar sem rumo. Esse é o primeiro passo pra descomplicar a vida.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Impressões sobre o mercado de FIIs

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.


“Não sou especialista, muito menos consultor. Esse texto reflete apenas minha opinião pessoal e não deve ser levado como verdade absoluta nem “dica” de investimento. Estude, entenda e tire suas próprias conclusões."

Quem acompanha meu blog sabe que meu objetivo ao investir é obter renda passiva proveniente de fluxo de caixa, nesse contexto os FIIs são uma modalidade interessante por ser uma maneira fácil e rentável de se obter fluxo de caixa através do investimento em imóveis. Minha carteira tem parcela considerável concentrada nessa modalidade.

Quando comecei a investir em FIIs (cerca de um ano e meio atrás) as cotações estavam nas alturas, existia muita euforia e a cada mês as pessoas se orgulhavam do ganho de capital através do aumento das cotações dos papéis. O tempo passou e mil e um motivos depois as cotações começaram a cair, FIIs já não eram mais vistos como bons investimentos, saíram de moda... É aquela coisa: quando está caro reclamam porque está caro, quando barateia reclamam que tá perdendo dinheiro. Ser humano é muito incoerente...

Minha carteira de FIIs está totalmente no vermelho, ou seja, pela cotação atual, estou perdendo dinheiro em todos os fundos. Estou preocupado? Sim, mas não muito. O que me preocupa não é se as cotações cairão mais ou não, mas sim o que vai acontecer com a economia brasileira num contexto global. Na minha opinião é com isso que devemos nos preocupar. Por outro lado, como não tenho bola de cristal nem sou amigo da Mãe Diná, só me restam duas alternativas: 1º Parar de investir, abandonar os planos de independência financeira e torrar toda minha grana antes que viremos uma Venezuela ou 2º diversificar visando minimizar os riscos. Fico com a segunda (embora a primeira pareça bem tentadora). Quando digo diversificar, quero dizer diversificar as modalidades de investimento e os setores dentro de cada modalidade.

O fato é que o atual cenário de preços dos FIIs (caindo a cada dia) está abrindo uma excelente oportunidade, praticamente nenhum fundo paga menos de 0,8% de renda mensal, alguns estão acima de 1%, o que são números bastante expressivos. Continuarei aportando nessa modalidade ao longo de 2014, como disse, vou diversificar. Antes acreditava que ter mais de 10 fundos era besteira, agora penso que devo ter ao menos 20. Estou muito concentrado em fundos de escritório, setor que vem demonstrando saturação (ainda mais com a estagnação da economia), queda de preço de aluguel, reajuste patrimonial negativo e aumento da vacância; pretendo não comprar mais fundos desse setor. Minha maneira de diversificar é parar de aportar, jamais vender. Tenho VLOL desgraçadamente acima da cotação atual, mas não venderei, a parcela alocada nesse papel tende a diminuir a cada mês e logo será irrisória, não compensando a venda no prejuízo.

Não sou nenhum expert, longe disso, apenas tento seguir a razão e simplificar ao máximo. Vejo gente complicando demais as coisas, entre essas complicações está tratar FIIs como ações, fazendo trade, tentando fazertiming... Não tem nada a ver! FIIs nada mais são que uma maneira de investir em imóveis pra gerar renda através de aluguel e ponto! Se você está em fase de acumulação, foque no ganho de capital, FIIs não são para você.. Eles são pra quem não se preocupa tanto com a variação de cota e sim com a saúde do fundo e seus proventos e pretende gerar fluxo de caixa consistente.

Sobre bolha imobiliária, o fato é que acontecendo ou não uma explosão, as empresas continuarão precisando locar espaços para suas sedes, os hospitais e faculdades continuarão funcionando, as empresas de logística continuarão precisando de prédios. O grande problema não é a bolha imobiliária, e sim os rumos da economia do país. Se continuarmos na merda que estamos, todos sofrerão, não só quem investe em FII. Como não sei o que o futuro me reserva, não vou tomar decisões baseadas em cenários apocalípticos nem em mundinhos cor-de-rosa. 

sábado, 18 de janeiro de 2014

Economizando nos EUA: Alimentação e Atrações

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Essa é a última parte das minhas dicas sobre como economizar nas viagens aos EUA. Falarei sobre alimentação e atrações.

Alimentação

Existem mil perfis de viajantes, os econômicos, os esbanjadores, aqueles que procuram os melhores
restaurantes do local, aqueles que não se importam em comer mal a troco de sobrar um dinheirinho a mais pra curtir a cidade... Eu faço parte desse último tipo, sou muito econômico durante viagens permitindo viajar por mais dias, então não me importo de comer "mal".

Os EUA são famosos pela junk food, o que é verdade absoluta, vemos fast foods em todas as esquinas, as comidas desses locais são repletas de gordura, açúcar entre outros venenos, porém, é comida barata. Com 3 dólares você consegue fazer uma refeição no Mc Donalds ou no Burger King e ainda sair com um copão cheio de refri pra beber mais tarde. A principal dica que dou não é sobre os fast food (isso é um tanto óbvio e comum de ser lido por aí) e sim sobre supermercados. Nas principais redes de mercados americanos, como a Target, Publix e Wal Mart (principalmente nesse último) você encontra comida a preços ridículos: pratos congelados a USD 0,88; 2 latas de comida (macarronada, feijões, carne cozida, etc) por USD 1,00. Se você pegou hotel com microondas, sua janta está garantida por merreca de dinheiro. Bolachas, salgadinhos e outras porcarias são tão baratas que você não resiste e se entope! Compre água em garrafas (USD 0,12/473ml) e leve numa térmica dentro do carro, o mesmo serve para batatas Pringles (USD 0,88 ou menos) e MMs (USD 2,00/libra que dá quase meio quilo).

Mas se você não quiser ser tão frugal e comer um pouco melhor, existem redes americanas que servem comida boa a preço baixo. O Golden Corral é uma rede espalhada por todo o sul do país que serve as 3 refeições no sistema all you can eat, ou seja, pague um fixo e coma a vontade. O almoço costuma ser mais barato, em torno de USD 7,00. Fique esperto nos cupons de desconto, Bia e eu almoçamos nessa rede por USD 10,00 graças aos cupons. O mesmo serve para o Cicis Pizza, uma rede bem conhecida de rodízio (você se serve) de pizza. A qualidade não é das melhores, mas o preço compensa muito. Indo um pouco mais além, podemos comer em lugares famosos no Brasil como Outback, Applebees, Houters a preços bem mais camaradas e sem filas. Restaurantes brasileiros estão presentes nas cidades turísticas e não costumam ser caros.

Atrações

Quando viajo procuro conhecer tudo o que a cidade tem a oferecer, e quase sempre isso tem um custo que pode não ser muito barato. Se você vai a Orlando, vai querer conhecer a Disney o que não é nem um pouco barato e não tem como fugir muito do preço, porém, nas cidades turísticas existe uma "indústria" do entretenimento que vai muito além da principal atração local: parques de diversões, estandes de tiro (USD 80,00 por hora com tiros ilimitados!!!), shows de todos os gêneros, teatro, circos, museus... Enfim, uma enormidades de atrações que vivem da rebarba da atração principal da cidade.  Nesse quesito dá pra economizar muito, mais uma vez, usando cupons de descontos ou mesmo de graça. Na minha opinião vale a pena conhecer a atração principal do local, mesmo sendo caro, e depois vá nas baratinhas dos cupons.

Bom, é isso, espero que minhas dicas de viagem frugal aos Estados Unidos sejam úteis.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Economizando nos EUA: Hotel

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Veja também:
Economizando nos EUA: Avião
Economizando nos EUA: Aluguel de Carro

Você usou milhas, chegou aos EUA pagando barato pela passagem, pegou seu carro compacto alugado na promoção no aeroporto e agora precisa descansar num bom hotel. Hoje vou falar um pouco sobre como economizar em hospedagem na sua viagem aos EUA. Não tem muito segredo, como todo lugar do mundo os EUA possuem hotéis para todos os gostos e bolsos. Aí vão algumas dicas:

1- Fuja do café da manhã: o padrão nos EUA é cobrar pelo café da manhã, normalmente o valor não parece muito a princípio, mas a decepção na hora da refeição é praticamente certa, os cafés da manhã dos hotéis são muito fracos, normalmente somente café, leite, chá, torradas e pasta de amendoim. Não vale a pena pegar o café do hotel, sai muito mais barato comprar comidas e bebidas no supermercado ou se for para gastar um pouquinho mais, tomar café numa Starbucks ou Dunkin Donuts. Existem também redes de restaurantes especializados em café da manhã como o Waffle House, outras oferecem buffet completo pelo sistema all you can eat (tudo o que você conseguir comer). Pra quem pretende engordar um pouquinho esse é o caminho! Ah, já ia esquecendo, nos EUA o Mc Donalds, Burger King, Wendys e outras redes de fast food oferecem produtos de café da manhã até 11h ou meio dia. Pode ser uma boa opção!

2- Prefira quartos com utilidades domésticas: boa parte dos hotéis americanos oferecem utilidades domésticas nos quartos: cafeteira, geladeira, microondas, ferro e tábua de passar são praticamente padrão na maioria dos hotéis de cidades turísticas, mas também podem ser encontrados em cidades do interior. Outros funcionam como verdadeiros flats possuindo, além desses itens acima, fogão, forno (elétrico ou gás), talheres, pratos, copos... Isso é de grande ajuda pra economizar principalmente no café da manhã. Grande parte dos hotéis oferece serviço de lavanderia self-service a pagamento, isso ajuda muito durante as viagens, já que não é necessário levar muita roupa sendo possível lava-las e seca-las a preços ridículos. Bia e eu pagamos USD 4,00 para lavar e secar nossa roupa de uma semana. Vários hotéis possuem lojinhas de conveniência, como é de se esperar, os preços não são bons, então prefira as conveniências dos postos de gasolina ou as farmácias (que vendem de tudo, até cigarro).

3- Localização não conta muito: você estará de carro, então não importa muito se seu hotel fica próximo ou não das atrações. Se for um pouco mais distante, o preço tende a cair, o que pode representar uma boa economia no decorrer dos dias. Hotéis confortáveis podem ser encontrados entre USD 30 e 80,00. Estando no hotel, dê preferência para os quartos do último andar, os prédios americanos são de madeira e possuem péssimo isolamento acústico, no último andar pelo menos você não tem pessoas andando na sua cabeça!

Sim, isso existe!
4- Pense nos motéis: se você, como nós, estiver fazendo uma road trip (longa viagem de carro), hospede-se nos chamados motéis, que nada mais são que hotéis simples de beira de estrada onde normalmente você só passa uma noite. Os quartos costumam ser simples (mas você sempre encontrará uma cafeteira), mas são confortáveis e principalmente, baratos. Chegamos a pagar USD 10,00 por uma noite (dependendo do horário que você chega e diz que vai sair, alguns motéis dão desconto). Você pode entrar e sair quantas vezes quiser (paga na entrada) e não possuem conotação sexual como no Brasil, então vá com suas crianças sem grilo.

5- Use cupons de desconto: essa dica vale pra muita coisa, não só para hotéis. Normalmente na porta das lojas de conveniência e farmácias (7-eleven, Walgreens, CVS) há talões ou revistas de cupons de desconto. Você encontra descontos pra tudo que você imaginar. Encontramos uma revistinha exclusiva para hotéis, com um mapa contendo a localização dos hotéis anunciantes. Muito útil! Economizamos mais de USD 50,00 só com essa revistinha.

Na próxima postagem falarei como economizar com alimentação e atrações.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Economizando nos EUA: Aluguel de Carro

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Confira a primeira parte dessa série aqui e veja como economizar na viagem de avião para os EUA.

Ao contrário da Europa, você não faz praticamente nada sem carro nos EUA. É um país formatado para o transporte individual, possui excelentes estradas, sendo que são todas praticamente iguais no país inteiro, não existe essa de estradas boas nos grandes centros e precárias no interior. As ruas das cidades são largas, as vagas de estacionamento abundantes (e normalmente gratuitas) e a gasolina de excelente qualidade e relativamente barata. O turista brasileiro pode dirigir com a CNH do Brasil sem problemas durante o período de autorização de permanência no país. As regras de trânsito mudam um pouco, então convém baixar e ler o driver's handbook do estado onde você estiver indo passear. Você mesmo abastece o carro, mas isso é muito simples e tá cheio de vídeos no Youtube explicando como fazer. Bom, aqui vai minhas dicas pra economizar alugando um carro nos EUA:


1- Reserve o carro ainda no Brasil: não deixe pra alugar um carro no aeroporto, faça ainda aqui no Brasil. A reserva pode ser feita por agência ou diretamente no site da locadora. Os preços variam muito, então vale a pena pesquisar. Se você vai entregar o carro no mesmo lugar onde pegou, estude as locadoras menores e desconhecidas, muitas vezes o preço é menor. Se for entregar em outra cidade, prefira as grandes que na maioria das vezes não cobram taxa extra por esse serviço.

2- Cuidado com os seguros: americanos adoram um processo, então pense bem antes de dirigir por lá sem pagar um seguro no seu carro. Existem dois seguros básicos que cobrem os danos no carro, nos ocupantes e em terceiros. Esses seguros são conhecidos por diversas siglas que viram uma sopa de letrinhas. Entenda a linguagem que sua locadora utiliza. As locadoras tem a infeliz mania de tentar empurrar vários seguros além do necessário, você com medo, pode terminar aceitando e pagando 3x mais pela sua locação. Também tentam te empurrar GPS, cadeirinha de criança, refil de combustível (ver abaixo), etc. Muitos cartões de crédito possuem cortesia do seguro, nesse caso você só deverá pagar o valor da locação e mais nada (e ver o atendente ficar puto por não conseguir te empurrar nada).

3- Pegue o carro já no aeroporto: taxi nos EUA é caríssimo, portanto junte o útil ao agradável e saia com o carro alugado já do aeroporto. Na volta, mesma coisa, devolva o carro no aeroporto.

4- GPS, cadeirinha, combustível: traga seu GPS brasileiro com mapas dos EUA (compre atualizações no Mercado Livre por R$ 10), seu smartphone com app de GPS OFFLINE (não esqueça, seu plano 3G não funcionará nos EUA ao menos que você pague uma fortuna) ou imprima mapas de como chegar no WalMart ou BestBuy mais próximo e compre (a preços ridículos) um GPS novo que sai mais barato que 2 dias de aluguel do GPS pela locadora. Cadeirinha infantil pode-se alugar somente um dia, compre uma no mercado e devolva a alugada num escritório da locadora próximo do seu hotel. Não aceite refil de combustível, pesquise o posto mais próximo do aeroporto e encha o tanque antes de entrega-lo.

Chevrolet Spark, típico subcompacto de locadora dos EUA,
veja também Toyota Yaris, Mazda 2 e Hyundai Accent 
5- Pense numa locação long term: várias locadoras possuem o contrato chamado long term rental onde você aluga um carro por um longo período (a partir de 28 dias), se você for ficar bastante tempo, pense nisso. Os contratos long term costumam ficar mais baratos que o equivalente das locações diárias, a diferença é que normalmente você é obrigado a ficar pelo menos 29 ou 31 ou 32 dias com o carro (número de dias do mês corrente + 1 dia) e fazer um reshow num dia especificado, isso nada mais é que aparecer com o carro no escritório da locadora que muitas vezes o trocará para você. Fiz isso na última viagem, paguei USD 450 por um compacto top (9 airbags, abs, controle de tração, cruise control, automático, 18km/l!!!!), utilizei o seguro do cartão.

Acredito que todas as locadoras tenham opção
de conversíveis, normalmente são Camaro, Mustang ou
Dodge Charge
6- Cuidado com a tentação do carrão: alugar carro nos EUA é muito barato o que pode fazer amantes de carros cairem em tentação e alugar Mustangs, Cadillacs, BMWs... Afinal, o aluguel desses carros fica entre 30 e 50 dólares por dia! Eu adoro carros e quando vou ao EUA não deixo de aproveitar a oportunidade de dirigir um carrão pagando pouco e sem medo de ser sequestrado, mas faço com moderação. Como? Alugue um carro simples durante o maior período e troque pelo carrão durante 2 ou 3 dias no fim da viagem. No meu caso, realizei o sonho do Pobreta sentindo vento (gelado) na cara durante os 3 últimos dias da viagem, rsrs!

7- Não fala inglês, vá de Alamo: a Alamo é uma das maiores locadoras dos EUA, porém nem sempre tem os melhores preços, mas se você não fala inglês e tem medo de ser enrolado pelo atendente, pode valer a pena pagar um pouco mais por essa empresa. Eles possuem quiosques de locação nos principais aeroportos nos EUA, você faz tudo sozinho, em português!

8- Cupons: os americanos adoram cupons de descontos, e eles existem inclusive para locação de carros, requer um pouco de pesquisa e conhecimento mais avançado de como funcionam pra entender a complicação das regras, mas pode ser válido.

É isso, na próxima vou falar dos hotéis.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Economizando nos EUA: Avião

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Hoje começo com uma série de postagens com dicas de como economizar ao viajar para os EUA. Quero fazer algo diferente ao que encontramos por aí na internet, por isso não vou comentar sobre passaporte, visto, imigração... Tudo isso já tem por ai, vou falar como economizar (muito) dinheiro na sua viagem para os EUA.

Começando pelo começo, pra chegar aos EUA você vai precisar comprar bilhetes de avião. Passagens de avião variam absurdamente de preço, oscilando devido a N motivos que na maioria das vezes não fazemos nem ideia. Um exemplo: viajar para Miami ida e volta, pode custar zero (40 mil pontos Smiles pela Gol cotados em 5/1/14) até R$ 32.000 (Tam, classe executiva, voo direto). Se você tem grana sobrando nem pense duas vezes e vá num voo non stop na executiva, mas se você é um simples mortal, há várias maneiras de economizar.

1- Programas de milhagens: Há inúmeras maneiras de acumular milhas ou pontos, não vou falar disso aqui, mas particularmente acho que acumular milhas no cartão de crédito é a maneira mais eficaz porque você pode transferir os pontos pra cia aérea que oferecer melhor vantagem no momento da compra. Não adianta tentar fazer timing na compra de bilhetes aéreos, a oscilação de preços não segue qualquer lógica, a princípio a única coisa que parece funcionar é comprar com antecipação, mas nem sempre isso é vantagem. Como disse, dá pra ir a Miami usando somente milhas (e pagando as taxas de embarque), mas aconselho utilizar as milhas de maneira parcial, a maioria das cias aéreas oferece pagamentos híbridos com milhas e dinheiro. É mais fácil acumular poucas milhas que ficar esperando ter milhas suficientes pra viajar sem gastar dinheiro com passagem. Na nossa viagem aos EUA, Bia e eu pagamos menos de R$ 4.000 nos bilhetes usando algumas milhas.

2- Voos com escalas: viajar de avião é cansativo, chato e para algumas pessoas apavorante e claustrofóbico. Ao menos que você tenha uma grande problema com viagem aéreas aconselho a não fazer voos diretos, os voos com escalas e conexões costumam ser muito mais em conta que os non stop. Claro que sem escalas você chega em Nova Iorque em menos de 10 horas e fazendo conexões você acrescenta pelo menos mais 3 ou 4 horas, isso cansa e estressa, mas é o preço a se pagar pra economizar alguns (talvez vários) reais.

3- Pense em "descer" antes de chegar ao destino: muitas vezes para chegar ao seu destino é necessário trocar de avião para fazer um pequeno trecho, isso muitas vezes acaba encarecendo o orçamento. O mesmo também ocorre quando seu destino pode ser alcançado de carro ou outro meio mais barato a partir de um aeroporto próximo. Exemplos: se seu destino é Orlando, muitas vezes pode ser mais barato voar para Miami e fazer o segundo trecho de carro (menos de 400km numa estrada perfeita). Pousar em Newark pode ser mais barato que no JFK, bastando pegar um trem pra chegar em Manhattan.

4- Cias aéreas low cost: se você for fazer trechos domésticos nos EUA, procure passagens nas cias low cost (Virgin, Southwest, Jet Blue, etc). O serviço costuma ser mais simples que o das grandes (American, Delta), mas os preços mais convidativos.

5- Trem, por que não? Os EUA ainda possuem uma grande rede ferroviária para passageiros, controlada pela AMTRAK, serve muitas cidades em todos os estados. É possível cortar o país de trem, dá pra ir de NY a LA, da Flórida ao Canada! Pode demorar muito mais que um voo a custo equivalente, mas o charme é incomparável.

Na próxima, saiba como economizar alugando um carro nos EUA.

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Emprego do Corey

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Quando fiz a atualização de metas para 2014, citei que um dos meus objetivos era arrumar um emprego. Como já esperava, muitos questionaram e acharam um absurdo eu, que tenho uma boa renda passiva (o que ao menos em teoria quer dizer independência financeira), fazer isso enquanto muitos fogem do padrão CLT como o diabo da cruz. Falaram até que eu viraria concurseiro!!!* Nada a ver gente...

* só pra constar, não tenho nada contra funcionário público, somente acho que deveriam se conscientizar que, devido ao formato do emprego público brasileiro (altos salários, estabilidade e demais benefícios) estão mamando nas tetas do governo. Isso não é errado, os servidores públicos estão apenas tomando de volta um pouco da grana que nos é arrancada diariamente pelos impostos. Não tenho a mínima vontade de ter um emprego público por um motivo muito simples: não gosto de coisas definitivas, engessadas e pouco eficientes. Haters adoram deturpar palavras alheias!

Voltando ao assunto, meu objetivo é arrumar um emprego dentro da minha área de formação numa grande empresa privada, para isso precisarei voltar aos estudos e me atualizar pra encarar numa boa uma entrevista de emprego. Vejam meus motivos:

1- Imigração: tenho 2014 para decidir se iniciarei um processo imigratório e para onde irei. Caso positivo, uma das alternativas que tenho é tentar o processo federal de imigração do Canadá, onde, entre outras coisas, exige experiência de trabalho na área de formação. Minha profissão se encaixa nas profissões procuradas por eles, mas nunca trabalhei na área, logo arrumar um emprego pode me ajudar nesse processo.

2- Vontade: não é a toa que fiz faculdade, fiz porque gosto do assunto, fui um excelente aluno simplesmente porque as matérias me atraiam muito, levava como prazer, não como obrigação de estudar. Nunca trabalhei na área e tenho muita vontade de fazer isso, até porque caso opte por permanecer no Brasil, minha semi-aposentadoria será baseada em algum tipo de trabalho e esse trabalho pode e deve ser algo que goste.

3- Networking: um dos efeitos colaterais de ser empreendedor é que você perde o contato com colegas de trabalho, as pessoas que você convive na empresa diariamente deixam de ser colegas e passam a ser funcionários, e isso faz toda a diferença, acredite. Tenho muita vontade de conviver com pessoas com gostos semelhantes.

A remuneração inicial desse trabalho deve ficar em torno de R$ 2.500,00 o que felizmente não importa muito. Todo meu salário será destinado a uma poupança específica para imigração, caso decida por permanecer aqui no Brasil, torrarei essa grana trocando de carro. Uma das vantagens de se ter uma boa renda passiva aliada com vida simples e frugal é poder se dar ao luxo de trabalhar em algo por motivo diferente que dinheiro. Independência financeira tem mais a ver com liberdade que com aposentadoria. Continuarei tocando a empresa de forma remota até vende-la  e conciliarei a visita semanal com minha folga. Irei trabalhar bastante, ficará corrido, mas é por uma boa causa. 2014 será um ano de muito trabalho para eu (mim?) e Bia.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sobre minha viagem aos EUA

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

No final de novembro embarcamos para uma longa viagem, a mais longa que já fizemos, rumo aos EUA. Durante as mais de 4 semanas que estive em terras norte americanas aproveitei muito e aprendi muita coisa interessante que estão fervilhando na minha cabeça nesse momento.

Essa viagem foi planejada com antecipação o que permitiu uma excelente economia de dinheiro (montei uma série de postagens sobre isso), gastamos menos que gastaríamos em uma semana no nordeste. Bia e eu rodamos mais de 3 mil milhas, conhecemos inúmeras cidades em 9 estados, conversamos com americanos, brasileiros legais e ilegais e até com japoneses. Procuramos fugir de clichês turístico (mas visitamos todos os pontos turísticos que tivemos chance) e interagir com a comunidade, usando o senso de observação full time mergulhando na cultura e na cabeça do americano. É até difícil fazer um post resumido tamanha foi a carga de informações que tivemos. Toda viagem ao exterior é algo que agrega conhecimento, mas dessa vez a coisa foi no nível máximo. 

Sobre o idioma, tive a oportunidade de por em prática meus estudos de inglês, é impressionante como melhorei desde a última viagem que precisei usar o idioma, desde o começo tudo já foi bem mais fácil e no fim, já estava acompanhando o telejornal, conversando com o atendente do Mc Donalds e dando informação no aeroporto. Obviamente ainda falta uma longa caminhada até a fluência, mas eu chego lá... O americano está acostumado com imigrantes, então costuma ser receptivo com pessoas que tem dificuldade para entender e falar inglês.

Sobre o país em si, é covardia comparar com o Brasil, tentarei fugir disso o máximo possível pra não parecer babaca. Querer comparar esses dois países é como comparar melancia e ônibus. Impossível! Os EUA estão a anos luz na frente em praticamente todos os aspectos. É extremamente revoltante ver como as coisas simplesmente fluem por lá, como os produtos possuem qualidade muitíssimo superior que os nossos a preços ridiculamente baixos; como a segurança, honestidade, educação, cidadania e cordialidade é algo presente em todas as classes sociais, etc.

Notei que existem dois perfis de brasileiros que imigram aos EUA, são dois estereótipos completamente diferentes. O primeiro (a maior parte) é o cara com pouca educação escolar, cansado de se foder ralar por aqui, junta alguns poucos milhares de dólares, tira visto de turista, vai pra Califórnia segurar placa de restaurante ou trabalhar na construção civil, fica fora de status e passa a viver uma vida "ilegal e difícil". As aspas são para comentar que o conceito de vida difícil nos EUA é muito diferente do Brasil. Lá o cara fora de status, que trabalha em obra ou outro sub-emprego tem plena condição de ter um bom carro, morar num lugar legal, ter sua casa mobiliada e uma vida digna. Já qui... O segundo esterótipo é do brasileiro com nível superior que junta uma boa grana pra estudar inglês ou mesmo fazer uma faculdade por lá buscando de todas as maneiras legais conseguir um green card e fugir definitivamente do Brasil. Na minha opinião ambos estão certíssimos!

O padrão pobreza americano é totalmente diferente do brasileiro. Um casal que ganha salário mínimo por lá consegue ter uma vida confortável. Percebi que o americano possui ainda menos educação financeira que o brasileiro. Eles gastam muito com porcarias que só servem para encher suas garagens (os carros ficam nas ruas, claro) e não acumulam ativos. Se rola um downsizing ou alguma outra crise, não possuem reserva pra se manter. Os chamados sub-empregos pagam muito bem e quase sempre faltam profissionais para preencher as vagas, mas os americanos são orgulhosos e não gostam de trabalhar nessas funções, sobrando assim oportunidades para os imigrantes. Por outro lado eles respeitam muito quem trabalha, independente da ocupação todos os trabalhadores são valorizados, mas curiosamente eles não trabalham com qualquer coisa.

Na minha opinião é muito mais fácil atingir a IF nos EUA que no Brasil, as condições lá são claras e simples, não há buRRocracia, os salários são elevados e o custo de vida baixo. Porém, a busca pelo TER é praticamente onipresente, levando as pessoas a gastarem ao invés de adquirir ativos. Eles possuem famílias enormes, com muitos filhos, vários carros e casas enormes, pagam caríssimo por serviços que não gostam de realizar (faxina rápida USD 100, jardinagem básica USD 150, dog walker USD 50 meia hora), compram quantidades absurdas de coisas que acabam sendo desperdiçadas ou vendidas a preço de banana nos yard sales da vida. Não conheço as modalidades de investimento por lá, mas me arrisco a dizer que um casal com nível superior consegue atingir a IF em 5 anos sem grandes sacrifícios (corroboro a ideia do Jacob)

Minha ideia de imigrar está ainda mais ativa na cabeça, definitivamente meu lugar não é aqui. Ainda não sei como, quando e pra onde. Imigrar para os EUA de maneira legal é bem difícil, porém essa seria minha primeira opção devido a vários fatores entre eles o clima (da região sul). Pretendo repetir a dose com uma viagem semelhante ao Canadá ainda esse ano. O Canadá é mais aberto a imigração, reza a lenda que o pessoal do "white north" é o americano mais sossegado e educado (!!!), mas isso tem um preço: leis ainda mais rígidas, custo de vida um pouco maior e principalmente frio pra caralho exagerado.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Resumo de 2013, Planejamento de 2014

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

Feliz ano novo amigos! Após longas férias, estou de volta a essa terrinha ingrata, mas isso é assunto pra outro dia. Hoje foi falar brevemente sobre como foi 2013 e o que espero de 2014.

Investimentos

2013: Começando pelo assunto principal do blog, considero que em 2013 meus investimentos foram muito bons. Nem falo isso pelos investimentos financeiros, e sim pelos negócios que realizei. Tive sorte, a verdade é essa. Estava na hora certa, no lugar certo durante a compra do meu segundo negócio que está indo muito bem gerando gordos proventos que estão sendo metodicamente provisionados para quando outra oportunidade surgir. Sobre a carteira da IF, fechou em queda, mas não estou nem um pouco preocupado com isso, a estratégia de focar em fluxo de caixa aportando forte em FIIs está se mostrando vencedora. A loja está muitíssimo bem, em 2014 chegarei no que considero o teto de crescimento.

2014: Na carteira da IF pretendo continuar aportando em FIIs até o limite de 300k (acho que só atingirei esse montante em 2015). Vou fazer uma postagem sobre minha opinião em relação ao momento que os FIIs estão passando, mas basicamente acredito mais em oportunidades que em apocalipse. Os proventos do meu segundo negócios serão usados para replica-lo ou para entrar em outro negócio que possa surgir, caso contrário no fim de 2014 esse valor será alocado na carteira da IF. Pretendo vender a loja ainda esse ano aproveitando o boom que houve no faturamento.

Profissional

2013: Descobri que é possível controlar a loja de maneira remota, porém com o crescimento do faturamento isso está se tornando cada dia mais difícil. Por ficar mais tempo em casa, administrar a empresa se tornou uma tarefa mais digerível. Continuo fazendo o que não gosto, somente por dinheiro.

2014: Pretendo voltar aos estudos, me reciclar e arrumar um emprego na minha área de formação. Sim é isso mesmo que você leu, eu quero um emprego. Os motivos explicarei em outro post.

Pessoal

2013: Um dos melhores anos da minha vida! Trabalhei pouco, ganhei dinheiro, li muito, assisti muitos documentários interessantes, viajei, comecei a me exercitar com regularidade... Tudo isso foi ótimo, mas a melhor decisão foi ter mudado de apartamento: morar num lugar mais civilizado, com pessoas menos filhas-da-puta, num bairro mais limpo e gentil faz toda a diferença. Consegui organizar minha vida e consolidar meu estilo minimalista e frugal, a saúde está ótima, perdi banha e ganhei músculos. A viagem que fiz em dezembro foi um marco importante que pretendo compartilhar com vocês nos próximos dias.

2014: Pretendo continuar trabalhando poucas horas enquanto for possível, caso arrume o emprego que quero, isso mudará, mas será por uma boa causa e pouco tempo. Exercitar-me tem altos e baixos, ultimamente estou nos baixos (até por causa da viagem), mas pretendo voltar com tudo já essa semana. Investirei mais tempo estudando inglês e me reciclando profissionalmente, então os livros ficarão um pouco de lado.

Família

2013: Bia e eu estamos muito bem, obrigado! Continuamos muito felizes e o distanciamento de nossos familiares nos ajudou ainda mais, estamos mais unidos que nunca. Mesmo mudando de cidade tive mais contato do que nunca com meus amigos o que me leva acreditar cada vez mais que família são aquelas pessoas que você gosta de ter por perto, não necessariamente com o mesmo sangue.

2014: Se empatar com 2013 ficarei muito satisfeito.

Blog

Ainda não sei o futuro do blog, espero continuar utilizando esse canal como uma forma de me expressar, mas sem compromissos. Infelizmente 2013 foi um péssimo ano para a blogosfera, tivemos perdas importantes e tudo culpa de gente que não tem o que fazer e fica enchendo o saco dos outros. Vou dar um recado a todos os blogueiros: se você quer manter a seriedade do seu blog, modere os comentários antes de publica-los ou ao menos faça uma moderação ativa, não permita ofensas, não permita picuinhas, não permita falta de educação e intolerância. Discordar de uma opinião é ótimo porque ativa o debate, mas ser prepotente, ofender e discordar por discordar é molecagem. Aquele velho ditado está mais do que certo: "diga-me com quem andas e te direi quem és", então se você permite esse tipo de gente no seu blog, você é igual. As vezes leio por aí gente dizendo que sou arrogante, que não comento em determinado blog... Fico triste, isso não é verdade, eu somente faço aquilo que meu querido ex-patrão me ensinou quando eu ainda tinha 16 anos: "Corey, por mais gelada que esteja a cerveja, não entre em boteco mal frequentado".

Tem gente pedindo pra eu escrever sobre empreendedorismo, eu gosto muito desse tema mas estou sem criatividade. Se você tem alguma dúvida ou sugestão de post sobre esse assunto, coloque aí nos comentários, ok? Abraço a todos!