Não sou vitimista, muito pelo contrário, detesto vitimismo e mi-mi-mi relacionado, apenas quero usar esse espaço para relatar o que tenho passado, afinal de contas esse é um blog pessoal e vejo que as pessoas gostam de saber o que se passa na vida dos outros, tentam se espelhar ou ficar aliviadas por não estarem no lugar dos outros, etc. Deve ser esse o motivo do sucesso dos BBBs da vida e mais recentemente dos vlog do pessoal do YouTube. Me insiro nesse grupo, gosto de muito de ler blogs, assistir vlogs... Não o faço por fetiche e sim porque acabo aprendendo algo, vendo o outro lado de muita coisa.
Anyway, estou numa fase não muito legal, ando meio chateado e isso tem afetado inclusive o blog, estou cheio de ideias pra escrever mas sem inspiração pra digitar de maneira coerente. O que tem me chateado? Algumas coisas mas entre elas a principal é que a ficha caiu e percebi que meu plano de emigração baseado no visto L1 (entenda mais aqui) jamais dará certo por um motivo bem simples: minhas empresas estão no Brasil (com toda a buRRocracia brasileira) e o ramo é mais complexo que o imaginado, impossibilitando assim uma administração remota eficiente. Não há a menor possibilidade de conseguir me afastar por mais de 2 meses dos negócios, e viajar com essa frequência é impraticável por diversos motivos. Desanimei desse plano, conclui que isso é loucura e que devo partir pra um plano B (eu tenho planos B, C, D... veja aqui). Até aí tudo bem, já era previsto problemas mas sou humano, faço planos (mesmo não querendo faze-los), imagino cenários, tomo atitudes em prol de algo e no fim das contas foi tudo perda de tempo e dinheiro.
E por que só cheguei a essa conclusão agora? Porque quando tracei esse objetivo (de emigrar aos EUA pelo visto L1) o cenário era outro, eu tinha somente uma loja pequena e fácil de tocar. Loja essa que efetivamente por algum tempo eu trabalhei remotamente (para quem me acompanha a pouco tempo: morei um ano em outra cidade, fazia o trabalho on line, visitava a loja somente 1 ou 2 vezes por semana, cheguei a viajar e meus funcionários nem ficaram sabendo), esse controle dava certo, mas no fundo eu sabia que não era sustentável ao longo prazo, voltei pra São Paulo e voltei a ficar mais presente, nisso surgiu a loja nova, maior, com mais funcionários, mais problemas, mais detalhes. A loja antiga somada com a loja nova é mais que o suficiente para qualificar ao visto L1, o cenário era perfeito, maaasssss.... o buraco é mais em baixo! O faturamento da loja antiga quase dobrou, com ele os problemas. A loja nova me exige muito, mesmo tendo bons funcionários. A burocracia aumenta exponencialmente tanto em número de papéis/carimbos quanto em custo e complexidade. Sinto que estou perdendo o controle, mesmo morando na mesma cidade...
É frustrante! Você trabalha pra cacete, vê dinheiro na frente, vê oportunidades de crescimento e ao mesmo tempo fica atado a problemas que você não tem controle, que não pode fazer nada pra melhorar, tornar mais eficiente. Não dá! Mais uma vez eu repito: empreendedorismo no Brasil é pra temporada, você compra uma empresa, ganha o máximo de dinheiro possível e cai fora. É insalubre ser empresário pro resto da vida! Tenho dó daqueles iludidos que empreendem por "sonho", pra "revolucionar" o mercado... Amigo, se você pensa assim ESTÁ COMPLETAMENTE FODIDO! Empresa deve dar dinheiro, quanto mais melhor e rápido.
Dentro desse cenário entra minha decisão de colocar em operação o que chamo de "Operação Sangue Suga", que nada mais é que tirar o máximo de dinheiro possível das minhas lojas até um ponto que não prejudique o faturamento nem a vendabilidade (essa palavra existe?). Operação essa que já foi implantada e encontra-se a todo vapor. Vou resumir a baixo o que estou fazendo:
1- Diminuir estoque: Minhas lojas são abarrotadas de mercadoria, eu gosto de tê-las assim por servir de atrativo de cliente (ninguém gosta de comprar em loja quebrada) e por satisfação pessoal mesmo. Acontece que não há tanta necessidade disso, dá pra driblar um estoque mediano e ainda assim parecer estocado, dessa maneira consigo comprar menos o que significa mais grana sobrando.
2- Diminui a manutenção: Outro ponto que sou fresco, lavo fachadas, pinto portas e paredes a cada 3 meses. Já reduzi o ritmo desse tipo de manutenção.
3- Aumento da rentabilidade: Trabalhar com produtos de valor agregado maior de maneira a fazer sobrar mais dinheiro em caixa, mesmo que isso represente uma queda de faturamento nesse primeiro momento.
4- Aumento do faturamento: num segundo momento invés de aumentar a rentabilidade o interessante será aumentar o faturamento. Por quê? Porque o valor da loja é baseado no valor do faturamento, não da rentabilidade ou lucro líquido. "Ah Corey, mas a análise do preço de um ativo não pode tomar como base somente uma variável..." Verdade, eu concordo, mas o mundo das pequenas empresas não tem nada a ver com a Bovespa, portanto é necessário sambar conforme a música.
5- Diminuição de funcionários: Isso é algo que não gosto de mexer, mas é necessário! Estou demitindo alguns auxiliares e distribuindo o trabalho deles entre os outros funcionários, a desculpa é a crise, claro! Aqui entra outro ponto, os funcionários não podem desconfiar do que está acontecendo. Chato, falso e desonesto, mas a vida é exatamente dessa maneira!
Qual o prazo disso? Ainda não sei, preciso ir sentindo a situação, por isso mesmo estou ainda mais esperto com o dia-a-dia das lojas, ficando mais tempo presente, trabalhando mais no atendimento ao público e menos no background. Não dá pra planejar tudo e isso é algo que estou fazendo sem planejamento futuro.
E depois? Depois, meus amigos, a gente vê!
Anyway, estou numa fase não muito legal, ando meio chateado e isso tem afetado inclusive o blog, estou cheio de ideias pra escrever mas sem inspiração pra digitar de maneira coerente. O que tem me chateado? Algumas coisas mas entre elas a principal é que a ficha caiu e percebi que meu plano de emigração baseado no visto L1 (entenda mais aqui) jamais dará certo por um motivo bem simples: minhas empresas estão no Brasil (com toda a buRRocracia brasileira) e o ramo é mais complexo que o imaginado, impossibilitando assim uma administração remota eficiente. Não há a menor possibilidade de conseguir me afastar por mais de 2 meses dos negócios, e viajar com essa frequência é impraticável por diversos motivos. Desanimei desse plano, conclui que isso é loucura e que devo partir pra um plano B (eu tenho planos B, C, D... veja aqui). Até aí tudo bem, já era previsto problemas mas sou humano, faço planos (mesmo não querendo faze-los), imagino cenários, tomo atitudes em prol de algo e no fim das contas foi tudo perda de tempo e dinheiro.
E por que só cheguei a essa conclusão agora? Porque quando tracei esse objetivo (de emigrar aos EUA pelo visto L1) o cenário era outro, eu tinha somente uma loja pequena e fácil de tocar. Loja essa que efetivamente por algum tempo eu trabalhei remotamente (para quem me acompanha a pouco tempo: morei um ano em outra cidade, fazia o trabalho on line, visitava a loja somente 1 ou 2 vezes por semana, cheguei a viajar e meus funcionários nem ficaram sabendo), esse controle dava certo, mas no fundo eu sabia que não era sustentável ao longo prazo, voltei pra São Paulo e voltei a ficar mais presente, nisso surgiu a loja nova, maior, com mais funcionários, mais problemas, mais detalhes. A loja antiga somada com a loja nova é mais que o suficiente para qualificar ao visto L1, o cenário era perfeito, maaasssss.... o buraco é mais em baixo! O faturamento da loja antiga quase dobrou, com ele os problemas. A loja nova me exige muito, mesmo tendo bons funcionários. A burocracia aumenta exponencialmente tanto em número de papéis/carimbos quanto em custo e complexidade. Sinto que estou perdendo o controle, mesmo morando na mesma cidade...
É frustrante! Você trabalha pra cacete, vê dinheiro na frente, vê oportunidades de crescimento e ao mesmo tempo fica atado a problemas que você não tem controle, que não pode fazer nada pra melhorar, tornar mais eficiente. Não dá! Mais uma vez eu repito: empreendedorismo no Brasil é pra temporada, você compra uma empresa, ganha o máximo de dinheiro possível e cai fora. É insalubre ser empresário pro resto da vida! Tenho dó daqueles iludidos que empreendem por "sonho", pra "revolucionar" o mercado... Amigo, se você pensa assim ESTÁ COMPLETAMENTE FODIDO! Empresa deve dar dinheiro, quanto mais melhor e rápido.
Dentro desse cenário entra minha decisão de colocar em operação o que chamo de "Operação Sangue Suga", que nada mais é que tirar o máximo de dinheiro possível das minhas lojas até um ponto que não prejudique o faturamento nem a vendabilidade (essa palavra existe?). Operação essa que já foi implantada e encontra-se a todo vapor. Vou resumir a baixo o que estou fazendo:
1- Diminuir estoque: Minhas lojas são abarrotadas de mercadoria, eu gosto de tê-las assim por servir de atrativo de cliente (ninguém gosta de comprar em loja quebrada) e por satisfação pessoal mesmo. Acontece que não há tanta necessidade disso, dá pra driblar um estoque mediano e ainda assim parecer estocado, dessa maneira consigo comprar menos o que significa mais grana sobrando.
2- Diminui a manutenção: Outro ponto que sou fresco, lavo fachadas, pinto portas e paredes a cada 3 meses. Já reduzi o ritmo desse tipo de manutenção.
3- Aumento da rentabilidade: Trabalhar com produtos de valor agregado maior de maneira a fazer sobrar mais dinheiro em caixa, mesmo que isso represente uma queda de faturamento nesse primeiro momento.
4- Aumento do faturamento: num segundo momento invés de aumentar a rentabilidade o interessante será aumentar o faturamento. Por quê? Porque o valor da loja é baseado no valor do faturamento, não da rentabilidade ou lucro líquido. "Ah Corey, mas a análise do preço de um ativo não pode tomar como base somente uma variável..." Verdade, eu concordo, mas o mundo das pequenas empresas não tem nada a ver com a Bovespa, portanto é necessário sambar conforme a música.
5- Diminuição de funcionários: Isso é algo que não gosto de mexer, mas é necessário! Estou demitindo alguns auxiliares e distribuindo o trabalho deles entre os outros funcionários, a desculpa é a crise, claro! Aqui entra outro ponto, os funcionários não podem desconfiar do que está acontecendo. Chato, falso e desonesto, mas a vida é exatamente dessa maneira!
Qual o prazo disso? Ainda não sei, preciso ir sentindo a situação, por isso mesmo estou ainda mais esperto com o dia-a-dia das lojas, ficando mais tempo presente, trabalhando mais no atendimento ao público e menos no background. Não dá pra planejar tudo e isso é algo que estou fazendo sem planejamento futuro.
E depois? Depois, meus amigos, a gente vê!
Nenhum comentário:
Postar um comentário