sábado, 3 de dezembro de 2016

De Volta ao Controle de Gastos

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

(antes de mais nada gostaria de saber se mais alguém não gostou do novo layout do blogger e se existe a possibilidade de retornar ao anterior onde era possível ver numa única página os comentários pendentes de visualização e as visualizações do dia (únicos parâmetros que me interessam))

2017 está batendo na porta e resolvi fazer algo que a algum tempo não fazia: um orçamento e controle de gastos. Fazem pelo menos 2 anos que parei de fazer orçamentos e controle de gastos e foquei no ganho de dinheiro achando que isso era o certo a ser feito e que fazer orçamentos só me fazia perder tempo, tempo esse que seria melhor investido caso ganhasse dinheiro. Bullshit! Pra resumir a conversa: nos últimos 2 anos sem fazer controles acabei socando um monte de dinheiro no orifício anal porque não se controla aquilo que não se conhece, a partir da hora que deixei de acompanhar meus gastos pessoais de perto comecei a perder dinheiro. Fato! Esse "tempo desperdiçado em controlar despesas" com certeza não foi utilizado pra ganhar dinheiro, ou seja, perdi dinheiro e tempo. Não vou entrar em detalhes como e onde perdi dinheiro porque também não estou a fim de chorar sobre o leite derramado, mas posso adiantar que isso aconteceu nas pequenas despesas, nos gastos desnecessários de combustível, nos cafés do Starbucks, nas revistas de aviação, nas compras exageradas de mercado, etc.

Desde que me conheço por gente tenho por costume de fazer controle de gastos e orçamentos. Não faço a menor ideia de como aprendi isso porque meu pai controla gastos da seguinte maneira: tem dinheiro, gasta; não tem dinheiro gasta do mesmo jeito porque o cartão de crédito tem limite. Quando criança juntava os caraminguá que ganhava de "mesada" e dos trampos que fazia, provisionava pra alguma compra que tinha vontade, etc. (observação: eu era péssimo em matemática na escola ao mesmo tempo que sabia dividir despesas grandes em provisionamentos mensais, calculava porcentagem, juros compostos, etc... é, está tudo errado no sistema de ensino). Quando comecei a trabalhar eu criei o método de envelopes (digo criei porque ninguém nunca me apresentou isso, tempos depois fiquei sabendo que outras pessoas faziam o mesmo), tinha diversos envelopes onde separava dinheiro para as despesas corriqueiras: gasolina, garagem, motel, restaurante, etc. Esse método me serviu muito bem até poucos anos atrás quando decidi concentrar minhas despesas no cartão de crédito para ao mesmo tempo simplificar e juntar milhas. Simplificar, simplificou. Fiz algumas viagens "grátis" com as milhas do cartão, além de ganhar upgrades e receber cartões com limites absurdos ou mesmo sem limite. Valeu a pena? Não tenho uma resposta.

O fato é que a facilidade de pagar com cartão faz sim você gastar mais, mesmo quem é controlado, sabe que cartão é uma ferramenta de compra e sabe o valor da fatura de cor acaba gastando um pouco mais da conta... A fatura nem sempre coincidir com o mês, ou seja, as vezes a despesa de um mês será paga só 2 meses depois faz com que se perca um pouco o controle de quanto está sendo gasto naquele determinado mês. Você sente a necessidade de segurar um pouco das despesas mas ao mesmo tempo tem uma big fatura do mês anterior. Viajar com milhas é legal mas é estressante ficar correndo atrás de melhores datas pra viajar, promoções pra dobrar milhas, etc. No fim das contas é melhor comprar uma passagem promocional e fim de papo. Não vejo vantagem no fato de postergar o pagamento de alguma coisa enquanto se ganha juros em cima ou demais operações complexas que as pessoas fazem. Não gosto de dívidas de nenhuma origem, nem boas muito menos ruins. Ou seja, cartão de crédito no momento atual da minha vida não é muito interessante.

Essa vontade de controlar melhor os gastos veio junto com a independência financeira, ok, estamos trabalhando e ganhando dinheiro mas nos comprometemos a viver somente com nossa renda passiva, ou seja, hoje a retirada das empresas vão para uma poupança que estamos fazendo para um período sabático. Todo dinheiro que gastamos é proveniente da renda passiva que obviamente não é tão grande assim, aliás digo que sou financeiramente independente porém não rico. Minha renda passiva cobre com folga nossas despesas básicas mas pra qualquer outra coisa é necessário trabalhar ou tirar dinheiro de outro lugar. Não existe milagre. Dentro desse cenário achei prudente ter um controle melhor de gastos junto com um orçamento que dê um norte.

Pra facilitar abri uma conta sem tarifas e transfiro pra lá os recursos que serão usados para nossa subsistência. Nessa conta são feitos os pagamentos de aluguel, contas de consumo, plano de saúde (tenho dúvidas se vale a pena manter essa despesa, mas é assunto pra outro dia), usamos o cartão de débito pra pagar todo o resto. O aplicativo do banco permite ter um controle dinâmico de onde o dinheiro está indo e isso é muito bom. Depois transfiro tudo pro excel e faço os cálculos. Sei de aplicativos que podem ajudar nisso mas não testei nenhum, aceito sugestões. Estamos no segundo mês dessa estratégia e está se demonstrando bem interessante e fácil de manter mas acredito que o fator fundamental é nossa vontade de fazer esse controle mais rigoroso.

Não estou focando em orçamento porque realmente não sei como será 2017, muita coisa estar por vir... Saber onde o nosso dinheiro vai se mostra suficiente nesse momento. Uma coisa que pretendo voltar a fazer em 2017 é controle dos investimentos como era feito no começo do blog, através da planilha do AdP, tudo certinho (os valores continuarão sem ser divulgados). Hoje tenho tudo na cabeça o que obviamente não é maneira mais eficaz de controlar as coisas. Espero escrever mais sobre esses assuntos "de raiz" que nunca saem de moda ao mesmo tempo que são extremamente importantes em qualquer fase da vida.

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