terça-feira, 19 de junho de 2012

Semi Aposentadoria - Parte 1

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Nós, blogueiros, as vezes temos a infeliz mania de querer coisas irreais e inalcançáveis, seja rendimentos de 5% ano mês na renda fixa, desempenho 200% acima do Ibovespa, ou viver uma vida de jogador de futebol com apenas 1 milhão de reais (essa é pra você Pobretão!!), ou seja, viajamos na maionese. Comigo não é diferente, sempre me vejo querendo coisas que embora possíveis, são difíceis de atingir ou exigem um esforço sobre humano pra ser alcançado. Sempre tento apagar rapidamente essas ideias da minha cabeça, antes que me veja alimentando sonhos idiotas, prefiro muitas vezes ser pessimista nos planejamentos, já que qualquer coisa que vier além do planejado é lucro e me deixará feliz.

Não tenho pretensão de "ficar rico", até porque isso é algo muito subjetivo. Meu único objetivo é alcançar a liberdade financeira onde os rendimentos dos meus ativos paguem pelo menos parte das minhas despesas fixas, me deixando mais livre para escolher o que fazer profissionalmente. Por outro lado, pra minha realidade, não é viável esperar 10 ou 15 anos pra conquistar isso. Já disse e repito: não gosto do meu trabalho e o faço única e exclusivamente pra ganhar dinheiro, então essa é uma situação insustentável no longo prazo.
Prefiro ser um funcionário assim...
Aí que entra o conceito de Semi-Aposentadoria apresentado pelo Investidor Defensivo lincado do blog Investimentos e Finanças que parou de ser atualizado (uma pena). Segundo esse conceito, invés de camelar durante 10, 15 anos juntando cada centavo pra formar uma big bola de neve que te sustente pro resto da vida sem trabalhar, seria mais viável juntar os dividendos provenientes de uma bolinha de neve menor, formada a custo de menos suor, com o salário de uma ocupação profissional "melhor". Entendo por ocupação melhor, aquele que você trabalhe com algo que goste, que tome menos tempo, mesmo sendo menos remunerado.

No meu caso, acredito que essa ocupação profissional melhor, seja algo relacionado com minha formação acadêmica, onde eu possa seguir regras e não cria-las. Sim, é isso mesmo que você leu, tenho vontade de ser só mais um assalariado. Aí você diz: mas Corey, você tem a ocupação que muita gente quer, você tem sua empresa, não tem chefe chato nem precisa seguir ordens de alguém que não sabe o que fala. Eu respondo: tudo isso é verdade, mas não serve pra mim, não gosto disso, sou do contra! 

Minha área de formação superior é relativamente bem remunerada, há espaço para um profissional com meu perfil, as empresas oferecem bons benefícios e existem várias formas de trabalho. Saber que terei folgas, férias e previsibilidade de recebíveis é algo que melhoraria muito minha qualidade de vida, por isso pretendo partir pra esse lado. Se eu tiver um trabalho onde sinta certo prazer em fazer (até porque amor ao trabalho não existe), tenha uma remuneração justa, folgas e férias, então não vejo necessidade de parar totalmente de trabalhar, até porque "cabeça vazia é oficina do capeta"!

...que um chefe assim!
Parar de trabalhar pra ficar em casa coçando o saco é algo que me trará mais problemas que resultados. Para sustentar a vida que eu gostaria (fazer a Bia parar de trabalhar e viajar 35 dias no mês) é necessário acumular muito mais grana do que estou disposto a trabalhar pra ter. Então, no meu caso, arrumar um meio termo é o mais interessante, esse meio termo é uma semi-aposentadoria, onde parte dos meus gastos seja paga com fruto do meu trabalho (mais equilibrado) e parte pelos rendimentos dos meus investimentos.


Na próxima vou falar como estou planejando minha semi-aposentadoria. Recomendo a leitura dos artigos que linquei logo a cima.

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