sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Juntando o Útil ao Útil e Eliminando Pseudo-problemas

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Como sabem estou numa fase bem corrida, trabalhando muito, várias horas por dia, o que está me deixando sem tempo para minhas atividades pessoais.

De tudo o que faço no âmbito pessoal, existem duas que são as mais importantes: atividade física e estudar inglês. São também coisas que jamais poderei deixar de fazer, são atividades pra vida toda. Atividade física todos sabemos é questão de saúde, confesso que sou preguiçoso mas depois que começo até que vai. Inglês deveria ser fundamental na vida de todos, se você não é ao menos intermediário nesse idioma saiba que está perdendo muito, quem não sabe inglês fica retido no mundinho da internet em Português, isso só pra citar um exemplo da importância desse idioma.

Agora como fazer ao menos essas duas atividades perante uma rotina de 16 horas de trabalho ao menos 6 dias na semana? Não é exatamente fácil, mas eu achei um meio. Juntei o útil ao útil!

A solução é relativamente simples e não tem nada de revolucionário. Ao menos 4 vezes por semana eu tenho que percorrer cerca de 8km de casa ao trabalho, até então eu fazia esse percurso de metrô, moto ou mesmo carro. Agora vou de bicicleta! Durante muito tempo procrastinei essa ideia baseado em pseudo-problemas que eu mesmo criei e estava somente dentro da minha cabeça:

Problema 1: Perigo. Realmente andar de bicicleta em São Paulo não é das tarefas mais seguras porém isso melhorou absurdamente nos últimos anos, pelo menos na capital, na região onde trafego de bike, a grande maioria dos motoristas respeita o ciclista. Junte isso ao fato que por ter bastante experiência nesse meio de transporte (usei bicicleta como meio de transporte diário durante ao menos 1 década) e percebi que esse perigo não é tão importante assim. Sobre o perigo de assalto, isso não me preocupo, minha bike tem mais de 20 anos de idade e não tem frescura alguma.

Problema 2: Relevo. São Paulo é um pirambeira só, ladeira pra todos os lados. No caminho pra uma das lojas preciso enfrentar várias ladeiras, mas como tudo que sobe uma hora desce, isso também é outra coisa irrelevante. Nunca fui um ciclista, digamos, intenso. Ou seja, desde moleque nunca me fiz de rogado pra subir um morro empurrando a bike, não me mato no pedal. Empurro na subida e na volta é só alegria, as ladeiras se transformam em descidas.

Problema 3: Suor. Sempre li matérias sobre ir ao trabalho de bike e em todas elas sempre tocam no assunto suor, que você chega fedendo, tem que tomar banho no trabalho, etc. A verdade é que por sorte ou sei lá o porquê (talvez por ter quase nenhum pelo), não sou de suar muito e meu suor não fede rapidamente. Como sei disso? Nada melhor que perguntar para as pessoas como os funcionários e principalmente pra esposa (se não estou fedendo na volta pra casa, não estarei na ida). Além disso deixo o uniforme na empresa, troco de roupa, passo um desodorante e deu.

Superado os pseudo-problemas de ir trabalhar de bike, agora consigo unir o útil de ir trabalhar ao útil de me exercitar. São ao menos 5 horas por semana de ciclismo o que é bastante pra quem ficaria parado de outra maneira. Além disso meu dia-a-dia no trabalho é agitado, não fico parado nem sentado muito tempo. Estou experimentando trabalhar de pé mesmo no computador quando estou fazendo tarefas burocráticas, cansa mas melhora a produtividade e reza a lenda, faz bem pra coluna.

E o inglês? No caminho para o trabalho vou ouvindo podcasts ou áudios de vídeos que me permitem ao menos treinar o listening. Além disso sempre dou uma de louco e simulo diálogos comigo mesmo pra treinar o speaking. Então se você ver um louco de bike falando inglês sozinho, prazer, você acaba de conhecer o Corey.

Com essa simples atitude, de deixar a preguiça de lado e montar em cima da bike eu consegui vencer pseudo-problemas, me exercitar e praticar o inglês com o bônus de economizar gasolina e muitas vezes, tempo. Falando em bike, economia, saúde e inglês, leia o excelente artigo do Mr Money Mustache: http://www.mrmoneymustache.com/2012/05/07/what-do-you-mean-you-dont-have-a-bike/

A vida é simples, a gente que complica demais!




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