Mil novecentos e noventa e quatro, um garoto em sua primeira década de vida, envolto com a ânsia de conhecimento que de vez em quando invade uma criança, simplesmente decora dados sobre uma categoria esportiva: campeões, recordes, nomes importantes... Essa criança acorda nos domingos pela manhã com toda energia, torce para seu ídolo e enxerga ali todo o seu ideal de vida: ser um campeão seja lá no que for, ser bravo, vencer o adversário de forma ética e gloriosa. A televisão vinte polegadas na sala nada mais é que uma máquina que conecta seu coração com o coração do seu ídolo, do outro lado do mundo.
De maneira abrupta, no primeiro dia do mês de maio, esse ídolo se vai, o menino descobre que seu ideal de vida é feito de carne e osso, tanto quanto qualquer um ao seu lado. Pela primeira vez na vida esse garoto sente uma tristeza profunda, uma tristeza que inconscientemente mudaria muita coisa nos próximos vinte anos em sua vida. No dia seguinte, uma segunda feira, o tradicional ânimo escolar, a vontade de comentar do fim de semana simplesmente abandona as crianças, o clima é pesado, a tristeza é nítida, os professores cabisbaixos tentam, sem muito sucesso, animar aquelas crianças. Aquele fim de semana jamais seria esquecido, aquele clima tenso e triste, jamais abandonaria aquelas crianças.
Aquele cara que inesperadamente se foi não fazia ideia que, graças a ele, o garoto e seus colegas aprenderam lições da escola: na geografia descobriram que Adelaide não é a capital da Austrália, que Suzuka fica no Japão e que, por esses países estarem no outro lado do mundo, o fuso horário fazia com que fosse preciso acordar de madrugada para assistir a corrida. Mônaco é um território independente da França. Aprenderam ciência: a borracha aquecida dos pneus facilita o atrito com o solo, melhorando a estabilidade, aprenderam funciona um aerofólio: uma asa de avião invertida. Aprenderam matemática ao perceber que milésimos de segundo faziam diferença a cada volta. E também aprenderam que é preciso treinar, mas que muitas vezes se faz necessário apenas aprimorar talentos.
A partir daquele dia, o esporte perdeu toda a graça e durante o restante do ano, o garoto e seus colegas de escola guardam luto, muitos pela primeira vez na vida, da maneira que podiam: escrevem seus deveres escolares somente de caneta preta e no rodapé de cada atividade entregue ao professor é gravado com toda a sinceridade as palavras que jamais sairiam da cabeça: VALEU SENNA!
De maneira abrupta, no primeiro dia do mês de maio, esse ídolo se vai, o menino descobre que seu ideal de vida é feito de carne e osso, tanto quanto qualquer um ao seu lado. Pela primeira vez na vida esse garoto sente uma tristeza profunda, uma tristeza que inconscientemente mudaria muita coisa nos próximos vinte anos em sua vida. No dia seguinte, uma segunda feira, o tradicional ânimo escolar, a vontade de comentar do fim de semana simplesmente abandona as crianças, o clima é pesado, a tristeza é nítida, os professores cabisbaixos tentam, sem muito sucesso, animar aquelas crianças. Aquele fim de semana jamais seria esquecido, aquele clima tenso e triste, jamais abandonaria aquelas crianças.
Aquele cara que inesperadamente se foi não fazia ideia que, graças a ele, o garoto e seus colegas aprenderam lições da escola: na geografia descobriram que Adelaide não é a capital da Austrália, que Suzuka fica no Japão e que, por esses países estarem no outro lado do mundo, o fuso horário fazia com que fosse preciso acordar de madrugada para assistir a corrida. Mônaco é um território independente da França. Aprenderam ciência: a borracha aquecida dos pneus facilita o atrito com o solo, melhorando a estabilidade, aprenderam funciona um aerofólio: uma asa de avião invertida. Aprenderam matemática ao perceber que milésimos de segundo faziam diferença a cada volta. E também aprenderam que é preciso treinar, mas que muitas vezes se faz necessário apenas aprimorar talentos.
A partir daquele dia, o esporte perdeu toda a graça e durante o restante do ano, o garoto e seus colegas de escola guardam luto, muitos pela primeira vez na vida, da maneira que podiam: escrevem seus deveres escolares somente de caneta preta e no rodapé de cada atividade entregue ao professor é gravado com toda a sinceridade as palavras que jamais sairiam da cabeça: VALEU SENNA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário