Na última postagem falei sobre a fase de decisão que estou passando e sobre uma das possibilidades que tenho que é expandir meus negócios que, entre outras coisas, pode me ajudar a conseguir um visto L1 e emigrar (imigrar?, migrar? sei lá essa porra...) legalmente aos Estados Unidos, hoje vou falar um pouco sobre o que é essa modalidade imigratória.
O visto L1 permite que um funcionário ou sócio de uma empresa trabalhe na montagem e gerenciamento de uma filial da empresa brasileira em solo americano (mi-mi-mi, Brasil também é América, você tá puxando saco dos NORTE-americanos, mi-mi-mi...acontece que lá nos EUA, todos se referem a esse país como América, ok? Se você é um pau no cu e não entende isso, vai lá reclamar com os gringos). O requerente do visto L1 deve:
1- Comprovar experiência na função de administração de empresa, nada a ver com faculdade de ADM e sim provar na prática que sabe criar e ter sucesso com uma empresa.
2- Ter exercido a função de executivo durante ao menos 1 ano nos últimos 2 anos (ou algo parecido com isso).
3- Não trabalhar no operacional da matriz brasileira, ou seja, a operação brasileira deve ser capaz de se manter sem a presença do requerente do L1. O L1 deve ser somente administrador e estrategista.
O L1 pode levar sua família, que terá o visto L2. A esposa do L1 (com visto L2) pode trabalhar legalmente e ambos terão SSN (Social Security Number), o equivalente ao nosso CPF que facilita tudo desde alugar um imóvel até obter crédito. Não é preciso comprovar fluência em inglês, na prática, o L1 nem precisa falar inglês.
A empresa brasileira requerente do L1 para seu funcionário/sócio deve seguir algumas regrinhas, tais como:
1- Ter plano de negócios e nível hierárquico definido onde o L1 apareça como administrador. É preciso comprovar que a empresa continuará bem administrada mesmo na ausência do L1.
2- Comprovar uma série de exigências desde documentações dos órgãos brasileiros até fotos físicas da empresa.
A filial americana que será administrada pela L1 também precisa seguir alguns critérios:
1- Ter plano de negócios mostrando a viabilidade de crescimento e expansão da operação. A empresa deve ter uma sede americana que não pode ser um escritório virtual e deve demonstrar capacidade de investimento.
2- Ter bom número de funcionários legais, sejam eles cidadãos americanos ou residentes permanentes (que possuem Green Card). Quanto mais funcionários, melhor a empresa é vista pelo governo americano.
O processo para requerer o L1 pode ser feito na raça e na coragem, mas é óbvio que é mais racional contratar um advogado americano para encarar o desafio, eles possuem experiência, sabem como agilizar e não cobram muito caro (cerca de USD 5k). O primeiro L1 tem validade de 1 ano, dentro desse período é necessário iniciar a operação da empresa e seguir o plano de negócios tanto da matriz brasileira quanto da filial americana. Após o 1º ano é possível aplicar para o Green Card que pode demorar mais 2 anos para sair, nesse período o L1 deve ser renovado, o governo americano somente renovará se acreditar que seu negócio está indo bem, caso contrário a renovação é negada e você recebe um prazo para se livrar da empresa e deixar o país.
Em tese o L1 é o caminho mais rápido, prático e relativamente barato para obtenção do Green Card. A filial americana não precisa ser do mesmo ramo da matriz brasileira. Você pode ter uma padaria no Brasil e abrir uma empresa de faxina nos EUA sem o menor problema. Conversei com advogados brasileiros e americanos especializados nesse tipo de processo, eles são unânimes em falar que é um processo fácil pra quem tem dinheiro pra investir e coragem pra tocar um negócio nos EUA. Conversando com imigrantes (brasileiros e latinos) nos EUA, descobri que o buraco é mais em baixo...
O L1 costuma ser aprovado com relativa facilidade, os problemas costumam surgir na hora da renovação. Normalmente a empresa americana vai bem, os EUA são um país fácil de empreender, se você tem sucesso com empresa no Brasil, lá na terra do Tio Sam tudo será ainda mais fácil, o problema ocorre no Brasil. A experiência desses imigrantes é a seguinte: normalmente a empresa brasileira é deixada nas mãos de sócio ou de gerentes que costumam falhar com o plano de negócios o que demonstra ao governo americano que você está fazendo falta no Brasil. Além disso, a burocracia brasileira traz graves entraves, procurações nem sempre resolvem tudo o que obrigam o L1 a visitar constantemente o Brasil, encarecendo de sobremaneira o custo de vida e fazendo-o descuidar da operação americana. A coisa acaba virando uma bola de neve... De mais ou menos 10 pessoas que conheci com L1, principalmente na Califórnia, alguns tiveram a renovação negada, outros estão com o processo travado por algum motivo e somente um teve o pedido do Green Card aceito, coincidentemente (ou não) essa mulher é a que tinha melhor e maior estrutura no Brasil.
Os advogados acabam te convencendo que se você tem uma vendinha no Brasil e USD 15k ou 20k conseguirá seu Green Card em 3 anos. Em teoria isso é possível, mas na prática só consegue quem tem um bom nível de inglês, bastante grana pra investir nos EUA (acima de USD 100k) e uma empresa ao menos de médio porte bem estruturada aqui no Brasil, além disso é necessário ter um baita colchão de segurança porque todos são unânimes em falar que o governo americano espera que você reinvista tudo o que ganhar na sua filial em outra filial ou na expansão. Claro, eles querem fazer a economia girar, não é toa que são a potência que são! Então o ideal é você ter grana pra se manter pelo menos 2 anos nos EUA incluindo pelo menos 4 ou 6 viagens ao Brasil por ano. Faça as contas!
Na prática é muito simples: se você não tem que mascarar ou maquiar sua empresa brasileira, se você realmente consegue se ausentar 1 ou 2 anos dela e quando voltar tudo estará em pé, se você tem uns USD 100k, mais a grana pra se manter nos EUA por 2 anos, se tem um bom nível de inglês, vontade de encarar um desafio novo e bastante experiência; tem grande possibilidade de sucesso na obtenção do GC via L1. Como podem ver, são qualidades possíveis de serem alcançadas com um pouco de dedicação e tempo. Acontece que boa parte das pessoas que conseguem o L1 não possuem essas qualidades e acabam quebrando a cara, não quero engrossar esses números nem passar perrengues, logo, se for pra tentar o L1, prefiro formatar um modelo de negócios aqui no Brasil, juntar dinheiro, treinar minhas habilidades administrativas e de inglês pra só então encarar esse desafio. Pé no chão, paciência e estudo não fazem mal a ninguém...
O visto L1 permite que um funcionário ou sócio de uma empresa trabalhe na montagem e gerenciamento de uma filial da empresa brasileira em solo americano (
1- Comprovar experiência na função de administração de empresa, nada a ver com faculdade de ADM e sim provar na prática que sabe criar e ter sucesso com uma empresa.
2- Ter exercido a função de executivo durante ao menos 1 ano nos últimos 2 anos (ou algo parecido com isso).
3- Não trabalhar no operacional da matriz brasileira, ou seja, a operação brasileira deve ser capaz de se manter sem a presença do requerente do L1. O L1 deve ser somente administrador e estrategista.
O L1 pode levar sua família, que terá o visto L2. A esposa do L1 (com visto L2) pode trabalhar legalmente e ambos terão SSN (Social Security Number), o equivalente ao nosso CPF que facilita tudo desde alugar um imóvel até obter crédito. Não é preciso comprovar fluência em inglês, na prática, o L1 nem precisa falar inglês.
A empresa brasileira requerente do L1 para seu funcionário/sócio deve seguir algumas regrinhas, tais como:
1- Ter plano de negócios e nível hierárquico definido onde o L1 apareça como administrador. É preciso comprovar que a empresa continuará bem administrada mesmo na ausência do L1.
2- Comprovar uma série de exigências desde documentações dos órgãos brasileiros até fotos físicas da empresa.
A filial americana que será administrada pela L1 também precisa seguir alguns critérios:
1- Ter plano de negócios mostrando a viabilidade de crescimento e expansão da operação. A empresa deve ter uma sede americana que não pode ser um escritório virtual e deve demonstrar capacidade de investimento.
2- Ter bom número de funcionários legais, sejam eles cidadãos americanos ou residentes permanentes (que possuem Green Card). Quanto mais funcionários, melhor a empresa é vista pelo governo americano.
O processo para requerer o L1 pode ser feito na raça e na coragem, mas é óbvio que é mais racional contratar um advogado americano para encarar o desafio, eles possuem experiência, sabem como agilizar e não cobram muito caro (cerca de USD 5k). O primeiro L1 tem validade de 1 ano, dentro desse período é necessário iniciar a operação da empresa e seguir o plano de negócios tanto da matriz brasileira quanto da filial americana. Após o 1º ano é possível aplicar para o Green Card que pode demorar mais 2 anos para sair, nesse período o L1 deve ser renovado, o governo americano somente renovará se acreditar que seu negócio está indo bem, caso contrário a renovação é negada e você recebe um prazo para se livrar da empresa e deixar o país.
Em tese o L1 é o caminho mais rápido, prático e relativamente barato para obtenção do Green Card. A filial americana não precisa ser do mesmo ramo da matriz brasileira. Você pode ter uma padaria no Brasil e abrir uma empresa de faxina nos EUA sem o menor problema. Conversei com advogados brasileiros e americanos especializados nesse tipo de processo, eles são unânimes em falar que é um processo fácil pra quem tem dinheiro pra investir e coragem pra tocar um negócio nos EUA. Conversando com imigrantes (brasileiros e latinos) nos EUA, descobri que o buraco é mais em baixo...
O L1 costuma ser aprovado com relativa facilidade, os problemas costumam surgir na hora da renovação. Normalmente a empresa americana vai bem, os EUA são um país fácil de empreender, se você tem sucesso com empresa no Brasil, lá na terra do Tio Sam tudo será ainda mais fácil, o problema ocorre no Brasil. A experiência desses imigrantes é a seguinte: normalmente a empresa brasileira é deixada nas mãos de sócio ou de gerentes que costumam falhar com o plano de negócios o que demonstra ao governo americano que você está fazendo falta no Brasil. Além disso, a burocracia brasileira traz graves entraves, procurações nem sempre resolvem tudo o que obrigam o L1 a visitar constantemente o Brasil, encarecendo de sobremaneira o custo de vida e fazendo-o descuidar da operação americana. A coisa acaba virando uma bola de neve... De mais ou menos 10 pessoas que conheci com L1, principalmente na Califórnia, alguns tiveram a renovação negada, outros estão com o processo travado por algum motivo e somente um teve o pedido do Green Card aceito, coincidentemente (ou não) essa mulher é a que tinha melhor e maior estrutura no Brasil.
Os advogados acabam te convencendo que se você tem uma vendinha no Brasil e USD 15k ou 20k conseguirá seu Green Card em 3 anos. Em teoria isso é possível, mas na prática só consegue quem tem um bom nível de inglês, bastante grana pra investir nos EUA (acima de USD 100k) e uma empresa ao menos de médio porte bem estruturada aqui no Brasil, além disso é necessário ter um baita colchão de segurança porque todos são unânimes em falar que o governo americano espera que você reinvista tudo o que ganhar na sua filial em outra filial ou na expansão. Claro, eles querem fazer a economia girar, não é toa que são a potência que são! Então o ideal é você ter grana pra se manter pelo menos 2 anos nos EUA incluindo pelo menos 4 ou 6 viagens ao Brasil por ano. Faça as contas!
Na prática é muito simples: se você não tem que mascarar ou maquiar sua empresa brasileira, se você realmente consegue se ausentar 1 ou 2 anos dela e quando voltar tudo estará em pé, se você tem uns USD 100k, mais a grana pra se manter nos EUA por 2 anos, se tem um bom nível de inglês, vontade de encarar um desafio novo e bastante experiência; tem grande possibilidade de sucesso na obtenção do GC via L1. Como podem ver, são qualidades possíveis de serem alcançadas com um pouco de dedicação e tempo. Acontece que boa parte das pessoas que conseguem o L1 não possuem essas qualidades e acabam quebrando a cara, não quero engrossar esses números nem passar perrengues, logo, se for pra tentar o L1, prefiro formatar um modelo de negócios aqui no Brasil, juntar dinheiro, treinar minhas habilidades administrativas e de inglês pra só então encarar esse desafio. Pé no chão, paciência e estudo não fazem mal a ninguém...
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