Hoje vou falar um pouco a quantas andam meus investimentos, como sempre faço vou dar um resumo: estou 80% em imóveis e 20% em FIIs. Vou tentar explicar os porquês:
Após o negócio que deu errado, meu medo de arriscar, que já era alto, aumentou mais ainda. Podem me chamar de cagão, porque é isso que sou. Tenho muito medo de perder dinheiro, afinal pra cada 50% de perda são necessários 100% de ganho pra amortizar. Essa minha aversão ao risco vem de muito tempo, quando moleque vi meu pai sendo completamente irresponsável e temerário com dinheiro, vivemos sempre nos altos e baixos devido as decisões de merda que o velho tomou a vida toda. Acredito que isso criou algum tipo de "trauma" na minha cabeça e a ideia de quebrar sempre foi assustadora, desde muito moleque prometi a mim mesmo que não queria ficar rico e sim jamais quebrar, jamais ter baixos mesmo que os altos não fossem tão altos assim e demorassem pra chegar.
Outra característica da minha personalidade que ajuda a explicar minhas últimas decisões financeiras é a preguiça de aprender coisas que não me atraem. Eu gosto de estudar, de pesquisar, de me aprofundar em assuntos, mas somente naquilo que me interessa, que me dá prazer em aprender. Confesso que investimentos não é mais (se é que um dia foi) um assunto que me dá prazer de ler. Quando comecei esse blog, em janeiro de 2012 eu acreditava estar gostando do assunto, achava legal aprender sobre bolsa, fundos e demais investimentos. Acabou, não tenho saco pra estudar sobre isso, se não estudo, não entendo; se não entendo, não invisto. Simples! Sei que isso pode doer no ouvido dos colegas de blogosfera que tanto estudam e colocam em prática seus conhecimentos através de investimentos assertivos e posts maravilhosos; porém essa é a minha realidade.
Não estou dizendo que sou mais espertão que os brothers que investem em ações, muito pelo contrário, se tem alguém perdendo dinheiro aqui esse alguém sou eu, o bestão preguiçoso aqui é que fica enfiando dinheiro no cu por ser vagabundo e não investir em modalidades mais rentáveis. Acontece que tenho algumas vantagens do meu lado: sou minimalista, tenho uma vida frugal e barata (por vontade, nada obrigado), não tenho filhos que demandariam muito mais dinheiro, sou casado com uma mulher cuja expectativa de vida vai ao encontro a minha (diria que isso é 50% da razão de estar tudo dando certo) e consegui ganhar uma grana bem interessante, bem maior que a grande maioria das pessoas conseguem fazer até a minha idade (middle 30s). Resumindo eu tenho grande entrada e pequena saída de dinheiro.
Mesmo investindo de maneira porca o volume de dinheiro que consegui aportar é mais que suficiente pra me gerar renda passiva suficiente para cobrir minhas despesas, ou seja, investimentos preguiçosos me levaram a independência financeira. Isso não quer dizer que ganhei milhões de reais e tenho 7875672563 imóveis de aluguel, nada disso. Minha carteira é do tamanho suficiente para minhas necessidades.
Quando vendi as 3 lojas em 2016 peguei uma boa quantia em grana que foi aportado em FIIs, mesmo não estando muito contente com essa modalidade na época (mais num post futuro), decidi que era melhor colocar dinheiro nisso que deixar boiando na poupança, além disso na minha cabeça dinheiro investido é dinheiro desaparecido, ou seja, uma vez que comprei FIIs é como se não tivesse mais aquele dinheiro. Isso traz tranquilidade o que pra mim tem um valor bem elevado. Além disso entrou no rolo alguns imóveis e prestações. Os imóveis já estavam alugados e possuem esse perfil: de locação. Nesse meio de tempo eliminei minha posição em TD e CDBs sendo essa grana distribuída para FIIs e imóveis.
Nesse meio de tempo arrisquei com um imóvel nos EUA, não curti muito o resultado e o vendi. A grana ficou lá pra comer de Cinnabon e beber de Dr Pepper. Sem detalhar muito o tal imóvel era tipo um quarto de hotel alugado como apartamento, essas coisas estranhas que só existem na gringa. Pode ser um bom negócio pra quem tem vários e consegue pôr certa dose de trabalho em cima, não é um investimento 100% passivo, por isso (e por não entender 100% das nuances do negócio) pulei fora. Não perdi dinheiro e o investimento nem foi tão grande. Talvez coloque parte dessa grana em alguma ação ou fundo americano, mas se não entendo nem os do Brasil...
Bom, hoje tenho FIIs e imóveis de locação. Sim, imóveis, o investimento mais mal falado da internet, aquilo que só dá prejuízo, trabalho, dor de cabeça... É verdade? Sim, claro que é! Mas acontece que nada é tão simples de entender quanto imóveis: é um trem feito de tijolo que você mora dentro. Uma vez que você compra saporra você pode alugar pra outra pessoa. Imóvel vai estar sempre lá e se cair um meteoro em cima o seguro (que custa 100 reais por ano) paga. O retorno do investimento é baixo mas é corrigido pela inflação ano a ano, o que teoricamente acontece com FIIs mas na real é meio obscuro. Inadimplência é um risco contornado por seguro (pago pelo inquilino), fiador ou depósito. Vacância é um risco minimizado por imóvel bom, local bom, preço bom. Meus apartamentos estão localizados em diversas regiões da grande São Paulo e possuem diversas tipologias. Isso ajuda e diminuir o risco. Outra coisa que conta a meu favor é o fato de não depender da renda passiva pra sobreviver, ou seja, se rolar uma vacância ou outra, um preju ou outro, consigo amortizar tranquilamente pois não dependo dessa grana (obs: no momento estamos vivendo sim da renda passiva, mas em breve voltaremos ao trabalho e por menos que Bia e eu ganharemos, será mais que suficiente pra cobrir nosso padrão de vida, ou seja, os aluguéis serão reinvestidos) Simples assim!
Ah, mas Corey, e a bolha imobiliária? Respondo: fazem 10 anos que ela está pra estourar, nesse meio de tempo quem ficou esperando o estouro ganhou zero reais e quem comprou, vendeu, alugou? Quanto dinheiro ganhou? Não sei se tem bolha ou não, não sei como será o futuro da economia (até porque mal sei que o presidente é um tal de Temer), mas sei que as pessoas continuarão precisando morar em algum lugar, continuarão formando famílias novas que precisam de teto, que os prédios de apartamentos duram séculos... Quem se preocupa com a bolha imobiliária é a mesma pessoa que assume o risco de confiar em relatórios de empresas pra enfiar seu dinheiro ali. Cada um assume um tipo de risco, imóveis pra mim possuem um risco razoável.
Tento levar minha vida de maneira mais simples possível, Bia e eu percebemos no decorrer dos anos que sempre que simplificamos algo isso nos trás grande ganho de qualidade de vida, o que é inversamente proporcional quando complicamos algo. Foi assim com o carro barato de 20 anos que nos trouxe liberdade de parar onde quiser, não se preocupar com ralados e pequenos amassados, nem pagar seguro e IPVA. Foi assim quando trocamos 30m² por 80 e viemos morar numa região zoada de transporte público, vizinhança estranha e pouca oferta de comércios (ao menos morar aqui fazia sentido quando nos mudamos). Com investimentos não é diferente, quis ganhar muito em pouco tempo com a última loja e quebrei a cara, por outro lado os imóveis de aluguel só me dão alegria. A vida é simples, a gente que complica!
Imóveis de aluguel tem proporcionado renda e vida tranquila pra milhares (milhões?) de pessoas em todo o mundo durante séculos. Vá em Portugal e tente alugar um imóvel, ele provavelmente será de algum idoso ou viúva que além desse terá outros imóveis. O que os comerciantes italianos costumavam fazer aqui no Brasil? Compravam um terreno, construíam salões no térreo onde instalavam suas lojas e apartamentos para locação no primeiro andar. Quero dizer que esse é o investimento do pacato cidadão, daquela pessoa que não tem sofisticação de conhecimento, pode não ser o mais rentável mas está dentre os mais seguros. Como sempre tento aprender com os erros e acertos dos outros, vou nesse caminho também.
Após o negócio que deu errado, meu medo de arriscar, que já era alto, aumentou mais ainda. Podem me chamar de cagão, porque é isso que sou. Tenho muito medo de perder dinheiro, afinal pra cada 50% de perda são necessários 100% de ganho pra amortizar. Essa minha aversão ao risco vem de muito tempo, quando moleque vi meu pai sendo completamente irresponsável e temerário com dinheiro, vivemos sempre nos altos e baixos devido as decisões de merda que o velho tomou a vida toda. Acredito que isso criou algum tipo de "trauma" na minha cabeça e a ideia de quebrar sempre foi assustadora, desde muito moleque prometi a mim mesmo que não queria ficar rico e sim jamais quebrar, jamais ter baixos mesmo que os altos não fossem tão altos assim e demorassem pra chegar.
Outra característica da minha personalidade que ajuda a explicar minhas últimas decisões financeiras é a preguiça de aprender coisas que não me atraem. Eu gosto de estudar, de pesquisar, de me aprofundar em assuntos, mas somente naquilo que me interessa, que me dá prazer em aprender. Confesso que investimentos não é mais (se é que um dia foi) um assunto que me dá prazer de ler. Quando comecei esse blog, em janeiro de 2012 eu acreditava estar gostando do assunto, achava legal aprender sobre bolsa, fundos e demais investimentos. Acabou, não tenho saco pra estudar sobre isso, se não estudo, não entendo; se não entendo, não invisto. Simples! Sei que isso pode doer no ouvido dos colegas de blogosfera que tanto estudam e colocam em prática seus conhecimentos através de investimentos assertivos e posts maravilhosos; porém essa é a minha realidade.
Não estou dizendo que sou mais espertão que os brothers que investem em ações, muito pelo contrário, se tem alguém perdendo dinheiro aqui esse alguém sou eu, o bestão preguiçoso aqui é que fica enfiando dinheiro no cu por ser vagabundo e não investir em modalidades mais rentáveis. Acontece que tenho algumas vantagens do meu lado: sou minimalista, tenho uma vida frugal e barata (por vontade, nada obrigado), não tenho filhos que demandariam muito mais dinheiro, sou casado com uma mulher cuja expectativa de vida vai ao encontro a minha (diria que isso é 50% da razão de estar tudo dando certo) e consegui ganhar uma grana bem interessante, bem maior que a grande maioria das pessoas conseguem fazer até a minha idade (middle 30s). Resumindo eu tenho grande entrada e pequena saída de dinheiro.
Mesmo investindo de maneira porca o volume de dinheiro que consegui aportar é mais que suficiente pra me gerar renda passiva suficiente para cobrir minhas despesas, ou seja, investimentos preguiçosos me levaram a independência financeira. Isso não quer dizer que ganhei milhões de reais e tenho 7875672563 imóveis de aluguel, nada disso. Minha carteira é do tamanho suficiente para minhas necessidades.
Quando vendi as 3 lojas em 2016 peguei uma boa quantia em grana que foi aportado em FIIs, mesmo não estando muito contente com essa modalidade na época (mais num post futuro), decidi que era melhor colocar dinheiro nisso que deixar boiando na poupança, além disso na minha cabeça dinheiro investido é dinheiro desaparecido, ou seja, uma vez que comprei FIIs é como se não tivesse mais aquele dinheiro. Isso traz tranquilidade o que pra mim tem um valor bem elevado. Além disso entrou no rolo alguns imóveis e prestações. Os imóveis já estavam alugados e possuem esse perfil: de locação. Nesse meio de tempo eliminei minha posição em TD e CDBs sendo essa grana distribuída para FIIs e imóveis.
Nesse meio de tempo arrisquei com um imóvel nos EUA, não curti muito o resultado e o vendi. A grana ficou lá pra comer de Cinnabon e beber de Dr Pepper. Sem detalhar muito o tal imóvel era tipo um quarto de hotel alugado como apartamento, essas coisas estranhas que só existem na gringa. Pode ser um bom negócio pra quem tem vários e consegue pôr certa dose de trabalho em cima, não é um investimento 100% passivo, por isso (e por não entender 100% das nuances do negócio) pulei fora. Não perdi dinheiro e o investimento nem foi tão grande. Talvez coloque parte dessa grana em alguma ação ou fundo americano, mas se não entendo nem os do Brasil...
Bom, hoje tenho FIIs e imóveis de locação. Sim, imóveis, o investimento mais mal falado da internet, aquilo que só dá prejuízo, trabalho, dor de cabeça... É verdade? Sim, claro que é! Mas acontece que nada é tão simples de entender quanto imóveis: é um trem feito de tijolo que você mora dentro. Uma vez que você compra saporra você pode alugar pra outra pessoa. Imóvel vai estar sempre lá e se cair um meteoro em cima o seguro (que custa 100 reais por ano) paga. O retorno do investimento é baixo mas é corrigido pela inflação ano a ano, o que teoricamente acontece com FIIs mas na real é meio obscuro. Inadimplência é um risco contornado por seguro (pago pelo inquilino), fiador ou depósito. Vacância é um risco minimizado por imóvel bom, local bom, preço bom. Meus apartamentos estão localizados em diversas regiões da grande São Paulo e possuem diversas tipologias. Isso ajuda e diminuir o risco. Outra coisa que conta a meu favor é o fato de não depender da renda passiva pra sobreviver, ou seja, se rolar uma vacância ou outra, um preju ou outro, consigo amortizar tranquilamente pois não dependo dessa grana (obs: no momento estamos vivendo sim da renda passiva, mas em breve voltaremos ao trabalho e por menos que Bia e eu ganharemos, será mais que suficiente pra cobrir nosso padrão de vida, ou seja, os aluguéis serão reinvestidos) Simples assim!
Ah, mas Corey, e a bolha imobiliária? Respondo: fazem 10 anos que ela está pra estourar, nesse meio de tempo quem ficou esperando o estouro ganhou zero reais e quem comprou, vendeu, alugou? Quanto dinheiro ganhou? Não sei se tem bolha ou não, não sei como será o futuro da economia (até porque mal sei que o presidente é um tal de Temer), mas sei que as pessoas continuarão precisando morar em algum lugar, continuarão formando famílias novas que precisam de teto, que os prédios de apartamentos duram séculos... Quem se preocupa com a bolha imobiliária é a mesma pessoa que assume o risco de confiar em relatórios de empresas pra enfiar seu dinheiro ali. Cada um assume um tipo de risco, imóveis pra mim possuem um risco razoável.
Tento levar minha vida de maneira mais simples possível, Bia e eu percebemos no decorrer dos anos que sempre que simplificamos algo isso nos trás grande ganho de qualidade de vida, o que é inversamente proporcional quando complicamos algo. Foi assim com o carro barato de 20 anos que nos trouxe liberdade de parar onde quiser, não se preocupar com ralados e pequenos amassados, nem pagar seguro e IPVA. Foi assim quando trocamos 30m² por 80 e viemos morar numa região zoada de transporte público, vizinhança estranha e pouca oferta de comércios (ao menos morar aqui fazia sentido quando nos mudamos). Com investimentos não é diferente, quis ganhar muito em pouco tempo com a última loja e quebrei a cara, por outro lado os imóveis de aluguel só me dão alegria. A vida é simples, a gente que complica!
Imóveis de aluguel tem proporcionado renda e vida tranquila pra milhares (milhões?) de pessoas em todo o mundo durante séculos. Vá em Portugal e tente alugar um imóvel, ele provavelmente será de algum idoso ou viúva que além desse terá outros imóveis. O que os comerciantes italianos costumavam fazer aqui no Brasil? Compravam um terreno, construíam salões no térreo onde instalavam suas lojas e apartamentos para locação no primeiro andar. Quero dizer que esse é o investimento do pacato cidadão, daquela pessoa que não tem sofisticação de conhecimento, pode não ser o mais rentável mas está dentre os mais seguros. Como sempre tento aprender com os erros e acertos dos outros, vou nesse caminho também.
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