Veja o primeiro Pérolas do Empreendedorismo aqui.
A pérola de hoje vem da propaganda do Sebrae que anda rolando por aí, tanto no Pequenas Empresas Grandes Negócios quando no Show Business. Assista o vídeo abaixo a partir dos 18:34 (só o comercial, é curtinho, uns 30 segundos, vale a pena):
A propaganda exalta uma das maiores merdas que um empresário pode fazer: ser centralizador, se dedicar totalmente a empresa e esquecer da vida pessoal. Infelizmente essa é a realidade da grande maioria dos micro-empresários, mas de maneira alguma é uma coisa saudável a ponto de ser exposto num comercial. Engraçado como a glamurolização do empreendedorismo é uma coisa idiota: idolatra pessoas super-ocupadas, pessoas que abandonam a vida particular em prol do projeto da empresa... Meu Deus do céu, isso não faz o menor sentido!!!
No começo da minha vida de empreendedor eu era idiota e imaturo o suficiente pra achar normal ter que trabalhar 80, 90 horas por semana, tinha até orgulho disso batendo no peito para os colegas de faculdade que eu era o único que trabalhava de domingo! Puta que pariu, como isso é idiota, hoje consigo perceber... Essa época me deixou sequelas físicas: calvice, gastrite, dores lombares por ficar de pé muito tempo com calçado inadequado e olheiras profundas com os quais tenho que conviver até hoje. Outros problemas foram eliminados como o stress crônico, dez quilos, hipertensão e uma quase internação por crise de nervos, isso tudo num cara de vinte e poucos anos.
Na loja atual faço de tudo pra escapar desse estigma de dono de comércio: não abro e fecho a loja, não almoço nas vizinhanças, não sou barrigudo, meu ciclo de amizade não é formado pelos comerciantes locais, muito pelo contrário, conheço somente 2 comerciantes vizinhos pelo nome. Tem dado certo, mas isso soa como desleixo. Comentários já vieram parar nos meus ouvidos: "O Corey não para na loja", "desse jeito não vai pra frente", "os funcionários vão quebra-lo", etc. Engraçado que em dois anos quadrupliquei o valor da empresa e até onde sei não devo 1 real na praça, tudo isso sem ter que encarar a rotina desgraçada de ficar o dia inteiro na empresa enquanto a família fica jogada pra escanteio.
Veja o cronograma padrão do crescimento profissional/financeiro do microempresário brasileiro:
- Com pouco capital o cara compra uma lojinha, trabalha 100 horas por semana e vai crescendo;
- Compra carro, compra casa, faz uma mega festa de casamento,
- Compra casa na praia, mas quem usa é a mulher, afinal o cara tem que trabalhar,
- A esposa arruma outro (afinal o cara nunca tá presente), o marido descobre, se separam, a casa, os carros, a casa da praia ficam com a mulher,
- O cara fica com a loja e provavelmente com dívidas a pagar para esposa, continua trabalhando 100 horas por semana ou se suicida.
(pode parecer exagero, mas consigo pensar em pelo menos 5 casos semelhantes a esse)
O exemplo da propaganda do Sebrae serve também pra percebermos qual tipo de instituição eles são. Se uma instituição de apoio ao empreendedor acha normal que o empresário se mate de trabalhar, coma fast food e abra/feche diariamente o negócio, imagine o que eles devem ensinar por lá.
Infelizmente essa doideira sempre acontecerá no começo do projeto, mas JAMAIS deve continuar pra sempre!
A pérola de hoje vem da propaganda do Sebrae que anda rolando por aí, tanto no Pequenas Empresas Grandes Negócios quando no Show Business. Assista o vídeo abaixo a partir dos 18:34 (só o comercial, é curtinho, uns 30 segundos, vale a pena):
A propaganda exalta uma das maiores merdas que um empresário pode fazer: ser centralizador, se dedicar totalmente a empresa e esquecer da vida pessoal. Infelizmente essa é a realidade da grande maioria dos micro-empresários, mas de maneira alguma é uma coisa saudável a ponto de ser exposto num comercial. Engraçado como a glamurolização do empreendedorismo é uma coisa idiota: idolatra pessoas super-ocupadas, pessoas que abandonam a vida particular em prol do projeto da empresa... Meu Deus do céu, isso não faz o menor sentido!!!
No começo da minha vida de empreendedor eu era idiota e imaturo o suficiente pra achar normal ter que trabalhar 80, 90 horas por semana, tinha até orgulho disso batendo no peito para os colegas de faculdade que eu era o único que trabalhava de domingo! Puta que pariu, como isso é idiota, hoje consigo perceber... Essa época me deixou sequelas físicas: calvice, gastrite, dores lombares por ficar de pé muito tempo com calçado inadequado e olheiras profundas com os quais tenho que conviver até hoje. Outros problemas foram eliminados como o stress crônico, dez quilos, hipertensão e uma quase internação por crise de nervos, isso tudo num cara de vinte e poucos anos.
Na loja atual faço de tudo pra escapar desse estigma de dono de comércio: não abro e fecho a loja, não almoço nas vizinhanças, não sou barrigudo, meu ciclo de amizade não é formado pelos comerciantes locais, muito pelo contrário, conheço somente 2 comerciantes vizinhos pelo nome. Tem dado certo, mas isso soa como desleixo. Comentários já vieram parar nos meus ouvidos: "O Corey não para na loja", "desse jeito não vai pra frente", "os funcionários vão quebra-lo", etc. Engraçado que em dois anos quadrupliquei o valor da empresa e até onde sei não devo 1 real na praça, tudo isso sem ter que encarar a rotina desgraçada de ficar o dia inteiro na empresa enquanto a família fica jogada pra escanteio.
Veja o cronograma padrão do crescimento profissional/financeiro do microempresário brasileiro:
- Com pouco capital o cara compra uma lojinha, trabalha 100 horas por semana e vai crescendo;
- Compra carro, compra casa, faz uma mega festa de casamento,
- Compra casa na praia, mas quem usa é a mulher, afinal o cara tem que trabalhar,
- A esposa arruma outro (afinal o cara nunca tá presente), o marido descobre, se separam, a casa, os carros, a casa da praia ficam com a mulher,
- O cara fica com a loja e provavelmente com dívidas a pagar para esposa, continua trabalhando 100 horas por semana ou se suicida.
(pode parecer exagero, mas consigo pensar em pelo menos 5 casos semelhantes a esse)
O exemplo da propaganda do Sebrae serve também pra percebermos qual tipo de instituição eles são. Se uma instituição de apoio ao empreendedor acha normal que o empresário se mate de trabalhar, coma fast food e abra/feche diariamente o negócio, imagine o que eles devem ensinar por lá.
Infelizmente essa doideira sempre acontecerá no começo do projeto, mas JAMAIS deve continuar pra sempre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário