segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Como estudo Inglês?

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor. 

PEÇO DESCULPAS POR TER RETIRADO ESSE POST DO AR, ACONTECE QUE ERA APENAS RASCUNHO, FIZ ALGUMA TRAPALHADA E ACABEI PUBLICANDO ANTES DA HORA. O ARTIGO FOI REFEITO.

Uma das minhas promessas de ano novo era melhorar meu inglês. Até então meu conhecimento da língua era bem limitado, além das aulinhas toscas da escola, cursei o idioma numa escola de idioma tradicional durante algum tempo durante a adolescência. Escolas de idiomas, pelo menos na minha época, somente serviam para fazer o aluno ler e escrever em inglês, falar e compreender já eram outros quinhentos... Meus colegas que possuíam melhor domínio da língua eram aqueles que tiveram a oportunidade de fazer intercâmbio ou ao menos aulas particulares com nativos.

O tempo passou, jamais precisei usar o idioma e obviamente o pouco aprendido foi se perdendo, até que durante minha primeira viagem internacional me dei conta que falar inglês não é opcional, é necessidade, ao menos pra quem pretende viajar e conhecer novos lugares e culturas, o que é meu caso. Até o começo de 2013 eu era capaz de ler e entender um texto simples em inglês usando o dicionário muitas vezes. O curso da adolescência serviu para que eu entendesse a formação de frase (acho que chama-se análise sintática, me corrijam por favor), os tempos verbais e a estrutura do texto, porém o vocabulário diminuiu drasticamente desde então. Por outro lado eu não era capaz de entender nem 5% de um episódio de série sem usar legendas, ou seja, eu não era capaz de entender absolutamente nada. Falar, eu até falava, ou melhor, me fazia entender. Lembro-me que quando cheguei nos EUA pela primeira vez precisei pedir para o atendente do balcão do aluguel de carro para que escrevesse o que estava tentando me dizer. Foi constrangedor, mas ele foi bacana e até pediu desculpas por não ter nenhum latino lá no momento que pudesse falar comigo em "Portunhol".

Dessa viagem até o começo desse ano pouco me dediquei para melhorar o idioma, comprei um cursinho desses de banca de revista no Mercado Livre (semelhante a esse), fiz algumas lições, mas deixei de lado. Peguei minhas apostilas da adolescência, mas também acabei encostando. Eu não sentia prazer em estudar inglês e parece que aquilo tinha se perpetuado até a atualidade... Até que um dia fuçando na internet descobri o motivo: eu não via sentido em estudar gramática, eu precisava falar e principalmente entender inglês, e estudar gramática (embora importantíssimo) não me ajudava nesse objetivo. Descobri que existiam maneiras de estudar inglês sem me preocupar com gramática e então fui procurando a melhor forma de fazer isso. Tentei muitas coisas:

1- Curso de inglês on-line: a promessa de ter professores nativos, não ter compromisso com horários, não ter que pegar trânsito e estacionar aliado a preço bacana me levaram a tentar essa possibilidade. Após testes vi que não servia pra mim: as lições são chatas, cheias de gramática, existe uma grande dificuldade de saber em que nível começar, etc. Porém considero uma excelente alternativa, a Bia mesmo está se dando muito bem com a Englishtown

2- Curso de banca de jornal: decidi tentar fazer o curso de banca de jornal que havia comprado eliminando as lições de gramática e focando na conversação, porém não deu certo justamente por não ter com quem conversar e pelo curso não ser voltado a conversação.

3- Aulas no Youtube: o Youtube é repleto de aulas de inglês para os mais variados gostos, tem muita porcaria mas tem muita coisa boa também. Acabei ficando perdido no meio de tanta variedade e sem saber por onde começar, acabei desistindo. Com paciência acredito ser possível fazer um curso completo por esse canal, recomendo o Elswinner e Inglesonline, além de canais que não dão aulas, porém ajudam com dicas, como o da Julia. Recomendo também o excelente site English Experts, com dicas para todos os tipos de estudantes.

4- Leitura: eu queria entender inglês mas a falta de vocabulário me impedia, então decidi começar a ler textos de maneira a agregar vocabulário. Comecei com textos relacionados a um hobby. Eu lia e quando uma palavra desconhecida surgia, consultava no Google Translate, anotava numa planilha e continuava. No começo foi muito chato, parava muito, mas aos poucos foi fluindo. Deu muito certo, comecei a aprender palavras novas pelo contexto, continuo fazendo isso até hoje.

5- Podcasts: a internet tá forrada de podcasts para aprender inglês, a maioria gratuita ou mediante uma assinatura módica. A partir da hora que consegui melhorar o vocabulário, parti pra cima dos podcasts com intuito de melhorar o listening. Foi aí que meu aprendizado deu um salto fantástico! Os podcasts que mais uso são:

a) Eslpod: voltado ao ensino, é formado por lições sobre temas variados que são explicadas (em inglês bem falado e lento) detalhadamente. Vale a pena assinar para ter acesso ao learning guide (transcrição do texto, vocabulário extra, etc). Uso como aula mesmo, tentando entender todas as palavras e expressões e fazendo traduções.

b) VOA: o site é bem bagunçado e confuso, tem material novo diariamente, desde notícias até áudios sobre a história dos Estados Unidos. Gosto dos programas similares a rádios, com entrevistas e bate papo. Não tem o caráter de aula como o Eslpod, uso para treinar o ouvido já que o ritmo de fala é mais rápido que o Eslpod porém mais lento que o "native speech"

6- Séries: os seriados americanos são extremamente úteis pra aprender inglês, prefiro aquelas com episódios curtos (cerca de 20 minutos) e tom bem humorado. Um das mais recomendadas é Friends. Comecei assistindo uma vez com legenda em inglês e outra com legenda em português, agora assisto a primeira vez sem legendas e depois com legendas em inglês. Não faço interrupções nem traduções, procuro entender pelo contexto. Uma vez que você se acostuma com os personagens e suas vozes e com o vocabulário próprio do estilo da série, tudo fica mais fácil.

Atualmente consigo entender uns 70 a 80% de uma série sem legendas, comecei a ler meu primeiro livro em inglês e estou conseguindo entender nessa mesma porcentagem (fazendo somente traduções relevantes). Tive a oportunidade de conversar com nativos da língua e consegui manter um diálogo aceitável. Meu speaking continua bem ruim, mas só vou me preocupar com isso mais pra frente, uma coisa de cada vez...

Evito traduzir palavras, faço somente quando estudo o learning guide do Eslpod ou quando a tradução é extremamente relevante para o entendimento do contexto. Quero pensar em inglês, ouvir uma frase e entende-la em inglês sem querer traduzir mentalmente para português. No começo é difícil mas depois, conforme se adquire vocabulário, fica bem mais fácil. Quer um exemplo? Se você tem um mínimo de conhecimento em inglês, ao ouvir a frase "the book is on the table", a imagem que virá na sua cabeça provavelmente é a seguinte:


O objetivo é ver o "livro em cima da mesa" em qualquer frase em inglês. É igual dirigir: no começo ter que tirar o pé da embreagem, acelerar e virar ao volante ao mesmo tempo demanda uma concentração surreal, depois tudo é feito no automático.

Gostei tanto de estudar inglês que comecei com francês, mas desisti. Quero fluência no inglês, depois farei outras línguas "acessórias". Saber inglês abre uma gama de oportunidades muito interessantes como a possibilidade de mudar para outro país, mais confiança em viagens, melhor aproveitamento de conteúdo cultural, etc. O teste de fogo será em breve, Bia e eu faremos um tour pelos EUA visitando locais de interesse turístico local, ou seja, sem o monte de latinos da Flórida o que facilita em muito a vida do turista que arranham espanhol. Falando em EUA, uma coisa que é preciso estabelecer ao querer melhorar a fala e entendimento em inglês é qual "tipo" de inglês você quer aprender: americano ou britânico. Particularmente acho o britânico muito mais fácil de ser entendido, melhor pronunciado e tem o ritmo de fala mais lento, porém, tenho mais interesse em conhecer os EUA que o UK, além da maioria do material encontrado na net ser americano, então meu foco é o inglês da américa.

Basicamente é isso, gostaria que vocês compartilhassem suas técnicas de estudo de inglês.

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