domingo, 2 de março de 2014

Imigração: Resumão de Onde e Como Imigrar

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Quem acompanha o blog sabe que um dos meus planos é me mudar para fora do Brasil. Tenho milhões de motivos para isso, me sinto totalmente deslocado no meio de tanta coisa errada nesse país, portanto, os incomodados que se mudem, eu mudarei! Muitos patriotas me criticam por querer fazer isso, outros ficam ofendidinhos ao ouvirem críticas ao seu maravilhoso país e falam que eu devo mesmo me mudar porque o Brasil não precisa de gente ingrata como eu (ui!).

Mudar para outro país exige uma carga enorme de pesquisa e desafios, sendo o primeiro e mais importante conseguir um visto válido para moradia, o que é bem complicado na maioria dos países decentes para se viver. Viver fora de status não é uma opção para Bia e eu (pelo menos "ainda" não), por diversos motivos entre eles por não ter que ficar preso num país sem poder sair ou viver com medo de se meter em algum problema e ser deportado, etc. Outro fator importante pra mim é o clima, gostaria muito de morar numa região ensolarada e quente, mas sei que isso é complicado em se tratando de países de primeiro mundo, então estou deixando essa exigência de lado. As principais opções por órdem de preferência seriam:

1- Estados Unidos: o queridinho de quem deseja imigrar. É a terra das oportunidades, onde todos com muito trabalho conseguem ter uma vida muito mais que digna. Minha identificação com os EUA se dá também pela educação da população, as oportunidades ao empreendedorismo e ao "capitalismo selvagem" deles que na minha opinião é a melhor maneira de desenvolver uma população. O grande problema é se manter legalmente por lá. Minha ideia, caso optasse pelos EUA, seria ir com visto de estudo de inglês (Bia e eu), renovaria para fazer uma faculdade, arrumaria um emprego na área e aplicaria para o green card. Veja o processo muito bem explicado no Blog do Renato. Os problemas principais são: durante o curso de inglês Bia e eu não poderíamos trabalhar legalmente, durante minha faculdade Bia não poderia trabalhar e eu somente no campus ou com autorização de trabalhado limitada; isso influencia no custo. Após a faculdade eu teria necessariamente que arrumar um emprego para conseguir dar prosseguimento ao processo de imigração. Principal problema: ter que cursar outra faculdade, ainda mais em inglês!

2- Canadá: não conheço o Canadá, mas todos dizem que ele é um país ainda mais civilizado que os EUA (não sei como...), com forte presença de imigrantes o que contribui para a empregabilidade de quem vem de fora. O Canadá é aberto a imigrantes com determinadas profissões, possui processos federal e provinciais de imigração que ao todo são mais de 50 maneiras de imigrar. Minha profissão de formação está na lista das que o Canadá precisa, porém o processo de imigração federal é dificílimo, ainda mais para quem está fora do país. A ideia seria ir para cursar inglês e fazer outra faculdade da mesma maneira que seria nos EUA. A vantagem é a possibilidade de se trabalhar legalmente durante a estadia. As chances de imigração legal são muito boas, mas trabalhar fora de status pode complicar o processo, ao contrário do que acontece nos EUA. O Canadá apesar do frio, é o país que mais tem chance de me receber, rsrs!

3- Europa: poderia conseguir a cidadania européia, mas pelo que pesquisei meu caso é um daqueles que demoram anos e muitas vezes são inviáveis, sem contar a grana pra conseguir. Mandei alguns e-mails para empresas que cuidam disso no país dos meus antepassados mas ainda não obtive resposta. Na boa, ir para Europa seria meu plano C. Gostei da maioria dos países que visitei lá (menos França e Holanda), me identifico com a maneira minimalista de viver do Europeu (totalmente diferente do americano), mas não me vejo morando por lá. Isso sem contar que as oportunidades de trabalho são bem menores. De qualquer maneira, ter o passaporte europeu seria um porto seguro caso o Brasil vire uma Venezuela...

4- Austrália e Nova Zelândia: pelo pouco que pesquisei esses dois países da Oceania possuem programas de imigração similares ao Canadá, a grande vantagem seria o clima, mas o alto custo de vida, distância do Brasil e inglês muitas vezes ininteligível são desafios. Tenho um amigo em Wellington a dez anos, mas ele vive fora de status, não pôde vir para o funeral de um parente por causa disso... Creio que não posso descartar essas opções, é preciso pesquisar mais.

Vários outros fatores estão envolvidos, entre eles algo que para muitos pode soar como desculpa esfarrapada mas é algo muito importante para nós: cachorro. Meu cachorro tem problemas respiratórios e circulatórios que poderiam causar uma crise dentro de um avião levando-o a morte. Vários veterinários são unânimes em dizer que não devemos viajar com ele. Isso sem contar os transtornos de se viajar com cachorro e possíveis problemas na imigração. Por isso que digo: cachorro é muito legal, mas dá MUUUUUUIIIITTTTOOOOOO trabalho e causa muitos problemas (leia mais aqui).

Trocar uma vida confortável e tranquila, com pouco trabalho no Brasil por uma mudança radical que demandaria muito trabalho e estudo em outro idioma no exterior também é um grande desafio e barreira psicológica a ser superados. Não vou negar que dá preguiça de pensar numa mudança dessas, mas é algo que deve ser encarado de frente, sair da zona de conforto é sempre bom. Se fosse mais novo, solteiro e com um pouco de cabeça, não pensaria duas vezes antes de me mandar para os EUA ou arrumar um emprego num cruzeiro, mas na faixa dos trinta anos tudo é mais complicado... ainda bem que não tenho filhos!

Acompanhem também a saga do Bye Bye Brasil em busca de uma vida melhor longe do pais das bananas.

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