sexta-feira, 11 de maio de 2012

Minha vida Pragmática

Esse post foi publicado originalmente no antigo Blog do Corey e não necessariamente representa a atual opinião do autor.


Desde que me conheço por gente, procuro ser objetivo em tudo que faço. Isso não é uma qualidade, pelo contrário, essa característica já me proporcionou muitos problemas. Durante algum tempo me achei com algum problema mental, é sério, eu quase procurei ajuda psiquiatra, já que sempre tive grande dificuldade pra me encaixar dentro da sociedade. Um dia, numa biblioteca, me deparei com uma revista falando sobre pragmatismo. A filosofia pragmática é baseada no empirismo, foco na solução e utilidade das coisas, irrelevância de certas coisas como a perda de tempo com discussões, etc.

Tenho foco na solução, não acho relevante perder tempo com o problema. Seu pneu furou, troque-o e pare de amaldiçoar o prego. Sou taxado de chato e intolerante por não me dar ao trabalho de prestar atenção em coisas que não trarão benefício seja intelectual ou financeiro. Algumas dessas atitudes me tornam uma pessoa bem estranha. Por exemplo:
  • Jogos eletrônicos: desde criança nunca fui fã de video-game, nunca entendi como um pessoa pode gostar de ficar na frente de uma televisão apertando botões sem sentido algum. Sorte dos meus pais que não precisavam gastar fortunas com Ataris e Mega Drives. Preferia palavras-cruzadas.
  • Filmes: assisto poucos filmes, não vejo muito sentido em ficar 2 horas assistindo uma história que muitas vezes não entendo. Chego no fim não lembro nem os nomes dos personagens. Prefiro documentários.
Além disso não vejo o menor sentido em aprender coisas inúteis, e isso inclui 90% das coisas ensinadas na faculdade, por isso acredito que estudo formal não é tão necessário. Prefiro aprender a regular a injeção eletrônica de um carro que saber a capital dos países da África, mas prefiro saber essas capitais que ficar discutindo futebol. Procuro entender do funcionamento das coisas e isso traz alguns problemas. Certa vez, ouvi barulhos estranhos num avião, estávamos sobre o Atlântico a 33 mil pés, fiquei com o c.. na mão. A Bia percebeu que eu estava meio desconfortável, ficou desesperada. Bem, precisamos fazer uma escala a mais e trocar de avião.

Acredito que certas coisas são totalmente irrelevantes: pra que saber se os dinossauros comiam capim ou grama se é mais necessário descobrir a cura da AIDS. Podem me apedrejar, mas acho que certos cursos universitários são totalmente inúteis, deveriam ter a mesma conotação de cursos de bordado e marchetaria. Acho errado o estado bancar a formação de filósofos, historiadores e turismólogos. Essa verba deveria ser destinada a formação de profissionais mais úteis: médicos, engenheiros, padeiros, açougueiros e pedreiros. 

Na minha opinião, discutir se uma pessoa transa com outra do mesmo sexo; se a pele dela é negra, azul ou verde tem a mesma relevância em falar que o certo é calçar primeiro a meia do pé esquerdo e morder a coxinha pela ponta. Perdemos muito tempo com coisas que não tem a menor relevância. 

A teoria de nada serve se a prática é diferente. O Viagra foi desenvolvido como medicamento para tratar problemas cardíacos, mas o efeito colateral de provocar ereções tornou a Pfizer uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo. Pra que insistir na teoria se a prática é que manda.


Já me dei muito mal por ser assim, já perdi muitas fodas, já que nunca tolerei menina fazendo c... doce. Já perdi oportunidades de negócio por não aceitar enrolação da outra parte. Se quero comprar, por exemplo, um computador, consigo fazer a compra em questão de minutos. Pesquiso a minha necessidade, comparo preços e realizo a compra. Não consigo ficar enrolando.

Detesto aniversários e datas comemorativas. Comemorações são totalmente desnecessárias, todos os dias são iguais. O estilo de vida canino faz mais sentido: um cachorro não sabe diferenciar sábado de segunda, não sabe a idade que tem, faz xixi quando tem vontade e morde se é ameaçado, independente do lugar que esteja, se é um shit-zu de madame ou um vira-latas de mendigo.

O elo que me liga com coisas irrelevantes é a pornografia. Como boa parte dos homens, sempre fui consumidor de pornografia. Admito que isso não passa de uma perda de tempo e que muitas vezes quase perdi o controle sobre o consumo de conteúdo sexual. O pior é que a Bia também adora uma sacanagem, aí juntou a fome com a vontade de comer.

Em homenagem ao dia das mães (rsrs!):







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