sexta-feira, 13 de abril de 2012

[Off] - O preconceito nosso de cada dia

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Você pode jurar que não, mas com certeza tem algum tipo de preconceito. Eu também tenho, afinal sou humano e com certeza o ser humano não é a melhor espécie que habita a Terra.

Não acho que preconceito seja algo totalmente deletério, discriminação sim, é algo abominável, podemos ter preconceito e não discriminar. Veja bem, o preconceito, como a própria palavra diz é a formação de um conceito sobre uma pessoa, coisa ou seja lá o que for, antes mesmo de conhece-la. Existe o preconceito ruim e também o bom. O preconceito ruim é aquele que conhecemos, ou seja, preconceito contra negros, homossexuais, etc. O preconceito bom é algo pouco comentado. Um exemplo: a grande maioria dos leitores homens (e por que não mulheres) acham as Panicats símbolos de beleza e gostosura. Agora a pergunta: quantos que estão lendo isso já transaram com uma Panicat? É meu amigo, você está sendo preconceituoso quando chama a Juju Salimeni de gostosa.

Preconceito x Discriminação

Acredito que todo preconceito tem um fundamento, por mais absurdo e irracional que seja. Por exemplo, quando os primeiros carros chineses desembarcaram no Brasil, logo muita gente começou a “pregar” que não prestavam, que eram descartáveis, inseguros, etc. Por quê? Muitos produtos chineses que utilizamos possuem qualidade duvidosa, vide o exemplo dos celulares “xing-ling” que possuem TV, internet, rádio, ar-condicionado, batedeira de bolo e pára-quedas, mas que na realidade servem muito mal como telefones. Passado um tempo, vimos que alguns carros chineses possuem mais qualidade que muitos carros nacionais.

Usando o exemplo dos carros chineses, o preconceito pode servir como um “pé-atrás”, mas jamais como discriminação. É saudável dizer que irá a uma concessionária conhecer o carro, fazer um test-drive, esperar um período para ver se ocorrem problemas, etc. Não é saudável dizer simplesmente que o carro não vale nada e que jamais compraria. Perceberam a diferença? Uma coisa é preconceito, outra é discriminação.

Eu sou preconceituoso

Como todo e qualquer humano que não se ampara em discursos politicamente corretos, eu assumo que tenho preconceitos. Tenho preconceito com pobres, como diria o Lord, com a classe D. Por quê? Oras, porque a atitude desse pessoal me incomoda, atrapalha minha vida. Tenho preconceito com qualquer pessoa que tenta se sobressair da multidão, isso inclui:

  Ø  pé-rapado ouvindo funk no talo no seu Gol quadrado rebaixado, com rodas orbitais e envelopado de preto fosco;
  Ø  político filho-de-uma-puta-barata que passa no meu comércio tentando angariar votos para a próxima eleição;
  Ø  pessoas barraqueiras, que gritam na rua, dão risada alto e possuem atitudes fora da normalidade;
  Ø  cidadões da nova classe C que se acham os fodões por ter um Celta financiado, um i-phone e camisas Lacoste;
  Ø  homens que só sabem falar de bunda ou futebol e enxergam mulher como um cachorro olhando um frango de padaria.

Não sou preconceituoso

Não consigo entender o preconceito com homossexuais, não há relação entre uma pessoa fazer sexo com outra do mesmo sexo e ser uma pessoa inferior. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. No pouco contato que tive com homossexuais assumidos percebi que na maioria são culturalmente mais ricos, costumam ser mais educados e melhores profissionais. Por outro lado tenho preconceito com um tipinho muito comum: o tiozão asqueroso, machão que se gaba por ter 3 amantes e gandaiar enquanto a esposa fica cuidando dos filhos.

Entendo que mulheres também podem ter pensamentos libidinosos e fantasias sexuais hard core assim como 99,9% dos homens. Mulher pode, e deve, consumir pornografia. Mulher pode querer transar com 2, 3 ou 1000 homens ao mesmo tempo, isso é muito saudável, sério, acredito que uma boa dose de promiscuidade com segurança não faz mal a ninguém. Acredito que se você tem vontade de transar com uma pessoa do mesmo sexo, deve faze-lo para matar a curiosidade, o que há de errado nisso?

Tenho amigos “negões”, e esses são pessoas que não fazem apologia ao racismo, ao contrário da maioria dos negros. Tenho amigos branquelos que não saem por aí com camisas escrito “100% branco”.Procuro tratar todos os clientes da minha loja da mesma maneira, mas confesso que tenho asco de alguns, principalmente aqueles que não usam bom dia, boa tarde, boa noite e obrigado; além daqueles clientes “Google”, ou seja, que pesquisam duas linhas sobre um produto e querem saber mais que os profissionais do ramo
.
Conclusão

Acredito que uma dose de preconceito pode não ser prejudicial, o intolerável é a discriminação. Todos nós já sentimos uma dose de discriminação alguma vez na vida e ao menos que sejamos totalmente frios, não nos sentimos bem com isso. Então, obviamente temos o dever de tentar guardar nosso preconceito sem discriminar ninguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário