sábado, 12 de abril de 2014

Sumiço e Novo Negócio

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Estou aqui para me desculpar pelo sumiço essa semana, eu havia prometido uns textos bacanas e estou em débito com vocês, tenho vários rascunhos prontos mas estou sem tempo para conclui-los. Esse ano a correria não está dando trégua, primeiro foram os problemas com funcionários na loja, coisa que aparentemente está sobre controle, depois veio a troca de carro e todo o tempo perdido nisso, agora aparece um novo e excitante negócio.

Sabe aquele ditado que diz que você nunca deve fechar a porta ao sair de um emprego? Pois é, ele está absolutamente certo! Alguns dias atrás recebi um telefonema de um cara que não falava a mais de 10 anos, ele era sócio do meu primeiro patrão, na época eu era um adolescente faminto por dinheiro e ele sempre me aconselhava bastante. Foi com ele que falei quando pedi demissão e mesmo sendo contra as regras da empresa na época, fez questão de me "demitir" para que eu pudesse sacar o FGTS, pagou absolutamente tudo certinho e ainda me deu vários conselhos. Pois bem, foi uma grata surpresa receber um telefonema dele... Marcamos um encontro pra conversar numa cidade do interior onde ele reside atualmente.

O cara está bem de vida, aposentado, uma vida tranquila mas não consegue ficar parado por isso dá uma de corretor de empresas e me chamou para apresentar um negócio bem interessante que caiu em suas mãos. Uma pequena rede de lojas do meu ramo de atuação que está mal administrada, o fundador vendeu a rede para um empresário workaholic da região que por ter dinheiro e tocar várias empresas diferentes pensou que aquilo seria uma mina de dinheiro mas acabou se enrolando por não achar administradores para o negócio. Bom, ouvi tudo o que tinha que ouvir, visitei as lojas, conversei com o proprietário que não sabe sequer o faturamento das lojas, baixei planilhas, puxei relatórios, conversei com os gerentes das lojas (que foram emprestados de outras empresas do proprietário e não sabem nada sobre o ramo) e voltei pra casa. Resumindo o resumo do sumário: o negócio é extremamente viável!

O negócio é grande (para meus padrões), exige uma carga de trabalho considerável e obviamente, investimento em melhorias. Não tenho nem grana suficiente nem saco pra tentar tocar uma pica dessas sozinho, então fui atrás de alguns "bróders" meus. Procurei um parceiro comercial com o qual já fiz negócios e um outro "amigo" (amigo não, é mais um colega que amigo...) que poderiam entrar nesse negócio comigo. Todos se interessaram, conversamos bastante e pode ser que de certo. Juntos temos qualidades suplementares: sou melhor na parte administrativa, o parceiro é melhor na lida com funcionários e o amigo excelente negociador. Todos tem dinheiro em partes iguais e pensamos de maneira bem semelhante (entenda a importância disso aqui e aqui no Blog do Bye Bye Brasil)

Se eu fechar esse negócio estarei virando minha vida do avesso: precisarei me desfazer de toda poupança da IF, mudar para outra cidade, abandonar os planos de imigração (ao menos por enquanto, no médio prazo essa empresa pode me ajudar) e principalmente, terei que trabalhar bastante durante um bom período de tempo sem ter retorno financeiro. Além disso eu teria sócios que é algo que sempre evitei. Se tudo der certo, a rentabilidade pode ser fantástica. Se der errado estarei em sérios apuros tanto financeiro quanto psicológico. Além de investir dinheiro do bolso ainda teremos que alavancar uma porcentagem grande do valor total do investimento. Engraçado como embora tudo isso pareça loucura e eu saiba exatamente o tamanho da mandioca que terei que encarar, estou bem empolgado com a possibilidade desse negócio dar certo. Meu Deus, será que estou virando um desses empresários babacas que dão entrevistas no Show Business dizendo que adoram trabalhar 18 horas por dia?

Lembrei de um cara que conheci durante uma viagem, ele era dono de uma rede de concessionárias de carro no sul. Segundo ele a carga de trabalho que tinha era exagerada e ele não conseguia diminuir o ritmo por causa da própria fábrica dos carros que obrigava uma determinada taxa de expansão. Diz ele que o tamanho que atingiu era mais que o suficiente pra viver de maneira muito confortável, mas a empresa controladora da marca podia tirar a representação dele caso não atingisse determinadas metas... O cara virou escravo e empregado do próprio negócio. Tenho muito medo de me ver numa condição dessas e um negócio desse porte tem grande chance de me enfiar num caminho sem volta... Enfim, estou com uma mistura de medo, empolgação, alegria e tristeza... Vou deixar rolar, outra coisa que costumo acreditar é que as coisas fluem como um rio, se tudo fluir de maneira calma, sem maiores entraves, é sinal que dará certo, caso contrário, se algo começar a cheirar mal, serei o primeiro a pular fora do barco. No mundo dos negócios você deve ser racional, mas sem abrir mão da intuição.

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