segunda-feira, 12 de março de 2012

Debêntures: novidade na Renda fixa

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.

Hoje pela manhã, ao abrir o Reader, me deparei com uma matéria do Valores Reais sobre a emissão de debêntures pelo BNDESPar. Eu não sabia muito sobre essa modalidade, então fui pesquisar.

O que são debêntures?

Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas, nesse caso, o BNEDSPar, braço do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que possui participação em diversas empresas, entre elas a Vale. As debêntures possuem vencimento pré-definido, a possibilidade de revenda antes do prazo de vencimento depende da aceitação no mercado secundário. Há debêntures simples e conversíveis em ações, ou seja, letras que podem ser trocadas por ações da empresa na data do vencimento. O investidor possui como garantia o patrimônio da empresa.

Emissão, validade, remuneração e tributação

A última emissão de debêntures pelo BNDESPar foi em 2010. O período de reserva para pessoas físicas termina em 03/04/2012. A compra deve ser feita por um agente de custódia, pesquisei no site da Banif (minha atual corretora) e já há disponibilidade de compra, sendo que o início de negociação será 23/04/2012.

Os títulos emitidos serão de 3 modalidades:

  Ø  Série A: pré-fixada
  Ø  Série B: flutuante, com remuneração baseada nos contratos futuros de DI
  Ø  Série C: IPCA + juros pré-fixados até o limite de 0,7% acima da NTNB150820

Os investimentos são a partir de R$ 1.000,00, com vencimento em 01/07/2016 para as séries A e B; 15/05/2019 para a série C.

A remuneração desses títulos tende a ser maior que os títulos públicos equivalentes. A primeira série tem teto de rentabilidade definido em DI + 0,7% e a terceira paga cupom de juros anuais a partir de 15/05/2014.

Histórico de rentabilidade das debêntures emitidas em 2010:

  Ø  Série A: 12,51% a.a.
  Ø  Série B: DI + 0,3%
  Ø  Série C: 6,3% + IPCA

Como eu disse, as debêntures tendem a ter rentabilidade maior que o TD (já que são sobretaxadas), com mesmo nível de risco, já que o credor é o Governo Federal, mas não possuem a taxa de compra (0,1%), taxa de cústódia da CBLC. A taxa de cústódia semestral é de R$ 6,90 e pode ser zerada, caso você possua ações na corretora.

A tributação é a mesma da renda fixa, ou seja, 22,5%; 20%; 17,5% e 15% dependendo do prazo do investimento, sobre qualquer tipo de operação: venda, recebimento de cupom de juros, liquidação ou resgate. Observação: o primeiro pagamento de juros da 3ª série já estará na zona de alíquota menor (15%).

Particularmente acho que vou ficar fora dessa, preciso de liquidez, então foco minhas compras em modalidades que tenham resgate em 2 anos, pagando assim menos IR, mas com possibilidade de reinvestimento. Se minha massa crítica já estivesse formada, com certeza entraria na 3ª série devido ao recebimento de cupons de juros.

Fontes:

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