sexta-feira, 29 de junho de 2012

[Off] O amor, ahhhh o amor...

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

O amor é uma flor roxa que nasce no coração dos trouxa... Esse ditado infantil é uma das maiores verdades do mundo! O amor, e não estou falando apenas do amor de casal e sim qualquer forma de amar alguém ou algo, é um sentimento lindo, mas que traz graves efeitos colaterais.

O fato é que o amor acontece, não existe maneira de fazer alguém amar ou não uma pessoa. Não existe amor compulsório. Posso, por exemplo, não amar minha mãe ou amar loucamente um amigo. É assim, pronto e acabou! A maioria das pessoas propaga a ideia que amar é uma das melhores coisas do mundo, o sentimento mais belo, etc e tal. Sim, isso pode ser verdade, amar alguém pode trazer muita coisa boa, mas também muitas coisas ruins.

Quando você ama quase sempre coloca a felicidade da pessoa amada acima da sua e pra isso é capaz de cometer loucuras, crimes, enfim qualquer coisa. Isso pode trazer muito mais prejuízo que benefício no longo prazo. Quantos crimes passionais acontecem, quantas pessoas fazem merda em prol de outra. Ontem mesmo li no jornal o caso de uma filha que fingiu ter uma arma, fez os funcionários de uma operadora de plano de saúde reféns pra forçar a liberação do pagamento da quimioterapia do pai que tem câncer no cérebro. Conseguiu a liberação, mas responderá processos. Atire a primeira pedra que não faria o mesmo.

Quando você ama alguém e é feliz ao lado dessa pessoa, sente-se realizado, um sentimento sem igual, só que passa ou passou por isso sabe. E quando acontece um problema com a pessoa amada? A desestruturação acontece imediatamente, você sente-se frágil e muitas vezes incapaz de ajudar a pessoa amada. Esse é um dos piores sentimentos que uma pessoa pode sentir.

Isso porque não toquei no assunto mais delicado: morte. Você passa um determinado período amando incondicionalmente uma pessoa e ela morre. Claro que você imagina que seus pais, avós e pessoas bem mais velhas que você morrerão antes, mas mesmo assim, duvido que uma pessoa esteja preparada pra perder um ente querido. Pior acontece quando quem morre é um companheiro ou um filho, teoricamente essas pessoas deveriam demorar mais pra morrer. Duvido que a perda de uma pessoa que realmente você ame, ame mesmo, de verdade, com toda a força e entrega possíveis, será reparada. Não acredito que isso possa acontecer.

Certa vez, ainda na adolescência, li uma história de uma senhora, de uns 70 e poucos anos, que perdeu o noivo, morto durante a segunda guerra. Era uma amor jovem, de pessoas muito jovens. Ela acabou conhecendo um outro homem e com ele fez a vida, teve filhos e uma família padrão. Na entrevista ela dizia que em momento algum da vida, escondeu do marido que o único homem que ela realmente amou fora seu noivo morto na guerra. Essa mulher amargou a dor de uma amor perdido durante mais de 50 anos.

Sei que posso estar falando um monte de besteiras, não espero comentários, talvez eu esteja um pouco depressivo, mas esse é o espaço que tenho pra falar o que passa na cabeça sem ser julgado. Sou um cara muito estranho e cada dia que passa me dou conta que essa estranheza muitas vezes me faz mal. Evitar o amor é algo que inconscientemente eu tenho feito, por outro lado, acabo voltando esse amor reprimido pra aquilo que já amo: a Bia, meu cachorro e talvez mais algumas coisas. Isso que sinto, de maneira alguma é algo saudável, muito pelo contrário, isso prejudica e continuará prejudicando de maneira irreversível minha vida.

A mensagem que deixo é: EQUILÍBRIO. Tente equilibrar, não seja caxias nem xiita. Deixe a vida te levar um pouco, não se bitole.

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