Recentemente contei aqui a história do meu amigo Ricardo, médico, solteiro, que após anos de putaria vida desregrada, decidiu entrar num relacionamento sério porém aberto por ter enjoado da vida de solteiro. A história de hoje é um pouco diferente, o cara é um solteiro convicto.
Dia desses estava fechando a loja, já era tarde e estava chovendo, ao abaixar a primeira porta, um Corolla 2015 preto para na frente da loja, de dentro um cara, típico "coxinha", vestindo camisa Tommy me pergunta se ainda dá tempo de atende-lo. Quando me viro para dizer que sim, me deparo com Felipe, um amigo dos tempos de escola. Após um abraço e de atende-lo, conversamos por dois minutos e ele me convidou pra visitar o apartamento que acabara de reformar, perto dali. Aceitei o convite, ele aguardou os trâmites de fechamento da loja e fui seguindo o Corolla.
O apartamento de Felipe é muito perto da loja, coisa de duas quadras. Um prédio novo, alto, daqueles com nomes bregas que as construtoras adoram usar. Subimos até um dos últimos andares e entramos no pequeno studio. O que me chamou atenção na primeira vista foi a vista espetacular (cariocas, vocês estão certos, nós paulistanos somos idiotas de chamar a visão de prédios e luzes da cidade de vista, mas é o que temos...), uma bela visão para a selva de pedra da cidade de São Paulo. A janelona de frente para a porta serve de moldura para a decoração refinada e de bom gosto do apê. Na verdade o apê de Felipe parece mais um decorado de construtora que um apartamento de gente normal. Uma bancada bem acabada na pequena cozinha americana, geladeira moderninha, cook top, microondas e lava-louças em inox, bancada da pia em mármore, armários em um bonito tom de cinza combinando com a decoração masculina do resto do apê. No ambiente misto que engloba sala e quarto um sofá confortável, uma cama queen size, uma grande TV de 879845798 polegadas junto com os eletrônicos de sempre: DVD, decoder de TV e vídeo game, tudo em seu devido local em um móvel sóbrio. No teto iluminação de motel: dimer e leds coloridos regulados pelo smartphone. Um pequeno roupeiro de canto, uma cômoda e, claro, ar condicionado em todo o ambiente.
Minha primeira reação foi falar pra ele acender as luzes e ligar a TV no futebol porque a decoração do apê é com certeza o mais próximo de um motel de luxo que já vi na vida. Felipe riu, me ofereceu uma cerveja e disse que meu comentário era o que queria ouvir, que o objetivo era justamente esse e explicou a história do imóvel. Comprou o apê a três anos atrás, na planta, já com o objetivo de criar um ambiente intimista e com cara de motel para ser usado justamente como tal. Felipe é arquiteto, trabalha para um escritório e faz trabalhos paralelos, tem uma boa renda. Desde que nos conhecemos, lá no século passado, sempre foi um galinhão, nunca conseguiu namorar mais de 2 meses porque sempre dava um jeito decagar fazer besteira e, claro, acabava chutado. Ele disse que o mesmo continuou na fase adulta e que infelizmente magoou muita gente antes de se dar conta que não é um cara que deve namorar, após um episódio meio traumático, decidiu que não ia mais se envolver romanticamente com as meninas e abraçou de vez a vida de solteiro convicto.
Nesse momento da conversa éramos duas pessoas com pensamentos totalmente opostos. Ele solteiro convicto e eu, casado a uma década. Apesar da diferença
Dia desses estava fechando a loja, já era tarde e estava chovendo, ao abaixar a primeira porta, um Corolla 2015 preto para na frente da loja, de dentro um cara, típico "coxinha", vestindo camisa Tommy me pergunta se ainda dá tempo de atende-lo. Quando me viro para dizer que sim, me deparo com Felipe, um amigo dos tempos de escola. Após um abraço e de atende-lo, conversamos por dois minutos e ele me convidou pra visitar o apartamento que acabara de reformar, perto dali. Aceitei o convite, ele aguardou os trâmites de fechamento da loja e fui seguindo o Corolla.
O apartamento de Felipe é muito perto da loja, coisa de duas quadras. Um prédio novo, alto, daqueles com nomes bregas que as construtoras adoram usar. Subimos até um dos últimos andares e entramos no pequeno studio. O que me chamou atenção na primeira vista foi a vista espetacular (cariocas, vocês estão certos, nós paulistanos somos idiotas de chamar a visão de prédios e luzes da cidade de vista, mas é o que temos...), uma bela visão para a selva de pedra da cidade de São Paulo. A janelona de frente para a porta serve de moldura para a decoração refinada e de bom gosto do apê. Na verdade o apê de Felipe parece mais um decorado de construtora que um apartamento de gente normal. Uma bancada bem acabada na pequena cozinha americana, geladeira moderninha, cook top, microondas e lava-louças em inox, bancada da pia em mármore, armários em um bonito tom de cinza combinando com a decoração masculina do resto do apê. No ambiente misto que engloba sala e quarto um sofá confortável, uma cama queen size, uma grande TV de 879845798 polegadas junto com os eletrônicos de sempre: DVD, decoder de TV e vídeo game, tudo em seu devido local em um móvel sóbrio. No teto iluminação de motel: dimer e leds coloridos regulados pelo smartphone. Um pequeno roupeiro de canto, uma cômoda e, claro, ar condicionado em todo o ambiente.
Minha primeira reação foi falar pra ele acender as luzes e ligar a TV no futebol porque a decoração do apê é com certeza o mais próximo de um motel de luxo que já vi na vida. Felipe riu, me ofereceu uma cerveja e disse que meu comentário era o que queria ouvir, que o objetivo era justamente esse e explicou a história do imóvel. Comprou o apê a três anos atrás, na planta, já com o objetivo de criar um ambiente intimista e com cara de motel para ser usado justamente como tal. Felipe é arquiteto, trabalha para um escritório e faz trabalhos paralelos, tem uma boa renda. Desde que nos conhecemos, lá no século passado, sempre foi um galinhão, nunca conseguiu namorar mais de 2 meses porque sempre dava um jeito de
Nesse momento da conversa éramos duas pessoas com pensamentos totalmente opostos. Ele solteiro convicto e eu, casado a uma década. Apesar da diferença
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